Pesquisar no Blog

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

Atividade física: forte aliada no combate ao câncer de mama

Pesquisas mostram que a prática de exercícios e o controle do peso são muito importantes para o sucesso no tratamento do câncer de mama

 

Praticar exercícios físicos é essencial para uma vida saudável, para o bem-estar físico e mental e na prevenção de várias doenças, inclusive o câncer. Quando falamos especificamente do câncer de mama, os exercícios, assim como o controle do peso, também contribuem para uma melhor evolução das pacientes durante o tratamento.

De acordo com o último levantamento divulgado pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados ao nosso estilo de vida, como exemplo, a falta de atividade física e o consumo de alimentos não saudáveis.

"As pacientes que praticam atividades físicas, de modo geral, respondem melhor ao tratamento, sentem-se mais dispostas e conseguem controlar melhor o peso. Percebo isso com as minhas pacientes", diz a médica oncologista especializada em mamas Bruna Zucchetti, do Hospital Nove de Julho.

Ela destaca que pesquisas recentes apontam para esse caminho e, por isso, a atividade física é recomendada pelas principais associações de oncologia do mundo e do Brasil. "Sabe-se que mulheres com câncer de mama que fizeram, pelo menos, 150 minutos de atividade física moderada por semana tiveram menos recidiva da doença - quando o câncer volta a aparecer - do que as pacientes sedentárias", afirma.

Estudo publicado pelo site norte-americano PubMed aponta que um programa de exercícios aeróbicos e de resistência combinados supervisionado e de intensidade moderada a alta é mais eficaz para pacientes com câncer de mama em quimioterapia adjuvante1.

Dra Bruna também explica que movimentar-se é algo que deve fazer parte da rotina dessas mulheres, inclusive para combater a fadiga relacionada à quimioterapia.

Após passar pela difícil experiência de um câncer de mama, a contadora Maisa Romanin, de 42 anos, sentiu na pele a necessidade de ter um acompanhamento de um profissional esportivo durante o tratamento, que durou 12 meses. A doença implicou na realização de uma cirurgia de mastectomia parcial e posteriormente 18 sessões de quimioterapia. Diante das dificuldades encontradas durante o caminho da cura, Maisa percebeu o quanto precisava melhorar a autoestima e lutar pelo emagrecimento para o controle da doença. "A mudança de estilo de vida, após ver tantas mudanças no meu corpo depois tantas sessões de quimioterapia, me motivou para nunca mais parar de me exercitar, e isso foi fundamental para que o tratamento fosse um sucesso e cada vez mais eu me sentisse próxima da cura", afirma Maisa.

Novos estudos mostram também como o Índice de Massa Corporal (IMC) e a obesidade são muito relevantes quando se fala em câncer de mama e, de acordo com uma pesquisa2 publicada no JAMA Oncology, revista da American Medical Association, oferecem risco ainda maior para tumores de mama. Das sobreviventes de câncer de mama estudadas, aquelas com maior proporção cintura-quadril e mais gordura corporal apresentaram sobrevida global e específica ao câncer de mama significativamente pior.

Mudar hábitos e adotar uma rotina saudável, equilibrando exercícios físicos e alimentação é o caminho para evitar o desenvolvimento do câncer de mama. De acordo com a oncologista, manter uma dieta saudável com frutas e verduras é fundamental.

"Nenhuma dietas específica é recomendada pelas sociedades de oncologia. O ideal é ter uma alimentação balanceada e evitar o consumo de alimentos industrializados, principalmente carnes como embutidos. Em relação à atividade física, recomendo tanto para as pacientes em quimioterapia quanto para as pacientes que estão em acompanhamento ou em uso de hormonioterapia, por exemplo. O tipo de exercício e a quantidade de horas depende de cada pessoa, mas o ideal é que seja, pelo menos, 150 min por semana. Sempre encorajo minhas pacientes a cada vez mais adotarem esse estilo de vida", aconselha a médica.


Hospital Nove de Julho 

 

Principais fontes:

1 Effect of Low-Intensity Physical Activity and Moderate- to High-Intensity Physical Exercise During Adjuvant Chemotherapy on Physical Fitness, Fatigue, and Chemotherapy Completion Rates: Results of the PACES Randomized Clinical Trial

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25918291/

2 Association of Body Mass Index, Central Obesity, and Body Composition With Mortality Among Black Breast Cancer Survivors - JAMA Oncology, Junho/2021

https://jamanetwork.com/journals/jamaoncology/article-abstract/2780856

https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4189463/

https://oncologypro.esmo.org/education-library/esmo-handbooks/rehabilitation-issues-during-cancer-treatment-and-follow-up/physical-activity-guidelines

 

 

Interação entre medicamentos pode causar sérios danos à saúde

A interação entre medicamentos pode ocorrer, principalmente, quando não há um acompanhamento de um farmacêutico clínico no tratamento; dados dos EUA mostram o quão grave é o problema

No Brasil, a prática de se automedicar, por mais que não seja recomendada, é cada vez mais frequente. No entanto, a automedicação pode trazer vários riscos à saúde, principalmente se tratando de interação medicamentosa, que pode causar diversos problemas de saúde, levando até a morte em casos mais sérios.

