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quinta-feira, 27 de abril de 2023

Mais de 1 bilhão de mulheres em todo o planeta estão passando pelo climatério e menopausa: saiba um pouco mais sobre os assuntos

Segundo a especialista e ginecologista, Dra. Beatriz Tupinambá, o conhecimento e o cuidado precoce são os maiores responsáveis por proporcionar qualidade de vida para as mulheres de todas as idades impactadas

 

Segundo pesquisas realizadas, mais de 1 bilhão de mulheres no planeta (ou seja, uma média de 12% da população), estão passando pelo climatério e menopausa. E mesmo assim, esta temática importante é um tabu para a maioria delas.

O desconforto causado pelo climatério e menopausa é um processo natural do corpo humano. Mas, a grande maioria desconhece o assunto, e acreditam em mentiras contadas repetidamente, que refletem no medo de atravessar os dois momentos. E levam estas mentalidades até o final de suas vidas. 

A médica ginecologista e especialista em menopausa, climatério, reprodução humana e longevidade da medicina, Dra Beatriz Tupinambá, vem ganhando cada vez mais força em seus canais digitais por produzir informações importantes, diariamente, as suas mais de 400 mil inscrições em redes sociais. Isso mostra, que além da falta de conhecimento, as mulheres enxergam a menopausa como um período muito temido, e sem solução. 

A doutora acredita que estas podem ser 'a melhor fase da mulher', sem anular nenhum sintoma, ou desconforto. Através do conhecimento aliado a ação, as pessoas podem deter grandes complicações. Isso foi comprovado em suas mais de 10 mil pacientes e alunas, que buscavam por ajuda nos temas. 

''A menopausa é um processo biológico e natural. Ela acontece quando os ovários deixam de produzir o estrogênio e a progesterona, resultando na suspensão da menstruação. Mas a grande questão, e o erro, é achar que todos os desconfortos passarão por conta própria. Não dá para entender, porque mulheres esperam tanto tempo para terem qualidade de vida. E antes de falar de menopausa, vamos entender o que vem antes, que é o climatério'', explica Beatriz. 

O climatério é a fase pré menopausa. Só se identifica o fim desta fase, quando está há um ano sem menstruar. Mas, e quando a mulher entra no climatério?

Para começar, fisiologicamente, a partir dos 30 anos de idade, a produção hormonal já começa a diminuir. O processo de envelhecimento já começa a acelerar, e é difícil para a mulher perceber ou a relacionar suas queixas ao período de climatério. Mas, a especialista detalha, a importância de acompanhar o ciclo menstrual e suas mudanças notórias. Por conta da queda da progesterona, o aumento da TPM, irritabilidade e encurtamento do ciclo menstrual, são alguns dos principais sintomas. Mas, a grande maioria das mulheres só associam a relação com a menopausa, quando o encurtamento do ciclo dura meses.

Se o ciclo mudou é um fator importante para identificar os períodos. Buscar um ginecologista logo no início dos sintomas como mudanças de humor, alteração do sono, pele envelhecendo mais rápida, podem ser fatores que apontam para o início do climatério, mas quase nunca são associados ao tema, e sim, ao estresse do dia a dia, excesso de trabalho, entre outras desculpas. 

''Se a mulher não faz nada a respeito enquanto há tempo, ela envelhece muito mais rápido, e isso acontece no corpo inteiro, não só na pele, mas o aumento do cansaço, a perda da jovialidade e disposição, e até quadros depressivos. O nosso corpo não perdoa, a gente precisa viver com a fisiologia hormonal em dia, que é o básico para o nosso organismo funcionar corretamente. Só o conhecimento sobre si e sobre os temas combate os desconfortos. Quanto antes agir, mais qualidade de vida a mulher terá'', revela Beatriz.


Confira 3 vertentes importantes que impactam diretamente no climatério e menopausa: 

1 - Sono e intestino:

Quando nos alimentamos bem, nós automaticamente desinchamos, principalmente, se diminuímos ou cortamos alimentos e ingredientes inflamatórios. Automaticamente, todos os receptores hormonais desinflamam também, e a ação deles melhoram, e isso reflete diretamente no sono. A alimentação ruim acelera a menopausa, e os outros dois fatores importantes dentro deste cenário, é evitar dormir pouco e também comer antes de ir dormir. A boa noite de sono permite que a melatonina faça uma varredura de células ruins e as renove. Este hormônio é um dos antioxidantes mais potentes que nós temos, e ajuda muito a diminuir a incidência de câncer. 

''Além de anticancerígena e antioxidante, a melatonina é essencial para ser mantida como prioridade na nossa saúde. Se ela estiver desequilibrada, vai interferir na produção de hormonios da tireoide, e consequentemente, isso impacta no ovário, que resultará na diminuição de progesteron. Os tres pilares (melatonina, tireoide e ovarios) estão interligados diretamente, e uma prejudica a outra como um efeito cascata'', complementa Beatriz. 

