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terça-feira, 27 de junho de 2023

Jovens influenciadores: Senac São Paulo dá dicas de como aproveitar essa possibilidade de carreira e quais cuidados tomar

Com um universo de possibilidades na palma da mão, a internet como uma chance de trabalho, precisa de um acompanhamento da escola e família


Se antes os sonhos dos jovens eram se tornar jogadores de futebol ou ambicionar uma carreira artística, hoje muitos aspiram “bombar” na internet. Seja como streamers de games, influenciadores de diversas vertentes ou produtores de conteúdos, o mundo digital se mostra uma saída muito mais acessível e rapidamente lucrativa, além de imprimir uma dose de glamour que nem sempre existe.

 

Independentemente de alcançar o desejado sucesso nas redes, o esforço de se tornar um grande nome nas plataformas exige uma série de habilidades que podem ser desenvolvidas e aproveitadas não apenas para essas profissões, mas que são igualmente importantes para o mundo do trabalho de maneira geral. O que não vale é deixar de lado o rendimento escolar, não é verdade?

 

Para a coordenadora de Projetos Educacionais do Senac São Paulo, Fernanda Yamamoto, o espírito empreendedor e a comunicação podem ser determinantes para uma futura carreira de sucesso, seja dentro ou fora do ambiente on-line. “As tentativas de construir esse tipo de carreira pode ajudar os jovens a desenvolver a clareza na transmissão de ideias, estudo de público, construção de marca pessoal, análise de negócio, busca de oportunidades e monetização, gestão do negócio e engajamento, interação, relacionamento com seguidores, capacidade de lidar com críticas e exposição. Isso tudo nada mais é do que o arcabouço de uma experiência empreendedora”, resume.

 

Além dessas características, ainda podem ser citadas as capacidades técnicas, uma vez consideradas todas as interações com tecnologias e criatividades em usá-las a favor da criação de conteúdo, como aparelhos – computadores, tablets e smartphones – e softwares de edição de vídeo, programação, utilização de tantos outros programas e aparatos específicos que fazem com que esses jovens busquem formações tipicamente requeridas para essas produções de forma autodidata ou até mesmo permitindo que expandam seus horizontes por meio de cursos paralelos.

 

Nem tudo são flores...

Ainda que nas publicações e lives a vida na internet pareça ser fácil e glamourosa, é preciso entender que é preciso muito trabalho, dentro e fora das câmeras, para conquistar objetivos – e principalmente, que eles sejam possíveis de acordo com o nível de crescimento. “Tanto a família quanto a escola têm um papel crucial em ajudar o jovem a manter um bom desempenho acadêmico e uma boa saúde mental, independentemente do sucesso ou fracasso de uma carreira nas redes sociais. É essencial um canal de comunicação aberto e apoio emocional. É primordial garantir que o aluno ou aluna compreenda a importância de equilibrar suas responsabilidades acadêmicas e suas atividades on-line, e ajudá-lo a definir prioridades”, pontua Fernanda.

 

Outra preocupação que deve ser levantada é no que diz respeito à lei e o trabalho infanto-juvenil. No Brasil, a legislação trabalhista estabelece regras específicas para atividades laborais de adolescentes. Segundo a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), jovens entre 14 e 18 anos podem trabalhar, desde que sejam respeitadas algumas condições e restrições. 

 

No caso de atividades como influenciadores, criadores de conteúdo ou outras atividades remuneradas, não é necessária a emancipação do adolescente para desenvolver essas atividades, mas sim um alvará judicial autorizando o trabalho. “É importante consultar um advogado especializado em direito do trabalho ou buscar informações junto aos órgãos competentes para obter orientações mais precisas sobre as condições de trabalho para adolescentes”, considera a coordenadora.

 

#FicaaDica para quem quer empreender na internet

Quer explorar esse universo de possibilidades, mas não sabe por onde? A principal dica é pesquisar bastante e não abrir mão dos estudos, mesmo que tudo dê certo! Fernanda Yamamoto ainda listou outras dicas legais para quem está começando ou deseja dar uma virada de jogo para movimentar os trabalhos on-line:

 

- Público-alvo: é importante identificar para quem você quer falar – o que é chamado nicho – e definir o seu público-alvo, procurando entender suas necessidades e criar uma proposta de valor bastante singular. Com este foco, é possível aumentar as chances de se destacar em um mercado competitivo.

 

- Conteúdo de qualidade: para atrair e engajar seu público, é importante proporcionar informações relevantes, úteis e interessantes por meio de artigos, vídeos, podcasts ou outros formatos adequados ao seu segmento. Isso ajuda a se consolidar na área, atrair seguidores e estabelecer relacionamentos duradouros com a audiência.

 

- Monetização: monetizar é essencial para um negócio on-line. Com a consolidação do negócio, é necessário conhecer as métricas de performance, determinar metas realistas, considerar opções como a venda de produtos ou serviços, a criação de parcerias com marcas relevantes e consolidadas, a participação em programas de afiliados ou a monetização de conteúdo por meio de publicidade.

 

- Planejamento estratégico: a partir da definição dos objetivos e estabelecimento de metas mensuráveis, é importante desenvolver uma estratégia clara para alcançá-las, considerando o modelo definido para o negócio, assim como orçamento e recursos necessários.

 

- Presença estruturada e profissional: para a construção de uma presença on-line sólida, redes sociais e outras plataformas possuem contas profissionais com ferramentas disponibilizadas ao usuário padrão, como detalhamento de acesso, anúncios e criação de publicações.