Dados de uma pesquisa realizada pela ICTQ - Instituto de Pesquisa e Pós-Graduação para o mercado farmacêutico, em 2018, mostram que cerca de 79% das pessoas com mais de 16 anos afirmam ter tomado algum medicamento sem prescrição médica no Brasil. Essa iniciativa é recorrente, principalmente quando se trata de algum sintoma leve, como dor de cabeça ou gripe.

A interação medicamentosa ocorre quando o paciente está tomando mais de um remédio e algum dos fármacos interfere na ação do outro. Isso pode ocorrer com mais frequência quando não há um acompanhamento médico ou de um farmacêutico clínico.

Pesquisas estimam que só nos Estados Unidos, mais de dois milhões e duzentos mil pacientes são hospitalizados por sofrerem reações adversas com o uso de medicação. Desses, cerca de 100 mil acabam vindo a óbito. Isso torna a interação medicamentosa a quarta maior causa de morte do país, ficando à frente de doenças pulmonares, diabetes, aids, pneumonia, acidentes e mortes no trânsito.

Muitas vezes, em tratamentos que exigem mais de um tipo de medicamento, os médicos ou farmacêuticos planejam horários visando a diminuição do desconfortos e efeitos mais graves. Por isso, a organização dos fármacos é de extrema importância.

Para Arlei Alves, enfermeiro e cofundador da SafePill, o risco da interação medicamentosa não deve ser subestimado. "Os tratamentos medicamentosos feitos no domicílio exigem muita responsabilidade, ainda mais se tratando de mais de um remédio. É muito importante sempre consultar seu médico ou um farmacêutico clínico quando quiser iniciar alguma dieta, vitaminas e qualquer medicamento, especialmente se você já faz uso de alguma medicação. Além de se organizar para tomar os medicamentos na dose, data e horário corretos para que não haja complicações que, por vezes, podem ser fatais", conta.

 

SafePill - healthtech com foco no auxílio de pacientes em tratamento medicamentoso domiciliar.

https://www.safepill.com.br/


Dia Mundial do AVC: procura por atendimento aos primeiros sintomas é decisivo na recuperação

Neurologista do Vera Cruz Hospital esclarece sobre sintomas e tratamentos


"Senti dores na cabeça, ânsia e tontura. Dias depois, não conseguia mais pronunciar nenhuma palavra. Meu esposo me levou para o hospital, e os exames constataram o AVC. Fui internada imediatamente e me recuperei bem", relata Maria de Lourdes Benevenga de Oliveira Romero sobre o primeiro acometimento cerebral, em 2015. O segundo foi neste ano. "No dia 18 de junho, pela manhã, ela pegou o celular na mão; pedi para desligar, pois era muito cedo, mas não me respondeu. Quando olhei, ela não mexia o lado direito, e nem respondi. Foi assustador vê-la novamente naquele estado. Levei-a imediatamente ao pronto-socorro do Vera Cruz Hospital em Campinas, o que fez a diferença para o êxito em sua recuperação", relembra o empresário Fernando Romeiro, marido da gestora financeira .

Segundo Leonardo de Deus, neurologista do Vera Cruz Hospital, saber identificar os sinais e procurar por um atendimento de urgência e excelência é fundamental para uma reabilitação bem-sucedida. "Se tratado no início, o paciente com AVC pode se recuperar prontamente. Cada minuto é decisivo, e as três primeiras horas após os sintomas são determinantes para diminuir as chances de sequelas e para que o paciente possa sobreviver", explica.

Maria de Lourdes, hoje em dia, segue em recuperação e já apresenta melhora significativa dos sintomas, mas, para o marido, isso é um detalhe, já que poderia ter sido muito pior. "Sou grato ao Vera Cruz Hospital por toda atenção e dedicação com a minha esposa, o que foi decisivo para que agora ela possa continuar ao meu lado e em recuperação. Ela foi examinada e atendida prontamente assim que chegou, passou por cirurgia, e, se não fosse por isto, não estaria mais aqui", conclui Fernando.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o acidente vascular cerebral, popularmente conhecido como AVC, acomete 17 milhões de pessoas em todo o mundo anualmente. No Brasil, é a doença que mais causa incapacidades e a segunda que mais mata: em 2019, foram 100 mil óbitos, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde. Por isso, a importância do alerta em todo 25 de outubro, Dia Mundial do AVC.

