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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Sesc São Paulo apresenta Circuito Sesc de Artes em 118 municípios do estado de São Paulo

Programação com música, teatro, circo, dança, cinema, literatura, artes visuais e tecnologias apresenta cerca de 85 ações artísticas e educativas em municípios da Grande São Paulo, do interior e do litoral paulista

 

De 12 a 28 de agosto, acontece o Circuito Sesc de Artes, promovido pelo Sesc São Paulo em parceria com prefeituras e sindicatos do comércio, serviços e turismo. Serão cerca de 85 ações artísticas e educativas em 14 roteiros que percorrem praças e parques durante três semanas. 

A programação, para todas as idades e interesses, passa por 118 municípios da Grande São Paulo, interior e litoral paulista e conta com apresentações de teatro, dança e circo, shows musicais, oficinas, intervenções, vivências, ações literárias, cinematográficas, de artes visuais e tecnologias, envolvendo mais de 500 profissionais das artes de diversos estados do Brasil.  

O Circuito Sesc de Artes chega aos municípios que fazem parte da área de atuação de unidades do Sesc com ações artísticas que buscam provocar novas percepções, reflexões e vivências. Com o intuito de fomentar, fortalecer e ampliar o espaço de diálogo e convivência, o respeito e a transformação social, a edição 2022 do Circuito Sesc de Artes intensifica o olhar para toda a diversidade de pessoas.

Durante um dia em cada município, os artistas realizam os espetáculos, shows e oficinas nas praças e parques com o objetivo de estimular o uso dos espaços públicos como lugares fundamentais para o convívio social e a troca de experiências e aprendizados, favorecendo os encontros e os afetos em uma perspectiva do desenvolvimento humano por meio da arte e da cultura. 

"À medida que observa a coexistência de estéticas tradicionais e experimentais como marca de uma cultura multifacetada, a edição desse ano também compreende que a diversidade de expressões originárias de diferentes corpos e ancestralidades é objeto incontornável na direção de convívios compartilhados, que sejam plurais e dignos.", comenta Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo.

 

Música

Uma série de atrações irá percorrer grande parte do estado de São Paulo com artistas de vários estados brasileiros. Um dos nomes que se destacam em música é Ana Cañas, que apresenta um show em que faz um mergulho na obra do cantor Belchior, com canções como Alucinação, Sujeito de Sorte, Coração Selvagem e Como Nossos Pais. 

A cantora e compositora paulistana Drik Barbosa apresenta as faixas do seu disco de estreia – o álbum leva o nome da artista. As músicas partem do rap e transitam pelo pop, passando pelo R&B, pelo funk e pelo pagode, com letras criadas a partir de vivências que falam sobre o empoderamento feminino e a negritude.    

Índígena da etnia Guajajara, a cantora, compositora, rapper, atriz e escritora Kaê Guajajara (MA), nascida em Mirinzal (MA) e radicada no Rio de Janeiro, apresenta músicas de seus EPs e do seu disco Kwarahy Tazyr (2021), que traz uma visão atual sobre a realidade dos povos indígenas no Brasil e discute temas como preconceito, racismo e resistência.    

A cantora, compositora e violonista de Juazeiro, Josyara, divide o palco com as Panteras Negras, banda instrumental composta de mulheres negras, em um show que retrata as mulheres, a negritude e o Nordeste. No repertório estão músicas criadas para este encontro e composições dos repertórios das Panteras Negras e de Josyara, que apresenta faixas do disco Mansa Fúria  

A Orquestra Mundana Refugi, formada por músicos brasileiros, imigrantes e refugiados de várias partes do mundo, toca temas tradicionais da Palestina, Irã, Guiné, Congo e Brasil, além de composições próprias de Carlinhos Antunes. Kanun, acordeom, piano, violino, cítara chinesa e bouzouki são alguns dos instrumentos utilizados. 

O músico carioca Chico Chico, acompanhado de um tecladista (Pedro Fonseca) e um percussionista (Pedro Amparo), apresenta as canções do seu primeiro álbum solo, Pomares. Lançado em novembro de 2021, o disco homenageia as mães do artista, Cássia Eller (1962-2001) e Maria Eugênia, e celebra a dinâmica da natureza, da semeadura à morte.   

