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sexta-feira, 20 de agosto de 2021

Pós-parto: especialista fala da importância da atividade física para novas mamães

De acordo com ela, é fundamental escolher exercícios adequados e retomar com cautela

 

A atividade física traz inúmeros benefícios, na gravidez, por exemplo, pode ajudar no controle de peso, prevenção de doenças, melhora da circulação sanguínea e até mesmo durante o trabalho de parto. Mas e depois que o bebê nasce? Alguns fatores podem ser difíceis para a nova mamãe, como a flacidez e a diástase abdominal. Nesse contexto, muitas se questionam se devem ou não praticar e como praticar atividade física.

Daniela Rico, criadora do programa Dani Rico na Bodytech Brasília explica que é preciso esperar 40 dias para o retorno das atividades e que esse retorno deve ser gradual. Mas é preciso cautela, por isso, ela ressalta alguns cuidados:

• Postura: totalmente alterada, encurtada e tensa - merece um cuidado especial com atividades de alongamento, fortalecimento e relaxamento, dar ênfase a musculatura que será utilizada para cuidar do bebê;

• Aleitamento materno: não realizar atividades que tenham muito gasto hídrico e calórico para não influenciar na demanda e qualidade do leite;

• Diástase abdominal: ao longo da gravidez o abdômen sofre um estiramento e o reto abdominal sofre um afastamento, as pós-partos devem evitar realizar movimentos como: flexão e rotação de tronco, posições que possam aumentar o peso dos órgãos em cima da musculatura e hiperextensões lombares;

• Assoalho Pélvico: durante nove meses a musculatura do assoalho pélvico sofreu uma sobrecarga e depois do parto ainda está fraco e sem condições de receber sobrecarga, devido a isso é importante não realizar exercícios que gerem impacto e sobrecarga, além de realizar um fortalecimento para esta musculatura;

• Mamas: mamas pesadas e sensíveis, cuidado ao realizar exercícios que possam ter apoio e impacto.



Amamentação

Outra questão frequente nas academias é quanto ao impacto da atividade física na amamentação e segundo Daniela, isso precisa ser avaliado, pois a produção e demanda de leite materno pode ser influenciada por vários fatores (stress, cansaço, sono, alimentação, lado emocional, cirurgias plásticas) e um desses é o excesso de atividade física. "Lembrando que não é regra, tudo vai depender de como esta mãe irá se hidratar e se alimentar depois que começar a treinar", pontua.

A recomendação para a mamãe, conforme a profissional, é retornar com cautela, escolher atividades moderadas e se preparar ao longo do puerpério para voltar às atividades mais intensas. Optando, portanto, por atividades específicas para esta fase dando preferência para a musculação bem orientada: alongamento, musculação, pilates, ginástica localizada, as atividades aquáticas, dança, sling dance e treinamento funcional.

"É fundamental que a nova mamãe não se esqueça de se hidratar, no mínimo quatro litros por dia, faça uma dieta adequada e descanse quando puder", pontua. "É importante ter cuidado com as mamas, pois estão maiores, pesadas e sensíveis, usar tops de boa sustentação, evitar exercícios de impacto e posições ou máquinas que façam compressão nas mamas", acrescenta.

A médica ginecologista e obstetra do Hospital Anchieta de Brasília, Mariana Lima, destaca que os ganhos do aleitamento são inúmeros para a mãe e o bebê. "O leite materno aumenta a imunidade do bebê, melhora o desenvolvimento neurológico, diminui o risco de comorbidades e, claro, libera a endorfina, que deixa a criança com a sensação de acolhimento, bem estar e proteção", adiciona. Para a mãe, traz a contração uterina pós-parto, reduz hemorragia, auxilia no emagrecimento e traz maior vínculo com o bebê.

 

Dia 24 de agosto, dia da infância: A importância do afeto para as crianças

Entenda como o carinho dos pais pode afetar a vida da criança.


A infância é um período extremamente importante para o desenvolvimento humano. É um tempo cheio de alegrias, brincadeiras, aprendizagens e momentos que permanecerão na memória para sempre. Por isso, o cuidado com as crianças nessa fase da vida é indispensável, uma vez que existem episódios vivenciados na infância que podem ter grande influência na vida adulta. Mesmo que as pessoas não saibam, existem experiências que, embora vividas há anos, determinam as nossas atitudes quando maiores.

O psicólogo Alessandro Scaranto afirma que a infância é um dos momentos mais importantes da nossa existência, pois é quando nossa personalidade é moldada. Assim, o que torna essa fase tão singular é a grande absorção que temos dos episódios que acontecem em nossas vidas, sejam eles bons ou ruins. “Na infância é onde podem se situar os maiores traumas da nossa vida”, afirma. 

Para Scaranto, o que mais se busca durante o período da infância é afeto. “Esse afeto vai fazer com que a criança entre em um movimento de compaixão, amor, entendimento e empatia”, explica o psicólogo. A criança não busca ter brinquedos novos ou roupas de marca, mas sim que seus cuidadores prestem atenção às suas reais necessidades e as deem o carinho e atenção que lhes é necessário.