De acordo com o neurologista, a doença pode atingir pessoas de qualquer idade. "A incidência entre os mais jovens e com meia idade aumentou nas últimas décadas. Antigamente, acometia mais idosos. Entretanto, a mudança no estilo de vida das pessoas tem colaborado para que as doenças aconteçam cada vez mais cedo", adverte.

Leonardo de Deus explica que há dois tipos de acidente vascular cerebral: o isquêmico, quando uma artéria é obstruída e alguma região cerebral deixa de receber sangue; e o hemorrágico, pelo sangramento em determinada parte do órgão em virtude do rompimento de algum vaso. Em ambos, ocorre a perda das funções dos neurônios na parte atingida. O especialista destaca que as pessoas devem ficar atentas a sinais. "Nosso corpo sempre ‘avisa’ que não está bem. No caso do AVC, alguns sintomas são: dificuldade para andar e falar; dor de cabeça; dormência ou paralisia no rosto, braço ou perna; alteração na visão; sonolência; e vômitos", ressalta.

 


Vera Cruz Hospital

Voz rouca e pigarros em idosos podem indicar problemas de saúde

Shutterstock
Sintomas podem estar relacionados a doenças graves, como câncer, alerta especialista do Hospital Paulista


A qualidade da voz pode afetar, e muito, a forma como os idosos vivem. Sendo a principal responsável pela comunicação oral, ela é fundamental para as interações sociais, conexões com a família, atividades de lazer que utilizam a voz e, principalmente, para expressar desejos, necessidades e sentimentos.

O Hospital Paulista de Otorrinolaringologia chama a atenção para os sintomas que podem servir de alerta para o mau-funcionamento vocal ​​e tendem a ser confundidos com manias de uma idade avançada.

Conforme o Dr. Rui Imamura, otorrinolaringologista que atende no Centro Especializado em Laringe e Voz do Hospital Paulista, a voz sofre, de fato, algumas alterações com o passar dos anos, mas é necessário estar atento a possíveis sinais de um problema mais grave.

Rouquidão progressiva, pigarros constantes e diminuição da potência vocal podem identificar doenças e lesões, como pólipos, edema de Reinke, atrofias das cordas vocais e até câncer na laringe.

De acordo com o médico, estudos sugerem que, após os 60 anos, cerca de 50% dos distúrbios vocais no idoso podem representar doenças que, quando não são diagnosticadas, tendem a evoluir, podendo prejudicar a saúde do idoso por obstrução respiratória progressiva, aspiração e pneumonias e tumores malignos.

"Além disso, por conta das situações envolvendo a falta de comunicação, o mau-funcionamento vocal pode levar à diminuição da autoestima, isolamento social, ansiedade e depressão", destaca.

O especialista explica que, apesar dos efeitos negativos que os distúrbios vocais causam à população geriátrica, eles são frequentemente negligenciados e não relatados pelo próprio idoso. Dessa forma, cabe aos familiares e cuidadores detectarem as alterações e orientarem a busca por um diagnóstico e tratamento adequados.


Sintomas

Os principais sintomas dos distúrbios da voz no idoso manifestam-se em forma de rouquidão, fadiga ao falar, diminuição da potência vocal, dificuldade no canto, aumento de secreção nas vias respiratórias, tosses e pigarros.

"A voz frequentemente baixa, como se estivesse sempre dando algum conselho de sabedoria, ou aquele pigarro excessivo do idoso que, de tão repetitivo, mais parece um TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), não são manias da idade, mas sim sinais de que algo não está bem com a saúde vocal", alerta o especialista.

O pigarro crônico pode estar associado tanto a problemas simples, como refluxos, como a mais graves, como câncer. "O sintoma deve ser investigado, principalmente se associado à rouquidão, dores ao engolir ou falta de ar."


Prevenção

Ter uma voz saudável está diretamente ligada ao bom desempenho do organismo como um todo. Por isso, Dr. Rui explica que hábitos como manter o corpo hidratado e dormir bem, mantendo uma noite de sono reparadora, ajudam a conservar uma boa saúde da voz.

Os cuidados com a alimentação também são essenciais. "Pacientes que sofrem de refluxo comumente apresentam rouquidão. Manter uma dieta saudável pode ajudar neste controle", ressalta.

Segundo o especialista, o uso de agentes nocivos como o cigarro e o álcool devem ser evitados pois podem causar ​​problemas sérios à voz, bem como ao restante do organismo. Ambos são os principais fatores de risco para o câncer de laringe, que tende a ocorrer a partir dos 60 anos de idade.


