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segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Alimentos básicos retomam seu espaço nas refeições caseiras por conta da inflação

Análise da Kantar aponta que arroz e feijão foram os pratos campeões de consumo no segundo trimestre de 2021

 

A pandemia de Covid-19 impactou a renda dos brasileiros. Mesmo com a prorrogação do auxílio emergencial, a quantidade das pessoas que receberam o benefício foi menor, assim como o valor, o que não trouxe um impacto positivo no consumo no último ano. E ainda que a taxa de desemprego esteja estável, 17% dos lares brasileiros contam com ao menos uma pessoa que perdeu o trabalho após o início da pandemia, segundo o estudo LinkQ Covid da Kantar. Dentro desse universo, 80% são lares da classe CDE. 

Quando o assunto é alimentação, as refeições voltaram ao básico, muito impactadas pelos aumentos de preços vistos nos últimos períodos. Só no primeiro semestre deste ano, o preço médio pago pelos consumidores subiu 11,8%. Sendo assim, pratos como arroz, feijão e bife ou filé com salada foram as opções de escolha dos consumidores entre os que mais cresceram ocasiões de consumo no almoço e jantar dentro de casa. Em contrapartida, a tendência do “preparo mais elaborado” desacelerou fortemente. Houve queda da busca pela farinha de trigo, que vinha se destacando nos últimos estudos e agora perdeu mais de 2,3 milhões de lares compradores. Como resultado, menos bolos (-11,7%) e pães (-9,8%) sendo preparados em casa. 

De acordo com o Consumer Insights, os brasileiros estão procurando categorias mais práticas e convenientes, como batatas congeladas e empanados, que se destacam em todas as classes sociais. Mas outra necessidade que volta a se destacar é a preocupação com a nutrição e saudabilidade. Em todas as refeições - café da manhã, almoço, lanches e jantar - há um aumento da busca por saudabilidade. O estudo mostra que os consumidores mais maduros estão atentos à dieta (26,7%), enquanto lares com mais crianças e adolescentes focam a preocupação na nutrição (9,1%).

 

 

Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Plano de saúde? Será?

Que planos você tem para sua saúde?  Certamente é de ter acesso a serviços de qualidade, ser bem atendido e não pagar nada. Ninguém pode dizer que está errado. A bem da verdade, está correto. A Constituição Federal estabelece que saúde é direito de todos e dever do Estado. Aliás, todos nós capitalizamos o Estado e, portanto, a saúde pública, ao contribuir com impostos. 

Antes de entrar a fundo na questão, mais uma breve informação para reflexão: só até 3 de setembro, já havíamos pago mais de R$ 6 bilhões em tributos. Temos uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo, mais ficamos na vergonhosa trigésima posição entre países na relação arrecadação do Estado X bem-estar social.

 

Nesse contexto, e com todas as dificuldades do Sistema Único de Saúde, você vai saltar para a rede suplementar, caso possa, pensando: bons hospitais, acesso total, cobertura ampla. Correto? Sua meta pode ser até essa, ok! Mas a questão é que provavelmente terá sonhos desfeitos instantaneamente.

 

Faz tempo o setor de planos de saúde libera os rankings de queixas dos consumidores. Pesquisas de diversas entidades de Medicina mostram que é comum, em muitas empresas, pressionar médicos para reduzir exames, internações etc, inclusive com ameaças e rompimento de contratos.

 

Agora, para piorar, estão tentando institucionalizar a bandalheira de vez. Tanto no Congresso Nacional quanto na Justiça, planos de saúde jogam pesado para mudar leis, abrindo as portas para negar atendimento de diversos procedimentos.    

 

           É lamentável toda essa situação, sem contar os reajustes anuais acima da inflação, além dos estratosféricos aumentos por mudança de faixa etária. Não existe equilíbrio entre os agentes da rede suplementar e operadoras de saúde sempre tentar tirar mais dos pacientes e dos médicos.

          Faz 20 anos, a Associação Médica Brasileira fez uma campanha publicitária com o slogan: Tem plano de saúde que enfia a faca em você e tira o sangue dos médicos. Continua atualíssima. Transcorridas duas décadas, se algo mudou, foi negativamente. E a tendência segue a direção do fundo do poço.

 

          Como médico e paciente, expresso a indignação que sei também ser sua. Resta-nos tentar nos unir e defender nossa dignidade. Nós a temos.

 

 

 

Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

 

 

 

Como aplicar o neuromarketing e entender melhor o comportamento do consumidor

Como entender os efeitos do neuromarketing nas ações em que é inserido e avaliar os benefícios que esta ciência incorpora na relação entre marcas e consumidores? As vantagens são muitas e bastante efetivas.


Quando aplicado, o neuromarketing – um campo de estudo recente do marketing que mergulha na essência do comportamento do consumidor – ajuda a criar conexão emocional com o cliente, a chamada afetividade que aproxima ambos. É ele também que colabora para gerar interesse em uma compra, incentiva a construção de confiança e continuidade nas relações, auxilia no desenvolvimento da sinergia com as pessoas por meio da identificação, dá total suporte a questões voltadas para a ação, com pequenas interferências na tomada de decisão e ativa o inconsciente das pessoas. Além de tudo isso, atua nas relações sensoriais, incluindo melhorias em textos, estímulos visuais e uso de outros sentidos para contribuir na tomada de decisão.

