Pesquisar no Blog

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

DPU aponta inconstitucionalidade em resolução sobre rol máximo para planos de saúde

Instituição destaca que ANS extrapolou limites do poder regulamentador

 

Em Nota Técnica, a Defensoria Pública da União (DPU) aponta que a Agência Nacional de Saúde (ANS) violou preceitos fundamentais da Constituição Federal ao estabelecer um rol máximo, taxativo, de procedimentos e eventos em saúde. Na prática, por meio de resolução (465, de 2021), a autarquia determinou que operadoras de planos de saúde não estão obrigadas a custear procedimentos não previstos na lista de cobertura. 

O texto também destaca que a medida extrapolou os limites do poder regulamentador da autarquia. A finalidade institucional da ANS é promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regulando as operadoras setoriais, inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores, contribuindo para o desenvolvimento das ações de saúde no país (art. 3º, da Lei n. 9.961/2000). 

“Logo, sob pena de desviar-se dos seus pressupostos de constituição, não pode a ANS editar regulamentação que atente contra o interesse público, sendo este representado na proteção dos consumidores, os quais correspondem à parte vulnerável nas relações de consumo com as operadoras de planos de saúde”, diz a nota. 

O documento leva a assinatura do secretário-geral de Articulação Institucional e defensor público federal Gabriel Travassos, do defensor nacional de Direitos Humanos André Porciúncula e do membro do Grupo de Trabalho Saúde da DPU Sérgio Armanelli. 

“A previsão do rol taxativo de procedimentos que deveriam ser considerados como referência básica pela ANS – e a limitação do acesso de usuários de planos de saúde a procedimentos médicos que desta decorre – caracterizam vulneração do direito à vida, do direito à saúde e da dignidade da pessoa humana. Desequilibra, ainda, a relação consumerista estabelecida entre a parte hipossuficiente, os consumidores, e os planos de saúde”, explicam os defensores públicos federais.

O texto ainda destaca que o Brasil possui aproximadamente 50 milhões de pessoas usuárias dos planos de saúde. “A manutenção de um rol taxativo de medicamentos, associada à lentidão dos processos administrativos de análise e aprovação de procedimentos, está acarretando a interrupção imediata do tratamento de milhões de pessoas e, em casos graves, a morte de pacientes. De acordo com o Conselho Nacional de Saúde, a manutenção desse quadro pode culminar na morte de muitos beneficiários e beneficiárias”, aponta o texto do documento. 

A Nota Técnica ainda cita exemplos de como a determinação afeta diretamente a população, como nos casos de pessoas autistas ou mulheres que precisam realizar mamoplastia, procedimentos que não estão incluídos no rol taxativo da ANS, previsto no Anexo I, da Resolução n. 465/2020. 

“Da mesma maneira, diversos tratamentos oncológicos não estão previstos no rol taxativo e, no atual cenário, os pacientes não terão tempo de aguardar a inclusão dos procedimentos. Tal circunstância acarreta risco imediato e grave à vida e, por via oblíqua, irá sobrecarregar o Sistema Único de Saúde, provocando um teratológico quadro no qual o sistema público suportará o ônus financeiro da chancela do comportamento abusivo de operadoras da saúde complementar”, exemplificam os defensores.

 

Participação em audiência pública 

Na Nota Técnica, a DPU também solicita participação em audiência pública, a ser realizada nos dias 26 e 27 de setembro, para tratar da amplitude das coberturas de planos de saúde, a metodologia de atualização do rol de procedimentos e eventos em saúde suplementar e o seu caráter taxativo. A audiência - convocada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator de cinco ações sobre a matéria - tem como objetivo ouvir especialistas e representantes do poder público e da sociedade civil.

 

Entenda o caso 

A Lei 9.656/98 dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde e regulamenta a forma que as operadoras de saúde devem atuar. No entanto, em março de 2022, a Lei 14.307 alterou alguns artigos da Lei 9.656/98 e, em seguida, a ANS publicou a resolução 465/2021, que fixou um rol taxativo de procedimentos. Em junho, a segunda turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao avaliar o tema, considerou que, em regra, a lista da ANS tem caráter taxativo, ou seja, a operadora de plano de saúde não está obrigada a custear procedimentos não previstos. 

De acordo com a nota, a Defensoria Pública da União possui legitimidade para atuar no caso como custus vulnerabilis (guardiã dos vulneráveis), considerando que a decisão sobre a natureza jurídica do rol de procedimentos da ANS irradiará efeitos diretos e indiretos sobre bens jurídicos de que são titulares pessoas necessitadas, como é o caso de usuários de planos de saúde na condição de consumidores ou em condição de hipossuficiência econômica. 

“O debate gira em torno do equilíbrio econômico-financeiro do sistema suplementar de saúde privada. Ao mesmo tempo, discute-se a preocupação dos usuários de planos de saúde com as omissões existentes no rol e a consequente não abrangência de todos os procedimentos necessários ao tratamento de doenças cobertas – em especial, doenças raras”, destaca trecho da Nota Técnica. 

Confira aqui a Nota Técnica nº 10 - DPGU/SGAI DPGU na íntegra.

 

Custo do cafezinho corresponde a 10% do valor da refeição do brasileiro em 2022, aponta levantamento da Ticket

Preço médio da bebida teve aumento de 24% em cinco anos e alcança R$ 4,23 na média nacional

 

Um dos maiores hábitos dos brasileiros, o cafezinho após o almoço, corresponde a 10% do valor de uma refeição completa, a R$ 40,64, que, além do café, inclui o prato, a bebida e a sobremesa. O dado é da Pesquisa +Valor, realizada pela Ticket, marca de benefícios de alimentação e refeição da Edenred Brasil, com cerca de 4,5 mil estabelecimentos de alimentação nas cinco regiões do País. 

