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sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Como é a consulta com gineco online?

Se você já ficou em dúvida sobre quando procurar um especialista online, como é a consulta, como funciona a prescrição e quais as vantagens e limitações, este artigo é para você! 

A Telemedicina é uma forma de atendimento médico remoto que contempla telemonitoramento, teleorientação e teleconsulta e envolve todos profissionais da saúde. Os atendimentos, por exemplo, podem ser realizados através de dispositivos como tablets, notebooks ou celulares. 

A regulamentação deste tipo de atendimento é uma novidade no Brasil e vem ganhando muito espaço em tempos de isolamento social, mas também vem gerando algumas dúvidas na população. Por isso, queremos esclarecer todas elas para você aproveitar o melhor dessa opção segura e prática de cuidar da sua saúde.

 

Quando é recomendado ir ao ginecologista online? 

Se você já ficou com dúvidas sobre se deve procurar um médico ginecologista online ou ir em uma consulta presencial, listamos aqui os casos em que pode ser indicada a consulta por telemedicina. 

É importante destacar que este tipo de atendimento é recomendado em casos onde pode ser dispensado o exame físico presencial. E, alguns exemplos são:

 

             Consultas de retorno;

             Para mostrar resultados de exames;

             Orientação sobre anticoncepcional;

             Avaliação de resposta à tratamento;

             Troca de medicação anticoncepcional;

             Orientações em sexologia;

             Para sanar dúvidas.

 

Quando não é recomendado a consulta online com o ginecologista?

Em casos em que há novas queixas com sintomas ginecológicos, o mais indicado é que a paciente opte pela consulta presencial, por conta da necessidade de avaliação física. 

Alguns exemplos desses casos são:


             Corrimento;

             Coceira;

             Aparecimento de lesões em vulva como feridas ou verrugas;

             Dor vaginal ou vulva;

             Dor abdominal e cólicas;

             Caroço ou qualquer lesão na mama.

 

A maior parte dessas queixas ginecológicas conseguem ser resolvidas com anamnese (conversa) e exame físico. Inclusive, às vezes, o exame físico pode ajudar mais no diagnóstico do que o exame complementar (ultrassom, exames de sangue, etc). Por isso, nestes exemplos é importante a consulta ser presencial.

 

Como funciona a consulta online? 

Entenda cada passo de como funciona a consulta online com a gineco aqui na Cia. da Consulta. É muito fácil e intuitivo. Confira só: 

1) Escolha o dia e horário ideais para você. 

2) Preencha seus dados, faça o pagamento online de forma segura e ganhe 10% de desconto na consulta.  

3) No dia da consulta, você receberá um link direto para a sua videochamada com o médico.

 

Como aqui na Cia. da Consulta os atendimentos são feitos em uma plataforma própria, com toda tecnologia e segurança da informação, você não precisa baixar nenhum app. Basta escolher o dispositivo que preferir (seu computador, tablet ou celular) e acessar o link direto


para a consulta. 

4) Consulte com seu médico por chamada de vídeo.

A consulta online funciona como uma consulta normal, onde o médico vai entender o seu caso através de perguntas e fazer a orientação adequada. Cerca de 90% dos casos conseguem ser resolvidos através da consulta online. 

5) Receba os pedidos de exames, relatórios e receitas via e-mail ou WhatsApp. Todos os documentos são assinados digitalmente e portanto são válidos para imprimir em qualquer lugar.

 

Dicas para aproveitar melhor o atendimento 

O mais importante em uma consulta com o ginecologista é a questão da privacidade. Então, primeiro procure um lugar onde você fique bem à vontade para falar livremente sobre as suas queixas e dúvidas sem medo. Isso será fundamental para que o médico possa ajudar você da melhor forma. Algumas outras dicas são:

 – Esteja em um local silencioso e com boa conexão de internet; 

– Habilite a câmera e o microfone de seu dispositivo; 

– Para iniciar a consulta, abra o link enviado via Whatsapp ou SMS; 

– Em casos de pedidos de exames e/ou receitas de medicações controladas, não se preocupe, entraremos em contato após seu atendimento.