Um outro ponto revelador deste modelo é a efetividade que insere nas peças de comunicação, com foco em atrair a atenção e gerar interesses em meio a tantos estímulos; com isso, ajuda a construir relevância em meio ao grande impacto de mídias que existe hoje em dia.

O neuromarketing ajuda a saber como cortar caminhos e estimular rapidamente as decisões. Não só auxilia o consumidor, mas colabora para que as marcas compreendam como elas podem influenciar melhor nas compras dos seus consumidores.

Trata-se de um mecanismo para acelerar a forma que o marketing atua tanto no inconsciente como no nosso consciente também. Entre 85 e 95% dos nossos comportamentos e decisões são inconscientes, uma vez que é a parte do cérebro que nos ajuda a decidir de forma mais rápida.

Quando entendemos as tendências comportamentais, conseguimos nos corrigir na hora de analisar os dados, sem distorcer a realidade. Ou seja, a neurociência auxilia a compreensão do que está por trás das evidências, não apenas a leitura dos dados em si. Esse olhar profundo apoia a capacidade do tomador de decisão dos negócios.

O uso de técnicas de nudging na jornada do consumidor, um termo popular na economia comportamental, também age como válvula propulsora nas tomadas de decisão e influências no processo de compra. São usadas para incentivar a escolha do consumidor e melhorar processos, tanto em pontos de venda físicos quanto nos meios digitais. E aqui, reforço para a não interpretação de que nudging age como como forma de manipulação.

Um nudge é qualquer aspecto da arquitetura de escolha que altere o comportamento das pessoas de uma maneira previsível, sem proibir nenhuma opção ou alterar significativamente seus incentivos econômicos. Para contar como um simples empurrão (nudge), a intervenção deve ser fácil e econômica de evitar. Nudges não são mandatos. Colocar a fruta no nível dos olhos é como dar uma cutucada e valorizar o eixo a ser destacado.

As pesquisas são, certamente, de grande valia no processo. Elas apoiam quem já tem estratégia e jornada definidas, mas precisa de suporte para influenciar esse consumidor, oferecendo mais conforto e precisão na sua escolha. É sobre pegar todos os touchpoints do negócio e testar em pesquisas neurocientíficas, analisando dados complexos sobre comportamento e como as ações influenciam o cérebro das pessoas.

Um exemplo de pesquisa neurocientífica é utilizando o eletroencefalograma, que ajuda a entender quando há mais tensão para uma pessoa, considera sua carga cognitiva, aponta momentos de construção de raciocínio e avalia de modo geral a reação do organismo diante de determinadas situações, desvendando o inconsciente.

É possível aplicar o neuromarketing sem necessitar investir maciçamente nesta técnica. É preciso desmistificar que essa ciência seja algo distante, onerosa ou difícil, Tecnologias surgem o tempo todo para facilitar esses estudos e deixar tudo mais fluído e acessível.

Há tecnologias acessíveis, como câmeras inteligentes para mapear não apenas perfil de quem passa por algum estímulo num ponto de venda, como avaliar atenção, carga cognitiva e reação emocional das pessoas. Isso dá um retrato muito mais preciso da eficiência de uma embalagem, produto ou comunicação. Dessa forma, você consegue descobrir se um produto atrai mais mulheres, homens, jovens, idosos ou crianças, o que eles sentem, se é necessário ajustar a comunicação para determinado perfil, dentre outras informações sobre a experiência no ponto de venda.

E o digital caminha ao lado de todos esses modelos, como ferramentas de EYE tracking, usadas em plataformas digitais para analisar para onde a pupila do usuário se direciona e quais pontos da tela despertam sua dilatação, indo além da análise de onde o cursor vai pelo site. Também é possível usar softwares que analisam microexpressões do indivíduo, analisando o que deixa a pessoa feliz, tensa, sorridente. Tudo colabora para ajustes no site, melhorias em vídeos, em textos, dentre outros insights.

O neuromarketing ainda atua na antecipação de problemas e descoberta de novas necessidades do consumidor. Seguindo essa linha de raciocínio, cabe enfatizar a empatia, capacidade humana que podemos despertar e exercitar como um músculo. Com ela, é possível se colocar no lugar do cliente e ajudá-lo da melhor forma que sua empresa puder, compreendendo seu comportamento e oferecendo soluções sinceras para suas dores, não apenas vender por vender e bater as metas do seu time. Saber aplicar soluções com empatia a partir dos estudos de comportamento humano não só acelera suas decisões, mas também ajuda na fidelização e encantamento do cliente.

Um caso de sucesso e referência no mercado com uso do neuromarketing é o da Cola-Cola, que inspira muitas empresas e estudiosos aqui e mundo afora. Uma pesquisa trouxe insights bacanas para a marca quando eles quiseram lançar uma nova versão do refrigerante; as pessoas selecionadas para o estudo experimentaram e afirmaram que preferiram a nova versão com relação à Coca tradicional. Essa conclusão fez a marca lançar a novidade, mas com o passar do tempo, os clientes pararam de comprar, preferindo sempre a versão tradicional. Com isso, a marca concluiu que a escolha do produto é inconsciente. Não basta apenas perguntar ao consumidor o que ele prefere, é preciso investigar o seu inconsciente, o que fez a Coca investir mais ainda nesse tipo de pesquisa.

