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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Ministério da Saúde lança página voltada à saúde da criança e do adolescente


 O objetivo é reunir em um único lugar todas as informações relacionadas ao acompanhamento da saúde da criança e do adolescente, do nascimento aos 19 anos de idade


Neste mês de setembro, quando comemora-se o Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens (22/09), o Ministério da Saúde lança página temática dentro do Portal Saúde, na internet, voltada à população mais jovem. O objetivo da pasta é reunir em um único lugar todas as informações relacionadas à saúde da criança (do nascimento aos 9 anos de idade) e do adolescente (de 10 a 19 anos) e sobre os serviços disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) para esses públicos. O conteúdo já encontra-se disponível na página ‘Criança e Adolescente: o que fazer para cuidar’.  

Com o objetivo de tornar a informação mais atrativa e dinâmica, a página traz vídeos, podcast (conteúdo em áudio) e infográficos. Entre as abordagens estão conceitos das duas fases da vida: criança e adolescente; e informações sobre aleitamento materno, uso de chupetas, de mamadeira, dieta da mãe que amamenta, e orientação sobre alimentação saudável para toda a família.

Também estão disponíveis os conteúdos das cadernetas da Criança e do Adolescente, que estão disponíveis na página para impressão, tanto pela população em geral quanto pelos gestores e profissionais de saúde. Esses documentos são instrumentos norteadores e de acompanhamento da saúde no período, do nascimento aos 19 anos de idade. Para o adolescente (menino e menina), a caderneta traz, de forma complementar, material autoinstrutivo sobre suas demandas em saúde e contexto de vida.

A página detalha ainda a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança, criada pelo Ministério da Saúde, com o objetivo de promover e proteger a saúde da criança e o aleitamento materno. A página também aborda o que é e a importância da primeira infância (0 a 6 anos), período muito importante para o desenvolvimento mental e emocional e de socialização da criança.


GUIA ALIMENTAR 

É importante que a criança chegue à adolescência com hábitos alimentares bem consolidados. Por isso, para auxiliar que toda a família adote hábitos alimentares saudáveis e, com isso, crie  ambiente favorável de promoção à saúde, o Ministério da Saúde disponibiliza o Guia Alimentar para a População Brasileira, que pode ser acessado pela página ‘Criança e Adolescente: o que fazer para cuidar’.

As recomendações vão da escolha de alimentos a orientações de como combiná-los, sem esquecer outros detalhes importantes como tempo, companhia durante as refeições e demais fatores que objetivam uma vida mais saudável.





Carolina Valadares
Agência Saúde

Sete mitos e verdades sobre depressão e suicídio


 Transtorno do humor é a principal causa de suicídio no mundo e pode apresentar forma resistente aos tratamentos tradicionais


Os paradigmas envolvendo a depressão e o risco de suicídio são muitos e, por isso, o assunto ganhou um mês de conscientização para ser amplamente discutido pela população, o Setembro Amarelo. Estima-se que cerca de 11,5 milhões de pessoas no Brasil vivam com depressão[i] e que aproximadamente 11 mil tiram a própria vida, por ano[ii]. No mundo, o número de suicídios é de 11,4 a cada 100 mil habitantes[iii]

“Muitos acreditam que esse é um ato escolhido pelo cidadão, porém, em quase 100% dos casos, o suicídio está associado a uma doença mentaliii, dado que reforça a importância de observar os sinais apresentados pelas pessoas próximas”, explica José Alberto Del Porto, professor titular do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina. 

Apesar dos altos índices, a depressão ainda é uma doença estigmatizada pela população, que, desconhece, por exemplo, que a enfermidade pode apresentar uma forma resistente, quando não responde a pelo menos dois tipos de tratamento. Para esclarecer essas dúvidas, o psiquiatra respondeu uma série de questionamentos sobre o tema, que se configuram em vários mitos e muitas verdades.*


O paciente pode melhorar apenas com a força de vontade.

Mito. É possível atingir a remissão dos sintomas da depressão. Para isso, é essencial que a pessoa que apresente o distúrbio procure o apoio de um profissional de saúde para fazer uma avaliação individualizada, começando imediatamente o tratamento, após o diagnóstico. 


O tratamento da depressão e para pessoas em risco de suicídio é o mesmo.

Mito. O diagnóstico final da pessoa deprimida e também o risco de suicídio exige uma investigação criteriosa por parte dos profissionais de saúde, para, então, ser definido qual o protocolo ideal em cada caso. O tratamento da depressão pode ser realizado com a utilização de medicamentos, psicoterapia ou a combinação dos dois. Entre os tipos de terapias atuais no mercado estão os antidepressivos, ansiolíticos e antipsicóticos. Especificamente para o suicídio, o lítio possui evidências na prevenção em longo prazo, talvez por atuar sobre o estado de ânimo e reduzir a impulsividade inerente a esses atos.
Entretanto, uma parte dos pacientes com depressão pode não apresentar melhoras após o uso de pelo menos dois desses medicamentos. Nesse caso, passam a ser diagnosticados com depressão maior resistente ou depressão refratária. 