A intérprete baiana Nega Duda entoa os clássicos eternizados na voz da cantora fluminense Clementina de Jesus (1901-1987), que ficou conhecida pelo público como Rainha Quelé. No espetáculo, que mistura música e teatro, a narrativa é livremente inspirada no livro Rainha Quelé - Clementina de Jesus

 

Teatro

A Cia. Mungunzá de Teatro (SP), do premiado Luis Antonio-Gabriela apresenta AnonimATO, seu espetáculo mais recente que tem direção de Rogério Tarifa.  Em um cortejo com grandes instalações, bonecos, perna-de-pau e música, a montagem, primeiro espetáculo de rua do grupo, faz uma homenagem ao fazer teatral. Em cena, oito personagens (como a mãe, a mulher-árvore, a vendedora de sonhos, o homem-placa, o pipoqueiro), figuras anônimas de uma cidade grande, são convocados de várias maneiras para um ato e se encontram durante essa caminhada.  

Para os pequenos, o Núcleo VRAAA (SP) apresenta VRAAA!. Deitado no chão, um boneco de quase dez metros de altura chama a atenção do público e provoca estranhamento quando desperta e começa a se mexer. Nesta performance lúdica, quatro artistas dão vida ao boneco, que se transfigura em novas formas. De suas estruturas surgem bonecos, máscaras e parangolés, que se sobrepõem para construir novas possibilidades.  

Baseado em uma história real, o espetáculo Quando eu morrer vou contar tudo a Deus, da Cia O Bonde (SP), acompanha Abou, um menino africano que foi encontrado dentro de uma mala tentando entrar no continente europeu. Ao som de tambores e violão, atores-narradores apresentam a trajetória do pequeno refugiado que enfrentou dificuldades com criatividade, imaginação e coragem.  

A Cia dos Inventivos (SP) apresenta Azar do Valdemar, em que uma trupe de artistas mambembes narra o desaparecimento de Valdemar e, com o público, tenta recriar a sua trajetória. O espetáculo, livremente inspirado na obra “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro, reúne dramaticidade, música e arte circense. 

Baseada no cordel Um Conto Bem Contado, do poeta potiguar Antônio Francisco, a peça O Torto Andar do Outro, da Cia. Pão Doce (RN), reflete sobre pluralidade humana, respeito e tolerância. Em uma cidade encantada, os habitantes, que andam de lado como caranguejos, têm seus hábitos e costumes alterados depois de descobrirem uma criança que anda para frente. 

 

Dança

Key Zetta e Cia apresentam RIR – Intervenção Segundo Movimento, espetáculo que é um desdobramento de Riso (2017). A intervenção explora as pesquisas da companhia sobre o corpo e a dança afetados pelo riso e pelo humor. Com concepção e direção de Key Sawao e Ricardo Iazzetta, a performance traz artistas que provocam o público a interagir no espaço público a partir de diferentes tipos de riso.     

O Grupo Ângelo Madureira e Ana Catarina Vieira (SP) apresenta Bolo de Rolo: Banda Baile Bloco. O espetáculo tem como proposta ser um baile interativo, que remete às festas populares brasileiras, em que o público é convidado a estar em cena participando das coreografias e interagindo com os bailarinos ao ritmo do forró, do coco, do maracatu e do baque virado misturados ao pop e rock.     

O espetáculo Ou 9 Ou 80, da Clarin Cia de Dança (SP), faz referência a dois acontecimentos violentos: nove mortes em Paraisópolis (São Paulo) e 80 tiros no carro de uma família em Guadalupe (Rio de Janeiro). A apresentação utiliza letras de funk para narrar as histórias e expõe as modificações dos movimentos do funk ao passinho.  

 

Circo

Do Distrito Federal, a Cia. Circênicos leva para a estrada o seu Utopia, uma comédia visual apresentada por dois personagens, o trapaceiro e o atrapalhado, ambos buscando o caminho de ganhar o jogo da vida. Jogando com a plateia, mágicas acontecem em situações do dia a dia, envolvendo comida, dinheiro e amor. No ato final, eles surpreendem a todos com um perigoso e impossível truque de mágica.    

Bloom - Caminhos e Encontros, da Cia LaMala (SP), traz para a cena acrobatas que carregam ancestralidades, histórias pessoais, repertório de gestos e movimentos. Em um processo mais poético do que linear, os artistas mostram, sobretudo, suas habilidades com a técnica mão a mão, uma acrobacia coletiva que festeja a potência dos encontros.   

O espetáculo Construtores, do Coletivo Vertigem (SP), mescla diferentes modalidades circenses como roda cyr, acrobacias de solo e aéreas e saltos no “trampoline wall”. A trupe em cena, formada por cinco artistas, representa construtores em seu dia a dia de trabalho em uma cidade em obras.    

