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sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Missão trainee: dicas sobre como se preparar

Fazer uma boa apresentação pessoal, participar ativamente e ter uma boa postura estão entre os destaques para aumentar suas chances no processo seletivo  


Um emprego com perspectivas de crescimento acelerado, benefícios e um salário compatível com o mercado. Este é o objetivo de muitos recém-formados, que todos os anos recorrem às tão concorridas vagas nos programas de trainees das grandes empresas. Por isso, estar preparado para qualquer pergunta do recrutador e também para as “temidas” dinâmicas é fundamental para alcançar o objetivo: tornar-se um trainee! Pensando nisso, a Vivo - em parceria com a Cia de Talentos – listou cinco dicas essenciais para quem quer se dar bem nos processos seletivos e garantir uma vaga no tão sonhado programa de trainee! 


1 – Apresentação pessoal: fuja dos mesmos padrões e seja mais você!

Ser autêntico, espontâneo e fiel aos seus valores ajuda a aumentar suas chances de destacar-se para o recrutador. Esqueça as regras, participe, pergunte e se envolva!  “A autenticidade do candidato é fundamental para sua avaliação e, posteriormente, essa qualidade irá ajudá-lo no seu desenvolvimento profissional”, explica Maria do Carmo Vieira, Diretora de Talentos da Vivo. Vale evitar brincadeiras indevidas, comentários inapropriados, excesso de gírias e informalidade. Mesmo em ambientes corporativos descontraídos, lembre-que é um processo seletivo e você está sendo avaliado em todos os momentos.


2 – Participar ativamente e se comunicar bem

Os recrutadores estão em busca de frequência de comportamento. Isto significa que não adianta falar apenas quando o responsável pelo processo seletivo chega perto ou usar frases feitas para chamar a atenção deles. “Opte por contribuir com seus conhecimentos, ouvir o que os colegas têm a dizer, incentivar a participação dos mais calados, analisar as sugestões dadas e propor soluções. É um diferencial”, garante Sofia Esteves, Presidente do Conselho do Grupo Cia de Talentos.


3 – Trabalhar bem em grupo

Ser trainee é para quem deseja ocupar posições de liderança nas empresas e gosta de desafios complexos. Por isso, atividades em grupo presenciais acontecem durante o processo de seleção. É nesta hora que os recrutadores observam como os candidatos se comportam junto com outras pessoas e em um ambiente real de trabalho. Por isso, é muito comum que as pessoas queiram mostrar os seus talentos, porém, é importante cautela e cuidado! “Ser paciente, respeitar os colegas, manter a voz calma e envolver-se nas atividades de forma confiante são pontos positivos para destacar-se neste tipo de atividade”, recomenda Maria do Carmo Vieira.


4 – Estudar a empresa

Saber sobre a empresa que está concorrendo à vaga conta muito na hora da entrevista. Vale pesquisar tudo! Desde o histórico, negócios, valores e missão, além da cultura organizacional. Estas informações serão muito úteis nas discussões em grupo. É um detalhe que mostra o interesse do candidato na vaga e na empresa, e o deixa muitos passos à frente dos demais concorrentes.


5 – Ser pontual

Esse é um dos pontos essenciais para qualquer candidato. Confirmar e pesquisar sobre o local do processo, programar-se para sair com antecedência e chegar ao local com 10 minutos faz toda a diferença, garantindo ao recrutador que você teve cuidado e respeito com o tempo dele. Por fim, organizar-se para aproveitar o dia do processo sem outros compromissos são essenciais para manter a calma e o foco nas atividades propostas.


Das funções do museu para a sociedade


Um museu custa caro: são especialistas no tema da coleção, conservacionistas e museólogos, administradores, sistema de segurança, limpeza, sistema contra incêndio e roubos, marketing. Muitas vezes, o acervo está num prédio histórico que, de antigo, começa a ficar estragado a ponto de ameaçar a integridade do acervo. Aos custos com prédio e pessoal junta-se o custo de preservar e digitalizar o acervo, o que toma tempo e dinheiro.

Poucas empresas brasileiras querem gastar seu dinheiro com museus - e quando o fazem, é com museus específicos, com peças atrativas ao grande público. Para a ciência, uma ossada de dinossauro e o fóssil de um ser unicelular tem igual importância, mas, para o público, somente a grande peça chama a atenção. Nem sempre o povo sabe a importância que está na pequena peça. Um documento, uma foto, uma série de insetos aparentemente sem importância podem ser estudadas no futuro graças a museus que atraem poucas pessoas, mas cientistas e especialistas.

Museus podem e devem cobrar entrada e ter lojas com materiais à venda. Ele deve se tornar fonte de propagação do conhecimento. Ocorre que a função primária dos museus é gerar conhecimento, curiosidade, ensino, pesquisa - que não têm efeito imediato e não geram, necessariamente, lucro. O Museu do Louvre, em Paris, é gerido por dinheiro público, por pagamento de visitantes com ingressos, por arrecadação junto a empresas e com mecenas que ajudam as artes. Ele nos mostra que, a despeito das flutuações de mercado, do gosto popular, de obras mais famosas ou menos e da opinião de grupos sociais, mantém todas as peças - e o faz com a certeza de que aquele museu vai se manter aberto por sustento principal da instituição mais duradoura: o Estado.