Divulgação
Preço médio do cafezinho - Por tipo de serviço


De acordo com a média nacional, a bebida tem sido encontrada a um preço médio de R$ 4,23, um aumento de 24% em comparação com o valor de cinco anos atrás. Em 2018, a xícara de café custava em torno de R$ 3,40. Mesmo com o incremento, o valor da bebida cresceu abaixo da inflação. O preço de cinco anos atrás corrigido de acordo com o IPCA seria de R$ 5,91. Esse avanço nos gastos acompanha as altas do setor cafeeiro. De acordo com dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), os preços do café moído subiram 56,87% para o consumidor no acumulado de 12 meses até janeiro deste ano.  

Na análise por região, o Norte se destaca com a maior participação do café no valor total da refeição (R$ 36,14): 13%, com a bebida a um preço médio de R$ 4,71. Na sequência, o Sul com o cafezinho a R$ 4,08, que corresponde a 11% do valor do prato a R$ 36,97. Em terceiro lugar, o Nordeste apresenta a bebida a um valor médio de R$ 4,30, ou 10.6% do preço da refeição, que está em R$ 40,28. O café no Sudeste, por sua vez, corresponde a 10% do valor total: R$ 4,34 de R$ 42,83. Por fim, o Centro-Oeste é a região em que a bebida tem a menor participação no preço da refeição completa (R$ 34,20): 8.8%, a um valor médio de R$ 3,03.

Divulgação
Preço médio do cafezinho - Por Região

Quando o estudo é realizado por tipo de serviço, o cafezinho que completa o prato Comercial, a R$ 3,94 é o que apresenta maior participação (12.8%) no valor total da refeição, que tem preço médio de R$ 30,59. Já no Autosserviço, cujo prato custa, em média, R$ 35,91, a bebida corresponde a 12.3% do valor (R$ 4,43). No A La Carte, que tem preço médio de R$ 64,83, o café representa uma fatia de 8.7%, a um custo de R$ 5,66. No prato Executivo, por sua vez, que apresenta o valor médio de R$ 50,23, a bebida corresponde a 8.1%, com o preço de R$ 5,08.

“A Pesquisa +Valor oferece informação às empresas para que possam avaliar o valor do benefício concedido aos seus empregados, contribuindo para a nutrição equilibrada dos trabalhadores por facilitar e proporcionar, por meio do benefício, o acesso à alimentação de qualidade. A iniciativa vai ao encontro do objetivo da Ticket, que há mais de 45 anos mantém-se comprometida com iniciativas que visam o bem-estar e a melhora da qualidade de vida e saúde dos trabalhadores”, avalia Felipe Gomes, Diretor-Geral da Ticket.

 

Ticket

 https://www.ticket.com.br/.

 https://www.facebook.com/ticketservicos.

 https://www.youtube.com/user/ticketservicos.

 https://www.linkedin.com/company/ticket-servi-os-s-a-/.

 https://www.instagram.com/ticket_servicos/

 

Cai preço de passagens aéreas para destinos mais buscados na Europa

Lisboa é um dos destinos mais buscados - Créditos: Gem Unsplash

Pesquisa feita pelo Kayak para viagens em agosto e setembro mostra vantagem na compra de passagens aéreas com antecedência e para fora de temporada


O buscador de viagens KAYAK mostra em nova pesquisa quais estão sendo os destinos europeus mais buscados pelos brasileiros para viagens no terceiro trimestre de 2022 e aponta queda no valor das passagens após a temporada do mês de julho. Além da vantagem de esperar o período de férias passar para conseguir melhores preços, a pesquisa também deixa claro que a compra com antecedência é um trunfo a ser considerado, já que o comparativo de setembro versus julho mostra uma queda considerável no preço médio das passagens aéreas.

No topo do ranking de destinos europeus mais buscados está Lisboa, em Portugal, com valor médio mais baixo em setembro, a R$6.209, queda de -16% em relação a julho. Outra queda significativa foi nos valores das passagens para Porto, também em Portugal, com o valor médio para viagens em setembro de R$5.122, queda de -31% na comparação com julho, a maior variação negativa no período.

No top 10 dos destinos mais buscados ainda podemos observar uma queda significativa do preço das passagens para Paris, na França, com menor preço médio em setembro, a R$5.221, e segunda maior queda na comparação com julho, de -25%. No ranking ainda temos Londres, Frankfurt e Amsterdã, todas com queda no valor das passagens, com destaque para Amsterdã, que tem o menor preço médio de passagem para quem quer viajar para a Europa em setembro. Barcelona e Frankfurt também apresentam preço médio abaixo dos cinco mil reais para viagens no mesmo período.

Para quem quer viajar em agosto, Madri, na Espanha, e Milão, na Itália, têm preço médio mais interessante que em setembro, sendo as duas únicas cidades do ranking que apresentam variação negativa de preço médio maior em agosto do que em setembro. As passagens para a capital espanhola em agosto apresentam preço médio de R$4.675, enquanto para Milão ela está custando, em média, R$4.724.


Metodologia: A pesquisa foi feita na base de dados do KAYAK buscando por voos de ida e volta saindo de todos os aeroportos do Brasil com destino a todos os aeroportos da Europa. Foram consideradas buscas feitas entre 01/01/2022 e 31/05/2022 para viagens a serem realizadas entre 01/07/2022 e 31/09/2022. O comparativo leva em conta agosto versus julho e setembro versus julho de 2022. Os preços e percentuais são uma média e podem variar com o tempo. 