2 - Estresse 

Não é natural ser estressada. É normal existir o estresse, e saber lidar com ele. Estes dois comportamentos são divisores de águas para evitar doenças muito severas. E, claro, o estresse também acelera a menopausa. 

3 - Suplementação

Os hormônios são produzidos a partir de matéria-prima. Então, temos que dar essas matérias-prima, que são as vitaminas e nutrientes. A nossa alimentação hoje em dia, não tem o aporte de nutrientes necessários para o corpo humano funcionar como deveria. Mesmo as pessoas que se alimentam de forma correta não estão dentro da taxa ideal, e isso inclui até os que dão preferência aos orgânicos. Entrar com uma suplementação bem feita significa que você está ajustando suas engrenagens, e o corpo funciona muito melhor. Fazendo uma analogia, um carro bem cuidado, com revisões periódicas, lubrificado, aparafusado, demora muito mais tempo para dar defeito. Mas um carro, por mais que seja novo, mal cuidado, quebra mais rápido e apresenta  problemas constantes. 

A própria progesterona, não deve ser dada só quando você está para entrar na menopausa. Precisa regular, com acompanhamento, para manter os mesmos níveis de quando somos mais novas. E quando não há produção suficiente, o SHBG aumenta (é uma espécie de 'detector'), e ele está relacionado diretamente a doenças inflamatórias, qualquer uma que seja. E isso é um alerta, a base, para mais para frente ocorrer um problema cardiovascular.

 


Dra. Beatriz 
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Alimentação e atividade física: como conciliar para obter bons resultados?

Profissional de educação física explica os benefícios dessa relação


A atividade física com uma boa alimentação resulta não só em qualidade de vida, mas também no objetivo de conseguir bons resultados, seja a hipertrofia muscular ou a perda de peso/gordura. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é recomendado que adultos  pratiquem exercício físico moderado de 75 a 150 minutos por semana. E para melhorar ainda mais o desempenho, é preciso comer corretamente. 

A alimentação é um dos principais fatores para a realização das metas, feita de forma correta  garante maior rendimento nos treinos. “Também diminui  a fadiga, auxilia no período de recuperação e abaixa o risco de lesões. Em suma, quem não se alimenta bem e de forma estratégica corre o risco de prejudicar a recuperação muscular após os exercícios”, destaca Bruno Viotti, profissional de educação física e pós graduado em bodybuilding coach. 

Conciliando com a boa nutrição, exercício físico ideal levará a pessoa ao seu objetivo com muito mais eficiência, e por isso é muito importante o acompanhamento profissional. “O profissional da área é capaz de desenvolver um treinamento de acordo com o resultado que a pessoa quer atingir, seja perda de peso ou ganho de massa muscular por meio de uma anamnese (avaliação médica), sabendo seu peso, idade, altura, biotipo, se tem alguma patologia (cardíaco, diabético etc), para fazer a prescrição dos exercícios físicos”, explica Bruno. 

 

Por que praticar atividade física? 

·         Promove o seu desenvolvimento humano e bem-estar, ajudando a desfrutar de uma vida plena com melhor qualidade;

·         Previne e diminui a mortalidade por diversas doenças crônicas, tais como pressão alta, diabetes (alto nível de açúcar no sangue), doenças do coração e alguns tipos de câncer (como mama, estômago e intestino);

·         Ajuda a controlar o seu peso, melhorando não apenas a saúde, mas também a relação com seu corpo;

·         Diminui o uso de medicamentos em geral;

·         Melhora o seu sono;

·         Promove prazer, relaxamento, divertimento e disposição

 


Fonte: Bruno Viotti - profissional de educação física e pós graduado em bodybuilding coach. @bruno_viotti


Melanose solar: indícios acima dos 50 anos

A melanose é um fotodano, e o filtro solar é parte
essencial do tratamento e prevenção
Divulgação

Flávia Villela, médica especialista em Dermatologia, fala sobre melanose solar e os impactos para a pele, além da prevenção e tratamento da lesão de pele

 

Sabe aquela mancha que aparece de repente em alguma parte do corpo, como no rosto, colo e braços? Pois bem, pode ser uma melanose solar, causada por exposição ao sol. Mas calma, ela não indica riscos à saúde, mas escurece a pele, deixando a região em tons castanhos.

Essa lesão benigna surge em áreas expostas ao sol, de maneira crônica, onde a radiação ultravioleta atinge o melanócito, que é a célula responsável pela produção de melanina - o pigmento que dá cor à pele, consequentemente, induzindo a produção de manchas.

A melanose solar pode se apresentar em diferentes tons de castanho na região que recebeu sol excessivo, sem proteção e a longo prazo, como por exemplo: rosto, colo, dorso das mãos e braços, além dos ombros.