 

Vantagens e Limitações da telemedicina

Vantagens


             Mais economia

As consultas online chegam a ser cerca de 30% mais baratas que as presenciais. Isso porque os serviços de atendimento, monitoramento remotos e o armazenamento eletrônico de dados reduzem significativamente os custos. Além disso, a telemedicina reduz as visitas aos centros de emergência para casos que não são urgentes.

 

             Conveniência e comodidade

É muito mais fácil agora cuidar da sua saúde com médicos qualificados na Cia. da Consulta de qualquer lugar que você estiver. Você não precisa ficar em filas ou esperar para colocar a sua saúde em dia, agora ela está literalmente na palma da sua mão. Com agendamentos de hoje para hoje, você é sempre prioridade.

 

             Acesso ao atendimento de qualidade

Uma das maiores vantagens da telemedicina é conseguir atender pacientes que moram longe das unidades de saúde locais ou em regiões com escassez de médicos especialistas. Com as consultas online, estas pacientes conseguem ter acesso à saúde de qualidade com mais facilidade.

 

             Mais segurança em tempos de pandemia

O mais importante é a saúde de todos e com a pandemia do Covid-19 é inegável que outra grande vantagem das consultas ginecológicas online é que médicos e pacientes não precisam se deslocar até clínicas ou hospitais. Isso diminui as chances de contaminação, ao mesmo tempo que permite que você continue cuidando da sua saúde.

 

Limitações


             Receituário controlado

 Se o ginecologista verificar a necessidade, poderá prescrever uma receita, atestado ou pedido de exame que serão enviados digitalmente (email e whatsapp). Caso a receita seja de uso controlado, ela só poderá ser enviada fisicamente mediante a um custo adicional da taxa de envio*.

 

             Impossibilidade de diagnóstico em alguns casos

Durante a consulta online o médico não consegue fazer um exame físico na paciente, sendo assim, caso ele sinta que há a necessidade de uma avaliação presencial, será recomendada uma consulta presencial. É importante ressaltar que este encaminhamento para consulta presencial não está contemplado no valor pago pelo atendimento à distância. 

Agora que você já conhece melhor como funciona, em quais casos procurar e quais vantagens e limitações da consulta com a gineco online na Cia. da Consulta, você tem mais uma opção para facilitar a sua vida. Não hesite em procurar ajuda médica, caso sinta algum desconforto ou tenha dúvidas em relação a sua saúde.

 

 

Felipe Folco - diretor médico da Cia da Consulta. Médico há mais de vinte anos, pela Universidade de São Paulo (USP) com especialização em Cuidados Paliativos e MBA em Gestão de Saúde. Folco atua como gestor na área há mais de quinze anos.


 

Cosméticos infantis e seus potenciais riscos às crianças

Estudo da Dra. Jackeline Alecrim, publicado no livro “Saúde da Criança e do adolescente”, demonstra que a pele infantil possui características próprias e diferentes das peles dos adultos.

 

O Brasil está entre os países que mais consomem cosméticos infantis no mundo. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), em 2013, o país ocupava o 2º lugar em consumo de cosméticos infantis. Além disso, entre 2011 e 2016, houve um aumento de vendas de cerca de 45%, demonstrando tendência de crescimento que se confirma ano após ano.

 

Por isso, é necessário que haja uma regulamentação e cuidados específicos no momento de escolher quais xampus, condicionadores e sabonetes, por exemplo, serão inseridos no dia a dia das crianças. Para a cientista, Dra. Jackeline Alecrim, é necessário levar em consideração que a pele das crianças é considerada sensível e frágil devido a imaturidade das estruturas constituintes que, posteriormente, formarão a pele com todas as funções da de um adulto.