Senac
https://campanhas.sp.senac.br/quer-saber-senac/index.html


Pedidos de recuperação judicial crescem 105,2% em 1 ano e MPEs são as mais impactadas, revela Serasa Experian

Em maio, total foi de 119 requerimentos; demanda por falência dos negócios também cresceu, totalizando 121 pedidos. Especialista da Serasa Experian dá dicas para potencializar a longevidade dos negócios


Os pedidos de recuperação judicial cresceram 105,2% em maio de 2023, comparado ao mesmo mês do ano passado. Os dados são do Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian e mostram, ainda, que as Micro e pequenas Empresas (MPEs) são as mais afetadas, com 68 requerimentos, ante 36 em maio de 2022. Veja na tabela a seguir os dados completos:


Para o Vice-Presidente de Pequenas e Médias Empresas (PME) da Serasa Experian, Cleber Genero, “para que possamos mudar a realidade das MPEs, que são as locomotivas da economia brasileira, precisamos investir em uma política de educação financeira, a fim de mostrar que existem formas de aumentar a longevidade e a saúde dos negócios no país”. Uma das dicas, segundo o executivo, é monitorar sempre o Score de crédito da empresa por meio da ferramenta “Saúde do Seu Negócio” de forma gratuita, além de investir em recuperação de crédito com os clientes e renegociação de dívidas com os fornecedores. 

Ainda segundo o Indicador de Recuperação Judicial e Falências da Serasa Experian, a visão por setores mostra que “Serviços” registrou a maioria das requisições e “Primário” o que menos demandou por recuperação judicial. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “há uma dificuldade das empresas em manterem as contas em dia e isso inclui renegociar com os credores, algo que impacta diretamente na sobrevivência dos negócios. A desaceleração econômica também é sentido na dificuldade de geração de caixa das empresas e faz com que seja necessária uma atenção maior na sua gestão”. Confira na tabela a seguir os dados completos de cada segmento:


Mais de 120 empresas pediram falência em maio

Em maio, os pedidos de falência também registraram crescimento em relação ao mesmo período de 2022 (61,3%). O total foi de 121 requisições, cuja maioria (73) foram demandadas pelas Micro e Pequenas Empresas, seguidas pelas Médias Empresas (25) e, então, as Grande Empresas (23). 

 

No recorte de falências por segmentos, a maior parte foi das empresas de “Serviços” (54), depois “Comércio” (39) e “Indústria” (28) por fim. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui!


 

Serasa Experian ajuda empreendedores contra a inadimplência

Um dos principais motivos para as empresas terem dificuldade em pagar suas dívidas é por sofrerem inadimplência de seus próprios clientes. Por isso, a ferramenta da Serasa Experian de Recuperação de Dívidas dos clientes possui todo um aparato de cobrança, negativação e ganho de eficiência com mais agilidade. Tudo isso respaldado pela base nacional de negativados da Serasa Experian e que preza pelo bom relacionamento entre empresas e consumidores. Mais informações estão disponíveis na página oficial da Serasa Experian.


Metodologia 

O Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais é construído a partir do levantamento mensal das estatísticas de falências (requeridas e decretadas) e das recuperações judiciais e extrajudiciais registradas mensalmente na base de dados da Serasa Experian, provenientes dos fóruns, varas de falências e dos Diários Oficiais e da Justiça dos estados. O indicador é segmentado por porte.

 

Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br

Correspondente bancário deve desenvolver habilidades comportamentais ter uma carreira bem-sucedida

Profissional deve agir com integridade, ética profissional e sigilo em todas as interações com os clientes

 

A profissão de correspondente bancário é uma área de atuação em constante crescimento, na qual alguns indivíduos alcançam um alto nível de sucesso, enquanto outros podem enfrentar dificuldades. Existem várias razões pelas quais alguns profissionais são bem-sucedidos, enquanto outros não. Além disso, existem habilidades e competências essenciais que precisam ser desenvolvidas para alcançar o tão desejado sucesso na carreira.

E quem faz essa análise é Gabriel Ramalho, fundador da Universidade Gerando Resultados, um hub de treinamentos e cursos direcionados a despertar a alta performance e desempenho para correspondentes bancários. Ele defende que quem atua nesse segmento e deseja ser bem-sucedido, precisa ter um sólido conhecimento do setor financeiro e das atividades realizadas por instituições bancárias. “Isso inclui compreender os diferentes produtos e serviços oferecidos pelos bancos, bem como as regulamentações e diretrizes que regem a área. Ter um conhecimento abrangente do setor permite fornecer informações precisas e orientações adequadas aos clientes”, destaca.

Habilidades de relacionamento e excelência em atendimento também são fundamentais para a construção da carreira. “A capacidade de construir um sólido networking somado ao fato de ser cortês, atencioso e eficiente ao lidar com consultas, solicitações e até mesmo reclamações fazem parte dessa construção que almeja o sucesso. Um correspondente bancário bem-sucedido deve ser capaz de criar confiança e entender as necessidades financeiras de cada um, passando a oferecer soluções adequadas”, pontua Ramalho.

A profissão envolve possuir habilidades sólidas de vendas e negociação. “É preciso saber como apresentar de forma convincente os benefícios dos produtos financeiros e negociar termos e condições que sejam favoráveis para os dois lados”, aconselha o fundador da Universidade Gerando Resultados.

O trabalho muitas vezes envolve o uso de sistemas e tecnologias financeiras. Portanto, é importante dominar de forma sólida as técnicas necessárias para operar nesse mercado com eficiência. Isso inclui conhecimentos básicos de informática e capacidade de aprender rapidamente novas plataformas financeiras que possam surgir.

Ramalho reforça que ser capaz de gerenciar efetivamente o tempo e ser organizado são pontos essenciais para sobreviver à pressão deste nicho, afinal, o dia a dia envolve lidar com várias tarefas e prazos, atender a clientes e cumprir com as exigências das instituições. “Ter habilidades sólidas de gerenciamento das demandas diárias permite que o correspondente bancário priorize suas tarefas, seja produtivo e cumpra com suas responsabilidades de forma eficiente”, avalia o especialista.

Um correspondente bancário bem-sucedido deve agir com integridade, ética profissional e sigilo em todas as interações com os clientes. Isso é essencial para construir confiança e manter uma boa reputação no setor financeiro. “Respeitar as diretrizes e regulamentações do setor também é fundamental para o sucesso no longo prazo”, finaliza.