Dra. Flávia Villela explica que a lesão é mais característica em pessoas de pele clara, se manifestando a partir dos 50 anos, justamente pelo acúmulo de hábitos negativos quando o assunto é exposição solar e que é diferente de melasma, uma condição multifatorial com causas ligadas à predisposição genética, fatores hormonais, etc.

‘’A melanose não demonstra riscos à saúde e muito menos indica a presença de câncer de pele ou outras doenças. Já o melasma é classificado como uma doença crônica que piora com o sol. Nos dois casos tem relação com o sol e é indispensável o uso de filtro solar e sua reposição. Isso vale para os momentos de praia ou piscina, mas para o sol do dia a dia também’’, diz.

A médica ainda alerta que é preciso evitar o período em que o sol está mais quente, das 10 às 16 horas, e que tratamentos dermatológicos de consultório, como o laser de Co2 fracionado, responsável por eliminar as manchas, além de renovar as camadas da pele e o peeling químico com cauterização, que consiste na aplicação de ácidos para clarear a pele e resolver distúrbios estéticos, ajudam a tratar a lesão.

Segundo ela, a melanose é um fotodano (dano solar) e o filtro solar é parte essencial do tratamento e prevenção. A especialista ainda recomenda o uso de clareadores noturnos para prolongar os cuidados em casa, além da importância de consultas preventivas a fim de descartar o diagnóstico.

‘’Uma queixa frequente no consultório é a coloração de pele alterada devido ao surgimento das manchas escuras em todo rosto e corpo, que é resultado da exposição solar, sem proteção durante anos e anos, principalmente em peles maduras. Esse efeito cumulativo se distancia da jovialidade, saúde e qualidade da pele, e inclusive, deve ser monitorado para controlar o quadro’’, finaliza Flávia Villela.


E-books gratuitos esclarecem sobre sintomas precoces da Doença de Parkinson e exercícios físicos para pacientes

  

Abril é o mês de Conscientização da Doença de Parkinson. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que aproximadamente 1% da população mundial com idade superior a 55 anos tem a doença. No Brasil, estima-se que 200 mil pessoas sofram com o Parkinson. É a segunda doença degenerativa com amsior incidência. Não tem cura, mas tem tratamento.

A Associação Brasil Parkinson, lança dois e-books gratuitos com o objetivo de oferecer conhecimento para a população sobre a doença, promover ações de prevenção, informação sobre tratamentos e qualidade de vida para o paciente:



E-book Sintomas Iniciais (Prodrômicos) - pessoas com Doença de Parkinson relatam ter vivenciado sintomas motores e não motores antes do aparecimento dos sintomas clássicos até 15 anos antes do diagnóstico. Para auxiliar na identificação desses sinais e sintomas, o conteúdo aborda os sinais que podem surgir como a dor muscular, o desânimo e a falta de atenção, que podem ser sintomas precoces do Parkinson.



E-book de Atividades e Exercícios Físicos - A recomendação é 150 minutos de exercícios aeróbios (aquele que exige esforço), 3 vezes por semana. Esse e-book traz algumas atividades e exercícios indicados para auxiliar na melhora da qualidade de vida para as pessoas com DP, pois são comprovadamente neuroprotetores para o cérebro, além de melhorar os sintomas motores e não-motores relacionadas à doença.

Os e-books são gratuitos e devem ser baixados no site da Associação Brasil Parkinson – www.parkinson.org.br. 

 

ABP - https://www.parkinson.org.br/        

Fonte – Érica Tardelli – presidente


Gravidez na adolescência é um desafio para a saúde pública

Tema estará em pauta na programação do XV Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria que será realizado de 4 a 6 de maio de 2023, no Master Premium, em Gramado (RS)

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, o país registra altas taxas de gravidez na adolescência, com mais de 500 mil casos por ano, sendo que cerca de 20% das mães são adolescentes. Esse cenário é preocupante, uma vez que a gravidez na adolescência pode ter impactos negativos na saúde física, emocional e social das adolescentes e de seus filhos. A situação está associada a riscos aumentados de complicações na gestação e parto, como prematuridade, baixo peso ao nascer, hipertensão gestacional e desnutrição. Além disso, as adolescentes grávidas enfrentam desafios emocionais, sociais e econômicos, como interrupção da educação, restrição de oportunidades profissionais e maior vulnerabilidade à violência e ao abuso.

O XV Congresso Gaúcho de Atualização em Pediatria debaterá o tema com a participação de dois especialistas no assunto: Tiago Chagas Dalcin (RS) e Thiago Rocha (RS). O tópico estará presente em um talk show previsto para às 11h15min de sexta-feira (05/05).