Adultos que tiveram infâncias felizes e cheias de afeto têm menos chances de desenvolver algum transtorno psicológico. Conforme o especialista, atos de agressão física geram traumas, e tais abalos podem fazer com que a criança cresça e se torne um adulto mais propenso a ter dificuldade em se relacionar com outras pessoas, além de depressão e ansiedade.

Desse modo, o profissional finaliza e explica que cuidar da infância da criança e torná-la o mais agradável e recheada de amor possível é indispensável. Isso porque, uma criança feliz terá muito mais chances de ter uma vida mais feliz e saudável. Cuidar da infância é cuidar da vida. 

 


Alessandro Scaranto - Psicólogo e Acupunturista

@scaranto_psicologia


Aproveite o final de semana e veja dicas de como deixar o seu casamento mais quente e melhorar a relação!

 Especialista em União Amorosa dá 4 dicas para reacender a chama do seu relacionamento


Especialista dá dicas para reacender a chama da paixão (Unsplash)


Quando se trata de questões românticas, muito se fala sobre como sair da solteirice ou como reconquistar o ex, porém, mesmo quando se está dentro de um relacionamento, crises e problemas acontecem durante a relação. Faz parte do ciclo da maioria - senão de todos - os casais, passar por um período de desgaste, e é normal preocupar-se com isso. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de divórcios no país cresceu 75% nos últimos cinco anos e, durante a pandemia, até a metade de 2020 essa taxa deu um salto de 260% comparado às anteriores.

A fim de evitar crises mais profundas e riscos de separação, muitos casais tentam procurar soluções para tirar o casamento do marasmo. Maicon Paiva, espiritualista da casa de apoio espiritual Espaço Recomeçar, fala sobre a importância de fortalecer os laços conjugais ao longo do tempo: "Todo relacionamento é composto por ciclos, eles se renovam e se desgastam e muitos casais acabam enfraquecendo o vínculo entre eles. Por isso, ambas as partes devem se esforçar para manter um relacionamento saudável e vivaz".

Pensando nisso, Maicon Paiva, especialista em União Amorosa, que já atendeu mais de 35 mil pessoas com problemas amorosos e pessoais, traz 4 dicas valiosas para reacender a chama da paixão do seu casamento:

• Conversem sobre assuntos novos

Dia-a-dia do trabalho, filhos e as tarefas da casa...É cansativo rodar as conversas entre os mesmos tópicos. Só de tentar puxar um tema novo, tentar abrir os horizontes do diálogo pode ser um diferencial. Que tal deixar o papo ainda mais dinâmico e interessante usando um jogo?

• Cultivem o auto-cuidado

Seja com um dia de SPA, uma meditação em casal ou fazer exercício físico juntos pode estimular os ânimos da relação. Experimentem atividades novas, como um esporte diferente ou um passeio ao ar livre. O ditado "corpo são, mente sã" também se aplica na vida à dois.

• Saiam da rotina (literalmente!)

Principalmente no período de isolamento social, ficamos restritos às nossas casas e isso pode ser muito estressante. Por isso, tente uma mudança de ambiente. Uma escapada para um chalé, uma pousada no fim de semana pode aliviar as tensões da rotina em casa. Uma transformação no ambiente também pode ajudar muito! Reorganizem os móveis para dar uma cara nova e refrescar a casa.

• Conectem-se no Plano Espiritual

Para garantir a serenidade do relacionamento e que todas as emoções do casal possam estar organizadas e direcionadas para um caminho positivo, é fundamental ter orientação espiritual. O Espaço Recomeçar , baseado em São Paulo, também atende de forma virtual e conta com serviços de Adoçamento Amoroso, Consulta Espiritual e Casamento Espiritual.


Entender melhor como funciona seu sono pode melhorar a qualidade do descanso

Dormir de cinco a oito horas por dia não é a única preocupação que devemos ter quando buscamos um sono restaurador, atividade necessária para uma vida saudável


Algumas das informações mais disseminadas por estudiosos sobre hábitos que geram uma vida saudável estão relacionadas à qualidade do sono. Porém, você sabe como ele funciona? Um adulto que dorme de sete a nove horas por dia passa por quatro ou cinco ciclos completos de sono e cada um dura cerca de 90 a 120 minutos passando por dois tipos: REM (movimento rápido dos olhos) e NREM (movimento devagar dos olhos).

De acordo com a National Sleep Foundation, o sono NREM representa cerca de 75% do nosso sono e ocorre em três estágios:

N1 - Quando você está apenas dormindo ou dormindo levemente.

N2: O início do sono, com respiração e batimentos cardíacos constantes e temperatura corporal em queda.

N3: Também conhecido como sono de ondas lentas, o estágio mais restaurador, quando os músculos relaxam, pressão arterial cai, respiração diminui e crescimento e reparação do tecido começam.