 

Literatura
Vozes Negras na Literatura, da Cia. Alcina da Palavra (SP), promove uma atividade de mediação de leitura em um tapete ilustrado com adinkras (símbolos ideográficos africanos). Nela, os participantes têm um encontro com obras da literatura infantojuvenil criadas por escritoras e escritores negras e negros com protagonistas também negras e negros. O objetivo dessa escolha é despertar percepções e fortalecer o respeito à diversidade.  
 

A poeta goiana Cora Coralina (1889-1985) combinou palavras e sentimentos com a feitura dos doces que tanto amava. É ela a inspiração para a intervenção poético-literária Os Doces Poéticos de Cora Coralina, do grupo Poèmes en Machine (SP), com cheiro de cravo e canela, que propõe a criação de poemas em tempo real, a partir das sensações relatadas pelo público, após ouvir e ler as obras da autora. 

Que Língua É Essa?, do Núcleo Pé de Zamba (SP), é um passeio lítero-musical recheado de curiosidades sobre a língua portuguesa, trechos de poemas, canções e danças que ilustram a multiplicidade e o dinamismo do português para além da norma culta, visitando, inclusive, as transformações lançadas a partir da comunicação virtual e das redes sociais.

 

Artes visuais e Tecnologias

Grafiqueta Zine - Ateliê de Criação de Fanzines, com Ateliê Libélula & Sarau Comics, possibilita experimentações gráficas com foco na criação de publicações impressas, os zines. A atividade tem o objetivo de empoderar e incentivar os participantes a terem contato com uma nova forma de comunicação social e expressão artística.  

Adriana Amaral, Mafuane Oliveira, Jhow Carvalho, Joice Jane Teixeira e Roberto Santos (SP) ministram a oficina A Roupa do Rei Adinkra. A partir da história dos símbolos e ideogramas Adinkra, sistema de escrita que faz parte da estamparia e indumentária dos povos Akan, ainda presentes em países como Gana, os participantes são convidados a criar estampas e roupas em miniatura. Na oficina, os artistas-educadores vão apresentar também músicas, jogos e brincadeiras que percorrem o continente africano.  

A oficina Madeira Lúdica, com o Coletivo Construtores (SP), apresenta princípios da marcenaria por meio da construção de formas lúdicas de médio formato com peças encaixáveis de madeira. Ao final da atividade, os participantes construirão uma "árvore", evidenciando a lógica do corte e do processamento da madeira como elemento extraído da natureza. 


Cinema

O Cine Concerto Interativo, apresentado pelo GEM - Grupo Experimental de Música (SP), que se dedica à pesquisa e criação de sons e instrumentos com sucatas, cria uma trilha sonora ao vivo simultaneamente à exibição de trechos dos filmes O Menino e o Mundo (Alê Abreu), Tempos Modernos (Charlie Chaplin) e Alice no País das Maravilhas (Tim Burton).

 

Ciclo Para Educadores

Compondo a programação do Circuito Sesc de Artes, o Ciclo de Sensibilização para Educadores propõe um diálogo pautado nas artes e na cultura, trazendo reflexões sobre caminhos possíveis para a educação no Brasil. 

O curso, que será ministrado por seis artistas-educadores(as) das artes cênicas, da música e da literatura, é gratuito e acontecerá entre os dias 10 e 25 de agosto, às quartas e quintas-feiras, e será dividido em duas turmas que participarão de três encontros on-line. As inscrições iniciam a partir de 28 de julho, às 14h, pelo link https://bit.ly/SensibilizacaoEducadores-CPF. Os participantes poderão receber declaração de participação emitido pelo Centro de Pesquisa e Formação do Sesc (CPF).  

Estes encontros irão propor reflexões sobre estratégias de aplicações da arte e da cultura na socialização, buscando pensar sobre novas formas de imaginar a escola e suas práticas diante dos desafios do contexto atual. O Ciclo de Sensibilização para Educadores reafirma a ação do Sesc voltada à formação, ao conhecimento e à melhoria da vida dos indivíduos. 

 

Serviço

Circuito Sesc de Artes 2022 - De 12 a 28 de agosto

Programação completa disponível em www.sescsp.org.br/circuitosescdeartes


AÇÃO DO CORAÇÃO ATINGE 11ª EDIÇÃO E RETORNA ÀS RUAS DE SANTOS (SP), COM DISTRIBUIÇÃO DE MAIS DE 100 MIL CORAÇÕES EM TECIDO, ROUPAS, BRINQUEDOS E ALIMENTOS PARA 9 ESTADOS


Após duas edições realizadas online devido à pandemia da Covid-19, a campanha Ação do Coração está de volta à Praça Mauá, cartão postal do Centro Histórico de Santos (SP). O evento presencial, realizado pela última vez em 2019, acontece neste domingo, 7 de agosto, das 10h às 16h, com extensa programação gratuita de atrações musicais e serviços.