O KAYAK está sempre de olho nas oportunidades que possam interessar aos seus clientes e faz questão de divulgar quando há baixa nos valores das passagens, já que nas últimas pesquisas houve grande impacto por uma onda de preços altos.“É um prazer para todo o time do KAYAK poder divulgar notícias que ajudem a viabilizar o sonho dos viajantes. Seguimos monitorando a média de valores para voar e, desta vez, a Europa mostrou-se uma ótima oportunidade”, comenta Gustavo Vedovato, country manager do KAYAK.

Vale lembrar que a plataforma, uma das maiores do mundo no segmento de viagens, ainda pode ajudar – e muito – o viajante que está esperando um voo chegar. A ferramenta Rastreador de Voos é uma das mais úteis do site e, especialmente em momentos caóticos nos aeroportos, é uma forma segura de acompanhar as últimas atualizações dos horários de chegada ou partida, cancelamentos e informações sobre o portão de embarque. Basta inserir o nome da companhia aérea e o número do voo para receber o status indicado em tempo real e com segurança.

O futuro da óptica: a tecnologia vai de fato transformar o setor?

Nos últimos meses, muito tem se falado sobre a digitalização experienciada por diferentes setores da sociedade, que tiveram seu ‘boom tecnológico” alavancado pela Covid-19 e pelas novas exigências que a pandemia despertou nos consumidores. Com as restrições sociais impostas pelo vírus e a necessidade de paralisação de inúmeros estabelecimentos, muitas pessoas permaneceram em suas casas e experimentaram cada vez mais alternativas online, seja para a aquisição de produtos ou de serviços. Segundo um levantamento realizado pelo indicador varejista Mastercard SpendingPulse, o e-commerce brasileiro teve um aumento de 75% em 2020 quando comparado ao ano anterior, motivado principalmente pelo início do isolamento social. 

Logo, muitos estabelecimentos entenderam a necessidade de reinvenção em seus processos, adaptando seu atendimento em diferentes canais. Porém, um dos setores que ainda segue na contramão desse movimento é o de varejo óptico, que permanece apostando no modelo secular focado no presencial. 

O segmento de varejo óptico, marcado pela venda de armações e lentes, ainda resiste à digitalização completa. A comercialização de óculos é fundamentalmente técnica, envolvendo o conhecimento dos consultores a respeito dos melhores modelos de armações e das especificações das lentes. Além disso, tradicionalmente existe o entendimento de que o consumidor deve estar de forma presencial na loja para que o especialista possa coletar as informações e medidas necessárias para a confecção dos óculos. 

Refletindo sobre essa realidade, parece bastante lógico que o comércio de óculos permaneça da mesma forma há décadas, desde o início do século XX. Porém, a tecnologia mostra que é possível inovar no varejo óptico, oferecendo mais praticidade e qualidade de vida aos consumidores, que passam cada vez mais tempo conectados ao mundo online. Uma pesquisa feita pela ConQuist Consultoria apontou que 71% dos brasileiros preferem realizar compras online, sobretudo após o início da pandemia. 

Um outro estudo, este realizado pela empresa de serviços virtuais NordVPN, reforça ainda mais essa visão, indicando que os brasileiros passam cerca de 91 horas por semana na internet, o que - em termos absolutos - resulta em 41 anos, ou o equivalente a 54% do tempo de vida médio da população do país, que é de 75,9 anos. Outro levantamento, conduzido pela American Optometric Association – AOA (Associação Americana de Optometria), mostra que entre todas as queixas de saúde, aquelas relacionadas à visão são as mais frequentes para aqueles que trabalham ou passam muito tempo na frente do computador.  

Esses dados demonstram que as pessoas estão passando cada vez mais tempo conectadas, demandando produtos e serviços que possam melhorar a sua qualidade de vida, de forma prática, rápida e segura. Neste contexto, o aprimoramento tecnológico é de grande valia, inclusive no varejo óptico, criando oportunidades para a implementação de métodos baseados em Inteligência Artificial, Visão Computacional e outras técnicas que ofereçam uma jornada 100% digital e focada nas necessidades do consumidor. 

Durante a pandemia, foi possível perceber um pequeno avanço no contexto tecnológico do setor, já que nesta ocasião, muitos varejistas notaram a importância da integração online aos seus canais de atendimento tradicionais, passando a atuar de forma “omnichannel”. Além disso, o “conversational commerce” (interação em tempo real via aplicativos de mensagens, chats com humanos, chatbots e assistentes de voz) também virou uma tendência no segmento. Em suma, o momento atual apresentado por grandes players do setor é o de integrar plataformas online e utilizá-las como alavancas do negócio, mas ainda mantendo a loja física como peça central da estratégia de venda.

Embora o cenário tenha apresentado certa inovação tecnológica em relação às décadas passadas, ainda falta um longo caminho para que o setor óptico mostre-se realmente digitalizado. Na prática, há bastante inovação nesta área em termos de moda, com novas opções de modelos, cores, materiais e coleções; mas há pouco avanço no emprego de tecnologia que crie uma jornada genuinamente digital.. 

Em 2020, no início da pandemia de Covid-19, uma pesquisa conduzida pela Euromonitor indicou que 54% dos executivos líderes do segmento óptico acreditavam que haveria uma mudança permanente e irreversível em direção ao comércio eletrônico. Porém, cerca de 2 anos e meio depois, este não é o cenário que vem se apresentando ao mercado. Muitas empresas estão efetivamente trabalhando na transformação do varejo óptico, mas o futuro do setor ainda é incerto. 

 

Makoto Ikegame - CEO e Fundador da Lenscope, healthtech que vem revolucionando o mercado óptico brasileiro ao oferecer uma jornada 100% digital na aquisição de lentes para óculos em um processo simples, eficiente e muito funcional. A marca, que também é reconhecida por disponibilizar ao mercado brasileiro as lentes mais finas do mundo, utiliza Inteligência Artificial na oferta de produtos de qualidade superior, de forma acessível e cômoda, sem que o consumidor precise sair de casa. 