O próximo passo no ciclo do sono é o sono REM, responsável por cerca de 25% do tempo em que os olhos permanecem fechados à noite. As fases REM ocorrem a cada 90 minutos, mais ou menos, com as parcelas se alongando um pouco à medida que a noite passa. Durante o sono REM, o corpo fica relaxado e imóvel, ocorrem sonhos e, como você pode esperar do nome desse estágio do sono, os olhos se movem para trás sob as pálpebras. O hormônio do estresse - cortisol - cai. Ele aumentará novamente à medida que a manhã se aproxima.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) apontou que 65% dos brasileiros têm baixa qualidade de sono. Matheus Motta, nutricionista responsável pelo programa da WW (Vigilantes do Peso) no Brasil, afirma que o sono desempenha um papel crítico em sua jornada em busca pelo bem-estar. "Diariamente, estamos conectados e atentos às demandas do nosso dia a dia. Porém, ao deitar esquecemos que não existe um interruptor que, ao ser apertado, nos desliga do mundo exterior e nos ajuda a dormir. Para que isso aconteça, é necessário que criemos hábitos mais saudáveis e a rotina de sono regular é um deles", diz.

"O sono afeta todas as partes de nosso corpo e, quando em baixa qualidade, coloca as pessoas em risco para uma série de doenças crônicas, como pressão alta, depressão e obesidade, além de afetar sua produtividade nas atividades diárias, alterar seu humor e prejudicar sua tomada de decisões", completa.

A WW (Vigilantes do Peso) possui dicas que podem te auxiliar a alcançar uma boa qualidade de sono:

• Prepare-se para dormir - Escolha uma atividade relaxante, desde um bom banho até ler na cama.

• Desligue-se dos aparelhos eletrônicos - Checar um último e-mail, rolar pelo feed das redes sociais ou até mesmo jogar é um hábito que atrapalha na qualidade do sono. A luz azul das telas pode retardar o hormônio produtor do sono, a melatonina.

• Planeje-se para deitar no mesmo horário - Os hábitos são criados por meio da repetição. Programar-se para dormir no mesmo horário todos os dias treina o seu corpo a descansar melhor e com mais qualidade.

• Experimente a técnica das três coisas boas - antes de dormir, pense em três coisas boas que aconteceram no seu dia. Pessoas gratas possuem menos probabilidade de ter pensamentos negativos e preocupantes ao adormecer.

• Limite ao álcool e café a noite - uma taça de vinho sempre é bem vinda após um dia cansativo, porém, consumir álcool próximo a hora de dormir pode te fazer acordar durante a noite.

Da mesma forma que planejamos nossos dias, nosso sono merece a mesma atenção. Monitorar seu sono pode te ajudar a entender melhor seus padrões individuais. Conheça mais sobre o assunto clicando em https://www.vigilantesdopeso.com.br/br/blog/sono

Caso você perceba alterações bruscas, procure um médico.

 


WW Brasil (Vigilantes do Peso)

vigilantesdopeso.com.br

 corporate.ww.com


A INFLUÊNCIA DO TABAGISTMO NO CÂNCER DE BEXIGA

Segundo Dr. Cesar Camara, “fumar é um dos fatores que causam a doença”

 

O câncer de bexiga é um tipo de tumor que atinge a mucosa da bexiga urinária em homens e mulheres. Existem basicamente 3 tipos de tumores que podem se desenvolver: os carcinomas uroteliais, que correspondem a mais de 90% dos casos, os tumores de células escamosas e os adenocarcinomas. 

Apesar de serem tumores graves se não tratados a tempo, muitos pacientes poder ser assintomáticos até um momento em que os esforços para a cura completa não surtem mais efeito. 

Nos Estados Unidos, aonde as estatísticas são mais consistentes, estima-se que surjam anualmente 70 mil novos casos, dos quais 30% demandarão tratamento radical da doença. A incidência - como a mortalidade - aumenta com a idade, sendo maior nos homens e nos tabagistas.

 

O que causa o Câncer de Bexiga? 

A causa do câncer de bexiga não é totalmente conhecida, mas a exposição a alguns fatores de risco é extremamente relevante e deve ser conhecida. 

O Tabagismo é um dos mais bem conhecidos desencadeadores dos tumores de bexiga. Aqueles que fumam tem chance quatro vezes maior em relação a quem não faz uso regular do tabaco. Quem para de fumar diminui o risco de desenvolvimento do tumor, mas nunca mais tem o risco de uma pessoa que nunca fumou. O tabagismo passivo também causa aumento de risco para esse tumor. 

Outros fatores incluem a exposição aos derivados do petróleo, alguns produtos químicos utilizados em corentes, produtos derivados da borracha, derivados do alumino e a exposição inadvertida ou programada a irradiação. 

Alguns estudos também sugerem que infecções crônicas da bexiga e uso prolongado de sonda vesical podem causar tumores da bexiga.

 

Quais são os sintomas do Câncer de Bexiga? 