Tratamentos

O tratamento dos problemas vocais pode envolver uso de medicações, fonoterapias ou até mesmo cirurgia das cordas vocais. Segundo o médico, por meio do diagnóstico e tratamento adequados, pelo menos 2 entre 3 pessoas acometidas por alguma doença podem ter melhora da voz.

"Os distúrbios vocais nos idosos não devem ser menosprezados jamais. Pelo contrário, eles sempre precisam ser investigados. Quando notamos a diminuição da visão, procuramos um oftalmologista. Com a voz deve ser feito o mesmo. À medida que um sintoma se torna frequente, é necessário buscar um otorrinolaringologista", finaliza o especialista.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Uma data para ressaltar o combate ao preconceito contra pessoas com nanismo

Especialista destaca a importância do diagnóstico e os avanços nos tratamentos

 

Em 2017, foi estabelecido o dia 25 de outubro como “Dia Nacional de Combate ao Preconceito contra Pessoas com Nanismo”. De acordo com dados divulgados pelo IBGE, existem cerca de 20 mil pessoas que vivem com o nanismo no Brasil. No mundo, são 250 mil pessoas. Para o médico geneticista e membro da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Wagner Baratella, o Nanismo é um conceito associado à estatura do indivíduo e não existe um limite que o define, por isso são utilizadas as curvas de crescimento populacionais para tentar categorizar a estatura de uma pessoa e seu crescimento. Se estiver abaixo do nível mínimo da curva para uma determinada população, então é considerado nanismo.

Baratella destaca que o nanismo não tem associação com uma doença específica e existem diferentes causas. Algumas delas são hormonais e podem interferir no crescimento de um indivíduo, assim como doenças crônicas, renais e displasias esqueléticas. Em casos de nanismos desproporcionados, quando os membros são mais curtos que o tronco, por exemplo, geralmente está ligado às displasias esqueléticas, ou seja, quando ocorre algum erro na programação genética.

“Sabemos que a medicina fetal evoluiu muito com diagnóstico pré-natal e, durante a gestação, já é possível detectar alterações de desenvolvimento do feto, como na caixa torácica, qualidade óssea ou no tamanho do fêmur. É importante acompanhar o desenvolvimento no período pós-natal também”, afirma.

Diante da suspeita que a criança tenha algum problema de crescimento, o especialista orienta atenção com relação a desproporção do corpo, como características na face e no crânio. Se os sintomas não estiverem muito evidentes, segundo ele, é necessário fazer uma radiografia e avaliar se a ossificação está compatível com a idade e com o canal de desenvolvimento familiar.

“Existem porções dos ossos que são mais acometidos nestas doenças. Por exemplo, em ossos longos, que no caso das crianças ainda não se fundiram, é importante observar as extremidades, se estão menores, alteradas ou irregulares, além do eixo e formação do osso. A coluna vertebral e a pelve também são bastante informativas”, pontua.

Por vezes, é possível chegar ao diagnóstico somente com a radiografia e a avaliação clínica da criança. Mas existem condições, afirma Baratella, em um grupo de quase 500 doenças ósseas genéticas que levam ao nanismo, e essas são situações que necessitam de testes moleculares para identificar. Para ele, é fundamental saber o diagnóstico e entender como é cada alteração.

“O diagnóstico abre uma série de portas para conhecer os riscos e as possibilidades de tratamentos. Não temos como corrigir a parte genética, mas já existe uma nova medicação para acondroplasia que atua durante o período de crescimento e que está em fase de pesquisas e retira o freio do crescimento. Estudos clínicos em pacientes, demonstraram que as crianças tratadas voltaram a crescer com uma velocidade próxima ao normal. Além disso, aparentemente, temos a segurança de que há poucos efeitos colaterais”, explica.

 


Fernanda Calegaro


Estudo pode ajudar a entender por que a obesidade aumenta o risco de complicações cardiovasculares na COVID-19


Pesquisadores da UFSCar e da Unesp avaliaram em 109 voluntários hospitalizados os determinantes da disfunção endotelial – condição em que os vasos sanguíneos perdem a capacidade de se contrair e relaxar adequadamente, aumentando o risco de eventos como infarto, trombose e acidente vascular cerebral (foto: acervo dos pesquisadores)

 

Em pacientes com COVID-19, a obesidade é o fator que mais se associa ao desenvolvimento de disfunção endotelial – condição em que os vasos sanguíneos perdem a capacidade de se contrair e relaxar adequadamente, aumentando o risco de eventos como infarto, trombose e acidente vascular cerebral (AVC).