A SPRS reforça a importância da promoção da saúde sexual e reprodutiva na adolescência como um aspecto fundamental da prática pediátrica, e o evento será uma oportunidade de aprendizado e reflexão sobre esse tema crucial para a saúde e bem-estar dos adolescentes.

O evento é uma realização da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul. Mais informações sobre a programação, inscrições e valores podem ser conferidas no site https://gauchopediatria.com.br/ 

 

Marcelo Matusiak


DEMÊNCIA E VACINAÇÃO NA TERCEIRA IDADE FORAM ALGUNS DOS DESTAQUES DO XXIII CONGRESSO BRASILEIRO DE GERIATRIA E GERONTOLOGIA

A médica geriatra do Elissa Village, Caren Cristiane Muraro; e a presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Ivete Berkenbrock, conversaram durante live sobre os principais destaques do Congresso, realizado em São Paulo, de 23 a 25 de março

 

O Elissa Village, empreendimento de longevidade, localizado em Campina Grande do Sul (PR), realizou uma live com as médicas geriatras Caren Cristiane Muraro, do Elissa, e Ivete Berkenbrock, presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) sobre os principais destaques do XXIII Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia, que aconteceu em São Paulo, de 23 a 25 março. Durante a conversa, as profissionais apontaram a importância da especialidade para a sociedade atual e temas como vacinação e demência na terceira idade. Confira os destaques:

 


Papel do geriatra na sociedade atual


Segundo a presidente da SBGG, Ivete Berkenbrock, o Brasil tem, atualmente, cerca de 2 mil médicos titulados em geriatria. “Para o tamanho da população, esse número ainda é muito pequeno. Mas, isso é um fenômeno mundial, no qual vemos a expectativa de vida dando um salto e a quantidade de médicos especialistas em geriatria não acompanhando isso”, afirma.

 

No entanto, a médica destacou a presença de um público mais jovem nessa edição do congresso e que isso é um reflexo positivo para o futuro desta área. “Depois de dois anos de pandemia voltamos a fazer o congresso presencialmente e o consideramos um sucesso. Foram 3.700 participantes nessa edição, isso representou o maior congresso da SBGG, foi um marco. Além disso, tivemos a participação de um público bastante jovem, incluindo novos geriatras e também demais profissionais voltados a esta especialidade”.

 

A médica geriatra do Elissa Village, Caren Muraro, salienta que ser geriatra é fazer a promoção à saúde, reabilitação e cuidados paliativos. “Eu sempre digo que geriatra não é cuidar de doenças, mas sim cuidar de pessoas. Temos que ter uma ótima interação com a equipe multiprofissional, respeitando a história e o propósito de vida de cada paciente”, ressalta Caren.


 

Panorama perspectivo da demência e prevenção


Com o tema “Dos cinco I’s aos cinco M’s: da evolução de conceitos à evolução do cuidado”, o Congresso 2023, discutiu as principais doenças que acometem o envelhecimento e que são descritas, principalmente, nos conceitos dos cinco M’s (mobilidade, mente, medicação, multicomplexidade e mais importante – os desejos e objetivos de cada indivíduo que devem ser respeitados pelos profissionais).

 

Nesse sentido, um dos assuntos destaques do congresso foi a discussão do panorama perspectivo da demência no Brasil. De acordo com dados apresentados no Congresso, em 2019, já existiam 1,8 milhões de brasileiros com demência. “Isso é, ainda, um número aproximado. Pois, há muito casos sub diagnosticados”, conta a presidente da SBGG. A projeção é que, em 2050, esse número seja de 5,7 milhões de pessoas com demência no país. 

 

A demência é uma doença neurodegenerativa crônica sem cura, que faz com que o indivíduo perca a capacidade de autocuidado. A causa mais comum é a doença de Alzheimer; a segunda causa é a demência vascular que pode ser prevenida, por meio do controle de alguns fatores de risco modificáveis, são eles: diabetes, hipertensão, obesidade, tabagismo, qualidade do sono, baixa audição e baixa escolaridade.

 

“Essa doença ainda é um desafio. Não existem medicações que a melhorem significativamente. Por exemplo, no congresso foi mencionado que existem diversos fármacos em estudo e que foram aprovadas duas medicações pelo FDA, que atuam no comprometimento cognitivo leve e demência leve, ainda não disponíveis no Brasil ”, conta a geriatra do Elissa Village, Caren Muraro.


 

A carteira de vacinação na terceira idade


As profissionais destacaram que outra discussão importante do Congresso foi relativa à vacinação na terceira idade. “A sociedade fala muito em alimentação saudável e atividade física para a manutenção da saúde e bem-estar, mas esquece da importância da vacinação nessa lista. Foi, inclusive, por meio da vacinação, entre outros fatores, que se erradicaram diversas doenças e tivemos a redução da mortalidade”, diz Caren.