 

A iniciativa chega à 11ª edição e por meio de sua rede de solidariedade arrecada alimentos não-perecíveis, roupas, brinquedos e corações confeccionados em tecido - símbolo da campanha - para distribuição em comunidades em situação vulnerável na Baixada Santista, Vale do Ribeira e núcleos de oito estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Espírito Santo e Paraná) e no Distrito Federal.

 

A organização espera reunir mais de 100 mil corações de tecido. Oficinas de confecção foram realizadas em diversos pontos da cidade no último mês e, além disso, a Ação conta com a parceria de oito unidades da Fundação Casa e de 26 hospitais.

 

Nas oito edições realizadas até 2019, todas presenciais, a Ação do Coração reuniu 230 mil pessoas e distribuiu mais de 1 milhão de corações confeccionados por voluntários, além de mais de 200 toneladas de alimentos, 49,7 mil brinquedos e 258 mil peças de roupas. A iniciativa idealizada por Alexandre Camilo em memória do irmão, o ator Eduardo Furkini, teve origem em uma ação semelhante, que ambos presenciaram em uma viagem à Europa.

 

Já em 2020 e 2021, por conta da pandemia da Covid-19, a campanha foi realizada online, com o lançamento de um aplicativo para o recebimento das doações. Desenvolvido pelo programador Igor Ponce, ele segue disponível para download gratuito nas lojas online também pelo site oficial da campanha: www.acaodocoracao.org.br.

  

Atividades e serviços gratuitos 

A partir das 10h, diversas atrações e serviços gratuitos vão movimentar o evento. A Secretaria Municipal de Saúde de Santos, por exemplo, oferecerá aferição de pressão arterial, teste de glicemia e orientação odontológica.

 

Já a Rua Pets será um espaço dedicado aos animais de estimação, que tiveram um papel importante de apoio à saúde emocional de milhões de pessoas. Além de uma feira de adoção, haverá atendimento para corte de unha e limpeza de ouvido, dog show da Guarda Municipal de Santos e demonstrações de equoterapia.

 

Atividades lúdicas, leitura, contação de histórias e brinquedos estarão disponíveis na Rua Kids, com programação para crianças de todas as faixas etárias.

Às 16h, a Caminhada do Coração partirá em direção ao Santuário do Valongo, onde acontecerá um ato interreligioso, com líderes de mais de 20 comunidades religiosas brasileiras. Ao término, voluntários da campanha levarão os corações a serem entregues nos hospitais da região.

Além disso, haverá uma Rua Gastronômica, com opções de lanches e bebidas a preços acessíveis. A novidade é o “Pão do Coração”, fruto de um projeto idealizado pela Associação Eduardo Furkini durante a pandemia.

 

Shows Musicais 

O palco da 11ª Ação do Coração reunirá diversas atrações, das 10h às 16h. Entre os convidados estão os cantores Kika Wilcox, Tony Ventura, Heloísa Gilbertoni e Didi Gomes; a Família de Cordas Eduardo Furkini; o Coral TamTam; a Banda Municipal de Iguape; e a escola de samba Real Mocidade Santista, entre outros convidados. 

 

Serviço

Ação do Coração – 11ª Edição

Local: Praça Mauá – Centro Histórico de Santos

Data: Domingo, 7 de agosto de 2022.

Horário: 10h às 16h.

Realização: Associação Eduardo Furkini

Apoio: Prefeitura Municipal de Santos


Instituto Tomie Ohtake apresenta

Evandro Carlos Jardim: Neblina


Abertura: 09 de agosto, às 19h30

Visitação: 10 agosto a 20 novembro 2022

 

A mostra ressalta a perseverança do artista no tema – cidade São Paulo –, ao longo de décadas, e como explorou a infinita capacidade de transformação e nuance da gravura, suporte que adotou como linguagem 

 

A exposição Evandro Carlos Jardim: Neblina está organizada em torno de um conjunto chamado Tamanduateí Contraluz, que reúne 50 obras impressas desde 1980 até hoje. Segundo os curadores Paulo Miyada e Diego Mauro, do Núcleo de Pesquisa e Curadoria do Instituto Tomie Ohtake, todas essas imagens foram construídas a partir de uma só matriz de cobre, sobre a qual o artista uma vez desenhou o Palácio das Indústrias e o pilar de sustentação de um viaduto, tal como vistos desde as margens do Rio Tamanduateí, em São Paulo. “A partir desse traçado primeiro, Jardim operou a gravura como uma espécie de avesso da arqueologia, como uma prática de escavação que, ao invés de revelar um fato do passado, produz infinitos novos traçados”, comenta a dupla de curadores.