 

Como construir um modelo de referência para a moderna (e futura) infraestrutura de Edge Computing

 

O ecossistema de data centers está evoluindo em todos os níveis, com as atividades fortemente focadas na nuvem, no edge da rede e, cada vez mais, em recursos no edge. Os antigos gabinetes de TI não estão extintos, mas estão rapidamente se tornando relíquias da corrida inicial para o edge.

 

Quando entrevistamos profissionais de data centers em 2019 como parte da atualização da pesquisa Data Center 2025, mais da metade dos que tinham sites de edge disseram esperar dobrar esses sites até 2025, e 1 em cada 5 estimaram um aumento de 400% ou mais. Agora, quando atingimos a metade do caminho para 2025, uma nova pesquisa mostra que aquelas previsões ambiciosas tinham fundamento.

 

pesquisa mais recente reforça as projeções de 2019 e pinta um quadro de uma indústria simultaneamente crescendo e mudando para dar suporte à insaciável demanda por computação, especialmente no edge.

 

Os participantes da pesquisa acreditam que o componente de edge em relação à computação total aumentará de 21% para 27% nos próximos quatro anos e a participação da nuvem pública - que cada vez mais inclui recursos da nuvem no edge – crescerá de 19% para 25%. Sem nenhuma surpresa, isso espelha uma mudança contínua da computação centralizada e interna (on-prem), que tem uma projeção de declínio de 45% para 35% de participação na computação total.

 

Se formos um pouco mais fundo, veremos não apenas uma mudança no perfil da computação e o crescimento do componente de edge, mas também mudanças significativas nos sites individuais de edge. Dito de uma forma simples, eles estão ficando maiores e estão consumindo mais energia. De acordo com nossa pesquisa, 42% de todos os sites de edge têm pelo menos cinco racks, com 13% alojando mais de 20 e 14% demandando mais de 200 quilowatts (kW).

 

A necessidade de reduzir a latência ou minimizar o consumo de largura de banda através da computação sendo levada para mais perto do usuário originou a mudança inicial para o edge e está impulsionando essas mudanças, mas a corrida para o edge resultou em uma abordagem inconsistente a essas implementações. Estes são sites cada vez mais sofisticados, executando computação avançada e em grande volume, mas muitas vezes são feitos como se fossem considerados a posteriori.

 

Por isso, nós desenvolvemos em 2016 os Arquétipos de Edge, categorizando as implementações de edge por caso de uso. Em 2021 lançamos os Arquétipos de Edge 2.0. O novo relatório introduz modelos de infraestrutura de edge prontos para implementação que trazem uma abordagem de padronização para as implementações no edge. Esse nível de normalização entre categorias de edge definidas não existia antes. Ele proporciona uma ferramenta importante para ajudar as organizações a implementar sites de edge mais rapidamente, reduzir custos e operar de forma mais eficiente. Os quatro modelos de infraestrutura de edge são: Edge de Dispositivo, Micro Edge, Data Center de Edge Distribuído e Data Center de Edge Regional.

 

Usando esses modelos como ponto de partida, podemos rapidamente configurar os traços gerais da infraestrutura necessária para dar suporte a qualquer site de edge proposto. Isso é essencial para alinhar a resiliência desses sites com às suas crescentes criticidades – que hoje estão a uma distância perigosamente grande.


 

Quão grande é essa distância?

 

Aproximadamente a metade dos participantes da última pesquisa dizem que seus sites de edge têm um nível de resiliência consistente com a classificação de Tier I ou II do Uptime Institute – os níveis mais baixos de resiliência. Da mesma forma, mais de 90% dos sites estão usando pelo menos 2 kW de potência, que é o limiar a partir do qual a refrigeração dedicada à TI passa a ser recomendada, mas apenas 39% estão usando sistemas de refrigeração de TI feitos para esse propósito. Ironicamente, essas condições revelam níveis de risco maiores em locais de edge que já são desafiados pela expertise técnica no site - que é limitada ou inexistente.

 

Nossos modelos consideram o caso de uso, a localização, o número de racks, os requisitos de potência e a disponibilidade, a quantidade de inquilinos, o ambiente externo, a infraestrutura passiva, o fornecedor da infraestrutura de edge e a quantidade de sites a serem implementados, entre diversos outros fatores, para categorizar uma provável implementação. Naquele ponto, podemos equipará-la a uma infraestrutura padronizada que pode ser customizada para atender às necessidades específicas da operadora. Há uma ferramenta on-line que ajuda os gestores de data centers a entenderem seu perfil particular.

 

Uma vez que compreendamos (1) a funcionalidade de TI e para quais características cada site precisa dar suporte; (2) o footprint físico do edge da rede e (3) os atributos da infraestrutura necessários para cada implementação, podemos configurar, construir e implementar exatamente o que é necessário de forma mais rápida e mais eficiente. E, ao mesmo tempo, minimizamos o tempo de instalação e serviços no site. É um gigantesco passo à frente no design e na implementação de edge.

 

O edge atual é mais sofisticado, crítico e complexo do que nunca. Ao aplicar uma metodologia sistemática à análise dos sites, podemos introduzir a padronização customizada no edge. Isso reduzirá o tempo e o custo das implementações, aumentará a eficiência e o tempo de atividade e entregará aos nossos clientes (e aos clientes deles) a experiência de rede perfeita que eles esperam.



 

Alex Pope - vice-presidente de Global Edge Systems da Vertiv.