 

Gabriel Ramalho - Formado em Gestão Comercial, empresário, treinador e especialista em técnicas de vendas de crédito com mais de 12 anos de experiência no mercado, Gabriel já treinou mais de 15 mil consultores e correspondentes bancários. Mentor de centenas de empresários de sucesso, ele ajuda profissionais a alavancarem suas vendas e alcançar números extraordinários. Saiba mais no Instagram, Youtube ou Facebook.

 

Revisão da vida toda ainda gera dúvidas em aposentados

Pixabay
Aprovada pelo STF há seis meses, medida alerta para a necessidade de consultar especialistas sobre o assunto


O STF determinou, em dezembro do ano passado, ser constitucional a revisão da Vida toda para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) - a medida inclui, no cálculo da aposentadoria ou pensão, os salários de contribuição anteriores a julho de 1994. Desde então, o INSS tem tentado, sem sucesso, recorrer da decisão. 

No mês de março, o Ministro Alexandre Moraes estabeleceu um prazo de 10 dias para que o INSS apresentasse um cronograma para realizar a Revisão da Vida Toda, mas a decisão não foi cumprida. Em maio, foi a vez da Advocacia-Geral da União (AGU), órgão que representa o INSS no processo, pedir a suspensão da medida.

Para Francisco Yoshimiti Nambu, presidente da Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Idosos, Aposentados e Pensionistas (ANDDIAP), o objetivo do INSS é apenas ganhar tempo, pois a decisão do STF é definitiva. “Quero tranquilizar todos os aposentados que já entraram com a ação. Ela está ganha! E conclamar os que ainda não pediram a revisão, que o façam”, afirma.

A revisão da vida toda inclui pessoas aposentadas há no máximo dez anos, antes da reforma da Previdência de 2019, e que tenham contribuído para o INSS antes de 1994. Para recalcular o valor corretamente, destaca Caio de Moura Lacerda dos Santos, advogado previdenciarista, é importante o aposentado ou pensionista entrar com uma ação judicial o mais rápido possível, pois a decisão do STF não determina que o INSS faça a revisão automaticamente. "Quanto antes melhor, pois após dez anos do recebimento da primeira parcela do benefício, ocorre a decadência do direito, ou seja, ele não poderá mais requisitar o recálculo", afirma.

O aposentado Mario Cezar de Azevedo, de 73 anos, teve o valor do benefício recalculado de 2 mil para 5 mil reais, um aumento de 150% no valor da sua aposentadoria. “É uma diferença boa. Graças a Deus dá para viver com dignidade. Agora posso pagar plano de saúde e remédios para mim e para minha mulher sem precisar parcelar em várias vezes”, relata. 

Mário procurou a ANDDIAP, a Associação Nacional de Defesa dos Direitos dos Idosos, Aposentados e Pensionistas, que orienta os aposentados para que eles possam reivindicar os seus direitos e calcular o valor retroativo da aposentadoria de forma rápida e segura.


Revisão da Vida Toda

Em 1999, uma reforma na legislação previdenciária modificou a maneira de calcular os benefícios, desconsiderando os pagamentos realizados por contribuintes antes do Plano Real (1994). Com a Revisão da Vida Toda, o aposentado passou a ter o direito de optar pela regra que lhe for mais favorável, ou seja, toda a vida contributiva pode ser considerada no cálculo da aposentadoria, independente do período.

 

A explosão de Nova Kakhovka e o "ecocídio" russo na Ucrânia

Opinião


A região ucraniana de Kherson, sob o controle russo, foi palco não apenas de mais um crime de guerra, mas de um ataque que resultou na dramática ruptura da barragem da usina hidrelétrica de Nova Kakhovka. Em um curto período de tempo após a explosão, o nível da água atingiu um estado crítico, e estima-se que mais de 600 quilômetros quadrados tenham sido inundados. A barragem, que represava cerca de 2.000 quilômetros quadrados de água, era o maior reservatório da Ucrânia – e sua água era utilizada até mesmo para resfriar os reatores da usina nuclear de Zaporizhia. Atualmente, relatos apontam que o nível da água subiu mais de 11 metros em algumas áreas, resultando não apenas em perdas humanas, mas também em danos ambientais de proporções incalculáveis e potencialmente irreversíveis

Localizada no Rio Dniepre, a barragem destruída foi construída na década de 1950 e apresentava uma estrutura altamente reforçada, tornando sua demolição uma tarefa desafiadora. Assim, logo após o evento, algo bastante comum nessa guerra ocorreu: um confronto de narrativas. Os russos acusam os ucranianos, embora isso pareça contraditório, considerando o domínio russo na área, enquanto os ucranianos responsabilizam Moscou por mais um crime de guerra. Não há indícios de que a explosão tenha sido causada por mísseis ou artilharia pesada, sendo mais provável que tenha ocorrido internamente à barragem.

Em relação às evidências, as autoridades ucranianas de segurança alegam ter interceptado uma chamada telefônica que comprovaria o envolvimento da Rússia na destruição da barragem. O serviço de segurança do país divulgou nas redes sociais um áudio com cerca de um minuto e meio, no qual um militar russo admite que um grupo de sabotadores leais ao Kremlin foi responsável pela explosão.

Vasyl Malyuk, diretor dos Serviços de Segurança da Ucrânia (SBU), afirmou nas redes sociais que "Ao destruir a barragem da central hidrelétrica de Kakhovka, a Federação Russa demonstrou de uma vez por todas que representa uma ameaça para toda a comunidade civilizada. Afinal, somente um Estado verdadeiramente terrorista poderia causar uma catástrofe humana e ambiental dessa magnitude. A Rússia será definitivamente responsabilizada por esse ato".

Mais de 40 mil pessoas na região de Kherson foram afetadas pela destruição da barragem. Além disso, surge a preocupação com o "ecocídio", termo utilizado para descrever o extermínio ou a destruição deliberada e em larga escala dos ecossistemas naturais de um determinado local. Embora ainda não possua um reconhecimento legal internacional, o termo é utilizado para descrever ações humanas que causam danos graves e irreversíveis ao meio ambiente, como perda de biodiversidade, degradação dos recursos naturais, poluição, mudanças climáticas e outros impactos significativos no equilíbrio ecológico – o que certamente ocorreu.