Nesta série evidenciam-se duas persistências notáveis na obra de Jardim: a gravura e a representação da cidade de São Paulo. O título da exposição “Neblina” destaca as inscrições realizadas por Jardim em alguns de seus trabalhos, especialmente a “neblina”, condição atmosférica dessa cidade que Jardim tem acompanhado detidamente ao longo de quatro décadas, por meio de sua produção. “Há essa característica a mais para a imaginação e a memória: se relacionar com essa São Paulo da gravura e, ao mesmo tempo, rememorar um pouco de uma cidade que já foi mais povoada pela neblina e se tornou conhecida pela garoa”, comentam os curadores.

A obra de Jardim subverte o princípio serial de uma técnica de reprodução ao aprofundar-se nas possibilidades criativas dos processos de gravação, impressão e transformação da imagem. O compromisso do artista com a gravura já se estende por mais de seis décadas de produção - e por sua incansável dedicação ao ensino, que o levou a atuar como professor na Escola Belas Artes, na FAAP e na ECA-USP.

“Assim como para Jardim não existem duas imagens iguais ou equivalentes – e por isso o artista se permite voltar uma e outra vez ao mesmo ponto de partida, à mesma cena, aos mesmos elementos, sutilmente recombinados – também a condensação parcial da umidade do ar tornou-se mais rara ao longo dessas quatro décadas, a ponto de a neblina e a garoa pertencerem cada vez mais ao âmbito da imaginação. Imaginação essa que Jardim também convoca, fazendo nossa mente povoar a multiplicidade de seus trabalhos”, completam Miyada e Mauro.

Evandro Carlos Jardim: Neblina é também uma oportunidade para o público aprofundar o olhar sobre a gravura, em um exercício que poderá se desdobrar no contato com a mostra O Rinoceronte: 5 Séculos de Gravuras do Museu Albertina que será inaugurada em setembro próximo, no Instituto Tomie Ohtake.

 

Evandro Carlos Jardim: Neblina

Abertura: 09 de agosto, às 19h30

Visitação 10 a 20 de novembro de 2022

Parceria Institucional: Galeria Leme

De terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca

 

Instituto Tomie Ohtake

Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropés 88) - Pinheiros SP

Metrô mais próximo - Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela

Fone: 11 2245 1900


FERIDA ABERTA


A exposição Ferida Aberta foi concebida originalmente para a 1ª Bienal de Joalharia Contemporânea de Lisboa, sendo apresentada na Galeria Sá da Costa, em setembro de 2021 e posteriormente participou também da III Bienal Latinoamericana de Joyería Contemporánea, de forma virtual.

O Grupo Broca é formado por oito artistas com trajetórias diversas e que têm em comum a linguagem da joalheria contemporânea como principal forma de expressão. Sua dinâmica de trabalho compreende encontros periódicos, envolvendo estudo, análise crítica e pesquisa prática. Através de exercícios de reflexão e caráter investigativo, cada uma das integrantes do grupo aprofunda seu próprio projeto pessoal, que se constrói entre vocabulários individuais e agenciamento coletivo, promovendo um fazer que é fruto de diálogo e questionamento.

“Dessa polifonia fazemos nosso coro”.

Para esta exposição, gestada em período pandêmico, o Grupo Broca se debruçou em reflexões sobre a história do Brasil. Diante de um desmonte cultural, cientifico e ecológico, questões como desequilíbrio econômico e social, feminismo, segregação, liberdade de expressão e gênero, preservação de minorias étnicas, clamam por mudanças.

Marcas estruturais, feridas nunca cicatrizadas, que permanecem em um corpo chamado Brasil. Trazendo leituras subjetivas e coletiva, as artistas discutem a respeito da complexa formação de um país, com passado colonial, futuro instável e um presente em suspensão.

“Ferida Aberta é o título que encarna esta complexa urgência que a vida nos traz”.