Assumindo essa tese de que a principal função do museu não é gerar lucro, sua monetização excessiva é mais nociva que benéfica. Sem o Estado, somente as peças caras, famosas e atrativas ficarão sendo cobiçadas pela iniciativa privada, provocando o desmonte da estrutura cultural do país, restando aos acervos menores e sem atrativo desaparecerem ou serem saqueados pelos ricos para suas coleções privadas.

Se o debate for marcado pelo preconceito ideológico entre o privado e o público, ele será um debate pobre, marcado pela ideologia cega do anti-estatismo atual e pela manutenção de um Estado isolado das questões econômicas da administração contemporânea. Talvez o que o Estado precise é de uma visão ampla dos museus, com investimentos pesados na área. Tire-se a pensão das filhas dos militares solteiras, os privilégios dos juízes ou a isenção de cobranças de impostos de grandes instituições financeiras e temos amplos recursos para a cultura e arte.

O que não podemos deixar é a rapinagem dos fundos públicos para museus privados; ou a apropriação de materiais artísticos públicos por empresários que acham que os lucros devem ser seus, mas, quando os problemas aparecem, o Estado deve financiar as mudanças estruturais. Isso seria manter o patrimônio em perigo e isentar grandes empresas de impostos, selecionando onde e quando investir, de acordo com interesses que não são artísticos ou científicos.





Marcos Dias de Araújo - historiador e mestre em História pela UFPR, professor de História da Arte e de História das Relações Internacionais da Universidade Positivo (UP).


Ensino básico de qualidade para o Brasil avançar


É bastante comum a indústria receber entre os candidatos a operadores para o estágio inicial da categoria pessoas que possuem ensino médio completo, mas que demonstram ter dificuldades para ler, escrever e entender textos, assim como realizar as quatro operações básicas da matemática. Diante deste cenário, a empresa logicamente precisa complementar o conhecimento básico antes de oferecer uma qualificação técnica ao recém-contratado, afinal como ensinar controle e estatística de processo, que exigem o domínio de algumas contas, para uma pessoa que precisa operar um maquinário de R$ 2 milhões, se ela não sabe somar, subtrair, dividir e multiplicar? 

Assim, em vez de investir em eficiência de produção, por exemplo, com a modernização de seu parque de máquinas, a empresa retira parcela disso para proporcionar conhecimentos básicos de matemática e língua portuguesa, com o objetivo de preparar minimamente aquele profissional que irá trabalhar na indústria, o que reflete no aumento do custo de mão de obra. Significa ir ao sentido oposto: ter despesa onde deveria haver investimento.

Assim como no passado o Brasil já desenvolveu iniciativas voltadas para os ensinos técnico e superior, que foram muito importantes, o País precisa investir no ensino básico, do fundamental ao médio, para realmente oferecer uma base de ensino que habilite os jovens a progredirem para a educação mais avançada. Esta é também uma condição para se desenvolver a qualidade na indústria, a bandeira do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA). 

Países desenvolvidos, como a Alemanha e o Japão, ensinam noções de estatística para os estudantes mais novos porque possuem escolas bem estruturadas em diversos aspectos, como formação do professor, infraestrutura de instalações e até alimentação. É fundamental oferecer cedo a oportunidade de conhecer as diversas disciplinas e seus desdobramentos, porque as crianças despertam o interesse pelas áreas humanas, exatas ou biológicas até os 10 anos de idade. Não adianta, por exemplo, tentar ensinar arte para um jovem no final da adolescência e início da idade adulta, caso ele não tenha tido contato com informações e opções básicas desta área, no período antes dos 10 anos. O mesmo vale para as áreas de humanas e exatas.

Seria interessante o Brasil se inspirar na história da Coreia do Sul, que iniciou uma revolução educacional nos anos 1960, com prioridade de investimentos no ensino básico, e obteve excelentes resultados, deixando para trás aquela nação com baixos índices de desenvolvimento social ao final da década de 1950. O Produto Interno Bruto (PIB) do país asiático, que era inferior ao do Brasil à época do início da revolução educacional coreana, é três vezes maior na atualidade.

Certamente, os resultados não são imediatos, mas o primeiro passo precisa ser dado para que os efeitos apareçam daqui a 30 ou 40 anos na direção do aumento de produtividade, qualidade e eficiência do Brasil. Mas isso somente será realidade se houver melhor capacitação da matéria-prima humana, que suporte a indústria nacional a acompanhar a velocidade do desenvolvimento de outras economias.






Flávio Nascimento Mateus - engenheiro e diretor do Instituto da Qualidade Automotiva (IQA)


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