Os sintomas iniciais do câncer de bexiga podem ser difíceis de identificar ou podem não aparecer, atrasando em muito o diagnóstico caso o paciente não esteja realizando seus exames rotineiramente. Um dos sintomas que mais chama a atenção dos médicos e pacientes é a presença de sangue na urina, mas outros como dor ao urinar, ardência uretral e aumento repentino da frequência urinária, devem ser levados em consideração. 

Outros sintomas como dor óssea, fraqueza e mal estar estão mais relacionados a doença avançada, pouco contribuído para o diagnóstico precoce da doença.


Como fazer o Diagnóstico? 

O diagnóstico dessa condição é feito de muitas maneiras e inclui a realização de exames de urina específicos para diagnóstico de câncer (citologia oncótica da urina), ultrassonografia, cistoscopia com microcâmera para complementar os estudos de imagem e tomografia e/ou ressonância magnética. Em alguns casos a realização de um moderno exame chamado de PET-CT pode ser indicada para avaliação global do paciente.

 

O que é feito após confirmação do diagnóstico? 

Quando o médico tem certeza da existência de um tumor no interior da bexiga, ou mesmo quando há fortes indícios, será necessário um procedimento ressecá-lo da bexiga. Esse procedimento é feito através de microcâmeras e dispensa cortes e com ele o tumor é extraído e o leito onde estava localizado na bexiga é biopsiado. 

Com essas informações será possível entendermos o tipo histológico da lesão e avaliarmos a profundidade com a qual a lesão atingiu a bexiga. 

A avaliação dessa profundidade é importantíssima, pois classificará o tumor em estágios e em conjunto com a avaliação do tipo histológico do tumor irá determinar o tratamento: 

•           1ª situação: com a extração da lesão se constata ausência de invasão profunda e tumor pouco agressivo. O paciente foi curado dessa lesão.

•           2ª situação: a análise demonstra múltiplos tumores ou tumor muito agressivo, mas sem invasão profunda. O paciente poderá necessitar de tratamento com aplicações de substâncias imunogênicas no interior da bexiga – o BCG na maior parte dos casos.

•           3ª situação: existe comprometimento profundo da bexiga. O paciente precisará de tratamento radical com cirurgia para ser curado. Também existe a possibilidade de quimioterapia associada a radioterapia, mas com índices reduzidos de cura. 

Após o diagnóstico e tratamento de uma lesão pequena e pouco agressiva, o paciente deve lembrar-se que ficou curado dessa lesão em particular, mas que sua bexiga poderá desenvolver outros tumores. Isso implica em um seguimento vigilante por muitos anos e que não deve ser deixado de lado.

 

Como é a Cirurgia? 

A cirurgia de câncer de bexiga pode incluir: 

1.         Ressecção transuretral da bexiga (RTU de bexiga): a lesão da bexiga é removida pela uretra sem necessidade de cortes e o leito onde se encontrava é biopsiado.

2.         Remoção parcial ou completa da bexiga: algumas pessoas com câncer de bexiga cuja lesão atingiu os níveis mais profundos podem precisar extrair a bexiga (cistectomia radical). Nessa situação, protocolos científicos mais modernos, podem demandar quimioterapia pré ou pós cirurgia com o intuito de aumento da sobrevida. Em algumas situações especiais, apenas uma parte da bexiga pode ser removida.

 

A retirada da bexiga (cistectomia radical) juntamente com a próstata e vesículas seminais no homem e útero, ovários e parede vaginal anterior na mulher, acompanhados da retirada de linfonodos pélvicos, é o tratamento padrão, proporcionando sobrevida de até 85% em 5-10 anos se não houver metástases e de 35% se os linfonodos estiverem acometidos. 

A reconstrução urinária é realizada no mesmo momento da cirurgia radical e pode ser feita a neobexiga ortotópica (para a uretra), heterotópica (para a pele) ou conduto ileal de Bricker(também para a pele), dependendo do estado geral do paciente e acometimento ou não da uretra. 

A reconstrução mais frequentemente utilizada é a neobexiga, feita com uma parte do intestino que é novamente conectado a uretra do paciente, sem a necessidade da permanência de bolsas coletoras. A cirurgia é realizada pela via aberta, mas com o crescimento da cirurgia robótica, também é possível fazer o procedimento com o auxilio dessa tecnologia.

 

Existem medidas preventivas? 

Sim, existem. Pare de fumar imediatamente. Parar de fumar reduz o risco entre 30% e 60%. Ele nunca volta a ser como o de quem nunca fumou, mas quanto mais tempo sem fumar, menor a chance de tumor. 

Evite exposição às substancias carcinogênicas (vide acima). 

Há alguma evidência de que dietas muito ricas em gordura e colesterol aumentam o risco de câncer de bexiga, evite essas dietas. 

Evite o uso crônico de cateteres de drenagem da urina na bexiga (sondas vesicais).

 

Dr. Cesar Camara - formado em medicina pela USP com especialização em Cirurgia Geral e Urologia pela mesma instituição e atua no Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo.