Após a destruição da barragem, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou para o impacto direto que o ocorrido pode ter na segurança alimentar global, uma vez que manchas de óleo, cadáveres e animais mortos estão se espalhando na área. Plantações foram inundadas e substâncias nocivas, como metais pesados, combustíveis, fertilizantes e centenas de outros produtos químicos, se misturaram à água das inundações.

Ao longo das margens do reservatório haviam indústrias químicas e siderúrgicas, o que aumenta a preocupação de que metais pesados e substâncias tóxicas se disseminem pela região inundada, contaminando vastas áreas da Ucrânia que anteriormente eram produtoras de alimentos. Armazéns de pesticidas foram destruídos e postos de combustível tiveram seus reservatórios inundados, agravando ainda mais os danos ambientais resultantes da explosão da barragem.

O zoológico de Kazkova Dibrova, localizado na região da barragem, foi completamente destruído pela enchente, resultando na morte de todos os animais que viviam lá. A água alcançou regiões disputadas por Ucrânia e Rússia, e centenas de minas terrestres previamente implantadas pelos russos estão agora à deriva na área afetada.

Enquanto a humanidade se esforça para promover a paz e a preservação ambiental, as ações russas, mais uma vez, seguem em direção oposta. O ataque à represa de Nova Kakhovka é indubitavelmente mais um dos crimes de guerra que podem ser atribuídos a Moscou.


João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray

 

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Congelamento de óvulos: um aliado para a maternidade tardia

Empresa farmacêutica oferece o procedimento como benefício corporativo

 

Quando o assunto é maternidade, parar o relógio biológico é a vontade de muitas mulheres. Há quem prefira se estabelecer primeiro na carreira para depois pensar em ser mãe, há aquelas que ainda não decidiram se querem ter filhos e há quem sonhe em encontrar o parceiro ideal para compartilhar juntos essa jornada. Motivos não faltam para adiar este momento.

Fernanda Kubik, gerente de dados da Organon, passou recentemente por esse dilema. Aos 40 anos, sem ter um relacionamento estável, ela já estava repensando sobre essa questão de engravidar. “Não é da minha vontade ser mãe solo. Mais do que ter filhos, eu quero ter uma família”, explica. Foi quando soube que a empresa onde trabalha tem como um dos benefícios corporativos o auxílio fertilidade, em que custeia medicamentos para tratamento de fertilidade de suas funcionárias ou companheiras de funcionários.

Fernanda optou por congelar seus óvulos. “Fiz o procedimento ano passado, quando eu estava com 40 anos. Por conta da minha idade, a minha produção de óvulos não é alta, então foram necessários dois ciclos de tratamento. Agora, eu me sinto em paz. Se eu mudar de ideia e optar por ter um filho sozinha ou se encontrar um parceiro com quem eu queira me casar, sei que a minha fertilidade está preservada”, afirma.

De acordo com o especialista em reprodução assistida, Dr. Maurício Chehin, dois fatores aumentam a probabilidade de sucesso do congelamento de óvulos para uso no futuro: a idade da mulher quando o procedimento foi realizado e a quantidade de óvulos congelados. “Uma mulher com menos de 35 anos, que consiga congelar algo por volta de 20 óvulos, vai ter mais de 85% de chance de gravidez no futuro com estes óvulos. No entanto, a nossa realidade é de mulheres que estão entre os 36 e 39 anos em sua maioria, congelando óvulos. Nesta faixa etária, o ideal é que realmente se congele uma grande quantidade de óvulos, para que a taxa de sucesso seja garantida”, afirma.

Esta característica não é exclusiva das pacientes do Dr. Chehin. Dados sobre congelamento de óvulos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) demonstram uma demanda crescente para mulheres que desejam adiar a gestação. Em 2020 e 2021 foram realizados mais de 21 mil ciclos, com mais de 154 mil óvulos congelados.1 O levantamento, que reúne informações das clínicas de fertilização in vitro do país, ainda revela que a maioria dos ciclos de fertilização foram realizados em pacientes com mais de 35 anos.

A recomendação é que o congelamento de óvulos seja feito antes desta idade para que os resultados sejam mais satisfatórios, como pontua o especialista. “A melhor orientação que os profissionais da área da saúde podem fazer é lembrar para a mulher que está por volta de 30 anos, que o planejamento familiar não inclui somente a contracepção. Inclui também, caso ela ainda tenha dúvidas sobre a maternidade, orientá-la a respeito dos possíveis benefícios de um congelamento de óvulos, sobre a autonomia e liberdade reprodutiva que este procedimento proporciona para que ela tome a melhor decisão para o seu futuro”, explica.

Segundo as normas da resolução do Conselho Federal de Medicina, as técnicas de reprodução assistida devem ser aplicadas até os 50 anos, salvo exceções. “Portanto, se a mulher tiver saúde para gestar até os 50 anos, ela pode utilizar esses óvulos congelados previamente, sem grandes dificuldades. Não existe uma data limite de validade dos óvulos”, esclarece o médico.

Na Organon, o congelamento de óvulos faz parte do pacote de benefícios desde o início da empresa, em junho de 2021. O objetivo é apoiar o planejamento familiar dos colaboradores, com opções que vão desde contraceptivos até fertilidade. Até o momento, 15 mulheres solicitaram o auxílio.




Fernanda Kubik - gerente de dados da Organon

www.organon.com/brazil
LinkedIn



Referência
https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2022/divulgado-relatorio-sobre-fertilizacao-in-vitro-no-pais-nos-anos-de-2020-e-2021

 

Aumento dos casos de doenças cardiovasculares em mulheres acende alerta para prevenção de forma integrada

A saúde da mulher sempre foi historicamente tratada de forma generalizada. Por exemplo: sempre se acreditou que os riscos de doenças cardiovasculares eram os mesmos para homens e mulheres. Em 2022, a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) trouxe atenção para o tema com a publicação do Posicionamento sobre Saúde Cardiovascular nas Mulheres. A médica assistente da Disciplina de Cardiologia do Centro Universitário da Faculdade de Medicina do ABC, Dra. Carla Janice Baister Lantieri, que também contribuiu para a construção do documento, reforça que, hoje, a medicina sabe que o ciclo de vida das mulheres apresenta diferentes fases e, cada uma, com suas características, está conectada ao aumento dos fatores de risco. 