A constatação foi feita por um grupo de pesquisadores apoiado (17/25648-4 e 15/26501-1) pela FAPESP com base em dados de 109 pacientes internados com quadros moderados da doença. Os resultados foram divulgados na revista Obesity

“Fizemos a caracterização geral desses pacientes e tentamos identificar quais fatores poderiam modular ou acentuar o dano endotelial. Os resultados indicam que o item mais preponderante foi o IMC [índice de massa corporal]. Em segundo lugar, com bem menos relevância, encontramos o nível de creatinina no sangue, que é um marcador relacionado à função renal”, conta Alessandro Domingues Heubel, doutorando no Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e primeiro autor do artigo.

Heubel explica que o IMC é uma das principais ferramentas usadas por profissionais de saúde para mensurar o grau de sobrepeso e obesidade. O índice é calculado dividindo-se o peso (em quilos) pela altura (em metros) ao quadrado. Indivíduos com resultado igual ou superior a 30 kg/m2 são considerados obesos.

Foram incluídos na pesquisa pacientes de ambos os sexos, com idade média de 51 anos, internados no Hospital Estadual de Bauru e na Santa Casa de São Carlos. A obesidade foi a comorbidade mais prevalente (62%) nessa população, seguida por hipertensão (47%) e diabetes (17%).

Amostras de sangue foram coletadas logo após a admissão hospitalar e a função endotelial foi avaliada 72 horas depois, por meio de um parâmetro conhecido como dilatação mediada pelo fluxo (FMD, na sigla em inglês). O método não invasivo consiste em medir o diâmetro da artéria braquial (no braço), por meio de um exame de ultrassom vascular, antes e depois de uma manobra que obstrui o fluxo sanguíneo do antebraço durante alguns minutos.

“Imediatamente após a desobstrução, há um aumento do fluxo de sangue na artéria e isso constitui um estímulo mecânico para as células endoteliais [que formam o revestimento interno dos vasos sanguíneos] produzirem óxido nítrico, uma substância vasodilatadora. Quanto mais a artéria se dilata, melhor a função endotelial. E vimos que os pacientes obesos, no período de infecção ativa pela COVID-19, tinham dilatação mediada pelo fluxo muito pequena”, conta o doutorando.

Além da FMD e do IMC, foi mensurada a força de preensão manual (medida com um dinamômetro e aplicada para avaliar a capacidade física) e analisados os níveis sanguíneos de hemoglobina, leucócitos, linfócitos, plaquetas, proteína C-reativa (marcador de inflamação), ferritina, D-dímero (marcador de trombose) e creatinina. Considerou-se ainda, na análise, a idade, a presença de comorbidades, a prática de atividade física, tabagismo e medicamentos usados. No momento em que foram avaliados, nenhum participante estava internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas 72% faziam uso de suplementação de oxigênio.

Para encontrar os determinantes da disfunção endotelial na amostra avaliada, foi feita uma análise de regressão univariada (técnica estatística que permite considerar cada fator de risco isoladamente) e também uma análise de regressão múltipla (que analisa os fatores em conjunto). Somente o IMC elevado e o nível de creatinina tiveram relação direta com a redução da FMD.

Segundo a professora da UFSCar Renata Gonçalves Mendes, orientadora de Heubel, cada unidade a mais no IMC representou uma redução de 0,19% da FMD.

“Quando dois pacientes com COVID-19 são comparados, um com peso normal [IMC de 20 kg/m2] e o outro com obesidade [IMC de 30 kg/m2], este último tende a ter um valor de FMD 1,9% menor. Com base em conhecimento prévio, isso sugere um risco cardiovascular aumentado em aproximadamente 17%", afirmam os pesquisadores no artigo

“Na prática clínica, vemos que os obesos têm mais eventos cardiovasculares durante a internação. Nosso estudo pode ajudar a entender um dos mecanismos pelos quais isso acontece e por que a obesidade aumenta o risco de agravamento da COVID-19”, diz Mendes à Agência FAPESP.


Evidências anteriores

Desde o início da pandemia causada pelo SARS-CoV-2, diversos estudos aventaram a hipótese de que o vírus poderia infectar e lesionar diretamente as células endoteliais, o que foi comprovado em análises feitas com amostras de autópsias feitas em pacientes que morreram de COVID-19.

Especula-se ainda que a lesão do endotélio pelo vírus esteja associada a distúrbios de coagulação sanguínea (formação de microtrombos) e ao desenvolvimento de disfunção endotelial intensa e sistêmica, dois fatores que levariam ao agravamento do quadro.

“Ainda não sabemos ao certo em que medida a disfunção endotelial é decorrente da lesão direta causada pelo vírus ou uma consequência da tempestade de citocinas [liberação de moléculas inflamatórias pelo sistema imune] típica da COVID-19”, pondera Heubel.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que a obesidade eleva o risco de agravamento da COVID-19 independentemente da idade, do sexo, da etnia e da existência de comorbidades como diabetes, hipertensão, doença cardíaca ou pulmonar (leia mais em: agencia.fapesp.br/34049/). Entre os motivos estão as alterações mecânicas no sistema respiratório causadas pelo aumento do conteúdo abdominal, que comprime o diafragma e o pulmão. Além disso, os obesos frequentemente apresentam disfunções no sistema imune.