 

De acordo com o estudo realizado pela pesquisadora, membros e do seu grupo de estudos e pelo pediatra Dr. Fabiano Tebas, a pele infantil possui diversas características que a tornam mais suscetível a problemas se submetida a um produto escolhido sem criteriosidade. O PH da pele infantil, por exemplo, é neutro, o que compromete a defesa contra a proliferação bacteriana, “Existem especificidades para cada faixa etária, a maturação da pele infantil é gradual, de modo que os cuidados devem obedecer às diferentes características fisiológicas”, explica Alecrim.

 

Os riscos de utilização de produtos não próprios para crianças vão desde queimaduras até necrose hemorrágica. Entre as substâncias presentes nesses produtos, os conservantes foram apontados como as mais propícias a causarem sensibilidades, alergias e reações adversas de modo geral.

Por isso, os órgãos reguladores e os consumidores devem agir de modo mais atencioso com os produtos destinados ao público infantil. No Brasil, o órgão responsável por fiscalizar e assegurar a qualidade de tais produtos é a Agência Nacional da Vigilância Sanitária (ANVISA), porém o consumidor também deve verificar as substâncias utilizadas e notificar caso ocorra qualquer tipo de alteração pós uso.

 

 

Jackeline Alecrim - pesquisadora e desenvolvedora de formulações científicas para queda capilar, distúrbios do couro cabeludo, alopecias e danos no fio; cientista e especialista em cosmetologia avançada; fundadora da empresa de cosméticos Magic Science Brasil, que é destaque nacional e internacional pela eficácia clínica de seus produtos. Jackeline também faz sucesso com dicas de saúde capilar nas redes sociais, contando com mais de 88 mil seguidores no instagram.

 

Link do livro: 

https://ayaeditora.com.br/wp-content/uploads/2021/09/L64.pdf

 

Saúde feminina: Síndrome de Burnout foi mais frequente em mulheres durante a pandemia

 

pexels

Débora Garcia, especialista em fisiologia e bem estar emocional, comenta causas e consequências da síndrome e dá dicas para evitá-la.

 

De acordo com a pesquisa Woman in the Workplace de 2021, 42% das mulheres sofrem com sintomas da síndrome de burnout, número 10% maior do que no ano anterior. Além disso, uma em cada três pensam em largar ou alterar a carreira por conta do estresse. Os dados preocupantes ilustram que a sobrecarga de obrigações causada pela pandemia tiveram um efeito mais devastador nas mulheres do que nos homens.

 

A síndrome de burnout é um distúrbio emocional, geralmente conectado ao trabalho.Os sintomas variam entre exaustão extrema, estresse, esgotamento físico, dor de cabeça frequente, fadiga, dores musculares e até problemas cardiovasculares. A especialista em fisiologia e bem estar emocional Débora Garcia explica que diferentes fatores podem contribuir para o burnout, desde características do ambiente de trabalho até as particularidades de cada indivíduo. “Uma soma desses fatores pode levar a pessoa a esse esgotamento”.

 

Para ela, no caso das mulheres, todo o contexto social de sobrecarga feminina explica o aumento de casos do distúrbio. “Essa situação pode impactar no nosso olhar profissional, a sociedade espera da mulher diversas outras funções além do trabalho. São inúmeros papéis na sociedade, na família e a pandemia trouxe ainda uma nova realidade de home office. Tudo isso afeta diretamente nesse aumento expressivo”, detalha a especialista.

 

A individualidade de cada ser e o diferente funcionamento biológico de cada pessoa também deve ser levado em consideração no momento de avaliar e criar uma rotina emocionalmente saudável. “Entender que a biologia de homens e mulheres é diferente e que isso influencia nas questões emocionais é muito importante. Não podemos negligenciar isso”, opina Débora Garcia. A especialista defende que evitar o burnout é uma tarefa de auto-observação,"Devemos saber identificar os sinais que o corpo dá ao longo da trajetória profissional, uma análise que possa começar a dizer que você pode estar indo por um caminho de exaustão e desmotivação”, aconselha. 