Clau Senna: T.P. – the strangeness in me | Maria Alves de Lima: o corpo fala | Marina Sheetikoff: chama refletida | Miriam Pappalardo: herança de fé | Nicole Uurbanus: faz que me vê | Renata Meirelles: a escuta | Silvia Beildeck: a pulga atrás da orelha | Thais Costa: até a última gota, o último suspiro


Serviço

Exposição: Ferida Aberta

Abertura: 06 de agosto, sábado, das 11h às 18h30

Período de exposição: 07 de agosto a 02 de setembro de 2022

Visitação: de terça a domingo, das 10h às 18h30 – Entrada Gratuita

Onde: Avenida Pedroso de Morais, 1216 | Pinheiros | São Paulo

Informações: (11) 3814-9711 / 3097-8840

Imprensa: comunicacao@acasa.org.br

 

Agosto na Pinacoteca!

 


















Museu das Culturas Indígenas promove exposições, palestras, debates e performances artísticas ao longo do mês

Dia Internacional dos Povos Indígenas está entre os destaques da programação com práticas e ensinamentos do povo Guarani Mbya;

O espaço que funciona de terça a domingo oferece ingressos gratuitos às quintas-feiras; as reservas devem ser feitas previamente pela internet


Exposições, palestras, performance artística e debates fazem parte da programação de agosto do Museu das Culturas Indígenas (MCI), na capital paulista. Um dos destaques fica por conta da “Preparação do início do tempo novo – Ara Pyau”, que vai ocorrer no Dia Internacional dos Povos Indígenas (09/08). O espaço funciona de terça a domingo, das 09h às 18h, com entrada gratuita sempre às quintas-feiras, que também tem horário estendido até as 20h.

Instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o MCI é gerido pela Organização Social de Cultura ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) em parceria com o Instituto Maracá. O MCI tem como objetivo promover o diálogo intercultural, permitindo que diversos povos originários compartilhem mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias comuns à cosmovisão indígena. A seguir confira a programação do mês:


Celebração

Em 09/08, Dia Internacional dos Povos Indígenas, o MCI realizará um evento especial. Na ocasião, serão compartilhados com o público as práticas e os ensinamentos tradicionais dos Guarani Mbya, que marcam a passagem do tempo velho (Ara Ymã) para o tempo novo (Ara Pyau).

De acordo com a cosmovisão indígena, o tempo está relacionado ao ciclo da natureza (estações do ano) e, ao mesmo tempo, com a caminhada realizada pelos povos Guarani, suas mudanças físicas e espirituais. O evento, gratuito, vai das 09h às 17h. Para participar, os interessados devem se inscrever pelo e-mail contato@museudasculturasindigenas.org.br.


Palestras e debates

O “Papel da Tecnologia na Organização Social dos Povos Indígenas e de Pessoas em Movimento nas Américas” será o tema de um debate em 05/08, das 10h ao meio-dia. A proposta é abordar experiências de ativistas com o uso de tecnologias na luta de mulheres indígenas na Guatemala e no fortalecimento da defesa de direitos e dos territórios.

Os palestrantes, Andrea Isabel Ixchiú Hernández e Federico Etiene Zuvire Cruz, discutirão sobre o tema “A comunicação digital como forma de fortalecer a luta das mulheres indígenas na Guatemala”. Angela Solis levantará debate acerca de “A tecnologia que constrói e a que destrói: como trabalhadores migrantes usam a tecnologia para lutar por seus direitos frente a grandes corporações tecnológicas” e Narrira Lemos falará a respeito do “Papel da segurança digital na proteção dos povos indígenas em suas lutas pela defesa do seu território”.

Ministrada pelo cacique e professor Ubiratã Gomes, a palestra “Povos Indígenas e Educação Intercultural: Propostas Pedagógicas para a Quebra de Estereótipos” será realizada em 20/08, a partir das 10h. O objetivo é desfazer equívocos relacionados as culturas indígenas brasileiras, bem como informar quem são e como vivem algumas dessas comunidades no país – abordando, principalmente, os povos inseridos no estado de São Paulo e na capital paulista.

Durante a palestra o público será convidado a interagir por meio de perguntas e respostas sobre a temática indígena. O evento é especialmente voltado para profissionais da educação.

No dia seguinte, 21/08, Luiz Karaí, aborda a história da resistência do povo Guarani, cujo espírito de luta se depara com as dificuldades relativas à apropriação da língua portuguesa em diferentes contextos, inclusive na cidade de São Paulo. A atividade intitulada “A Resistência do Povo Guarani: História, Língua e Cultura” também contará com uma performance de dança das kunhataingue, mulheres das etnias Kaiowá e Guarani. Começa às 15h.