Especialista aponta benefícios do aleitamento materno

Em todo o mundo apenas 38% das crianças são amamentadas. Ano passado uma lei promoveu agosto como o mês do aleitamento materno e possui diversas campanhas para incentivar a amamentação

 

Sabe-se que a amamentação, isoladamente, é a estratégia de maior impacto capaz de salvar a vida de cerca de 13% das crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas previsíveis. O estímulo da amamentação exclusiva salva nada menos que 6 milhões de crianças por ano. Em todo o mundo, apenas 38% das crianças são amamentadas. Conforme a Organização Mundial da Saúde, a meta global a ser atingida até 2025 é de que pelo menos 50% dos lactentes recebam o aleitamento materno até o sexto mês de vida da criança. Por isso, desde o ano passado, foi sancionada uma lei pelo Congresso Nacional, que institui o mês de agosto como o “Mês do Aleitamento Materno”, que passa a ser chamado de “Agosto Dourado”.

Para Cíntia Matieli, consultora de amamentação e fundadora da Mommy’s Angel consultoria materna, “o leite materno é o melhor alimento que um bebê pode receber nos seus primeiros anos de vida, sendo indicado até dois anos ou mais. Sua superioridade orgânica o torna de melhor digestibilidade, sendo o alimento mais completo para promover o crescimento e desenvolvimento infantil”. Além disso, segundo Cíntia, as crianças amamentadas com leite materno também estão mais protegidas contra doenças infecciosas.”, comenta.

Ainda existem muitos tabus e principalmente no que se refere a quantidade de mamadas, por exemplo, por isso, Cíntia preparou dicas para as mamães se sentirem mais confiantes em oferecerem este alimento tão rico ao seu bebê:

  • O bebê deve ser amamentado todas as vezes que desejar. Importante: a mãe deve permitir que a criança mame até o momento em que sentir o peito vazio ou murcho para, só então, oferecer a outra mama.  Estas são recomendações importantes, pois muitas mães reclamam que seus filhos choram o tempo todo, que querem mamar a toda hora e que o leite produzido é fraco e, por isso, leva a criança a sentir fome”, explica Cíntia.  
  • Importante: na verdade, o leite não é fraco. O bebê é que sente fome, uma vez que este alimento é rapidamente digerido.
  • As mulheres produzem dois "tipos de leite": o que se concentra no fundo da mama, rico em nutrientes, capaz de estimular o ganho de peso e o crescimento do bebê; e o localizado mais na parte da frente da mama, rico, principalmente, em água, o que leva a recomendação de que não é necessário oferecer água a criança até o sexto mês de vida. 
  • É sempre bom lembrar que o bebê deve ser colocado para arrotar, logo após a mamada e, se ele for ficar deitado, deve ser posicionado de lado, pois, caso vomite, não corre o risco de sufocar-se.
  • É muito comum as mulheres sentirem dores nas mamas, devido às rachaduras (fissuras). Para preveni-las, é necessário passar o próprio leite na mama, antes e após dar de mamar. Caso as rachaduras já existam, o leite ajudará a cicatrizá-las. Na maioria das vezes, o que faz o peito rachar é o jeito que o bebê abocanha a mama: sua boquinha deve envolver e abocanhar a aréola do peito, aquela parte redonda e mais escura, localizada ao redor do bico do seio. Se o bebê sugar somente o mamilo (bico), com o tempo, a mama ficará machucada. Para corrigir as fissuras existentes, além de passar o próprio leite na mama, a pega do bebê, ou seja, o jeito que ele abocanha a mama, também deve ser corrigida.
  • Também é comum reclamações de dores nas costas, no pescoço e nos ombros. Por isso, ao amamentar, a mulher deve preferir ambientes tranquilos, posicionar-se de maneira confortável, com a coluna alinhada e os pés apoiados.
  • No geral, água morna nas costas durante o banho pode aliviar eventuais dores. Só é preciso lembrar que não se deve deixar cair água quente ou morna nos seios, pois isto pode fazer com que o leite empedre, as mamas fiquem ingurgitadas e a mulher sinta mais dores.

 

 

Mommy's Angel Consultoria Materna

https://mommysangel.com.br/

 

Tire suas dúvidas sobre lentes de contato

 

Desejadas por muitas pessoas, especialmente os jovens, por trazer praticidade e qualidade de vida para quem precisa corrigir erros de refração, as lentes de contato geram muitas dúvidas. Será que todos podem usá-las? Qual o modo correto de higienização? E quem desde o início da pandemia ficou com as lentes no estojo? Podem voltar a usá-las normalmente? Para tirar essas e outras dúvidas, a recém-inaugurada loja virtual Visu, e-commerce de lentes de contato, convidou a Dra. Liane Sanz Iglesias, diretora médica da Visclin Oftalmologia.