Vamos olhar para os consumidores como seres humanos e mergulhar mais profundamente no comportamento em si, entendendo mais o que está por trás das escolhas e processo de tomada de decisão, porque isso contribui para que nos tornemos seres humanos com maior performance, além de tomar decisões de negócio mais eficientes. As tecnologias vão mudar e os dados sempre estarão disponíveis. No entanto, é a nossa capacidade e olhar humanizado que vão tornar um profissional ou um negócio mais evidente e relevante que outro.

 


Perla Amabile - diretora de Brand Experience na Gauge, empresa do Grupo Stefanini. É especialista em neurociência comportamental, pesquisadora de comportamento de consumo e membro do Instituto de Neuromarketing e Neuroeconomia.

 

República Tcheca abre para turistas brasileiros

A República Tcheca avançou com os protocolos de abertura internacional de fronteiras e, a partir de agora, viajantes brasileiros vacinados podem ingressar no país sem quarentena ou outras restrições.

De acordo com o Ministério da Saúde da República Tcheca, a partir de 1º de setembro de 2021 entrou em vigor o reconhecimento de esquemas vacinais realizados fora da União Europeia. Considerando as vacinas aprovadas pela EMA (European Medicine Agency) a Tchéquia permitirá a entrada de cidadãos brasileiros que tenham sido vacinados com uma das quatro vacinas reconhecidas: Pfizer, Astra Zeneca, Moderna ou Janssen. Por enquanto, a Coronavac não é aceita.

Para poder entrar na República Tcheca, os passageiros deverão apresentar:


1) Certificado internacional de vacinação completa em inglês com QR  code  com pelo menos 14 dias desde a última doce, comprovando o uso de uma das vacinas aceitas pela UE (Vaxzevria/AstraZeneca; Spikevax/Moderna; Comirnaty/Pfizer; Janssen/Johnson). A vacina Coronavac ainda não é aceita.

2)Preencher o "Formulário de chegada" online (disponível no endereço plf.uzis.cz) e obter o respectivo QR code. 

3) Possuir um seguro de viagem com cobertura para tratamento de Covid-19.

Além disso, o passageiro deve estar atento aos requisitos dos aeroportos de transferência e/ou da companhia aérea, que podem requerer algum teste ou documento adicional.

O Brasil ainda é considerado um país de alto risco, mas, ao mesmo tempo, foi reconhecido o avanço da vacinação bem como a idoneidade dos certificados internacionais emitidos em nosso país. Isso abriu caminho para essa flexibilização.

Novas atualizações, quando houver, serão divulgadas em nas redes sociais, no blog destinotchequia.com e na página do Ministério da Saúde tcheco.


 

Luiz Fernando Destro
destro@czechtourism.com

Visite www.destinotchequia.com para mais histórias, dicas, recomendações e surpresas.


 
www.visitczechrepublic.com


ANS alerta consumidores de planos de saúde

Reajuste de planos individuais/familiares é aplicado no mês de aniversário do contrato


“Por que ainda não recebi redução na mensalidade do meu plano de saúde se a ANS anunciou um percentual negativo para o reajuste dos planos individuais ou familiares?” A pergunta é pertinente e tem sido feita por muitos beneficiários pelos canais de atendimento da Agência Nacional de Saúde Suplementar.

Para tranquilizar os consumidores, a ANS esclarece que diferentemente de outros tipos de reajuste, como de luz, água, telefone, o índice autorizado pela ANS para os planos de saúde não é aplicado imediatamente após o anúncio da reguladora para todos os contratantes. De acordo com as regras do setor de saúde suplementar, as operadoras devem aplicar o reajuste no mês de aniversário do contrato, no período entre maio de 2021 e abril de 2022. Logo, se o boleto para pagamento ainda não trouxe o desconto relativo ao reajuste de -8,19% autorizado pela ANS, o beneficiário não deve se preocupar.  

“Percebemos que houve aumento de chamados sobre reajuste e identificamos que até o fim de agosto, quase 200 reclamações eram de pessoas que não tiveram a aplicação do percentual negativo em seus boletos. Em muitos casos, o motivo era o mesmo: ainda não havia chegado o mês de aniversário desses contratos. Por essa razão, orientamos que os beneficiários confiram no contrato ou no próprio boleto a data de sua inclusão: se for outubro, por exemplo, a aplicação será no mês de outubro de 2021. Se for março, o reajuste será aplicado em março de 2022.

Caso reste qualquer dúvida, o consumidor pode solicitar informações à sua operadora de plano de saúde. Se não conseguir resolver, entre deverá entrar em contato com a ANS por um de seus canais de atendimento: Disque ANS – 0800 701 9656; Fale Conosco em www.gov.br/ans; ou Central de Atendimento ao Deficiente Auditivo: 0800 021 2105”, informou o diretor de Fiscalização da Agência, Maurício Nunes.


Diego Arruda aponta quais conhecimentos são necessários para começa a empreender

O Brasil nunca teve tantos empreendedores. Dados do Portal do Empreendedor indicam que, de março de 2020 a dezembro do mesmo ano, o número de MEIs (Microempresas Individuais) registradas aumentou mais de 13%.   