As vagas para as atividades, todas gratuitas, são limitadas e devem ser reservadas pelo e-mail contato@museudasculturasindigenas.org.br


Exposições

A exposição temporária coletiva “Ocupação Decoloniza – SP Terra Indígena”, espalha diferentes linguagens artísticas por todo o espaço do MCI. Com olhares descolonizais sobre os perímetros urbano, periférico e comunidades, artistas indígenas desconstroem narrativas equivocadas sobre as culturas dos povos originários.

Na mostra “Ygapó: Terra Firme”, o artista e curador Denilson Baniwa convida o público para uma imersão na floresta Amazônica por meio de experiências sensoriais. A exposição conta com produções contemporâneas, tradicionais, sonoras e visuais de músicos indígenas. Ygapó é uma metáfora da resistência indígena, que mesmo em constante ameaça externa, mantém a coletividade e o compartilhamento de saberes, por meio da dança, do canto e do fazer com as mãos.

Por fim, em “Invasão Colonial ‘Yvy Opata’ A Terra Vai Acabar” o artista Xadalu Tupã Jekupé traz, com sua estética na arte urbana contemporânea, a demarcação dos deslocamentos territoriais com múltiplas linguagens e o território identitário indígena ameaçado pela sociedade ocidental. Sua obra denuncia como que os territórios originários em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estão sendo engolidos pelo cimento da cidade, que devora terras e vidas. A emergência e a necessidade de visibilidade da diáspora Guarani é uma denúncia da população indígena, expulsa pela expansão da especulação imobiliária e invisibilizada no contexto urbano.

Os ingressos para as exposições devem ser reservados previamente pelo site.


Performance artística

Edivan Fulni-ô, cantor, compositor, ator, fotógrafo, performer e ativista indígena da etnia Fulni-ô de Pernambuco, apresentará em 13/08 o trabalho que vem desenvolvendo no campo da moda e das artes do corpo. A performance está marcada para as 15h, dentro da exposição "Ygapó - Terra Firme".

Seja na fotografia, por meio de performances ou qualquer outra linguagem artística, Edivan busca dialogar com a cosmopolítica dos povos originários, promovendo a quebra dos estereótipos criados sobre a figura do indígena. Na música, seu mais recente trabalho é o EP "Segura Minha Mão", fruto de campanha de financiamento colaborativo e realizado de maneira coletiva e independente na Casa Amarela de Cultura Coletiva.

Os ingressos para conferir o evento podem ser agendados no site.

 


SERVIÇO


Museu das Culturas Indígenas

Funcionamento: De terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados)

Ingressos:  R$15,00 (inteiro) e R$7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras

Agendamentos: https://bileto.sympla.com.br/event/74784/d/149212.

Local: Museu das Culturas Indígenas (R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo/SP)

Informações: (11) 3873-1541

Site: www.museudasculturasindigenas.org.br

Redes Sociais:

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A gratuidade no Museu é estendida para os seguintes grupos:

  • Indígenas;
  • Crianças até 7 anos (mediante apresentação de documento comprobatório);
  • Grupos de escolas públicas e de instituições sociais sem finalidades lucrativas que atuam com pessoas com deficiência e/ou em situação de vulnerabilidade social; profissionais da educação de escolas públicas e funcionários da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital);
  • Policiais militares, civis e da Polícia técnico-científica da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, com apresentação do holerite do mês corrente ou anterior (impresso ou digital);
  • Profissionais dos Museus Estaduais e da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, mediante apresentação do crachá;
  • Guias de turismo credenciados;
  • Profissionais filiados ao ICOM, mediante apresentação de carteirinha.
  • Gratuidade estendida ao cônjuge ou companheiro(a), filhos e menores tutelados ou sob guarda que os acompanharem na visita.

A meia-entrada é destinada para:

Estudantes; Jovens de baixa renda, com idade de 15 a 29 anos, mediante apresentação do ID Jovem; Pessoas com idade a partir de 60 anos; Aposentados; Pessoas com deficiência (meia-entrada estendida a 1 acompanhante).

 

Sobre o MCI

O Museu das Culturas Indígenas é uma instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari) - Organização Social de Cultura em parceria com o Instituto Maracá, associação sem fins lucrativos que tem como finalidade a proteção, difusão e valorização do patrimônio cultural indígena. O MCI apresenta uma proposta inovadora de gestão compartilhada a ser construída ao longo da experiência, com o fortalecimento do protagonismo indígena. É em espaço de diálogo intercultural, pluralidade, encontros entre povos indígenas e não-indígenas, onde a memória da ancestralidade permitirá aos diversos povos originários compartilharem suas mensagens, ideias, saberes, conhecimentos, filosofias, músicas, artes e histórias. Uma conquista dos povos indígenas, ainda em processo de construção, neste território na cidade, aberto para que o público entre em contato com sua própria história, e com outras histórias do Brasil.