De acordo com a especialista em Refrativa e Catarata, não há restrição de idade para usar lentes de contato e, atualmente, quase todos os graus podem ser corrigidos. Contudo, a Dra. Liane Iglesias, afirma que somente o oftalmologista pode avaliar a necessidade de uso para cada paciente. “Ao fazermos a indicação, levamos em consideração o grau do paciente a ser corrigido e a frequência com que a pessoa pretende utilizá-las. A recomendação é feita após ser realizado o protocolo de teste de lente de contato para identificar se, clinicamente, a córnea não apresenta contraindicação”, explica. Abaixo, acompanhe as orientações da oftalmologista sobre as principais dúvidas relacionadas a lentes de contatos.


1. Quais os tipos de lentes de contato disponíveis no mercado atualmente?

As lentes podem ser rígidas (com recomendação de trocas anuais), gelatinosas descartáveis (mensais, quinzenais, diária), gelatinosas anuais, gelatinosas terapêuticas e estéticas, ou lentes híbridas. As lentes descartáveis devem ser opção para a maioria dos pacientes que se adequem ao grau existente, pois são mais seguras quanto à esterilização.

Temos também as lentes de ortoceratologia. Elas existem há anos, porém passaram por melhorias e agora são mais utilizadas. Usadas à noite, durante o sono, essas lentes remodelam a lente anterior do olho chamada córnea. Dessa forma, corrigem momentaneamente a miopia e baixos astigmatismo. Essa modalidade permite uma maior liberdade já que durante o dia não será necessário uso de lentes ou óculos. Crianças a partir de 6 anos também podem utilizá-las e estudos mostram que a ortoceratologia pode desacelerar a progressão da miopia, ou seja, as crianças que usam essas lentes podem ter um menor avanço da miopia. 


2. Deve ser feita a adaptação para o uso das lentes de contato?

Sim, e para isso o paciente necessita buscar um oftalmologista. Inicialmente, será verificado se ele é candidato ao uso. A pessoa deve realizar um teste no consultório, junto a um contatólogo, para ver qual o melhor tipo de lente para o seu caso. No início, as lentes devem ser utilizadas com acompanhamento e de forma progressiva, aumentando as horas de uso gradativamente.


3. Como deve ser feita a higienização da lente de contato? E do estojo das lentes? Com que frequência deve-se limpá-lo?

Independentemente se o modelo for rígido ou gelatinoso, é preciso ter uma solução de limpeza específica e um estojo para armazená-lo. Antes de tudo, lave suas mãos com um sabonete bactericida e seque-as bem.

Para as lentes rígidas, friccione tanto a parte de cima quanto a de baixo com movimentos circulares por cerca de trinta segundos. Enxágue-a com a solução e repita o processo na outra lente. Encha o estojo, já higienizado, com a solução de limpeza e guarde as lentes. Esse processo deve ser realizado todos os dias ao retirá-las e/ou antes de dormir.

A limpeza das lentes gelatinosas é semelhante à higiene das rígidas. A diferença é que cada lente tem um produto específico para o seu tipo e o processo de limpeza deve ser menos intenso, pois o material é fino e delicado. O ideal é que se friccione, com muito cuidado, por vinte segundos em cada um dos lados.


4. Em tempos de pandemia, quais cuidados devemos ter ao usar lentes de contato?

Devemos manter os mesmos cuidados de higiene e uso seguro das lentes de antes da pandemia, ou seja, usar sempre os produtos de higiene e limpeza das lentes indicados pelo médico oftalmologista, evitar dormir com as lentes, descartá-las de acordo com a orientação do fabricante e manter consultas de rotina. Não há evidências que o uso das lentes favoreça o contágio com o novo coronavírus. Com ou sem lentes, no dia a dia, é importante evitar o contato das mãos não higienizadas nos olhos.


5. Por estarem mais tempo em casa, conforto ou outros motivos, há pessoas que desde o começo da pandemia não colocam suas lentes de contato. Agora podem voltar a usá-las normalmente? Quais cuidados tomar?

O ideal seria antes de voltar a usá-las passar por consulta oftalmológica, especialmente se não vai ao especialista desde o início da pandemia, há mais de um ano e meio. Lentes de contato abertas e estojos antigos devem ser descartados. Lentes de contato que estão lacradas dentro do blister e dentro da data de validade podem ser mantidas.


6. Pode-se usar soro fisiológico para higienizar as lentes?

Não. O soro fisiológico é ineficaz para a higienização de lentes de contato porque não possui agentes de limpeza adequados para lubrificar e desinfetar o material. O ideal é utilizar apenas produtos específicos para limpar as lentes.


7. É verdade que não podemos usar água corrente para limpar as lentes?

Sim, nunca use água corrente, pois pode contaminar as lentes.    


8. Lentes de contato podem causar infecções?

Sim, podem ocorrer problemas de infecção causados pelo uso de lentes de contato. No entanto, na literatura médica, esses incidentes não são tão frequentes. Para evitar qualquer tipo de infecção ocular, o usuário deve estar atento às recomendações do oftalmologista com relação ao uso, limpeza e manutenção das lentes de contato.