Segundo Diego Arruda, consultor e especialista em empreendedorismo, o período de crescimento do empreendedorismo no Brasil coincide com o início da pandemia de covid-19, que tem imposto medidas restritivas a todos. “Muitas empresas passaram por uma crise devido à pandemia e, por isso, tiveram de demitir alguns funcionários. Esse cenário motivou a criação de inúmeros negócios”, explica. 

 

Como a abertura de um negócio próprio não depende de vocação, mas sim de habilidades e conhecimentos que podem ser desenvolvidos, o especialista Diego Arruda destaca alguns aspectos que não podem faltar para quem deseja começar a empreender – ou para quem já começou, mas ainda não se sente preparado. 


 

Conhecimento sobre finanças 


O resultado financeiro de uma empresa é o principal indicador do negócio. Por isso, o empreendedor precisa saber gerir suas finanças.   


“Seu negócio precisa ser lucrativo. Caso contrário, ele não está te trazendo resultados positivos. Por isso, é importante que você saiba quais são seus investimentos e quais são os retornos. A partir disso, é possível calcular a margem de lucro”, aponta Arruda.  


O especialista aponta que não é necessário ter graduação para ter o conhecimento necessário para gerir as finanças de uma empresa. De acordo com Arruda, o aprendizado pode ser realizado por meio de livros e cursos on-line – alguns disponíveis gratuitamente. 


 

Conhecimento sobre marketing digital 


O conhecimento sobre marketing digital é outro item fundamental dessa lista. Com o desenvolvimento da tecnologia e com as mudanças ocasionadas pela pandemia, os comportamentos dos consumidores mudaram.  


Se antes os clientes iam até os estabelecimentos para comprar algo, hoje só precisam visitar uma loja virtual. Dessa forma, é essencial que você saiba como anunciar seus produtos e seus serviços na internet, especialmente nos mecanismos de busca e nas redes sociais.  


“Saber divulgar o que você vende é essencial para obter bons resultados. Para isso, busque conhecimento sobre tráfego orgânico e sobre tráfego pago. Ademais, verifique qual público você deseja atingir e, com isso, verifique quais redes sociais podem ser utilizadas para a divulgação. Não se esqueça de que você tem inúmeras possibilidades, como Instagram, Google, LinkedIn e até mesmo TikTok”, explica o especialista. 


 

Conhecimento sobre processos 


Por fim, é essencial que um empreendedor tenha conhecimento sobre processos. Esse item é fundamental para garantir a qualidade dos produtos ou dos serviços oferecidos pela empresa.  

“Como empreendedor, você precisa saber se sua forma de gerir a empresa é satisfatória. Mais do que isso: deve entender se há outras maneiras mais benéficas para a administração. Assim, é importante se certificar se os processos não podem, de alguma forma, ser melhorados”, finaliza Arruda.



Diego Arruda - especialista em ajudar pessoas a empreender e a descobrir oportunidades de negócios. Por meio de consultorias e treinamentos, ajuda a revelar nichos de mercado para parceiros e para clientes.  

Brasil atinge marca de 200 milhões de doses de vacinas aplicadas

Foto: Walterson Rosa/MS
Ampla adesão da população ao programa de imunizações ajuda o Governo Federal a colocar fim no caráter pandêmico da Covid-19; número soma as doses 1 e 2 das vacinas 


O Brasil está entre os quatro países que mais vacinam a população. Neste domingo (5), mais um número histórico foi alcançado: já são mais de 200 milhões de doses de vacinas aplicadas em todo o território nacional.

A marca soma as primeiras e segundas doses aplicadas. Além disso, são consideradas as imunizações realizadas em dose única. Atualmente, já são 134,1 milhões de pessoas vacinadas com ao menos uma dose, o que representa 83,8% da população vacinável. São 66,5 milhões de brasileiros que concluíram o esquema vacinal, isto é, duas doses ou dose única recebidas no braço.

"Como cardiologista, antigamente eu achava que cateteres salvavam vidas, hoje eu tenho certeza que são as vacinas que salvam. Cada dose aplicada é uma esperança renovada para a população brasileira”, afirma o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

O jornalista Diego Freire, de 33 anos, está entre os brasileiros que receberam as mais de 200 milhões de doses já aplicadas. O jovem, que chegou a ficar 15 dias intubado entre março e abril deste ano, conseguiu superar a Covid-19 e retomar a vida com poucas sequelas.

A certeza de que pode começar a retomar as rotinas com segurança veio com a aplicação da segunda dose da vacina. "É um alívio imenso, sensação de vitória e de que, finalmente, estamos vencendo a guerra contra esse vírus. É motivo de celebrar a vida, de comemorar, é uma nova chance que estamos ganhando. Nem nos meus melhores sonhos na UTI imaginei que esse dia chegaria", comemorou Diego.


Aquisição de vacinas

A chegada regular de vacinas, que são cruciais para a conter o avanço da doença, é resultado de uma estratégia diversificada do Governo Federal para a aquisição dos imunizantes. O Governo Federal realizou a encomenda tecnológica e a transferência de tecnologia entre o laboratório da Astrazeneca e a Fiocruz. Existem ainda acordos diretos com as farmacêuticas Pfizer, Janssen e com o Instituto Butantan. Houve ainda a adesão para a cobertura de 10% da população brasileira junto ao mecanismo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Covax Facility.