Há evidências de que o SARS-CoV-2 é capaz de infectar as células do tecido adiposo, que acabam servindo de reservatório para o patógeno. Isso contribui para que, de modo geral, a carga viral do obeso seja mais alta que a de indivíduos sem sobrepeso (leia mais em: agencia.fapesp.br/33612/).

“Uma possível explicação para nossos achados é que a maior carga viral dos obesos aumenta o risco de infecção direta das células endoteliais. Também é possível que a inflamação, que costuma ser mais exacerbada em indivíduos acima do peso, tenha influência no processo. Mas por limitações associadas ao desenho do estudo não foi possível observar uma correlação direta entre os marcadores inflamatórios e a FMD”, conta o doutorando.

Para os pesquisadores, os profissionais de saúde devem ficar mais atentos a complicações vasculares ao tratar de pacientes obesos com COVID-19. “Por serem mais suscetíveis a eventos cardiovasculares, precisam ser mais assistidos. E temos várias estratégias para evitar que as complicações se desenvolvam”, diz Heubel.

Mendes considera que os achados abrem caminho para a busca de novas abordagens terapêuticas focadas no endotélio. “Seria interessante buscar um composto capaz de barrar o processo que leva à disfunção endotelial, visto que é um fator que eleva o risco de complicações graves.”

Emmanuel Gomes Ciolac, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru e coautor do artigo, conta que muitos participantes do estudo evoluíram para casos críticos durante a internação e precisaram ser internados em UTI.

“Este é um projeto grande, no qual os pacientes estão sendo avaliados em três etapas: hospitalar, entre 30 e 45 dias após a alta e, novamente, quatro meses após a alta hospitalar. Mais resultados devem ser divulgados em breve”, conta.

Para Ciolac, os dados obtidos até o momento reforçam a necessidade de a sociedade olhar para a obesidade como problema sério. “São urgentes estratégias de saúde pública amplas e eficientes para o combate a essa doença, que está associada à maior gravidade da COVID-19 e de inúmeras outras enfermidades.”

O artigo Determinants of endothelial dysfunction in non-critically ill hospitalized COVID-19 patients: a cross-sectional study pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/oby.23311.

 

 

Karina Toledo

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/estudo-pode-ajudar-a-entender-por-que-a-obesidade-aumenta-o-risco-de-complicacoes-cardiovasculares-na-covid-19/37126/

 

Caminhão com boneca de pano gigante chama atenção para doença rara


Entre os dias 22 e 24 de outubro, o truck de AADC estará instalado em shoppings da cidade de São Paulo (confira abaixo a programação). A ação faz parte da campanha "Dia da Deficiência de AADC: Conhecimento é nosso beabá", iniciativa do Instituto Amor e Carinho, organização responsável por acolher e orientar os pacientes portadores da condição e suas famílias.

O espaço contará com a instalação de uma boneca de pano gigante e totens interativos, que trarão informações sobre a doença de Deficiência de Descarboxilase de L-Aminoácidos Aromáticos (AADCd). O objetivo é chamar atenção dos visitantes e disseminar conhecimento sobre a condição, de forma a incentivar o diagnóstico precoce.

A doença, que foi descoberta apenas nos anos 1990, é genética, extremamente rara, e apresenta sintomas desde os primeiros meses de vida, como fraqueza muscular, atraso no desenvolvimento e transtornos dos movimentos. Por ser pouco conhecida, ela pode ser facilmente confundida com outras enfermidades mais comuns como a paralisia cerebral, epilepsia ou autismo, o que culmina em um tempo grande, em média de 3 anos, para o diagnóstico correto.

Além de conhecer mais sobre a deficiência de AADCd, quem passar pelo truck poderá tirar fotos com a boneca de pano gigante para compartilhar no Instagram, marcando o perfil @oqueeAADC. Os primeiros 300 participantes terão as fotos repostadas e receberão uma boneca de pano em tamanho normal de brinde.