Esse tema ganha força com um dado preocupante: o DataSUS revelou que, em 2019, as doenças do aparelho circulatório foram a principal causa de mortalidade feminina no Brasil, superior inclusive à soma de todos os tipos de câncer – são mais de 170 mil óbitos por ano no país. Diante dos números, foi criado o Dia Nacional de Conscientização das Doenças Cardiovasculares na Mulher, em 14 de maio, para reflexão sobre o tema. 

“Sim, em cada momento da vida da mulher há prioridades de saúde. Por exemplo, a gravidez é um momento de alteração importante dos níveis hormonais com propensão ao aparecimento da hipertensão arterial gestacional, a qual tem chance de evoluir para a hipertensão sistêmica pós gestação. No pós-parto, há alterações glicêmicas e dificuldade para reduzir o peso. Na menopausa, temos a perda do fator protetor do estrogênio, quando o sistema fica mais vulnerável a sofrer um infarto do miocárdio”, relata a Dra. Carla Janice Baister Lantieri. 

Segundo ela, os fatores de risco relacionados ao sexo ainda incluem síndrome dos ovários policísticos, uso de contraceptivo hormonal e terapia de reposição hormonal na menopausa. “Há distorção da ideia de que mulheres se cuidam mais e vão ao médico mais vezes. Isso acontece devido aos exames ginecológicos, mas não quando falamos das doenças do coração. Estamos usando a expressão janela de oportunidade para os profissionais investigarem a fundo a saúde e o estilo de vida como um todo, encaminhando os casos sempre que necessário para o especialista responsável – nesse caso, o cardiologista – para que se crie uma rotina de cuidados preventivos”, analisa a especialista. 

Todos os sintomas devem ser levados em consideração. Até porque no caso de infarto a mulher pode não apresentar os sinais comuns, negligenciados por médicos e pacientes. “Desconforto epigástrico, fadiga e palpitações acabam sendo vistos como sintomas de ansiedade e atrasam o início do tratamento correto”, destaca a Dra. Carla. 

Ela explica que cuidado e atenção devem vir desde a primeira infância, objetivando construir um comportamento alimentar saudável, com estímulo ao consumo de alimentos in natura e preparo da própria refeição, além de, claro, ter motivação para prática de atividades físicas, e promoção da saúde mental da mulher. 

“Esse assunto não pode ser generalizado, porque o documento elaborado pela SBC também mostra que existe a situação socioeconômica – mulheres de baixa renda passam por todos esses desafios porque estão mais propensas a ter obesidade e colesterol alto, por exemplo, devido à falta de iniciativas que propaguem o conhecimento a respeito da sua saúde. Um dado preocupante é também a violência contra a mulher, muitas vezes essas se encontram expostas ao estresse crônico, que corrobora para o adoecimento precoce”, reforça. 

A exposição ao tabaco, e cigarros eletrônicos sem sido observada em um número considerável entre crianças e adolescentes, o que se torna um problema de saúde pública e deve ser enfrentado de forma intersetorial, para a implementação de medidas preventivas e terapêuticas. “Além disso, também foi constatado que aquelas que iniciam o consumo drogas ilícitas e bebidas alcoólicas na adolescência são mais suscetíveis à gravidez não planejada, que é responsável por alterações físicas e na saúde emocional. Por isso, quando falamos de saúde cardiovascular da mulher o cardiologista não é o único responsável pela atenção: é preciso uma equipe multidisciplinar que entenda e oriente para as diferentes particularidades do ciclo”, completa a médica. 

A campanha Juntos por Elas, da Biolab Farmacêutica, propaga uma nova abordagem para o cuidado com a saúde das mulheres – desde acolhimento, diagnóstico e tratamento à prevenção. “Estamos diante de um novo modelo de rotina. Além da carga do trabalho doméstico as mulheres têm suas carreiras profissionais e, consequentemente, o comprometimento da qualidade de vida. O controle dos fatores de risco para as Doenças Cardiovasculares na mulher devo ser priorizado, bem como a promoção da saúde. Fatores protetores comportamentais, entre eles a alimentação saudável, atividade física regular, saúde emocional e boa qualidade do sono, beneficiam a todas, mas a abordagem da equipe de saúde deve ser feita de forma individualizada e continuada durante toda a vida da mulher. Existe a necessidade de orientá-las para que as chances de adoecimento sejam minimizadas e que a saúde seja preservada”, complementa a Dra. Carla Janice Baister Lantieri.


Anvisa aprova novo tratamento para dermatite atópica, doença inflamatória crônica de grande impacto para a qualidade de vida

Desenvolvido pela Pfizer, Cibinqo (abrocitinibe) é um medicamento de uso oral indicado para adultos e adolescentes a partir de 12 anos candidatos à terapia sistêmica, podendo ser utilizado com ou sem a associação de terapias tópicas

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acaba de aprovar um novo medicamento para dermatite atópica moderada a grave, doença inflamatória crônica caracterizada por coceira intensa e lesões avermelhadas que podem cobrir mais da metade da superfície corporal1, impactando fortemente diferentes áreas da vida dos pacientes. Desenvolvido pela Pfizer, Cibinqo (abrocitinibe) é indicado para adultos e adolescentes a partir de 12 anos candidatos à terapia sistêmica, ou seja, quando o paciente precisa usar algum medicamento além do tratamento tópico com pomadas e cremes para o controle da doença2.

 

O novo medicamento é um inibidor da janus quinase, proteína intracelular que desempenha um papel essencial no processo inflamatório associado à dermatite atópica3. “Estamos falando de uma doença subestimada, que vai muito além das lesões de pele. É uma doença crônica e multifatorial, que envolve aspectos genéticos, ambientais e imunológicos, podendo causar dor, desconforto e angústia, com prejuízos não apenas físicos, mas também para o bem-estar emocional do paciente”, diz a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro.