Até o momento, 253,7 milhões de doses já foram distribuídas aos estados. A Fiocruz é a instituição que mais entregou doses ao Plano Nacional de Operacionalização Contra a Covid-19 (PNO), coordenado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), com 101,1 milhões de vacinas entregues. O Butantan já entregou 92,6 milhões de unidades da Coronavac; Pfizer contribuiu com 55,2 milhões; e a Janssen com 4,7 milhões.


PNI

Desde o fim de março deste ano, o Ministério da Saúde vem registrando recordes diários no número de vacinação e na quantidade de vacinas distribuídas. São ações constantes que contemplam toda a população do Brasil, de norte a sul, graças à força do PNI, programa reconhecido internacionalmente.

Instituído há 76 anos, o PNI é um patrimônio brasileiro, referência mundial e principal aliado da sociedade no enfrentamento da pandemia e de todos os demais problemas de saúde que podem ser prevenidos com vacinas. Apoiado por uma câmara técnica de especialistas do mais alto nível, o PNI toma as decisões técnicas sempre com base na ciência e nas melhores evidências científicas nacionais e internacionais.


Gustavo Frasão
Ministério da Saúde


Consolidando uma transformação digital segura

A aceleração digital foi uma tábua de salvação para as organizações durante a pandemia. Investimentos rápidos em serviços, aplicativos e infraestrutura em nuvem ajudaram a equipe a trabalhar adequadamente em casa e possibilitaram que as empresas continuassem a atender bem os seus clientes. Agora que as companhias foram empurradas para além deste "ponto de inflexão da tecnologia", não há como voltar atrás.

Primeiro, deve haver um foco na construção de negócios digitais em bases seguras e estáveis. Os líderes de TI precisam saber que esses investimentos em segurança cibernética fazem sentido dentro de uma perspectiva de ROI e redução de custos. Na era pós-pandemia, cada centavo gasto deve ser justificado.

Embora a transformação digital tenha ajudado inúmeras organizações nos dias difíceis de 2020, ela expandiu sem querer a superfície dos ataques cibernéticos corporativos. A situação é agravada pelo cenário atual, de ameaças cada vez mais sofisticadas e generalizadas.

As equipes de segurança estão descobrindo que proteger seus ambientes de forma efetiva se tornou mais difícil, pois existem lacunas na proteção de soluções isoladas, uma falta geral de visibilidade e um número esmagador de alertas.
E esses não são os únicos desafios que as organizações enfrentam na hora de aumentar seus investimentos digitais. As empresas estão lidando com:

  • Recursos e habilidades de segurança de TI internos limitados;
  • Gastos excessivos em soluções de vários pontos, que criam silos de dados, resultando em visibilidade limitada e pontos cegos de proteção;
  • Processos manuais com uso intensivo de recursos e tempo gasto em tarefas administrativas;
  • Sobrecarga de alertas de seguranças, tornando impossível para as equipes SOC priorizar os sinais.


O que os especialistas dizem:

Nesse cenário, o ESG e a Forrester calcularam modelos econômicos com base em clientes corporativos que aplicaram as soluções Trend Micro Cloud One e Trend Micro Vision One. Os resultados foram significativos.
A Forrester explica que a plataforma de serviços de segurança Trend Micro Cloud One pode oferecer:

  • ROI projetado de até 188% e benefícios totais projetados de até $1,7 milhão ao longo de três anos;
  • Economia anual de tempo na administração da segurança de 2.100-6.200 horas por meio da automação e visibilidade do gerenciamento de postura;
  • Redução de custo para detecção de ameaças de 19-27%, reduzindo falsos positivos e automatizando a investigação e a resposta;
  • Valor agregado ao desenvolvimento de 8-16%, reduzindo o tempo que os desenvolvedores gastam no trabalho de segurança e acelerando o tempo para valorização do trabalho;
  • Redução de custo em ferramentas de segurança entre 8-26%, minimizando gastos diretos e despesas com manutenção dessas ferramentas;
  • Economia de custos com redução do risco de violação de 6-16%, graças à segurança aprimorada e à produtividade do colaborador.

O ESG afirma que a solução de detecção e resposta estendida do Trend Micro Vision One (XDR) pode proporcionar:

  • Redução de custos: de 63% para Trend Micro Vision One e 79% para aqueles que adicionam XDR gerenciado, por meio da consolidação de fornecedores, automação, triagem e investigação mais eficientes e menos ataques bem-sucedidos;
  • Melhorias na segurança: Trend Micro Vision One vai além do XDR, analisando e correlacionando a telemetria de segurança entre as camadas de segurança, permitindo que as equipes de SOC priorizem e respondam às ameaças de forma mais eficaz;
  • Capacitação de negócios: eliminando processos e visualizações em silos e apoiando automação aprimorada e processos de negócios simplificados, permitindo que as organizações cresçam com mais eficiência.


O valor da consolidação

A consolidação de fornecedores é um tema recorrente nesses relatórios e, de acordo com o  estudo do Gartner de julho de 2020: “Cerca de um quarto das empresas estão buscando uma estratégia de consolidação de fornecedores, mas outra metade das organizações pesquisadas planeja fazer isso nos próximos dois a três anos”.