 

Kantar: Pandemia impulsionou o hábito de tomar café em casa

As ocasiões de consumo no lar cresceram 20% em comparação ao pré-pandemia 

 

Durante o lockdown na pandemia de COVID-19 o Brasil registrou um pico de 30 milhões de ocasiões de consumo de café torrado, que se manteve no mesmo nível até o fim de 2021, mesmo com o aumento de preço. É o que mostra o relatório Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria.

Preparar café torrado está mais caro – 59% a mais no primeiro trimestre de 2022 versus o mesmo período do ano anterior - , o que levou a uma retração em vendas de 2% em unidades. Enquanto o quilo do café torrado registrou um salto de, em média, R$ 17 em 2021 para R$ 28 este ano, o do café solúvel foi de R$ 16 para R$ 18. Com isso, a categoria café solúvel apresentou um aumento de 30% em unidades neste trimestre em relação ao mesmo período de 2021. 

Mas nem mesmo a alta do preço impactou as ocasiões de consumo de café torrado em casa. Apesar da abrupta queda em volume de vendas no 2º trimestre de 2021 em comparação ao trimestre anterior (-9,6 %), em resposta a esse aumento, a quantidade de ocasiões sofreu leve incremento (8,8%).

O número de consumo semanal de café em casa cresceu 20% no 4º trimestre de 2021 em comparação ao mesmo período de 2019. Isso mostra que a pandemia levou o hábito de consumir café torrado para mais lares brasileiros, apesar da retração no volume vendido devido ao aumento do preço. O relatório trimestral Consumer Insights da Kantar contempla 11.300 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais do país. A amostra representa 59 milhões de lares do Brasil. 

 

 Kantar

www.kantar.com/brazil

 

5G promete revolucionar a conexão móvel, facilitando a vida de empresas e usuários comuns

De acordo com Rafael Franco, CEO da Alphacode, a nova rede mobile pode auxiliar no desenvolvimento de aplicativos e soluções inovadoras 

 

A evolução das conexões móveis segue acontecendo de forma constante, oferecendo mais velocidade e praticidade na vida de pessoas ao redor do mundo inteiro. O 5G é uma das principais amostras desses avanços, com uma conexão rápida e estável que promete facilitar a navegabilidade de usuários comuns e revolucionar diversas áreas comerciais.

A tecnologia acabou de chegar ao Brasil e deve figurar nas principais capitais do país nos próximos meses. De acordo com Rafael Franco, CEO da Alphacode, empresa que atua em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA), responsável pelo desenvolvimento de aplicativos para marcas como Habib’s, Madero e TV Band, o 5G irá proporcionar taxas de latência extremamente baixas. “Não é um termo comum na visão do usuário que só pensa em velocidade, mas a latência representa tempo que leva entre a saída de uma informação dos servidores até a chegada no dispositivo do cliente. Com isso, os aplicativos vão ficar cada vez mais ágeis na sua inicialização e na troca de dados. Isso vai aumentar a capacidade dos apps trazerem informações em tempo real”, relata.

A realização de compras através de aplicativos também será beneficiada pelo 5G. “Uma transação de e-commerce, por exemplo, tem o envolvimento de três ou quatro empresas. Tem o próprio comércio eletrônico, o getway de pagamento, um sistema antifraude e, eventualmente, um banco. O 5G vai reduzir a latência em todos esses pontos de comunicação, tornando o processo mais rápido e eficiente enquanto aumenta a possibilidade de lucro por parte das lojas”, revela o CEO da Alphacode.

Para Rafael Franco, o desenvolvimento de aplicativos inovadores pode ser proporcionado através de uma rede de alta velocidade, oferecendo soluções que podem facilitar o dia a dia de toda a sociedade. “O desenvolvedor terá a oportunidade de abrir mais conexões simultâneas entre os servidores e os dispositivos dos usuários. Isso vai permitir a criação de aplicações, por exemplo, de telemedicina, que dependem de um tempo de latência muito baixo para serem realizadas de forma efetiva”, pontua.

A mudança também deve afetar positivamente os jogos online, derrubando de vez as barreiras entre jogadores de diferentes continentes. “Uma latência mais baixa irá permitir interação entre múltiplos usuários de diversos lugares do mundo de forma instantânea, aumentando o contato com diferentes culturas até mesmo no cenário gamer”, declara o empresário.

De acordo com o CEO, usuários comuns irão reavaliar como utilizam a internet em seu dia a dia após se familiarizar com a nova conexão. “O consumidor poderá optar em não ter mais uma rede fixa em casa e usar apenas o 5G, porque ele vai ser mais eficiente e mais rápido que as redes de fibra óptica, por exemplo. Além disso, o 5G pode abrir possibilidades para que as pessoas trabalhem de qualquer lugar, seja da rua, um evento ou um café, uma vez que os eventuais gargalos de conexão irão desaparecer”, finaliza.

 

 

Rafael Franco - Empresário que atua no mercado de tecnologia há 20 anos, a paixão o levou a se aprofundar nesta área e por isso se graduou em Ciência da Computação com pós em Engenharia de Software. Também foi executivo de multinacionais liderando projetos premiados por grandes empresas. Em 2015 fundou a Alphacode, empresa presente em São Paulo, Curitiba (PR) e Orlando (FL-EUA) em que atualmente é CEO. Lidera um time de especialistas em experiências digitais com grande destaque para projetos de aplicativos mobile, sendo responsável por projetos de grande porte neste segmento como Grupos Habib’s, Madero e TV Band. Comanda o time responsável por dezenas de aplicativos que atendem mais de 20 milhões de pessoas todos os meses, principalmente nos segmentos de Delivery, Saúde e Fintechs.

https://site.alphacode.com.br/

@Alphacode

 

Cinco dicas para acertar na hora da contratação de um carro por assinatura

 

Divulgação

Comparar preços, opções de pagamentos flexíveis, modelo ideal para cada o estilo de vida e pacote de proteção são alguns pontos que devem ser levados em consideração segundo especialista da Kovi 

 

Preços acessíveis e flexibilidade. O carro por assinatura tem se tornado   uma opção mais barata e super útil para quem precisa de um veículo para as atividades do dia a dia, mas não está disposto a comprar um carro próprio no momento. O serviço oferece diversas vantagens aos motoristas, além da economia, como modelos seminovos revisados, manutenção, impostos e seguro inclusos no plano e opções de quilometragem controlada ou livre. 