9. Quais os cuidados para quem usa lentes de contato e pratica esportes, inclusive aquáticos?

Com orientação do médico oftalmologista e escolhendo as lentes de contato mais adequadas para a sua necessidade e o esporte que se pratica, é possível usar as lentes seja debaixo d’água ou fora dela, em movimento ou parado. Em caso de esportes em água ou fora dela, uma boa dica é sempre usar lentes de descarte diário, que são mais baratas e não têm problema se cair, perder ou estragar. A vantagem de usar as lentes de contato para praticar esportes é que o campo visual não fica limitado. Também não existem riscos de levar uma bolada no rosto, por exemplo, e o óculos quebrar, podendo ferir a pessoa. Outro benefício é a praticidade e, principalmente, poder enxergar, afinal, tiramos os óculos quando vamos correr ou mergulhar.

Importante reforçar que a exposição das lentes de contato à água pode aumentar o risco de infecção no olho, o que, em casos extremos, poderia levar à perda da visão, então, se as lentes entrarem em contato com a água enquanto estiver na piscina, descarte-as e substitua por um novo par.


10. Podemos dormir com a lente de contato?

Não é recomendável, pois, ao dormir com as lentes de contato, o paciente castiga a córnea, pois diminui a chegada do oxigênio por meio da lágrima – a bomba lacrimal não funciona quando não piscamos, permanecendo somente os movimentos oculares involuntários. As lentes de ortoceratologia são exceção.


11. Podemos usar lente de contato enquanto aplicamos maquiagem nas pálpebras?

Sim, use lentes de contato e maquiagem da seguinte forma:

  • Mãos sempre limpas: é preciso sempre lavar as mãos antes de manusear maquiagem e lente de contato.
  • Faça a higiene adequada do rosto antes de colocar as lentes e iniciar a maquiagem.
  • Atenção para as pálpebras e os cílios. Evite também demaquilantes oleosos que podem ficar depositados na borda da pálpebra, danificando as lentes.
  • Coloque e remova as lentes antes de iniciar e retirar a maquiagem, para reduzir o risco de sujar as lentes e também evitar a presença de partículas de maquiagem na córnea.
  • Use máscara para cílios resistente e não à prova d’água, que são mais difíceis de serem removidas e, normalmente, necessitam de produtos oleosos para sua retirada.
  • Priorize o uso de produtos sem perfume e hipoalergênicos.

12. É verdade que lentes de contato não devem ser utilizadas em viagens de avião?

As lentes de contato já absorvem certa quantidade da umidade das lágrimas e, associado à alta pressão e ao ar seco dentro da cabine de um avião, pode ocorrer uma desidratação dos olhos, fazendo com que as lentes pareçam menos confortáveis que o habitual. Leve seus óculos e o estojo das lentes de contato, para tirar as lentes de contato no caso de o desconforto aumentar. Retire as lentes de contato se quiser dormir durante a viagem.


13. Óculos de grau são melhores que lentes de contato para corrigir a visão?

Os óculos não são melhores para corrigir a visão. Ao contrário dos óculos, as lentes de contato não embaçam e não comprometem o campo de visão periférico do usuário, porque são colocadas diretamente sobre os olhos, proporcionando uma visão de qualidade.


14. Lentes de contato coloridas podem prejudicar a visão? Elas possuem grau de correção?

As lentes coloridas não prejudicam a visão. Como qualquer outra lente de contato, as coloridas também possuem grau de correção visual. Para isso, elas precisam ser adaptadas e indicadas pelo oftalmologista. Entretanto, a grade refracional pode ser restrita de acordo com a cor escolhida.


15. Lentes de contato podem causar desconforto durante a gravidez?

Na gravidez, pode haver um desequilíbrio ocular que altera as composições da lágrima, diminuindo a quantidade de água por um aumento de gordura. Isso pode desencadear, nas grávidas, uma intolerância a lentes de contato, que podem provocar a sensação da crise de olho seco e vista embaçada.        

 

 

Visu

www.visu.com.br

 

Campanha Respire Agosto alerta para o câncer de pulmão em monitores de trens e estações da ViaQuatro e ViaMobilidade

Mensagens orientam sobre a doença

Veiculação ocorre até o final do mês, quando é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo, um dos principais fatores de risco para a doença
 

Qualquer pessoa pode ser diagnosticada com câncer de pulmão, doença que apresenta 1,7 milhão de novos casos por ano no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pulmão foi o terceiro em incidência nos homens e o quarto entre as mulheres. Com relação à taxa de mortalidade, em 2019 o câncer de pulmão foi o primeiro entre os homens e o segundo entre as mulheres.

É importante estar atento aos sintomas e aos fatores de risco e procurar orientação médica o quanto antes se apresentar tosse persistente, falta de ar e cansaço, entre outros sinais. Essas informações serão veiculadas de 16 a 31 de agosto nos mais de 1,4 mil monitores das estações e dos trens da ViaQuatro e da ViaMobilidade, concessionárias responsáveis pela operação e manutenção das linhas 4-Amarela e 5-Lilás de metrô, respectivamente.