 

Até 72% das pessoas com dermatite atópica moderada a grave apresentam outras doenças associadas ao processo inflamatório, tais como asma ou rinite alérgica4, segundo a literatura médica. “As lesões provocadas pela doença também podem tornar a pele mais vulnerável a infecções bacterianas secundárias, por exemplo. Em outra frente, muitos pacientes relatam situações de preconceito e exclusão por causa das lesões, inclusive no trabalho ou na escola, o que pode afetar o desempenho e, até mesmo, colaborar para a evasão escolar. É importante, portanto, controlar adequadamente a doença”, reforça Adriana.

 

Vale destacar que a coceira intensa provocada pela dermatite atópica está fortemente associada a distúrbios do sono, que afetam até 60% dos pacientes pediátricos5, podendo causar desatenção, irritação, sonolência diurna e queda no rendimento escolar. Além disso, a perturbação do sono não afeta apenas as crianças com dermatite atópica, mas também seus familiares, que podem ter de fornecer medicamentos ou tranquilizá-las durante a noite.


 

Segurança e eficácia


De administração oral, uma vez ao dia, Cibinqo também pode contribuir para facilitar a adesão ao tratamento. A aprovação do medicamento foi baseada nos resultados dos seis estudos realizados durante seu programa de desenvolvimento clínico, envolvendo mais de 1.600 pacientes3.

 

Em todos os estudos, Cibinqo demonstrou um robusto perfil de segurança e eficácia, com alívio rápido da coceira iniciando após um dia de uso e controle eficaz da extensão e da gravidade das lesões provocadas pela doença. O medicamento também é aprovado na União Europeia e em países como Estados Unidos, Japão, Emirados Árabes, Cingapura, entre outros2.

 

No Brasil, após a aprovação pela Anvisa, Cibinqo segue para o processo de definição de preço conduzido pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação econômica dos medicamentos no País. A partir de hoje, com a publicação do registro e submissão de pedido de preço, a CMED tem até 90 dias para concluir esse processo.

       

                                                             

Dermatite atópica e desinformação


Uma pesquisa realizada recentemente pelo instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), a pedido da Pfizer, revela o cenário de desconhecimento e preconceito que permeiam a doença no Brasil. Com a participação de 2.327 internautas, o levantamento indica que 41% dos respondentes nunca ouviram falar sobre a doença. Além disso, 20% não sabem identificar nenhum dos sintomas da enfermidade6.

 

A desinformação sobre a dermatite atópica também alimenta o preconceito, acarretando prejuízos emocionais aos pacientes, inclusive nas relações sociais e familiares. Entre os entrevistados, mais de 1 a cada 5 (21%) não sabe dizer, por exemplo, se a doença é contagiosa. E, mesmo quando informados sobre a impossibilidade de contágio na dermatite atópica, 14% evitariam a proximidade com alguém que tivesse lesões aparentes6.

 

Apenas 10% dos respondentes reconhecem que os pacientes podem ter insônia por causa da coceira intensa e poucos identificam a possibilidade de que essas pessoas enfrentem dor (14%). Esse desconhecimento também leva a uma percepção equivocada sobre o impacto da doença para a qualidade de vida: quase 1 em cada 5 respondentes (19%) não está convencido de que a dermatite atópica pode atrapalhar atividades de rotina, como ir à escola ou trabalhar. No entanto, após conhecerem melhor a doença, 59% relataram que ficariam muito abalados se tivessem de conviver com os sintomas6.

 

 

Pfizer



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Referências

1. C. Correale, C. Walker and L. Murphy, “Atopic dermatitis: a review of diagnosis and treatment”, Am Fam Physician, vol. 60, no. 4, pp. 1191-1198, 1999

2. Pfizer. U.S. FDA approves Pfizer’s CIBINQO (abrocitinib) for adults with Moderate-to Severe Atopic Dermatitis. Disponível em https://www.pfizer.com/news/press-release/press-release-detail/us-fda-approves-pfizers-cibinqor-abrocitinib-adults.

3. Pfizer. How Cibinqo Works. Disponível em: How CIBINQO™ (abrocitinib) Works | Safety Info

4. L. Eckert et al. The burden of atopic dermatitis in US adults: Health care resource utilization data from the 2013 National Health and Wellness Survey. J Am Acad Dermatol, Vol 78 , Issue 1 , 54 - 61.e1.

5. CH, Chung J, Simpson EL. Quality of Life and Disease Impact of Atopic Dermatitis and Psoriasis on Children and Their Families. Children (Basel). 2019;6(12):133

6. Pfizer. Pesquisa inédita revela cenário de preconceito e desconhecimento sobre a dermatite atópica. Acesso disponível em: https://www.pfizer.com.br/noticias/releases/pesquisa-inedita-revela-cenario-de-preconceito-e-desconhecimento-sobre-dermatite-atopica


Adoção de cuidados com as orelhas e de hábitos preventivos pode evitar a ocorrência de otites

Médica do Hospital Edmundo Vasconcelos oferece dicas e orientações relacionadas à doença

 

A otite, inflamação das orelhas, é uma condição comum que afeta pessoas de todas as idades, ainda que as crianças sejam prevalentes. A doença, porém, ainda é cercada por dúvidas. A otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Cleonice Hitomi Watashi Hirata ajuda a esclarecer as principais causas, sintomas, prevenção e tratamentos, além de dicas e orientações relacionadas à doença.

A otite pode ser de dois tipos principais: a externa e a média. A primeira é a inflamação do conduto auditivo externo e pode ser causada por excesso de umidade, como pode ser o caso de nadadores, ou por traumas, como o uso inadequado de cotonetes, palitos ou grampos. Infecções provocadas por fungos e bactérias também podem desencadear essa variação. Já a segunda é a inflamação da orelha média e pode ocorrer de forma aguda ou crônica. Ela é frequentemente causada por infecções virais ou bacterianas.