 

A presidente da SBGG explica que é justamente por meio da vacinação que se evitam mortes relacionadas à gripe, pneumonia ou à Herpes Zoster, por exemplo. “E incluo nessa lista, mais recentemente a vacina contra a Covid-19, que também reduziu muito a mortalidade que tivemos recentemente”.

 

As profissionais explicaram que a carteira de vacinação da pessoa idosa é tão ampla quanto a de uma criança e que a vacinação em dia faz diferença no envelhecimento assim como os bons hábitos de vida. “Neste momento, por exemplo, é extremamente importante a vacina da gripe. Nós não cansamos de tanta coisa na nossa rotina, porque cansar de vacinar?”, questiona a presidente.

 

A geriatra do Elissa Village, Caren Muraro, ressaltou que, a prevenção por meio das vacinas é fundamental. “É muito importante prevenirmos, já que muitas vezes a influenza pode vir a complicar uma insuficiência cardíaca ou um diabetes que estava controlado ou ainda outras doenças crônicas. É precioso levar isso em consideração”, alerta. 

 


Elissa Village
@elissavillageoficial

Trabalhar a noite aumenta os riscos de obesidade? Entenda o motivo

De acordo com dados da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), no Brasil, a ocorrência da obesidade aumentou cerca de 72% nos últimos treze anos, saindo de 11,8%, em 2006, para 20%, em 2019. Estima-se que, em 2025, em todo o mundo, deverá haver 2,3 bilhões de adultos acima do peso, sendo 700 milhões de pessoas obesas, com IMC acima de 30. 

Trabalhar durante a noite é uma realidade para muitos profissionais em diferentes setores. Embora esses trabalhadores desempenhem um papel crucial na manutenção da sociedade em funcionamento, estudos recentes descobriram que trabalhar durante a noite pode ter impactos significativos na saúde, aumentando o risco de obesidade, diabetes e outros problemas de saúde. 

O médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo explica que o ciclo circadiano é um processo biológico que regula o ritmo do nosso corpo, incluindo as funções hormonais e o sono. Quando trabalhamos durante a noite, nosso ritmo circadiano é interrompido, o que pode levar a uma série de problemas de saúde. Pesquisas apontam que trabalhar durante a noite pode causar desalinhamento do ciclo circadiano, uma vez que o corpo é programado para dormir à noite e ficar acordado durante o dia. Esse desalinhamento pode ter efeitos negativos na saúde, incluindo aumento do risco de obesidade e diabetes. 

Um estudo relatado no artigo Prevalence of overweight and obesity among health professionals with shift work schedules: A scoping review em 2023, mostra que, embora não sejam totalmente compreendidos, os mecanismos que ligam o trabalho por turnos à obesidade estão relacionados a alterações comportamentais, como privação do sono, sedentarismo, exposição à luz artificial, horários irregulares das refeições e dessincronização do ciclo circadiano. Esses hábitos não saudáveis podem levar ao desequilíbrio metabólico e ao ganho de peso. 

Outro estudo recente da Universidade de São Paulo também constatou essas associações da privação de sono, sedentarismo e má alimentação. A pesquisa mostrou que pessoas que trabalham durante a noite geralmente ficam mais sedentárias e têm uma dieta menos saudável do que as pessoas que trabalham durante o dia. Isso pode ser explicado pelo fato de que, quando trabalhamos durante a noite, muitas vezes não temos acesso a alimentos saudáveis e frescos, o que pode levar a uma alimentação menos saudável.

“Além disso, trabalhar durante a noite pode afetar a saciedade, levando a uma maior ingestão de alimentos e, consequentemente, ao ganho de peso. A privação do sono também pode causar alterações hormonais que aumentam o apetite e reduzem a sensação de saciedade.” destaca o Dr. Ronan Araujo. 

Então, o que podemos fazer para minimizar os efeitos negativos do trabalho noturno na saúde? Embora seja difícil mudar o horário de trabalho, existem algumas estratégias que podem ajudar a minimizar os efeitos negativos. 

Manter uma dieta saudável é fundamental para garantir que o corpo esteja recebendo os nutrientes necessários para funcionar bem. Para aqueles que trabalham durante a noite, é importante tentar comer alimentos saudáveis e frescos, mesmo que isso signifique preparar refeições em casa antes do turno de trabalho. Além disso, é importante beber bastante água para manter o corpo hidratado. 

Priorizar o sono de qualidade também é fundamental. Tentar manter um cronograma consistente de sono, mesmo que isso signifique dormir durante o dia, pode ajudar a minimizar os efeitos negativos do trabalho noturno na saúde. É importante criar um ambiente de sono adequado, como um quarto escuro e silencioso, para garantir que o corpo possa descansar adequadamente. 