Por que as equipes de segurança com poucos funcionários estão encontrando cada vez mais dificuldade para gerenciar o crescente volume de ferramentas em vigor nas redes, gateways, endpoints, servidores e infraestrutura em nuvem de sua organização? Sua manutenção é cara e a falta de integração entre muitas dessas soluções cria lacunas na proteção e aumenta a sobrecarga de alertas.

A abordagem da plataforma da Trend Micro oferece valor real. Como mostram os estudos, oferece recursos abrangentes de proteção em nuvem (aplicativos, armazenamento de arquivos, gerenciamento de postura, redes, contêineres e código aberto) e XDR que correlaciona a telemetria de segurança entre camadas (e-mail, endpoints, servidores, workloads e redes), permitindo que as equipes de segurança tenham agilidade para responder.

“Estamos continuamente inovando e nos integrando a soluções de terceiros para oferecer segurança em todos os estágios das transformações digitais, para que os clientes possam investir e crescer com segurança”, finaliza Rafael Coutinho, Major Account Manager em Brasília da Trend Micro.



Trend Micro
https://www.trendmicro.com
Twitter: @TrendmicroBR
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Ataques cibernéticos x LGPD

Com o início da vigência da Lei Geral de Proteção de Dados, se tem conhecimento de que muitas empresas estão sendo alvos de hackers que efetuam sequestro de dados e ou apropriação dessas informações.

As empresas devem se acautelarem com segurança cibernética para evitarem sofrer as sanções da Lei, e que são muito rigorosas.

Com o advento da pandemia pela Covid-19, o aumento de trabalho em home office foi vertiginosamente crescente, e por meios de ferramentas diversas utilizadas pelas empresas. Muitas destes recursos não apresentam uma segurança cibernética para evitar invasões, colocando os servidores de dados das empresas vulneráveis a estes ataques.

Vale ainda destaca que o aumento de e-mails maliciosos teve uma enorme circulação a todos. Estas mensagens trazem em seu conteúdo ou anexo, um arquivo executável que insere no sistema do usuário que o abriu, vírus que assumem o papel de transmitir ao seu desenvolvedor dados de acesso em contas bancárias, acessos remotos em servidores, senhas, cartões de crédito entre outras informações que são acessadas pelo usuário vítima inicial.

Por que vítima inicial? Pois é por este usuário que se espalham a invasão as portas de comunicação e assim permitem o sequestro de dados, copiarem os dados ou mesmo, se manterem no comando dos servidores.

Parece filme de ficção, mas é a vida real que estamos dia a dia avaliando.

Todo o tipo de empresa que trata de dados de seus clientes deve reforçar ao máximo a segurança cibernética bem como, treinamento de seus funcionários e colaboradores com relação as armadilhas que estes hackers preparam a todos.

A LGPD é rígida e possui sanções pesadas para aqueles que negligenciarem com a segurança dos dados de seus clientes, portanto, devem sempre estar alertas senão sofrerão com as consequências dos hackers e da Lei.

 


Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. Para mais informações acesse http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/ E-mail akyama@akiyama.adv.br


Crise institucional e política: mediação é um caminho

Em meio à escalada das tensões no País, a mediação profissional poderia frear os desentendimentos entre os Três Poderes e restabelecer a ordem. Com a entrada em vigor da Lei de Mediação (13.140/2015), esta prática nasceu formalmente no ordenamento jurídico brasileiro, embora seus princípios e benefícios já existissem desde a época do filósofo chinês Confúcio, falecido aos 479a.C., como um dos mecanismos mais eficientes para solução alternativa de disputas, também conhecida fora do Brasil como alternative dispute resolution (ADR).

No capítulo das normas fundamentais do Código de Processo Civil, está previsto ser um dever do Estado - e não uma faculdade - estimular a solução de controvérsias por meio da mediação (art. 3º, §3º, do CPC), tanto na relação entre particulares, como no Poder Público. O tema é de tamanha importância que, recentemente, o Brasil aderiu à Convenção de Cingapura, acompanhando países como os Estados Unidos, China e membros da União Europeia, visando reconhecer a validade de acordos firmados por meio da mediação nas transações comerciais entre nações cujos modelos sociais, jurídicos e econômicos são distintos. Tudo para se preservar um ambiente pacífico e harmonioso.

Parafraseando o conceito enquadrado no art. 1º, § único, da Lei de Mediação, esta é atividade técnica exercida por um mediador imparcial, sem poder decisório, escolhido ou aceito pelas partes, com o propósito de ajudá-las a encontrar soluções consensuais nos conflitos. Em suma, trata e isola os aspectos relacionais das partes, abrindo caminho para o foco absoluto na causa do problema. No contexto nacional, impõem-se sua aplicabilidade como medida de utilidade pública e social, pois é premente que o País liberte-se de desinteligências egoicas, ideológicas e exageradas, protagonizadas por autoridades dos poderes independentes. Deste cabo de guerra não logrará vencedor; perderá o povo e cairão em descrédito as instituições.