Apesar das diferenças, porém, os sintomas são muito semelhantes. “A dor é o sintoma principal da otite, podendo ser contínua, latejante e pulsátil. Além da dor, outros sintomas comuns incluem sensação de ouvidos tampados, dificuldade na audição e otorreia (secreção). Febre, mal-estar e irritabilidade, especialmente em bebês, também podem estar presentes”, explica a médica.

Para tratar a doença, são recomendados cuidados com as vias aéreas e a aplicação de medicamentos sintomáticos como analgésicos e anti-inflamatórios. Já as bacterianas devem ser tratadas com antibióticos. “Para ambos os casos, o ideal é sempre procurar a supervisão médica”, destaca.


Prevenção

A otite externa pode ser prevenida ao se evitar a manipulação do conduto auditivo externo por meio do uso de cotonetes e outros instrumentos. “Manter as orelhas secas e evitar a entrada de shampoos ou sabonetes durante o banho também é recomendado”, avalia. Segundo ela, nadadores e pessoas com dermatite atópica são considerados parte do grupo de risco dessa doença. “Mas para além deles, é crucial que pacientes diabéticos com dor de ouvido procurem avaliação profissional e evitem a automedicação, por conta de medicamentos que possuem contraindicações”, afirma.

No caso da otite média aguda, os grupos de risco incluem pessoas que possuam com frequência obstrução das vias aéreas superiores, rinites e sinusites. Alguns hábitos também podem contribuir como o uso de chupetas, a utilização de mamadeiras para crianças que estejam deitadas, crianças que não foram amamentadas, crianças que respiram pela boca e crianças que foram expostas precocemente a berçários e creches.

“A prevenção envolve manter as vias aéreas sempre limpas, controlar os quadros alérgicos, como rinites alérgicas, e garantir a vacinação adequada. É importante ressaltar que nem toda dor de ouvido é otite, e a avaliação de um otorrinolaringologista é essencial. Outras causas de dor de ouvido podem estar relacionadas a problemas na articulação temporo mandibular, lesões na garganta e problemas dentários”, finaliza a médica. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

Endometriose na adolescência: conheça os sinais

O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento adequado

 

Ainda bastante desconhecida por muitas mulheres, a endometriose atinge os órgãos reprodutivos femininos, muitas vezes no período da adolescência e podendo se intensificar na fase adulta e, por ser uma doença inflamatória, pode afetar de maneira drástica a qualidade de vida de uma adolescente que já possui muitas dúvidas em relação ao próprio corpo. 

Segundo o Dr. Marcos Tcherniakovsky, Ginecologista e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE), a endometriose tem mais incidência e prevalência no período chamado menacme.

"A endometriose pode acontecer durante toda a fase da vida em que a mulher menstruar, que vai desde sua primeira menstruação, que hoje pode acontecer com nove, dez, ou onze anos, até o período que antecede a menopausa”, sendo bem menos frequente no período da pós-menopausa explica o Dr. Marcos.

 

Os sintomas

O médico alerta que a adolescente pode ter sintomas como: cólicas menstruais intensas, dores intestinais, dores ao urinar e dores pélvicas.

“Embora a endometriose não apresente causas claras, a menarca precoce e fluxos menstruais abundantes, de longa duração ou de maior frequência, são considerados fatores de risco para o seu desenvolvimento”, conta o médico.

Ultimamente se dá muita atenção para o público adolescente. “Existem adolescentes com muita dor para menstruar, de forma incapacitante, deixam de ir para a escola ou de praticar seus esportes. É uma fase que não podemos menosprezar estes sintomas, pois casos graves podem ocorrer. Os ginecologistas têm que estar atentos a estas situações, da mesma forma que na fase adulta, comenta Tcherniakovsky.

 

Impacto da endometriose na vida da adolescente

A endometriose na adolescente pode acarretar, além de dores incapacitantes, em uma série de fatores psicológicos atrapalhando, por exemplo, nas atividades escolares. Por conta das mudanças no corpo, algumas delas acabam achando que é normal sentir dor e, até desconfiar que realmente tem algo de errado, e isso pode levar anos até que seja dado a real atenção.

"Vale observar se a adolescente, a partir da primeira menstruação, sente dor muito intensa e incapacitante. A endometriose não é a única doença que causa esses sintomas, existem outras condições que também podem acarretar cólica e fluxo intenso e, independente se é endometriose ou não, é importante ter o diagnóstico e tratamento correto para que essa menina tenha qualidade de vida", lembre-se “sentir dor não é normal em nenhuma fase da vida” finaliza o médico.

 



Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra - Especialista em Endometriose e Vídeoendoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). Atualmente é Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-Endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. É Médico Responsável na Clínica Ginelife. Especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO e Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose. Membro da Comissão Nacional de Especialidades em Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) Instagram: @dr.marcostcher

Atrasos na fala: quando procurar ajuda?

 Carla Faedda, professora do curso de Fonoaudiologia do UDF, explica sobre os cuidados necessários que os pais devem ter no desenvolvimento da linguagem da criança

 

A expectativa pela primeira palavra de um filho é algo presente na maioria das famílias. A fala desempenha um papel fundamental em nossa vida diária e é uma das principais formas de comunicação humana. Ela nos permite aprender, ensinar, colaborar e interagir com o mundo ao nosso redor.  

O desenvolvimento da linguagem começa muito antes da criança começar a falar. Segundo a fonoaudióloga e professora do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), Carla Faedda, a comunicação oral se inicia logo após o nascimento por meio do choro, posturas e expressões faciais e é necessário que os pais estejam atentos para atrasos nesse processo.  

“Não costumamos marcar uma idade fixa, devido ao desenvolvimento gradativo da linguagem na infância. Conhecer esse desenvolvimento é importante para determinar se a comunicação está se desenvolvendo adequadamente ou não. O desenvolvimento da comunicação e o desenvolvimento neuropsicomotor estão alinhados e precisam de atenção. Por isso, é importante que a criança esteja sendo acompanhada por um médico pediatra, pois inicialmente, ele é quem sinaliza qualquer atraso no desenvolvimento”, explica.  