“Manter um estilo de vida saudável, incluindo exercícios regulares, e desenvolver uma rotina de sono de qualidade, pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do trabalho noturno na saúde. O exercício regular pode ajudar a manter o peso corporal saudável e melhorar a qualidade do sono. Busque ajuda especializada para te orientar e ajudar a reduzir os riscos da obesidade.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.


Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


DOR NO COTOVELO: INVEJA OU PROBLEMA DE SAÚDE?

Epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista, deixou de ser uma condição exclusiva de atletas.

 

A chamada epicondilite lateral, também conhecida como “cotovelo do tenista” é uma condição dolorosa que ocorre quando os tendões desta parte do corpo estão sobrecarregados. Mas, apesar do nome, os atletas não são as únicas pessoas que desenvolvem essa condição. Pessoas que realizam atividades domésticas e atuam em profissões como pintura, carpintaria, encanamento e outras atividades que exijam movimentos repetitivos com os braços e pulsos também podem desenvolver a patologia, sendo no Brasil, mais de 150 mil casos por ano. 

O risco de adquirir a patologia aumenta quando a pessoa participa de atividades ou tem uma ocupação que utilize excessivamente os músculos do antebraço e dos tendões e músculos ao redor da articulação do cotovelo. “Nos últimos tempos eu percebi um aumento de queixas de pessoas que estão trabalhando em casa, seja pelos movimentos repetitivos (comum para o diagnóstico), mas principalmente pela falta da ergonomia correta para a realização do trabalho. ”, destaca Bernardo Sampaio, fisioterapeuta e diretor do ITC Vertebral e Instituto Trata, unidades de Guarulhos.

Quando a condição já está instalada, situações corriqueiras e até então simples de serem realizadas, vão se tornando difícil, como: apertar as mãos ou girar a maçaneta da porta. O tratamento inicial é conservador sendo o paciente orientado a diminuir ou substituir as atividades que geram os sintomas. Ainda segundo o especialista, a doença não tem cura, mas os sintomas podem desaparecer com a abordagem adequada. “Além de uso de analgésicos, utilizar algum tipo de imobilização pode ser benéfica quando necessário e repouso relativo, fisioterapia e terapia ocupacional também contribuem para a melhora do quadro, como diminuição de dor e melhora da função” – destaca. 

O profissional explica ainda que, o tratamento fisioterapêutico da epicondilite ajuda a conseguir gerar analgesia através de recursos manuais, eletroterapia e exercícios específicos para equilibrar a força do tendão inflamado.

Bernardo salienta que, a maneira mais eficaz de prevenir a epicondilite lateral é fortalecer os músculos do antebraço, seja com pesos leves ou alongamentos antes das atividades e modificar as atividades também pode ajudar. “Isso pode incluir a adição de períodos de descanso ou modificação de equipamentos que você usa no escritório, fábrica ou para esportes, ou enquanto participa de seus passatempos favoritos. ” 

Para as pessoas que estão trabalhando em casa, a recomendação é evitar ficar muito tempo na mesma posição diante do computador, fazer pausas para alongamento, melhorar a postura e encostar o antebraço completamente na mesa ou nos apoios da cadeira ao digitar ou movimentar o mouse. 



BERNARDO SAMPAIO - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor de graduação e pós-graduação também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br


Como cuidar da saúde bucal das crianças sem proibir o chocolate

Odontopediatra da Omint explica como o chocolate pode afetar os dentes e dá dicas de cuidados


O chocolate é um dos alimentos mais apreciados por crianças e adultos. No entanto, o consumo excessivo de chocolate pode trazer riscos para a saúde bucal das crianças, além de outros problemas como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Por isso, é importante que os pais tenham cuidado com a quantidade e o tipo de chocolate que oferecem aos seus filhos, e que incentivem hábitos de higiene bucal adequados.

“Devemos manter a atenção com a escovação e uso de fio dental diariamente, além de limitar o consumo de chocolates, não deixando com livre demanda. O chocolate contém açúcar, que é um dos principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da cárie dental”, explica Patricia Terzini, odontopediatra da Clínica Omint Odonto e Estética. 

 

Açúcar, o alimento das cáries

A cárie é uma doença infecciosa causada por bactérias que se alimentam do açúcar presente na boca e produzem ácidos que desmineralizam o esmalte dos dentes, formando cavidades. A cárie pode causar dor, inflamação, infecção e até a perda dos dentes se não for tratada adequadamente. “Não existem chocolates que não causem cárie, o que existem são receitas caseiras e mais naturais feitas com banana e cacau, que podemos oferecer a crianças menores”, diz Patrícia.

Além disso, o chocolate também pode estimular a sensibilidade dental em crianças que já têm a dentina exposta por algum motivo, como por desgaste do esmalte, erosão ácida ou trincas nos dentes. A dentina é a camada interna do dente, que contém túbulos que se comunicam com a polpa dentária onde ficam os nervos e os vasos sanguíneos. Quando a dentina é estimulada por alimentos gelados, cítricos ou doces, como o chocolate, pode ocorrer uma movimentação do fluido nos túbulos dentinários (canais microscópicos que irradiam por baixo da superfície do esmalte até o interior do dente), que provoca uma sensação passageira de dor aguda.