Saiba mais em: https://oqueeaadc.com.br/

 

Serviço - AADC Truck - Campanha "Dia da Deficiência de AADC: Conhecimento é nosso beabá"

• Dia 22/10, das 10h às 22h: Mooca Plaza Shopping - R. Cap. Pacheco e Chaves, 313 - Vila Prudente - São Paulo - SP
• Dia 23/10, das 10h às 22h: Shopping Metrô Tatuapé - Rua Domingos Agostim, 91 - Cidade Mãe do Céu - São Paulo - SP
• Dia 24/10, das 07h às 19h: Parque Burle Marx - Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200 - Vila Andrade - São Paulo - SP


Catedral da Sé volta a receber concertos

Agenda de apresentações gratuitas recomeça neste sábado com transmissão on-line ao vivo; veja a programação

 

Após 17 meses de paralisação por conta da pandemia, a Catedral da Sé volta a receber as atrações da Série Concertos Cripta – concebida como parte das comemorações dos 100 anos da Cripta da Catedral da Sé. O evento, patrocinado pela Tecnobank por meio da Lei de Incentivo à Cultura, já recebeu 30 apresentações e anuncia a retomada da programação neste sábado, dia 23 de outubro.

Seis novas atrações já estão confirmadas para os próximos sábados, sempre às 16 horas. As apresentações na Cripta terão 50% do público – com 35 lugares distribuídos gratuitamente uma hora antes dos espetáculos, por ordem de chegada. "O projeto é ampliado para o público do mundo todo, com transmissão simultânea nos canais do projeto na internet", afirma o diretor de Comunicação e Marketing da Tecnobank, Cristiano Caporici. Os interessados podem assistir a todos os concertos do conforto de sua casa no link www.concertoscripta.com.br.

Nomes já consagrados fazem parte da programação, ao lado de jovens talentos da música. Como primeira atração da retomada, neste sábado, 23, o madrigal Le Nuove Musiche apresenta um repertório exclusivamente composto por peças de Bach. “Será um concerto marcante não apenas pelo talento dos integrantes do conjunto, como também pelo conteúdo das obras que, ao tratar do tema redenção na obra de Bach, dialogam com o momento que estamos vivendo ao poder retomar, com todas as precauções, às atividades de nossas vidas, incluindo a possibilidade de assistir uma apresentação musical pessoalmente”, afirma Camilo Cassoli, diretor responsável pela Série Concertos Cripta. 

No sábado seguinte, dia 30 de outubro, é a vez do quarteto de violões Coletivo Contratempo se apresentar na Cripta. O grupo leva ao público clássicos do instrumento, com obras de mestres como João Pernambuco. “No recorte para esses seis novos concertos, buscamos manter uma variedade de estilos, gêneros e idades dos intérpretes”, destaca o diretor.

No dia 6 de novembro, se apresentam grupos oriundos do Núcleo de Desenvolvimento de Carreira da EMESP (Escola Municipal de Música). Composto por duas sopranos (Line Souza e Joyce Bastos) e um cravista (Bruno Tadeu), o Trio Allium executa obras de Monteverdi, Purcell, Handel e outros do período Barroco. Na sequência, o Trio Lazúli, formado por Giulia Moura (soprano), Luiza Girnos (mezzo-soprano) e Emily Alberto (pianista) apresenta peças de Offenbach, Massenet, Brahms e outros.

O Quarteto Ziggy se apresenta no sábado seguinte, dia 13 de novembro. O grupo é composto por Lucas Alvares (viola), Ana Carolina Rebouças (violino), Breno Barone (violoncelo) e Lucas Martins (flauta), que atualmente cursa o Mestrado em Performance na Universidade de Artes de Zurique (Suíça), com os professores Philippe Racine e Haika Lübcke, a partir de bolsa do Cultura Artística. No repertório, obras de Debussy, Mozart e Dvořák. 

No dia 20 de novembro é a vez da São Paulo Schola Cantorum se apresentar na Série, que se encerra no dia 27, com a apresentação do Duo Siqueira Lima. Ganhador do Prêmio Profissionais da Música 2015 no Brasil e do International Press Award 2014 nos Estados Unidos, o duo de violões é um dos grupos de música de câmara de maior prestígio da atualidade. 


Boletim Covid-19: ocupação geral de leitos para atendimento à doença segue em queda

Edição de outubro mostra também que houve crescimento de beneficiários e redução de reclamações relacionadas à Covid-19 no período


Está disponível no portal da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a edição de outubro do Boletim Covid-19, que traz dados sobre o comportamento do setor de planos de saúde durante a pandemia de Covid-19. 

Neste número, a publicação chama a atenção para a continuidade do crescimento de beneficiários em todas as modalidades de contratação do plano, evidenciando o interesse dos brasileiros no acesso à saúde suplementar. Os indicadores assistenciais mostram a contínua queda nos leitos alocados para atendimento à Covid-19, desde abril de 2021. Dentre as informações econômico-financeiras, são informadas a sinistralidade no período e inadimplência, cujas taxas se mantiveram estáveis. Quanto às demandas dos consumidores, destaca-se queda no registro de reclamações relacionadas à Covid-19. 