Aos seis meses, é comum que o bebê esteja na fase do balbucio, onde ele realiza sons guturais, usa os lábios e a língua para produzir sons, esses sons vão evoluindo e aos 12 meses este bebê deve emitir cerca de 10 a 50 palavrinhas. Entre um ano e meio e um ano e oito meses, as crianças aprendem uma média de dez ou mais palavras por dia. Entre um e dois anos o vocabulário pode incluir até 200 palavras, muitas delas nomes. Entre dois e três anos, seu vocabulário aumentará para até 300 palavras. Ela usará nomes e verbos juntos para formar frases completas, embora simples, como “eu quero agora”. Então, se esses marcos estão alterados, é importante que a família procure ajuda profissional.  

Além disso, a professora Carla Faedda também ressalta que a família tem papel fundamental na aquisição da linguagem e que é possível desenvolver um ambiente mais propício para a comunicação por meio de ações simples como:  

  • Falar sempre de frente e na mesma altura da criança; 
  • Praticar a leitura desde cedo para estimular além da fala e da linguagem, a formação de um vocabulário mais rico e aumento da criatividade; 
  • Caso a criança fale a palavra errada, apenas repita a palavra da forma correta, sem sinalizar o erro;  
  • Mostrar-se interessado no que a criança tem a dizer; 
  • Manter-se calmo e espere a criança acabar de falar; 
  • Fazer das atividades do dia a dia, como a hora do banho, momentos para incentivar a fala, sempre nomeando partes do corpo, objetos, lugares, cores e ações;  
  • Realizar brincadeiras lúdicas como faz-de-conta também são excelentes formas de incentivar a comunicação.  

Existem pesquisas que afirmam que o atraso e transtorno na aquisição da fala e da linguagem, podem causar prejuízos futuros no desenvolvimento cognitivo, na leitura e na escrita. Por isso, o diagnóstico e a intervenção precoces são importantes. Quanto antes a família identificar sinais de alerta, melhor. 

“Também é importante saber se a criança parece não ouvir quando chamada, se apresenta dificuldades em compreender a fala do adulto, se apresenta dificuldades em se relacionar com outras crianças, se apresenta comportamento aversivo aos sons ou ao toque, se tem histórico de otites de repetição - que podem causar atrasos na aquisição da fala, ou se apresenta atrasos no desenvolvimento motor associado. Porém, sob qualquer suspeita, o ideal é buscar ajuda profissional o quanto antes, o tempo é crucial na infância. Existem alguns mitos e orientações erradas sobre o processo de aquisição da linguagem pelas crianças que precisam ser extintos. Como por exemplo, esperar até quatro anos e, se não falar, aí procure ajuda profissional. O ideal é não esperar, é agir de forma preventiva assim que os sinais aparecem”, orienta a professora e fonoaudióloga, Carla Faedda.  

 


Centro Universitário do Distrito Federal – UDF
www.udf.edu.br


Ortopedista esclarece dúvidas e minimiza medos relacionados a cirurgias na coluna

É essencial escolher um profissional experiente e qualificado, que possa oferecer a melhor abordagem e cuidado individualizado durante o tratamento


A necessidade de realizar uma cirurgia na coluna pode gerar medo e insegurança em muitas pessoas, especialmente quando surgem preocupações sobre os possíveis impactos nos movimentos e qualidade de vida. No entanto, é importante destacar que os procedimentos cirúrgicos evoluíram significativamente ao longo do tempo, proporcionando segurança e resultados satisfatórios para os pacientes. 

De acordo com o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgia de coluna, o avanço da medicina e a adoção de técnicas menos invasivas têm feito com que os procedimentos se tornem mais seguros e eficazes. “Atualmente, existem abordagens   que permitem realizar  incisões menores, ocasionando um menor trauma aos tecidos circundantes. Isso resulta em menor dor pós-operatória, tempo de recuperação mais rápido e cicatrizes discretas”, revela.

É compreensível que a perspectiva de uma cirurgia na coluna gere medo e apreensão. No entanto, é importante destacar que os procedimentos modernos são realizados com técnicas avançadas e precisas, visando à segurança e o bem-estar, cuidados que podem minimizar o medo de potenciais pacientes. “Além disso, é essencial destacar a importância da escolha de um profissional experiente e qualificado, que possa oferecer a melhor abordagem e cuidado individualizado", destaca Dr. Bruno.

Outro fator que contribui para minimizar qualquer tipo de receio é o avanço dos recursos tecnológicos. O uso de imagens intraoperatórias e técnicas assistidas por computador permitem aos cirurgiões ter uma visão detalhada e em tempo real da área a ser tratada. Essas práticas proporcionam maior precisão e segurança durante o procedimento, reduzindo os riscos e aumentando a eficiência da intervenção.

Além disso, o Dr. Bruno Fabrizio destaca a importância da comunicação entre o médico e o paciente. "Um dos principais objetivos é garantir que tudo seja compreendido plenamente em relação ao procedimento, os riscos envolvidos e os possíveis resultados. Esclarecer todas as dúvidas e fornecer informações claras e precisas contribuem para reduzir a ansiedade e aumentar a confiança durante o processo", revela.

É fundamental buscar orientação médica especializada e realizar também uma avaliação completa antes de decidir por uma cirurgia de coluna. O Dr. Bruno Fabrizio enfatiza a importância de uma abordagem individualizada, levando em consideração as características e necessidades de cada paciente.

As cirurgias na coluna evoluíram significativamente, proporcionando técnicas menos invasivas, recursos tecnológicos avançados e uma abordagem individualizada. “O médico deve esclarecer dúvidas e informar corretamente os pacientes, para que possam tomar decisões informadas e sentirem-se mais seguros em relação aos procedimentos cirúrgicos na coluna”, conclui o especialista.

 

Bruno Fabrízio - Formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico   do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007. https://www.instagram.com/drbrunofabrizio/

 

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