 

Para evitar esses problemas, os pais devem seguir algumas recomendações quanto ao consumo de chocolate pelas crianças: 

- Não oferecer chocolate para crianças menores de 2 anos, pois elas ainda não têm todos os dentes formados e podem se engasgar com o alimento.

- Preferir o chocolate meio amargo ou amargo, pois possuem uma quantidade menor de açúcar e maior de cacau, e são ricos em antioxidantes e flavonoides que podem trazer benefícios para o coração e para o humor.

- Comer o chocolate depois de uma refeição, como sobremesa. É importante evitar beliscar o chocolate durante o dia todo, pois isso aumenta o tempo de exposição dos dentes ao açúcar.

- Após comer o chocolate, esperar 10 minutos - para a saliva equilibrar o pH bucal - e depois fazer uma boa escovação dos dentes com creme dental fluoretado e usar fio dental para remover os resíduos que ficam entre os dentes.

 Seguindo essas dicas, é possível aproveitar o chocolate sem prejudicar a saúde bucal das crianças. “A prevenção é sempre o melhor caminho e os produtos que nos auxiliam são os preconizados no dia a dia, como escovas, cremes dentais fluoretados e fio dental. E ainda: visitas regulares ao dentista para realizar o exame clínico, profilaxia e aplicação de flúor”, finaliza a odontopediatra.

 

Clínica Omint Odonto e Estética


Dia Nacional da Doença de Fabry: diagnóstico precoce com exame genético

A identificação precoce permite mais qualidade e expectativa de vida aos pacientes


A doença de Fabry, uma condição genética rara que resulta em sintomas graves, especialmente no coração, sistema nervoso e nos rins, frequentemente é subdiagnosticada, atrasando o início do tratamento. Por isso, é crucial identificar a doença em crianças o mais cedo possível, para que elas possam receber o tratamento adequado e minimizar os danos causados pela condição. O dia 28 de abril é uma data importante para conscientizar a população, sociedades médicas e outras entidades sobre a doença.

O diagnóstico em meninos pode ser feito através de exames laboratoriais. Já em meninas, os exames laboratoriais podem se apresentar dentro da normalidade, por isso, exames genéticos são fundamentais para identificar a mutação genética. Em ambos os casos, a confirmação pode ser feita por exames genéticos, que representam a única maneira conclusiva de diagnosticar a doença e conseguem antecipar um diagnóstico que poderia levar anos. Até mesmo indivíduos assintomáticos se beneficiam com o diagnóstico e acompanhamento precoces, pois algumas alterações no organismo permanecem ocultas até se tornarem graves.

Afetando 1 em cada 3.100 meninos, e com frequência desconhecida em meninas, a doença de Fabry se manifesta de duas formas: clássica, na qual os sintomas se iniciam na infância ou adolescência e evoluem até a vida adulta progressivamente; e a tardia, em que os sintomas se iniciam na vida adulta e evoluem gravemente. 

A doença é causada por alterações no gene GLA, responsável pela produção de uma enzima que degrada um tipo de gordura. A falta ou redução dessa enzima nos pacientes com Fabry faz com que essas moléculas de gordura se acumulem nas células. A gravidade da condição está relacionada à quantidade e à qualidade do funcionamento da enzima.  


Sintomas

Os sintomas mais comuns da doença incluem dor intensa, sensação de queimação e formigamento nas mãos e pés, manchas na pele que aumentam com o avanço da idade, alterações gastrointestinais e perda na visão e audição. A doença de Fabry ainda está relacionada a graves danos renais e cardíacos que pioram progressivamente. Apesar de não ter cura, conta com tratamento que impede a progressão dos sintomas. 

O diagnóstico de Fabry é um desafio e pode levar anos, uma vez que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças. 

“Hoje já é possível que muitos pacientes se beneficiem da evolução da biotecnologia, através da redução de tempo e de custo do diagnóstico genético. Quanto mais cedo o diagnóstico de Fabry for feito, antes o tratamento é iniciado, impactando diretamente na qualidade e na expectativa de vida do paciente”, explica David Schlesinger, geneticista e CEO da Mendelics. 

A Mendelics, laboratório pioneiro e líder em Sequenciamento de Nova Geração (NGS) na América Latina, oferece o Painel de Doenças Tratáveis e o Painel de Distúrbios da Função Renal, que podem identificar mutações responsáveis pela doença de Fabry.