Não me recordo de ter vivenciado, na prática ou nos livros, crise político-institucional de tamanha envergadura. Soma-se a isso uma tremenda inabilidade - e porque na casa de ferreiro o espeto é sempre de pau - por parte de atores envolvidos no conflito, justamente por não promoverem o "cessar fogo" ou desestimularem animosidades, numa interminável e ingloriosa queda de braços. Que fique claro: nem sempre aquele que promove a trégua restará enfraquecido ou derrotado. Afirmo ser o contrário, pois a sabedoria e a humildade são virtudes que acompanham apenas os fortes e os destemidos.

Fosse o contexto político um laboratório para formação de mediadores de conflitos, todos sairiam como livres-docentes. Digo isso porque esse "espetáculo de toma lá, dá cá" a que assistimos entre Executivo, Judiciário e Legislativo padece de todos os pressupostos para a construção de um ambiente favorável à comunicação e à harmonização dos poderes, princípio estampado no artigo 2º da Constituição Federal, que todos os agentes estatais envolvidos na balbúrdia juraram respeitar.

O perigoso cenário, que induz lamentável ruptura institucional, carece dos mais comezinhos princípios e técnicas utilizadas na neutralização de conflitos, tornando impossível o reestabelecimento da indispensável ordem. Estivéssemos na época do Brasil Imperial, sob o manto da Constituição de 1824 (art. 98), por certo já estaria em cena o chamado quarto poder (moderador), exercido pelo Imperador, para garantir a independência e a harmonia dos demais. O País não pode ficar à mercê de conflitos ou caprichos pessoais e está exausto dessa "política". O poder emana do povo, cuja vontade impera na verdadeira democracia. As autoridades, eleitas pelo escrutínio ou por indicação, são transitórias.

Diante de tanta desinteligência, caberia ao mediador (ou junta de mediadores) auxiliar as autoridades a perceberem que suas posições pessoais não podem estar acima do interesse da sociedade e do País. Além disso, ajudá-las na construção do diálogo, com escuta atenta e legítima, pois o que vejo são apenas tristes exemplos de escuta "defensiva" - aquela em que a parte ouve e, ao mesmo tempo, julga e rotula o outro com suas próprias crenças e valores pessoais; a "seletiva", quando escuta até onde se interessa; ou, até mesmo, a "falsa", quando simplesmente finge escutar. Que diálogo construtivo pode emergir com tamanha deficiência na comunicação?

Quando o assunto é a empatia entre os atores da crise, fica ainda mais evidente a necessidade de suporte. Sem empatia não haverá espaço para o diálogo, quiçá para o mandamento constitucional da harmonia entre os Poderes da República. Essa falha desastrosa de comunicação faz com que cada um olhe apenas para o seu próprio umbigo e se valha dos respectivos poderes de sua instituição, tudo para saber a quem caberá a palavra final. Ora, se até hoje os Três Poderes não foram capazes de resolver internamente seus destemperos, é hora de apelarem a terceiros. A mediação permitiria destacar tecnicamente os pontos de tensão nas relações, imprimir a escuta atenta e sem prejulgamentos, neutralizar as rusgas pessoais, legitimar as pretensões e criar tantas quantas opções fossem possíveis para reestabelecer a paz. E, ao final, quem sabe, formatar um "pacto" para garantir a harmonia e independência dos poderes.

Nesses mais de vinte anos atuando como mediador, com milhares de acordos homologados nas mais complexas e variadas situações conflituosas, envolvendo famílias, empresários, organizações religiosas, empresas em recuperação judicial, Ministério Público, Advocacia Geral da União, Tribunal de Contas da União, Agências Reguladoras e outros mais, arrisco dizer que o atual contexto político e institucional estaria no topo da lista das situações nas quais a mediação seria de fato o melhor caminho. Rogo que as autoridades despertem desse modo destrutivo de ação e comecem, enquanto ainda há tempo, a colaborar entre si em prol do projeto Brasil. Que cultuem menos vaidade, mais responsabilidade e melhores atitudes. Afinal, todos devem prestar respeito ao povo brasileiro.



Rubens Decoussau Tilkian - advogado e especialista em mediação de conflitos há 23 anos, é pós graduado pelo Insper, sócio-fundador do Instituto Vertus de Mediação e do escritório Decoussau Tilkian, Jacob Netto, Álvares e Chaddad Advogados, autor do livro "Comentários à Lei de Mediação" - obra referencial no tema.


Detox corporativo: o que fazer quando o ambiente de trabalho é nocivo e faz mal?

Clima ruim nas organizações gera perdas financeiras e afeta a saúde mental dos colaboradores

O ditado popular de que uma maçã podre pode estragar as demais em uma cesta é conhecido em quase todos os países e continentes. A analogia também vale quando os seres humanos interagem num mesmo grupo. Se um deles está feliz, a chance de que outros tornem-se mais felizes aumenta consideravelmente. Porém, o contrário também é verdadeiro.

Estudo da Harvard Business School com mais de 60 mil funcionários de empresas de todos os tamanhos e setores distintos mostra que o ambiente ruim de trabalho desanima as equipes e afetam os resultados.  


Características

São inúmeras as situações que indicam um ambiente nocivo à saúde mental e física, tais como a falta de respeito entre colegas, a pressão ininterrupta por resultados, o clima de tensão, gestores que estimulam concorrência desleal, utilizam de ironias e fazem críticas destrutivas.