 

 

Debora Garcia - palestrante, escritora e mentora de meditação. Ministra cursos e mentorias presenciais e online. Atua no mercado corporativo com palestras, treinamentos e consultorias promovendo autoconhecimento, bem estar, inteligência emocional e protagonismo, oferecendo recursos para equilibrar mente e emoções. Criadora do método “Descomplicando a Meditação” que tem como característica a prática de curta duração, laica e contemporânea, sempre trazendo um olhar científico para a prática meditativa. É também coautora do livro Gestão das emoções no ambiente corporativo. Formada em Educação Física pela UMESP, especialização em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP.  Atuou na área de educação corporal por mais de 10 anos, identificando que as habilidades e inabilidades internas são pontos limitantes tanto no desempenho esportivo como na vida.

 

Desvio de septo: crianças devem ser operadas?

Divulgação / MF Press Global


Dr. Edson Freitas, otorrinolaringologista, tira dúvidas e explica o melhor momento para realizar a operação corretiva.

 

O septo nasal é a estrutura que separa as duas narinas. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (Aborl-CFF), o desvio de septo, ou seja, quando essa estrutura não é reta, pode afetar até 90% da população. Porém, a cirurgia corretiva só é necessária quando o problema causa algum prejuízo.

 Os sintomas mais comuns podem incluir a facilidade de congestão nasal, dificuldade de respirar, sangramentos nasais, dores de cabeça ou faciais, ronco excessivo e má qualidade de sono. O septo é formado por osso, cartilagem e mucosas, as alterações podem ser congênitas ou se manifestarem durante o desenvolvimento dos ossos da face. 

Muitas pessoas somente percebem as dificuldades causadas pelo desvio quando apresentam algum quadro gripal ou de rinite. O problema também pode ser agravado com o passar dos anos pelo amadurecimento das estruturas ósseas. Por isso, em muitos casos, a cirurgia de correção é recomendada pelos médicos.


Como a condição pode ser agravada com a idade, é comum se perguntar se a idade ideal para a operação não seria durante a infância. Porém, de acordo com o otorrinolaringologista Dr. Edson Freitas, a cirurgia só deve ser realizada quando os seios paranasais estiverem completamente formados. “São órgãos da parte interna do rosto e eles vão se desenvolver totalmente entre 15 e 16 anos”, aconselha o médico.

 

A septoplastia é realizada por meio de um corte no nariz para descolar a pele que o reveste e possibilitar a retirada do excesso de cartilagem ou de parte da estrutura óssea. A operação dura em média 2 horas e o paciente recebe alta no mesmo dia.

 

 

Dr. Edson Freitas - médico Otorrinolaringologista pela Universidade de São Paulo, atua como professor instrutor de rinoplastia no Departamento de Otorrino da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e é membro da Academia Brasileira de Cirurgia Plástica Facial. Além da especialização na Universidade de São Paulo, também tem passagem por Cambridge, onde teve oportunidade de aprender diretamente com os principais cirurgiões plásticos faciais da mais prestigiada universidade dos Estados Unidos, a Havard Medical School. Referência na cirurgia plástica no nariz, o médico é pioneiro em impressão 3D médica e simulação computadorizada cirúrgica, assim como tem seus trabalhos premiados, com destaque nacional e internacional. É autor de três projetos médicos patenteados (M-scope, Otobone e Ed-angle).

 

Estudo levanta os 7 grupos alérgenos que mais causam dermatite nas pálpebras

Esmalte de unha e metais, como o níquel, estão na lista



A dermatite alérgica de contato (DAC) ocorre quando a pessoa entra em contato com alguma substância e desenvolve uma reação de hipersensibilidade a ela. O pico da crise alérgica ocorre entre 24 e 48 horas após a exposição ao alérgeno.
 
A boa notícia é que um estudo realizado pela Mayo Clinic, publicado no periódico Clinical Ophthalmology, revelou os 7 principais grupos de substâncias que causam ou podem causar a DAC. Os compostos do esmalte de unha fazem parte da lista. Mas, no topo do ranking estão os metais, como níquel e cromo.


 
Pele mais fina do corpo
 
Segundo Dra. Tatiana Nahas, oftalmologista especialista em doenças das pálpebras e Chefe do Serviço de Plástica Ocular da Santa Casa de São Paulo, a região das pálpebras é muito suscetível à dermatite de contato.