A edição de outubro traz ainda uma prévia do número de beneficiários em planos de assistência médica relativa a setembro e demandas dos consumidores recepcionadas pela ANS através de seus canais de atendimento.  

O objetivo da publicação é monitorar a evolução de indicadores relevantes do setor de planos de saúde nesse período, subsidiando análise qualificada da agência reguladora e prestando mais informações à sociedade. 

Clique aqui para acessar a edição de outubro do Boletim Covid-19 – Saúde Suplementar.

 

Evolução de beneficiários  

O número preliminar de beneficiários em planos de assistência médica relativo segue a tendência de crescimento observada desde julho de 2020. Em setembro, foram registrados 48.566.216 beneficiários em planos de assistência médica, aumento de 0,39% em relação a agosto. A taxa de adesão (entradas) no total, considerando todos os tipos de contratações, é superior à taxa de cancelamento (saídas) nos planos médicos hospitalares. O tipo de contratação responsável por esta superioridade é o coletivo empresarial que se mantém, desde julho de 2020, com mais entradas do que saídas de beneficiários. 

Considerando o tipo de contratação do plano e a faixa etária do beneficiário, observa-se que a variação foi positiva para os beneficiários acima de 59 anos em todos os tipos de contratação ao longo dos meses de março de 2020 até setembro deste ano.

 

Informações assistenciais 

A proporção de leitos alocados para atendimento à Covid-19 nos hospitais da amostra de operadoras segue a tendência de queda que vem se observando desde abril de 2021, atingindo patamar inferior ao observado em outubro de 2020, quando teve início a segunda onda. 

A taxa mensal geral de ocupação de leitos, que engloba tanto atendimento à Covid-19 como demais procedimentos, se manteve em 71% em setembro, abaixo do patamar observado em setembro de 2019 (pré-pandemia). A ocupação de leitos comuns e de UTI para casos de Covid-19 apresentou queda significativa em setembro, enquanto a ocupação de leitos para demais procedimentos manteve estabilidade.  

A busca por exames e terapias ficou 10,6% acima do observado para o mesmo mês em 2019. A retomada da realização de exames e terapias eletivas é compreensível, diante da postergação desses atendimentos em 2020, bem como desejada, para que haja a continuidade do cuidado, detecção e tratamento precoces de doenças para o adequado acompanhamento de pacientes crônicos.

 

Exames 

Dos dados sobre realização de exames de detecção de Covid-19, extraídos da base do Padrão TISS (Troca de Informação de Saúde Suplementar), destaca-se que, o número de exames RT-PCR realizados em junho/2021 sofreu uma redução de 12,1 % em relação ao mês anterior, retornando ao patamar de novembro/2020. No caso dos exames de pesquisa de anticorpos, a queda foi ainda maior, com redução de 25,8% entre maio e junho de 2021.

 

Informações econômico-financeiras  

O índice de sinistralidade trimestral apresentou leve aumento na comparação com o mesmo trimestre de ano pré-pandemia (3º trimestre de 2019) (82% x 83%). Porém, a prévia da taxa de sinistralidade de caixa anual em 2021 foi de 78,6%, ainda 2 p.p. inferior ao índice de 2019. A ANS permanecerá monitoramento a evolução desses dados no setor. 

Em setembro de 2021, tanto os dados de inadimplência de planos com preço preestabelecido, como os para planos individuais/familiares e para coletivos, permanecem próximos dos seus patamares históricos.

 

Demandas dos consumidores 

Os dados de setembro de 2021 mostram uma redução de, aproximadamente, 3,2% no total de reclamações registradas nos canais de atendimento da ANS em relação ao mês anterior. Quanto às demandas relacionadas à Covid-19, a redução foi ainda maior. Em setembro de 2021, a Agência registrou o menor número de reclamações sobre o tema desde março de 2020. Do total de reclamações relacionadas ao coronavírus, 44% dizem respeito a dificuldades relativas à realização de exames e tratamento para a doença. 

No portal da reguladora, é possível acessar o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.

 Consulte o monitoramento diário das demandas sobre Covid-19.

 

Sobre os dados  

Para a análise dos indicadores assistenciais, a ANS considerou informações coletadas junto a uma amostra de 49 operadoras que possuem rede própria hospitalar. Para os índices econômico-financeiros, foram analisados dados de 105 operadoras para o estudo de fluxo de caixa e análise de inadimplência. Juntas, as operadoras respondentes para esses grupos de informação compreendem 74% dos beneficiários de planos de saúde médico-hospitalares. Adicionalmente, na construção do boletim, foram utilizados dados do Documento de Informações Periódicas (DIOPS), do Sistema de Informações de Fiscalização (SIF) e o Sistema de Informação de Beneficiários (SIB). 

Confira as outras edições do Boletim Covid-19

 

Posts mais acessados