 

Perda de peso na infância pode indicar alguma doença

Diabetes e hipertireoidismo estão entre as causas da perda de peso


Como a criança está sempre crescendo, o normal é ela ganhar peso, e não perder”. O alerta é da endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato. Em algumas situações como virose ou uma infecção, quando a criança perde o apetite e come mal durante alguns dias, ela poderá emagrecer. Mas se não existe doença aguda aparente e a criança emagrece, a orientação é agendar consulta com o médico para investigar o motivo.

Dra. Lorena explica que um dos sinais do diabetes, por exemplo, é a criança emagrecer mesmo apresentando muito apetite e, muitas vezes, comendo acima do normal. Algumas doenças tireoidianas também apresentam a mesma característica. 

Algumas das causas da diminuição de peso na infância podem ser:

-         Hipertireoidismo

-         Diabetes

-         Causas psicológicas como anorexia ou depressão

A perda de peso na infância geralmente indica algum problema de saúde. Por isso a visita anual ao pediatra é muito importante. Uma maneira de verificar a perda de peso é fazer uma comparação do peso atual com aquele que foi registrado anteriormente.

“Tem um MITO que se refere ao estirão, ou seja, quando a criança está entrando na adolescência e cresce rápido e dizem que, com isso, a perda de peso é normal. Isso NÃO É VERDADE! Com o crescimento, a criança pode parecer visivelmente mais magra, mas não é normal a diminuição de peso na balança”, alerta Dra. Lorena.

De acordo com a endocrinologista, com o aumento hormonal de testosterona nos meninos e estrogênio e progesterona nas meninas, há um aumento natural de massa muscular, gordura subcutânea, retenção hídrica, aumento de mamas e de quadril, por exemplo.

“Além disso, a própria estatura aumenta, não é mesmo? Tudo isso acaba levando a um ganho de peso, embora pelo fato de a criança estar mais alta, parecer o contrário. Caso a balança indique realmente uma queda significativa no peso, o melhor a se fazer é marcar uma consulta com o médico para uma correta avaliação”, orienta Dra. Lorena. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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Mal silencioso: saiba como a hipertensão afeta crianças e adolescentes

De acordo com médico do Hospital Metropolitano Vale do Aço, sinais nesse grupo costumam aparecer já nos momentos de crise


É comum pensar que a hipertensão é uma doença que atinge, em sua maioria, pessoas mais velhas, o que é verdade. Mas o que pouco se diz é que dois importantes grupos também são acometidos por ela: crianças e adolescentes. 

Cada vez mais esse público apresenta alterações em sua pressão arterial. Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que a prevalência de pacientes hipertensos pediátricos varia de 3% a 15%, com tendência a aumento nos últimos anos. 

Popularmente conhecida como pressão alta, a hipertensão é uma doença crônica, caracterizada pela força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. 

Quando o paciente é hipertenso, a pressão agride seus vasos sanguíneos, tornando-os mais rígidos e espessos. O dano nos vasos dificulta a passagem do sangue e promove o acúmulo de gordura e a formação de coágulos, que podem entupir artérias do coração, veias do cérebro e causar lesões nas artérias dos rins.

 

Como identificar a doença?

Nem sempre é possível detectar as causas da pressão arterial elevada em crianças e adolescentes. Mas os fatores de risco para desenvolvimento da doença podem ser os mesmos apresentados na fase adulta: 

· Histórico familiar;

· Obesidade e sobrepeso;

· Sedentarismo;

· Consumo excessivo de sal e álcool;

· Tabagismo;

· Uso de anabolizantes e anticoncepcionais.

 Para o clínico geral Alysson Silveira Campos, que atua no Hospital Metropolitano Vale do Aço (HMVA), geralmente crianças e adolescentes também não apresentam sintomas da hipertensão, por isso a importância em realizar acompanhamento médico periódico ao longo dos anos. 

“Na maioria das vezes, os sinais aparecem durante uma crise hipertensiva”, explica. “Nesse caso, é possível identificar sintomas como a dor de cabeça, tontura, falta de ar, zumbido, visão embaçada, cansaço excessivo, sangramento nasal alterações do sono, manchas roxas pelo corpo, vômito, dores no peito e palpitações”, alerta o médico. 

 

Diagnóstico precoce e prevenção

O quadro de hipertensão arterial só é definitivo após a média de três medições consecutivas, com aparelho adequado e orientações técnicas.  

“Por se tratar de uma doença silenciosa, é recomendada a aferição de pressão a partir dos três anos de idade, pelo menos uma vez ao ano”, ele diz. 

O clínico acrescenta que “o diagnóstico precoce é fundamental para que a pressão alta seja controlada apenas com hábitos saudáveis, sem a necessidade de intervenções medicamentosas”. 

A doença pode ser evitada por meio de hábitos saudáveis, seguindo uma dieta com baixo teor de sódio e gorduras, praticando atividades físicas regulares de até uma hora e meia de duração, regulando os horários de sono e diminuindo os níveis de estresse.


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