 

Museu da Energia de Salesópolis agora abre também aos domingos

Horário de visitação do espaço passa a ser de terça a domingo, das 10h às 17h. Aos sábados, a entrada é gratuita.


O Museu da Energia de Salesópolis, da Fundação Energia e Saneamento, passa a ter um novo horário de visitação pública: de terça-feira a domingo, das 10h às 17h.  

Com isso, o público conta com mais um dia para conhecer a usina hidrelétrica inaugurada em 1913, aproveitar as atividades educativas e culturais e participar das visitas orientadas e trilhas no espaço do Museu instalado em um parque formado por trechos remanescentes da Mata Atlântica. 

"Além do conhecimento que o passeio traz, os visitantes também podem aproveitar a natureza e a paisagem", conta a coordenadora da unidade, Simone Villegas. "O reservatório fica a 75 metros de altura e de lá, é possível ver a área em que a água fica armazenada, a represa da usina e a Cachoeira dos Freires."

O Museu ainda conta com algumas trilhas em meio a Mata Atlântica, para contato direto com a natureza, sendo que duas estão abertas ao público (mediante agendamento de visitas)..

Ainda desse roteiro, o Museu tem duas áreas expositivas. No Espaço Energia, o visitante conhece diferentes fontes de energia por meio de maquetes, painéis e experimentos interativos, entre elas, duas maquetes de pontos turísticos da cidade de Salesópolis: o portal da cidade, movido por energia solar, e da igreja, com energia eólica. 

Já o Espaço das Águas, recebe diversas atividades especiais, voltadas, especialmente, para os temas do saneamento e uso consciente de recursos hídricos, tais como: realização da ação "Descortinando o rio Tietê":  apoiada em material visual contendo mapas diversos do curso do rio Tietê em diferentes tempos e formatos; realização das oficinas: "Captação das águas pluviais", "Caixa de Erosão", "Pegada Ecológica", "Água virtual" entre outros;. “Temos também um insetário, minhocário, maquete tátil da área da usina hidrelétrica e potes com a água do Tietê em diferentes localidades”, explica Simone.

"O diferencial do Museu de Salesópolis é reunir cultura, educação e meio ambiente. Tudo isso em uma cidade bem localizada, perto da capital, de Mogi das Cruzes e do litoral norte", destaca Simone. "Por meio dessa estrutura e das nossas ações, buscamos mostrar a importância de preservar nossa história e nossos recursos naturais para garantir uma sociedade mais sustentável no futuro", conclui.

O endereço do Museu da Energia de Salesópolis é situado na Estrada dos Freires, km 06 - Freires, Salesópolis, São Paulo. A entrada de visitantes é gratuita aos sábados e, nos demais dias, o valor do ingresso é R$ 5,00. Estudantes, pessoas com deficiência (e um acompanhante) e jovens de baixa renda com ID Jovem pagam apenas meia-entrada. O pagamento do ingresso é feito no local e são aceitos cartão de débito, dinheiro e PIX. 

 

 

SERVIÇO

 

Museu da Energia de Salesópolis

Endereço: Estrada dos Freires, km 06 - Freires, Salesópolis, São Paulo

Programação:

Horário de visitação pública: terça-feira a domingo, das 10h às 17h

Ingresso: R$ 5,00* (Meia-entrada: Estudantes, pessoas com deficiência e um acompanhante, jovem de baixa renda com ID Jovem). Aos sábados, a entrada é gratuita. 

Taxa extra: R$ 1,00* para o FUMTUR (Fundo Municipal de Turismo)

Forma de Pagamento: Direto no local, mediante cartão de débito, dinheiro ou PIX.

Para mais informações: WhatsApp (11) 99115-0020, telefone (11) 4696-1332 ou e-mail salesopolis@museudaenergia.org.br

 

 

Sobre a Fundação Energia e Saneamento

Desde 1998, a Fundação Energia e Saneamento inspira pessoas sobre o valor da água e energia para a vida, por meio da pesquisa, preservação e divulgação do patrimônio histórico e cultural dos setores de energia e de saneamento ambiental. Atuando em várias regiões do Estado de São Paulo por meio das unidades do Museu da Energia (São Paulo, Itu e Salesópolis), realiza ações culturais e educativas que reforçam conceitos de cidadania e incentivam o uso responsável de recursos naturais.

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Site: https://www.energiaesaneamento.org.br/


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