Para ajudar na hora de fechar a contratação de um carro neste modelo, Bruno Poljokan, CRO da  Kovi, startup que está revolucionando o acesso ao carro no Brasil, listou cinco dicas simples para acertar na hora de fechar negócio. 



1. Busque opções de pagamento flexíveis 

Normalmente, a maioria das locadoras restringe o pagamento ao cartão de crédito, o que pode atrapalhar os planos no momento daquelas pessoas que não trabalham com essa forma de pagamento e buscam alugar um carro mais barato. Por este motivo, pesquisar bem antes de contratar esse serviço pode ajudar a encontrar empresas que permitam contratar esse serviço de assinatura também no boleto bancário ou PIX.



2. Compare preços

Pesquise bem os valores antes de assinar o contrato de locação do veículo. Realizar diversos orçamentos e entender as vantagens de cada locadora podem ajudar a não fazer mau negócio.  Desta forma, é possível comparar os preços mais comuns no mercado e saber de fato se os valor a ser apresentado condiz com o mercado. 

Dependendo do objetivo, buscadores como Decolar e Kayak podem ser grandes facilitadoras e podem  ajudar a encontrar o melhor preço.



3. Escolha a categoria ideal para o seu perfil 

A hora de escolher o modelo de carro, é muito importante ir além  do modelo e precisa ser bem analisado. Um carro hatch compacto, por exemplo, gasta menos combustível que um esportivo. Então, antes de alugar um automóvel, faça uma análise do que realmente é necessário. Conforto, economia, desempenho e demais fatores são determinantes na hora de escolher a categoria mais adequada. 



4. Procure planos flexíveis de quilometragem

Pode ser que isso seja uma novidade para alguns, mas diversas locadoras oferecem planos limitados de quilometragem, ou seja, se  permite contratar o serviço por quilometragem exata que irá rodar no mês ou semana. Em muitos casos, isso se torna um empecilho para quem deseja alugar um carro, seja pela necessidade de dirigir ilimitado ou não ter uma previsão de quantos quilômetros serão percorridos.

“Esse modelo de contratação dá mais flexibilidade e traz economia no dia a dia. Pagar somente o que dirigir é o modelo ideal para quem deseja ter controle dos próprios gastos. Aqui na Kovi, por exemplo, é possível pagar só o que rodar ou pode dirigir quilómetros ilimitados por um preço único. A nossa preocupação é oferecer para nossos clientes planos que atendem as necessidades de cada perfil, nós flexibilizamos exatamente para que de fato ele consiga ter o carro que atende as necessidades e fechar a contratação da assinatura que é considerado o menor preço do mercado”, pontua Rodrigo.



5. Priorize o pacote proteção

O pacote de proteção também é uma maneira de economizar e evitar imprevistos e surpresas desagradáveis durante o uso do carro alugado. Geralmente, os planos oferecem manutenção preventiva inclusa e proteção contra roubo e furto. Ou seja, não precisa se preocupar com qualquer gasto inesperado e pode contar com assistência técnica sempre que houver uma necessidade. No final do dia, isso fará toda a diferença em uma eventual necessidade e na hora da contratação da assinatura de carro.

  

Kovi,


Na busca por um imóvel para comprar, saiba os pontos que devem ser analisados antes da assinatura do contrato

Seja um imóvel adquirido na planta ou usado, a arquiteta Marina Carvalho relaciona as principais recomendações para não errar na aquisição do apto dos sonhos

A decisão para a compra de um imóvel vai muito além da estética e a beleza da edificação. Segundo a arquiteta Marina Carvalho, é fundamental analisar diversos fatores que contribuirão para a conquistar de um lar confortável e agradável para os moradores |Foto: Evelyn Müller


A decisão de compra de um apartamento vem acompanhada por um pacote de avaliações a ser considerado antes de fechar o negócio. Além da parte financeira, a aquisição vem acompanhada pela organização do universo de planos e ideias que delinearão o presente e o futuro dos moradores. Por isso, o processo requer uma boa dose de calma e parcimônia para encontrar um local que que reúna as características desejadas, bem como a localização e as condições físicas – principalmente quando se trata de um imóvel usado. Acostumada a prestar suporte aos seus clientes ainda no processo de definição e escolha da nova casa, a arquiteta Marina Carvalho, à frente do escritório que leva seu nome, enfatiza que essa fase, antes do fechamento do negócio, é primordial. “Na lista de desejos que cada um de nós espera encontrar no novo imóvel, vale elencar quais são os principais a serem alcançados. Além disso, estipular uma verba que comporte tanto a obtenção, quanto as benfeitorias que serão realizadas na reforma, são muito importantes para não haver dificuldades mais adiante. A visão precisa ser o mais realista possível”, relata.