“Há vários fatores que contribuem para as reações alérgicas. Um dos mais importantes é o fato de que a pele das pálpebras é a mais fina do corpo humano. Com isso, a penetração do alérgeno é mais fácil”.
 
Outros fatores que aumentam o risco são o uso de maquiagem para a região dos olhos e pálpebras, esmalte de unha, tinturas de cabelo e, por fim, o hábito de levar as mãos aos olhos de forma frequente.

"Vale ressaltar que as pálpebras podem ser o primeiro local dos sintomas de uma dermatite de contato, mesmo quando a exposição ao alérgeno ocorre em outras partes do corpo”, reforça Dra. Tatiana.


Ranking
 
Confira agora o ranking das substâncias com mais potencial alérgico na região das pálpebras, segundo o estudo.
 

  1. Metais como níquel, cromo e ouro
  2. Goma-laca
  3. Conservantes
  4. Antibióticos tópicos
  5. Fragrâncias
  6. Acrilatos
  7. Surfactantes

 
Xô bijuterias
 
Você já deve ter ouvido falar que as bijuterias podem conter níquel e que esse metal tem um alto potencial alérgico. O que talvez você não saiba é que alguns produtos como sombra e rímel também podem ter esse metal em suas composições.
 
“Outro risco invisível são as armações de óculos que também podem ter esse metal. Apesar dos cosméticos modernos ou de marcas conhecidas serem isentos do níquel, alguns produtos podem conter o cobalto modificado, que também pode causar uma reação alérgica”, alerta a médica.
 
Agora, por essa ninguém esperava: o ouro também é um alérgeno perigoso para as pálpebras segundo o estudo. Hoje há muitos cosméticos com ouro em suas composições, como rímel, hidratantes e máscaras faciais.  Pode até ser “chique”, mas o ouro também pode levar à dermatite de contato.
 
E se você é fã de maquiagens verdes, cuidado: elas podem esconder o óxido de cromo verde, usado justamente para dar uma tonalidade esverdeada para sombras e lápis de olho.


 
Da natureza para os olhos
 
A segunda substância com maior potencial para causar a dermatite de contato nas pálpebras vem de um inseto, chamado Kerria lacca, de origem asiática. A goma-laca é uma resina de extrema importância comercial, usada em diversos produtos. A cera de goma-laca é usada em produtos como rímel, batom, tiras para clareamento dental, entre outros.
 


Conservantes

A descoberta que mais chamou a atenção dos pesquisadores envolve os conservantes usados em inúmeros medicamentos de uso tópico, como colírios e pomadas. Outros produtos que contêm conservantes com potencial alérgico são tintas de cabelo, cremes, xampus, desodorantes e sabonetes líquidos.


 
Medicamentos

Os antibióticos tópicos, como a neomicina e a bacitracina também entraram para o ranking dos alérgenos potencialmente perigosos para a região palpebral.


 
Cheiros

As fragrâncias também entraram para o ranking. O própolis, o bálsamo do Peru e o hidroperóxido de linalol (que confere o aroma de lavanda) foram as substâncias que mais causaram alergia nas pálpebras. Perfumes, pomadas, óleos essenciais, xampus etc. Ou seja, há uma infinidade de produtos formulados com essas fragrâncias.  


 
Acrilatos

Nos últimos anos, hidroxietil metacrilato (HEMA) foi um dos alérgenos mais comuns relacionados à dermatite de contato. O HEMA e outros acrilatos podem ser encontrados em diversos produtos, como esmaltes de unha, unhas artificiais e de gel.


 
Surfactantes

O surfactante é uma substância usada nos produtos voltados para a limpeza. Isso porque ele tem a capacidade de envolver a sujeira para que seja removida pela água. Portanto, há uma infinidade de produtos que contêm surfactantes, sendo os principais xampus e sabonetes líquidos. Ambos têm contato íntimo com as pálpebras.