A iniciativa faz parte da campanha Respire Agosto que o Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL) criou para alertar sobre esse tipo de tumor. Agosto foi instituído como o mês de conscientização sobre o câncer de pulmão, pois no dia 29 é celebrado o Dia Nacional de Combate ao Fumo - o hábito de fumar é uma das principais causas da doença.

"O objetivo da campanha é conscientizar as pessoas sobre a importância de conhecerem a doença, seguir as recomendações de prevenção e chamar a atenção de que ela também pode se desenvolver em quem não é fumante ou é fumante passivo", diz Marlene Oliveira, fundadora e presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida.

"Cuidar da saúde é essencial, por isso as concessionárias sempre dão espaço a campanhas como essa, indo além de oferecer um transporte confiável a todos os passageiros", diz Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e da ViaMobilidade. A campanha também será veiculada no Instagram e Facebook das concessionárias.

 

Serviço:

Campanha Respire Agosto - veiculada nos monitores dos trens da ViaQuatro (Linha 4-Amarela) e em monitores das estações e trens da ViaMobilidade (Linha 5-Lilás): de 16 a 31 de agosto.


Aplicar a terceira dose em idosos e profissionais de saúde ou vacinar crianças e adolescentes: O que é mais urgente?

Para pneumologista especialista em terapia intensiva, em um cenário de escassez de vacina, proteger os mais vulneráveis pode ser a melhor estratégia

 

A semana foi agitada quando o assunto é a “terceira dose” da vacina no mundo. Nos Estados Unidos a aplicação de mais uma dose do imunizante está marcada para 20 de setembro e, no Brasil, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, disse nesta quarta-feira (18) que o Brasil deve começar a estratégia pelos idosos e profissionais de saúde. Ocorre que muitos brasileiros ainda não foram vacinados sequer com a primeira dose. Mesmo com o aumento considerável no ritmo de vacinação nos últimos dias, diversas cidades do país estão vacinando o público entre 20 e 30 anos e a grande maioria ainda não começou a vacinação de adolescentes e crianças. O que passa a ser mais urgente: Vacinar o público mais jovem ou dar a dose de reforço para o público mais vulnerável? Para o médico pneumologista especialista em Terapia Intensiva pela USP e coordenador de pós-graduação da Sanar/UniAmérica, Felipe Marques, é preciso pensar numa estratégia se o cenário de distribuição de vacinas seguir com escassez. “Em um levantamento feito no município do Rio de Janeiro em novembro, a letalidade por covid-19 em menores de 9 anos era de aproximadamente 1%, podendo chegar a próximo de 50% em indivíduos entre 80 e 90 anos. Logo, em um país com recursos limitados e dificuldade de acesso ao imunizante, a estratégia de vacinar as populações vulneráveis pode ser mais eficiente que a vacinação de populações com baixo risco de complicação”, explica.

 

A discussão ocorre no contexto de escassez de insumos, já que numa situação de amplo acesso às vacinas, certamente a vacinação de todos os públicos seria a estratégia mais acertada, usando os imunizantes comprovadamente seguros em pacientes mais jovens. Sobre a necessidade da terceira dose ser interpretada como uma falha nas vacinas, Marques é bem claro. “O risco de evolução para formas graves da doença, bem como internação ou óbito são menores naqueles que tomaram vacina, qualquer que seja o imunizante. Por esse ângulo, definitivamente esses indivíduos estão mais seguros. A grande discussão girará em torno do potencial ganho de eficácia contra novas variantes ao se utilizar uma terceira dose ou fazer uma alternância de imunizantes”, conclui.

 

Intercambialidade

 

Tem sido comum a discussão no meio científico e até entre a população sobre a “mistura de doses”. Recentemente uma situação em Guarulhos chamou a atenção da sociedade, quando uma médica veterinária divulgou nas redes sociais que teria tomado uma terceira dose na cidade, mesclando dois tipos diferentes de imunizantes. O caso está sendo investigado, já que no Brasil ninguém está autorizado ainda a tomar uma terceira dose. O pneumologista Felipe Marques explica que a intercambialidade, quando se faz o uso de diferentes vacinas num mesmo indivíduo, aconteceu inicialmente por motivos de contingenciamento ou efeitos adversos em algumas populações, como visto na Alemanha. No entanto, um estudo britânico aponta para essa direção ao identificar que pacientes que tomaram a primeira dose da vacina AstraZeneca e a segunda dose da Pfizer tiveram um aumento na produção de anticorpos quando comparado a população que recebeu 2 doses da AstraZeneca. “É apenas o início da discussão sobre combinação de vacinas”, finaliza o especialista e professor da Sanar.

 

 

Fonte: Felipe Marques da Costa - Graduado pela Universidade Federal do Ceará, residência em Pneumologia pelo HC-FMUSP (2016), preceptor do serviço de pneumologia HC-FMUSP (2017), especialista em Terapia Intensiva HC-FMUSP (2018) e Doença Pulmonar Intersticial, Líder da equipe COPAN de pneumologia no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo. Coordenador da Pós-Graduação em Medicina.

 

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