“Com o passar do tempo, os comportamentos nocivos passam a fazer parte da cultura da empresa. Isso afeta diretamente as pessoas, a atmosfera organizacional e também os resultados. Só de observar a forma como as pessoas se relacionam umas com as outras e o jeito que tratam seus liderados, colegas, clientes e fornecedores dá para ter uma ideia do grau de toxicidade de uma organização. Um tema interessante para se observar em setembro, quando as discussões se voltam justamente para a saúde mental”, relata a consultora e professora de cursos de pós-graduação Luciane Botto, autora do livro Liderança Integral – A Evolução do Ser Humano e das Organizações (ed. Vozes, 344 págs.)

Livro e máscara de gás = Divulgação

Íntimo, mas impessoal

Mais comum do que se imagina, o ambiente prejudicial à saúde costuma ter origem em gestores e naqueles funcionários considerados super estrelas – muito talentosos e produtivos no curto prazo, mas egocêntricos e que não se importam com os outros.

Quem viveu nesse tipo de local por algum tempo sentiu os reflexos negativos dessa cultura organizacional. “A competitividade era absurda, tinha que provar a todo momento que era boa o suficiente para estar naquela empresa e viver para o trabalho. O desgaste foi tamanho que 15% do meu salário era usado só com remédios”, conta a executiva Márcia Souza – nome fictício, para garantia de sigilo – que atuou por sete anos numa empresa de bens de consumo. 

Hoje ela atua noutra companhia do ramo de pesquisa e inovação, tem mais qualidade de vida e presencia enorme diferença. “O clima interno é muito bom, as pessoas sentem-se melhor e querem ficar aqui”, completa.


Ficar ou sair?

De acordo com o psicólogo, mestre em Educação e professor do UNICURITIBA, Dori Luiz Tibre Santos, a maioria dos indivíduos não percebe suas ações e o jeito que trata os demais. “Quem se sente prejudicado deve falar com o agressor, explicar seu ponto de vista e pedir que mude o comportamento. Também é importante relatar ao superior”, observa.

Se o gestor não tomar atitudes, vale falar com os diretores da organização e, se for o caso, pedir afastamento. “Afinal, a maioria trabalha pela necessidade econômica e deixar uma empresa não costuma ser uma escolha simples”, diz. Santos também recomenda buscar apoio psicoterápico.

Segundo o advogado especialista em Direito e Processo do Trabalho, Arno Bach Filho, as companhias devem ficar atentas, pois a Constituição Brasileira relata que é um direito dos trabalhadores terem um ambiente seguro e de bom convívio.

“As empresas devem ter códigos de condutas e meios de comunicação para denúncias com garantia de sigilo. Se não tiverem isso e não averiguarem os fatos, correm o risco de perder o funcionário e terem de arcar com indenizações por danos moral e material. Em casos extremos - em que a pessoa desenvolva síndromes que a tornem inapta ao trabalho - podem ser condenadas a pagar pensão vitalícia”, explica.


Gente feliz produz mais

A boa notícia é que cada vez mais as pessoas se dão conta de que existem saídas para essas situações.

“Temos um ambiente saudável, colaborativo e inclusivo. Numa das reuniões, a sugestão do estagiário era melhor que a do presidente, foi aceita e implementada naturalmente. O jovem ficou tão feliz, trouxe ainda mais ideias nas outras reuniões e todos ganharam juntos”, conta Rodrigo Alves, CEO da Fil Group Logística que tem cerca de 30 colaboradores.

Não à toa, a empresa mantém crescimento durante toda pandemia, está em expansão e vai contratar mais três funcionários para as áreas de operações, vendas e financeiro. “Muitos colaboradores se dizem encantados com nossa filosofia e maneira de atuar. Alguns falam que nem acreditam na atenção e cuidados que recebem”, completa a gestora de Cultura e Pessoas da companhia, Sandra Maurer.

Outro exemplo de que é possível cuidar do time e alcançar bons resultados acontece na Tintas Vergínia. Com 265 funcionários nas lojas de Curitiba, Região Metropolitana e Ponta Grossa, a corporação ouve constantemente as sugestões internas. As equipes compartilham ideias, geram boas soluções, ganham autonomia e ficam mais motivadas.

“Até pouco tempo, a entrega e descarga de material na loja era manual. Um funcionário sugeriu instalar uma rampa no caminhão. Com essa ideia simples, mas muito importante, economizamos tempo. Noutra ocasião, um colaborador recomendou terceirizar os serviços de motoboy e tivemos ganhos financeiros”, relata o gerente de Estratégia e Projetos, Eduardo Bathke.

“Sempre que preciso, sou ouvido. O ambiente é favorável, existe harmonia entre os setores, temos acesso direto aos gestores e não há pressão nas cobranças”, conta Willian Pagangliso, coordenador de Vendas e há cinco anos na companhia.

Empresas são feitas de pessoas. São elas que fazem a mudança acontecer. Ambientes saudáveis têm mais chances de atrair, reter os melhores talentos e alcançar a alta performance. Além disso, cada vez mais a imagem e a reputação de uma companhia estarão ligadas ao modo como a equipe se trata. Essa humanização da gestão eleva o nível de engajamento, inovação e ajuda preparar o ambiente para o futuro que está por vir”, enfatiza a consultora Luciane Botto.

  

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