 
Sintomas
 
Dra. Tatiana comenta que, em geral, a reação alérgica ocorre em um pico de 24 a 48 horas após contato com a substância. “Entre os sintomas podemos citar o inchaço da região ao redor das pálpebras, surgimento de vesículas ou pápulas. Podem também surgir fissuras e descamação da pele”.
 
Definitivamente, esse estudo traz uma nova perspectiva sobre a dermatite alérgica de contato que afeta a região das pálpebras. Esse levantamento é mais amplo e traz informações importantes para um diagnóstico mais rápido.
 
“Vale ressaltar que mesmo quem nunca apresentou nenhuma reação alérgica na vida, pode desenvolver uma dermatite de contato ao usar produtos que contenham esses alérgenos”, finaliza Dra. Tatiana.

 

SBD alerta população a respeito de sinais e sintomas da psoríase e sobre o acesso a medicamentos eficazes contra essa doença

 SBD alerta população a respeito de sinais e sintomas da psoríase e sobre o acesso a medicamentos eficazes contra essa doença

 

Alertar a população sobre uma doença de pele que afeta cerca de 5 milhões de pessoas no País, em especial nos grupos de 30 e 40 anos e 50 e 70 anos, sem distinção quanto ao gênero. Esse é o objetivo da Campanha Nacional de Conscientização sobre a Psoríase, lançada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). A iniciativa engloba uma série de ações que ocorrerão durante o mês de outubro e tem como alvo também atualizar os médicos sobre as opções existentes para o diagnóstico e o tratamento dessa doença.

"Queremos deixar claro para todos que a psoríase tem tratamento, pode ser controlada. O melhor de tudo: graças ao trabalho da SBD e de outras organizações da sociedade, o SUS e os planos de saúde disponibilizaram para os pacientes acesso a medicamentos de alta eficácia, os chamados imunobiológicos. Ao contrário de anos anteriores, em 2021, temos um motivo para comemorar", resumiu o coordenador Nacional da Campanha, André Carvalho.

A estratégia desenvolvida pela SBD inclui postagens (textos e vídeos) nas redes sociais, o compartilhamento de vídeos de especialistas com esclarecimentos sobre a doença e a participação de celebridades com depoimentos sobre o tema. A cantora Kelly Key, que tem o diagnóstico de psoríase, e o jornalista Fernando Rocha estão entre as personalidades que emprestaram sua imagem e voz para alertar os brasileiros sobre os cuidados.

A SBD também preparou uma live para a população, no dia 29 de outubro, quando interessados poderão interagir com especialistas. Além disso, vários prédios e monumentos também vão iluminar suas estruturas em roxo e laranja, as cores da psoríase. Entre eles, estão o Congresso Nacional, em Brasília, a sede da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), na capital paulista, e o Teatro Amazonas, em Manaus. Prefeitura, órgãos públicos e outras entidades também vão compartilhar as mensagens de prevenção em seus canais de comunicação.

Para os dermatologistas, a SBD desenvolveu duas abordagens. A primeira é a realização de uma live, durante a qual serão compartilhadas as mais recentes atualizações científicas e terapêuticas para o diagnóstico e o tratamento da psoríase. Da mesma forma, os profissionais serão alertados, por meio de mensagens, sobre a disponibilidade de medicamentos modernos e de alta performance na rede pública e nos planos de saúde.


Psoríase - A psoríase é uma doença da pele, relativamente comum, crônica, não contagiosa e que tem tratamento. Trata-se de um quadro autoinflamatório, no qual por predisposição genética, surgem lesões avermelhadas e que descamam na pele. Aspectos ambientais e emocionais podem funcionar como gatilho para o início de crise, que podem ser controladas com a ajuda de dermatologistas.

O combate ao preconceito contra as pessoas que têm psoríase é um ponto importante na assistência aos pacientes, lembra André Carvalho. Segundo ele, por não ser contagiosa, o contato com os pacientes não precisa ser evitado. Além disso, ele destaca que a confirmação dessa doença significa que seu portador tem mais chances de desenvolver outras comorbidades.