 

Confira as suas dicas para não errar na escolha:

 

Primeiro passo: localização

A localização é um dos principais pontos a serem analisados antes da escolha de qualquer imóvel. Este apartamento, projetado pela arquiteta Marina Carvalho, está localizado no bairro da Vila Mariana, zona sul de São Paulo, e super próximo à estação do metrô, escolas, restaurantes e acesso às principais avenidas da cidade. Essas características se configuram como benefícios relevantes na vida dos moradores |Fotos: Evelyn Müller


Para a arquiteta Marina Carvalho, a localização é um dos critérios empregados como ponto de partida. Principalmente em grandes cidades como São Paulo, o critério da localização interfere diretamente no bem-estar e em uma rotina mais tranquila para os moradores. Observar o volume diário de trânsito bem como a proximidade de escolas, farmácias, padarias, supermercados e hortifrutis é uma maneira de avaliar como será a rotina diária após uma possível compra do imóvel. Estar mais perto do trabalho e ter os estabelecimentos comerciais mais próximos otimiza e facilita a vida das pessoas.

 

“Quando sou contatada pelos clientes com antecedência, costumo não recomendar a compra de imóveis situados em grandes avenidas, uma vez que o trânsito pesado, o alto índice de ruídos e a poluição podem acabar desvalorizando o edifício e interferem na satisfação e felicidade”, relata. Ainda segundo ela, a vista também deve ser ponderada. “Pensando no mercado imobiliário de São Paulo, é muito comum um prédio bem próximo ao outro. Esse urbanismo implica na falta de privacidade, uma vez que as janelas ficam alinhadas umas às outras”, adverte.

 

 

Documentação do imóvel


É preciso estar atento à documentação existente antes de adquirir o imóvel. Para tanto, o número de matrícula permite que o possível comprador possa buscar pela certidão do registro em um cartório e assim consultar todo o histórico da construção. Em paralelo, uma consulta na prefeitura evita a surpresa de receber, posteriormente, débitos atrasados de IPTU e outras taxas que não foram quitadas pelo antigo proprietário. “A visita ao cartório também ajuda no sentido de averiguar pendências físicas ou financeiras para a transferência de nome”, orienta Marina.

 

Andar do apartamento

Mais alto ou mais baixo? Em relação ao andar, os melhores são os mais elevados, pois além de proporcionarem uma bela vista, ficam mais distantes dos ruídos oriundos da rua ou da área de lazer do condomínio. Nesta cobertura, por exemplo, Marina conseguiu projetar um espaço propício para relaxar, longe de barulhos e com uma boa visão da cidade |Fotos: Evelyn Müller


Uma dúvida bastante recorrente diz respeito ao andar do apartamento. É melhor ficar nos andares mais próximos ao térreo ou nas alturas? A profissional é enfática em aconselhar a compra em andares superiores como forma de evitar os barulhos que fazem parte do cotidiano externo, como o trânsito e a área de lazer do condomínio – quadras, piscina e salões de festa –, principalmente aos finais de semana.

 

E o conselho vem acompanhado por outra observância que não pode ser esquecida: a impermeabilização. “É muito frequente que apartamentos próximos à cobertura sofram com problemas derivados da baixa pressão de água do edifício. Por isso, essa pergunta não pode ser deixada de lado”, ressalta Marina.

 

 

Vizinhança


Na compra de um imóvel na planta fica mais complicado saber, mas quando o edifício já está habitado, não abra mão de conhecer o comportamento dos futuros vizinhos. Uma conversa informal com os condôminos pode indicar a satisfação (ou não) com os residentes e, assim como as regras do prédio. “Uma leitura prévia da ata constituída na assembleia geral evita muitos dissabores”, enfatiza a arquiteta que já presenciou inúmeras ocasiões em que vizinhos passaram por desentendimentos por conta de uma convivência conflituosa. “Para a realização da obra, nossa equipe é extremamente meticulosa para evitar reclamações por conta de barulhos e poeira. Não abro mão de fecharmos o dia de trabalho com uma limpeza”, destaca.

 

Apartamentos novos e antigos

 Em alguns dos projetos atuais, as construtoras não entregam um imóvel que atenda todas as necessidades dos moradores. Quando a arquiteta Marina Carvalho assumiu o projeto desse apartamento de 170 m², foi necessário promover uma série de alterações que permitiu oferecer um layout e estrutura mais confortável para seus clientes |Fotos: Evelyn Müller


Comprar um apartamento novo ou usado implica em diferenças distintas a serem analisadas pelo comprador. De acordo com Marina, a aquisição de imóveis na planta ou em construção demanda a busca pelo histórico da construtora no mercado e a visita em outros empreendimentos realizados pela empresa. “Esse cuidado é valioso para conhecer a qualidade construtiva, a integridade e o compromisso com a entrega da obra no prazo prometido”, adverte.

 

Já no caso de aptos usados, o olhar é voltado para questões relacionadas à estrutura (como a hidráulica e elétrica) e a possibilidade de benfeitorias, como a instalação de ar-condicionado, que deixou de ser um luxo para se tornar um pedido recorrente dos clientes. Ainda sobre o equipamento, Marina explica que, quando o imóvel é bastante antigo, invariavelmente as instalações elétricas não comportam o uso, gerando a necessidade da substituição da fiação e do quadro de energia – sem contar a readequação do número de tomadas dispostas nos ambientes e o cabeamento.

 

 

Marina Carvalho - Graduada pela faculdade de Arquitetura e Urbanismo, com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Projetos na Fundação Getúlio Vargas, no início de sua carreira, Marina de trabalhou no Estúdio Penha, e, posteriormente, com Arthur Casas, onde ocupou por muitos anos um cargo de coordenadora em uma das maiores incorporadoras da América Latina. Esta etapa foi importante em sua carreira pois lhe deu a percepção de que sua verdadeira realização só viria quando pudesse levar às pessoas tudo em que eu acreditava.
www.marinacarvalho.com
(11) 4324-4555
@marina.carvalho.arquiteta


RH, assuma de vez sua posição estratégica ou ficará para trás!

