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segunda-feira, 19 de setembro de 2016

A vacina contra dengue não é a solução




Apesar de todo o esforço para combater os criadouros do Aedes aegypti, a dengue continua sendo um grande problema de saúde pública. Em 2016, foram registrados 1.399.480 casos prováveis de dengue no país até o mês de julho; 900.163 dessas foram confirmadas e 419 pessoas morreram por conta da doença.

O vírus tem quatro sorotipos e quem tem a doença fica imune contra o sorotipo que a infectou. Há alguns anos, os cientistas vêm pesquisando vacinas para a doença, e recentemente a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou a comercialização de uma vacina para a doença. Fabricada pela Sanofi Pasteur, embora a vacina tenha eficácia demonstrada por estudos, seria de no máximo 80% para um dos quatro sorotipos. Os estudos demonstram também, diminuição de 11% do número de internações. Custa cerca de R$ 138 reais, dependendo dos impostos e pode chegar a 250 reais em serviços particulares. O esquema de vacinação consiste em três doses, sendo assim, o tratamento completo deve custar cerca de R$ 750 reais.  O uso é recomendado na faixa etária de 9 a 45 anos de idade.

Há o benefício da porcentagem de imunidade prometida e do número de internações. Porém, devemos alertar para alguns questionamentos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) ainda não recomenda o uso a não ser em países de alta endemicidade. Sabe-se que um dos grupos de risco para complicações pela dengue são os idosos, bem como as crianças pequenas. Essa faixa etária não é inserida como indicativa de vacinação, tendo em vista os riscos da mesma. 

Outra situação é sem dúvida o valor do esquema completo. Fica bem claro na bula fornecida pelo fabricante que a imunidade prometida só é atingida após o esquema de três doses. É um valor bastante alto pensando que não atinge a população de risco para complicações pela doença, além disso, ao longo do tempo de espera entre as doses, a pessoa segue propensa a ser infectada pelo vírus ao ser picada pelo mosquito Aedes aegypit.

Sem dúvida, a dengue é um problema de saúde pública. Porém, o investimento em saneamento, limpeza dos espaços públicos e uma atenção primária acessível e qualificada (contratação de profissionais capacitados, estrutura adequada para assistência e prevenção) sendo as ações custo efetivas para resolução de tal problema.


Ana Paula Marcolino e Antônio Modesto - médicos de família e comunidade, membros da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 



O que você precisa saber sobre obstrução nasal



As crianças costumam sofrer mais com o problema, já conhecido de muitas famílias. O “nariz entupido” atrapalha o sono e pode até trazer transtornos para o desenvolvimento. Para quem mora em Brasília, o incômodo parece até ser maior, por conta do longo período de seca.
Rinites, sinusites e hipertrofias de adenoides são alguns dos causadores da disfunção, que não é privilégio de crianças. Adultos também sofrem com a obstrução nasal.

De acordo com o otorrinolaringologista Gustavo Bachega, da Cliaod, algumas doenças crônicas, entre elas as rinites alérgicas e alterações na estrutura nasal, como desvio do septo, hipertrofia dos cornetos nasais ou a presença de pólipos no nariz, podem prolongar o problema e aumentar o número de crises. “Entre as crianças, o mais comum é a hipertrofia das adenoides, que precisa ser diagnosticada e tratada, seja com medicamentos ou cirurgia”, completa o médico.

Também existem as doenças virais, como resfriados e sinusites, que podem causar a obstrução, fazendo com que a respiração, que é uma função fisiológica, não ocorra de forma tão natural.  Entre as crianças, a grande preocupação é evitar que se tornem respiradores bucais, isto é, passem a respirar pela boca, o que pode trazer outros problemas por não ser a forma correta de respiração.
O Dr. Gustavo alerta que, entre os adultos, a grande preocupação é de se tornarem dependentes dos descongestionantes nasais. “Isto ocasiona inúmeros problemas clínicos, além de prejudicar a função nasal”, afirma o especialista. Por todos estes motivos, o acompanhamento médico é essencial e a orientação de um otorrinolaringologista não pode ser dispensada.

Alguns sinais de alerta:
·         respiração bucal;
·         roncos e/ou respiração ruidosa;
·         secreção catarral nasal amarelada ou esverdeada por vários dias;
·         alteração do olfato;
·         quadros recorrentes de infecções respiratórias;
·         em crianças, febre persistente e perda do apetite;
·         tosse persistente;
·         sensação dolorida na face;
·         alterações na mordida ou arcada dentária;
alterações no sono em crianças: agitado, pausas respiratórias, transpiração.



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