"Em até 30% dos pacientes com psoríase, inflamação similar pode acontecer nas articulações, levando à artrite psoriásica, outra forma de manifestação da doença. Também existe associação de psoríase com doenças cardiometabólicas e gastrointestinais, assim como com diversos tipos de cânceres e distúrbios do humor, o que diminui a qualidade de vida do paciente e pode também, dependendo da gravidade, diminuir a expectativa de vida, se não tratados", explicou.


Ciclos - Segundo André Carvalho, a psoríase se caracteriza por apresentar ciclos, ou seja, sintomas aparecem, desaparecem e reaparecem periodicamente. Entre eles, estão: manchas vermelhas com escamas secas esbranquiçadas ou prateadas; pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas; pele ressecada e rachada; às vezes, com sangramento; coceira, queimação e dor; unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e depressões); inchaço e rigidez nas articulações; e em casos mais graves, destruição das articulações e deformidades. As manifestações variam, conforme a gravidade.

"Em casos de psoríase leve pode haver apenas um desconforto por causa dos sintomas, mas nas formas graves, pode ser dolorosa e provocar alterações que impactam significativamente na qualidade de vida e na autoestima do paciente. Assim, o ideal é procurar tratamento o quanto antes", enfatizou André Carvalho.

Alguns fatores podem aumentar as chances de uma pessoa desenvolver a doença ou piorar o quadro clínico já existente, dentre eles: histórico familiar, estresse, obesidade, tempo frio, infecções diversas, uso de medicamentos, consumo de bebidas alcoólicas e tabagismo. "Há vários tipos de psoríase, sendo necessário procurar um dermatologista especializado no tratamento da doença para poder identificar, classificar e indicar a melhor opção terapêutica caso a caso", salientou o coordenador da Campanha da SBD.


Tratamento - Há inúmeras opções de tratamento (tópicos, sistêmicos, biológicos e com fototerapia) para a psoríase. A escolha terapêutica da melhor para cada caso deve sempre ser feita por um médico dermatologista. De acordo com André Carvalho, "cada situação pode de forma diferente a um tipo diferente de tratamento (ou combinação de terapias). O que funciona bem para uma pessoa não necessariamente funcionará para outra. Dessa forma, o tratamento da psoríase é individualizado. Hoje, com as diversas opções terapêuticas disponíveis, já é possível viver com uma pele sem ou quase sem lesões, independentemente da gravidade da psoríase".

Outro ponto importante, destacado pelo coordenador, é a necessidade de adesão ao tratamento por parte do paciente. "Nunca se deve interromper o tratamento prescrito sem autorização do médico. Esta atitude pode piorar a psoríase e agravar a situação. É fundamental estar atento. Caso perceba qualquer um dos sintomas, procure o dermatologista imediatamente. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais precoce será o tratamento e menores os riscos de impacto da doença sobre a qualidade e quantidade de vida", finalizou .

 

Acondroplasia: entenda como o tipo mais comum de nanismo pode afetar os marcos de desenvolvimento infantil

Além da estatura abaixo da média, a condição pode fazer com que a criança demore mais para andar ou falar

 

Uma das principais causas de nanismo desproporcional é a acondroplasia, uma doença genética rara e que afeta o crescimento linear dos ossos. A suspeita diagnóstica pode ser feita através de exame de imagem e confirmada ainda na gestação, através de exame molecular fetal. Entretanto, por não existir uma cura, o tratamento consiste em controlar os sintomas que aparecem ainda na infância, para que o paciente tenha uma qualidade de vida melhor.

"A mutação no gene FGFR3 é o responsável pelo crescimento não linear dos ossos, pois faz com que o organismo envie constantemente sinais para diminuir a velocidade de crescimento ósseo, gerando desproporcionalidade entre os membros e o tronco, levando a diversas dificuldades na vida cotidiana. Além de poder atrasar alguns marcos do desenvolvimento infantil", explica o endo pediatra Dr. Paulo Solberg.