O especialista Marcelo Souza, CEO do Grupo Soulan fala o pontencial estratégico da área de RH dentro das empresas 

 

Há bastante tempo temos ouvido falar sobre o papel estratégico da área de Recursos Humanos. Mas, afinal, o que isso representa realmente? Será que faz sentido o RH se posicionar de forma estratégica? Ram Charan, um dos principais gurus de liderança, é defensor de uma tríade para as tomadas de decisão: o CEO, o CFO e o CHRO. Na opinião dele, para uma tomada de decisão completa é necessário unir essas três figuras  importantíssimas dentro da organização, pois apenas com essa junção as decisões empresariais podem dar bons resultados.

O empresário Abílio Diniz também alerta que “empresa é gente e processos”, ou seja, sempre que se tem um problema em uma organização, ele certamente está relacionado a pessoas ou pelos processos. Então, se queremos melhorar nossos resultados, precisamos focar nestes dois pilares, buscando entender o que está acontecendo em algum ponto dessa equação.  

Mas como fazer isso de forma prática? Por que atualmente ainda existem empresas que não consideram o RH em suas tomadas de decisão? E como os líderes, gestores, equipe de RH e até outros colaboradores devem se posicionar para, enfim, serem considerados em decisões mais estratégicas?

Com base em minha experiência, decidi dar algumas dicas que podem servir como respostas a essas dúvidas.

A primeira delas e que vai fazer toda diferença no posicionamento que o RH deve assumir para se tornar realmente estratégico é ter o entendimento total do cenário. Normalmente, as empresas têm uma visão mercadológica, conhecem muito sobre seus produtos e concorrentes, mas quem conhece as pessoas, a mão de obra que vai executar a estratégia, quem é que pode entender como melhorar sua capacitação ou mesmo onde estão as fontes de busca desses profissionais? Simples: o RH. Apenas quando temos uma compreensão real do cenário é que conseguimos tomar as melhores decisões. Então, quanto mais buscarmos o entendimento do negócio e do cenário, trazendo esses dados para a discussão, melhor e mais estratégico será o nosso posicionamento.

Outra dica refere-se ao conceito Ágile, que ultimamente tem sido muito propagado nesse setor. Temos ouvido que todos os processos têm que ser ágeis e todos precisam dessa habilidade. Só que temos que parar e entender que agilidade é diferente de pressa. Pressa e velocidade têm muito mais a ver com a capacidade de entrega e com o conforto em executar alguma tarefa. Quanto mais eu conheço aquela tarefa e quanto mais capacitado sou para executá-la, mais rápido vou realizá-la. Já a agilidade tem a ver com adaptação. Tem a ver com entender novas necessidades e conseguir mudar as equipes para que possam desenvolver novos processos, atendendo a novas necessidades. A agilidade refere-se à adaptabilidade. Então ficamos pensando em tornar e criar processos ágeis só para entregar mais rápido e, no fim, não estamos entregando com a qualidade necessária, porque é preciso passar pelo processo de adaptação. Entender essa diferença é fundamental para tornar os processos de RH mais ágeis.

Um outro ponto é a humanização. Estamos vivendo em uma era de processos mecanizados, liderados por machine learning ou inteligência artificial, o que tem levado a interação humana a ficar cada vez menor. De outro lado, muito se fala sobre liderança humanizada e a humanização dos processos e dos relacionamentos. Nesse tema, o que temos que evitar é a confusão entre humanização e sentimentalismo. Humanização significa ter uma visão humana dentro de processos cada vez mais robotizados. Significa tratar os profissionais como humanos, dando feedbacks rápidos, mesmo quando eles forem duros, fornecendo indicadores do que precisa ser melhorado, tratando as pessoas com respeito e consideração e não deixando que as máquinas façam todo o processo. Esse é um grande papel que o RH pode exercer, principalmente treinando e capacitando as lideranças para atuar dessa forma com suas equipes.

O quarto ponto, que considero chave, principalmente nos dias de hoje, em que se fala muito sobre o engajamento de equipes. Estamos vendo vários debates sobre a Geração Z convivendo com a Millenium, com a Y, com a X etc. Nesse cenário, para alcançar maior engajamento de todos, é preciso ter uma cultura bem definida e compreendida, porém o que vemos em algumas organizações são culturas organizacionais definidas por 10, 15, 20 valores, exigindo que os profissionais tenham todas essas competências de forma igual. A grande questão é que falamos tanto em diversidade, mas como vamos praticá-la se exigimos as mesmas competências de todos? Então a cultura tem que estar firme, sólida e entendida por todos os colaboradores, para nortear o caminho da empresa e as tomadas de decisões. Cada profissional vai trazer uma pitada diferente de tempero para essa cultura, e é a soma de todos que vai fazer com que a tal cultura seja única. Caberá ao RH conseguir identificar quais são os temperos que estão faltando dentro da cultura para agregar o que falta e fazer com que a diversidade realmente aconteça de forma positiva para a organização.

O último ponto é o real entendimento de que quem move as empresas são os seus líderes. Nenhum profissional fica engajado pelo CNPJ. O que engaja a equipe, o profissional, é o CPF, ou seja, é o líder, o profissional que transmite para suas equipes visão, missão e valores – a cultura da organização. É ele que consegue engajar seus liderados, que está no dia a dia com os clientes e fornecedores. É função do RH capacitar e treinar essa liderança para que ela possa ser promotora e defensora das políticas da organização, aumentando e difundindo a cultura da empresa dentro de cada área e para todos os colaboradores.

Quando isso estiver enraizado e a equipe de RH conseguir seguir todos esses pontos importantes, os resultados começarão a surgir de forma natural.

 

 Marcelo Souza – É CEO do Grupo Soulan e Country Manager da Thomas International Brasil


Posts mais acessados