Durante o crescimento, uma criança passa por diferentes etapas do desenvolvimento motor, cognitivo, comportamental e da linguagem. Enquanto as crianças sem acondroplasia normalmente começam a caminhar com um ano de idade, as que tem acondroplasia podem levar um pouco mais de tempo, entre 18 e 24 meses, para dar os primeiros passos. O atraso no desenvolvimento das capacidades motoras grosseiras das crianças com acondroplasia acontece pela junção de três fatores: tônus muscular baixo; cabeça maior e membros e pescoço curtos. Além disso, esses fatores colaboram para o aparecimento da cifose toracolombar, uma curvatura excessiva localizada na região entre a região lombar e o tórax (1). Dessa forma, é importante que os pais evitem usar carrinhos tipo guarda-chuva, pois pode piorar a cifose, e que os pacientes tenham um acompanhamento constante de ortopedistas e fisioterapeutas (2).

Outro sintoma que pode ser observado é o atraso na fala, que ocorre com 20% das crianças com acondroplasia e, normalmente, está relacionado às constantes infecções no ouvido que podem até mesmo levar à perda da audição. Dessa forma, é importante que os responsáveis estejam atentos aos sinais, pois caso seja observado um atraso considerável, é indicado que a criança realize terapia de fala.(3)

"Recomenda-se que o indivíduo com acondroplasia tenha um constante acompanhamento multidisciplinar, pois além da estatura muito afetada, diferentes regiões do corpo podem ter complicações, como a diminuição da audição e consequente atraso na fala e uma possível necessidade de cirurgia para retirar as adenoides e amígdalas. Entretanto, com o manejo correto, é possível controlar ou até mesmo diminuir os impactos dessa condição, permitindo que a pessoa desenvolva atividades sociais e profissionais sem interrupções para tratamentos médicos complementares", completa Solberg.


Saiba mais sobre acondroplasia (4)

A incidência da acondroplasia é de 1 a cada 25.000 crianças nascidas. Se apenas um dos pais for portador da condição, a probabilidade de o filho também nascer com acondroplasia é de 50%. Entretanto, 80% dos casos são de mutações novas, totalmente ao acaso, ou seja, provenientes de pais que possuem estatura mediana. A suspeita diagnóstica pode ser feita antes mesmo do nascimento, por volta da trigésima semana de gestação com ultrassonografias, medindo os ossos do feto. A confirmação diagnóstica geralmente é feita após o nascimento.

Durante toda a vida, as pessoas com acondroplasia podem lidar com complicações, como: infecções de ouvido e de seios da face de repetição, apneia do sono; cifose; pernas arqueadas; rigidez dos cotovelos; dores nas costas e nas pernas; obesidade; pressão arterial elevada e doença cardíaca. Durante a infância, há também uma preocupação maior com problemas respiratórios e com a hidrocefalia, um acúmulo de líquido no cérebro, que em casos raros é necessário passar por cirurgia.

 

 

Referências
1. Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 [cited 2017 10/05]; Available from: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=148&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=achondroplasia&Disease_Disease_Search_diseaseType=Pat&Disease(s)/group%20of%20diseases=Achondroplasia&title=Achondroplasia&search=Disease_Search_Simple.
2. Pauli, R.M. Achondroplasia: a comprehensive clinical review. Orphanet J Rare Dis 14, 1 (2019). https://doi.org/10.1186/s13023-018-0972-6
3. Hunter, A.G., et al., Medical complications of achondroplasia: a multicentre patient review. Journal of Medical Genetics, 1998. 35(9): p. 705-712. Available from: https://jmg.bmj.com/content/jmedgenet/35/9/705.full.pdf.
4. Bober, M. and A. Duker. Achondroplasia. 2013 [cited 2017 10/05]; Available from: https://www.orpha.net/consor/cgi-bin/Disease_Search.php?lng=EN&data_id=148&Disease_Disease_Search_diseaseGroup=achondroplasia&Disease_Disease_Search_diseaseType=Pat&Disease(s)/group%20of%20diseases=Achondroplasia&title=Achondroplasia&search=Disease_Search_Simple

 

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