A pessoa deprimida sempre se apresenta com evidentes manifestações externas de depressão, como estar cabisbaixa. 

Verdade. Apesar de a alteração no humor ser um dos sinais relacionados à doença, não é regra que a pessoa com depressão deva sempre estar triste ou desanimada. Não é incomum encontrar casos de pessoas que cometam suicídio e que tenham uma vida socialmente ativa, por exemplo. Apesar disso, é necessário observar os outros sintomas da doença que são perda de interesse nas atividades cotidianas, fadiga, diminuição do apetite, dificuldade de concentração e mudanças no sono. 


O tratamento contínuo tem impacto positivo na qualidade de vida do paciente.

Verdade. A pessoa com depressão possui diversas opções de tratamento e os cuidados adequados como uso de terapias médicas e acompanhamento psicológico permitem a retomada das atividades cotidianas e a remissão completa dos sintomas. 


A pessoa que pensa em suicídio não ameaça ou fala sobre o assunto. 

Mito. A maioria das pessoas que pensam em suicídio dá sinais de que irá cometê-lo. É errada a crença popular de que “quem fala não faz”. O histórico mostra que grande parte dessas pessoas alertou sobre essa intenção dias ou semanas antes do ato. Alguns sinais devem ser observados: cansaço excessivo, falta de interesse pelas atividades rotineiras, aumento no consumo de álcool ou drogas, estresse e isolamento social são alguns deles. 


A depressão é uma das principais causas de suicídio. 

Verdade. Os transtornos do humor (depressão ou transtorno bipolar) são responsáveis por aproximadamente 36% dos casos de suicídio.[iv] Além disso, os pacientes com a doença apresentam cinco vezes mais chances de cometer o ato[v]. Além disso, existem diversos outros fatores de risco para o suicídio, entre eles: tentativas prévias de cometê-lo, histórico familiar e genética, impulsividade, desesperança e sentimento de desamparo, doenças clínicas não psiquiátricas (doenças graves e sem cura, por exemplo), eventos adversos na infância e na adolescência (como maus tratos e abusos sexuais) e poucos vínculos sociaisiii.


Falar sobre o assunto pode incentivar a pessoa depressiva a cometer suicídio.

Mito. Conversar com a pessoa que apresenta sinais de depressão pode abrir espaço para o paciente falar sobre o tema e servir como ferramenta de prevenção ao suicídio. Abordar o assunto com perguntas mais leves, como “Você tem planos para o futuro?”, também é uma forma de introduzir o tema.



* Respostas concedidas por José Alberto Del Porto, professor titular do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina.


Janssen
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[i] Depression and Other Common Mental Disorders – Organização Mundial de Saúde http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/254610/WHO-MSD-MER-2017.2-eng.pdf;jsessionid=253A62EA7F2DCD11F69C38616ADD2923?sequence=1
[ii] Sistema de Informação sobre Mortalidade 2017 do Ministério da Saúde
[iii] http://www.flip3d.com.br/web/pub/cfm/index9/?numero=14#page/10
[iv] Suicídio – Informando para prevenir – Associação Brasileira de Psiquiatria https://www.cvv.org.br/wp-content/uploads/2017/05/suicidio_informado_para_prevenir_abp_2014.pdf
[v] https://www.gmeded.com/gme-info-graphics/major-depression

Setembro vermelho: Um alerta para as crianças


A cardiopatia congênita continua a ser uma das principais causas de morte na primeira infância. E isso pode é deve ser mudado!


No Brasil, perto de 29 mil crianças nascem com cardiopatia congênita por ano, o que representa 1% de todos os recém-nascidos. Segundo o Ministério da Saúde, 80% dessas crianças (ou 24 mil) precisam ser operadas, metade delas no 1º ano de vida, mas somente 9.000 conseguem chegar à cirurgia de correção. Isso porque, entre outros fatores, somente 50% dos recém-nascidos cardiopatas têm o diagnóstico da malformação no pré ou no pós natal imediato.

Este é um grande problema, alerta a Dra. Vanessa Guimarães, cardiopediatra formada pela Faculdade de Medicina da USP. "Quanto mais cedo a malformação cardíaca for diagnosticada, melhores as chances de sua cura, seja com tratamento medicamentoso, cateterismo ou cirurgia, ou de convivência com o problema mantendo uma boa qualidade de vida”, explica a especialista.

O diagnóstico tardio é também a causa da grande incidência de morte entre os cardiopatas congênitos: cerca de 20% dessas criancas podem nao chegar a completar 1 ano de vida, o que faz da cardiopatia congênita a principal causa de morte na primeira infância no País.


Como mudar a situação 

Segundo a especialista da FMUSP,  para detectar a cardiopatia quando o bebê ainda está em formação intrauterina, o ultrassom morfológico, feito em cada trimestre, é fundamental. "Por isso a importância da mãe realizar o pré-natal completo”, aconselha a cardiopediatra. 

O ecocardiograma fetal pode ser feito, a partir da 18ª semana de gestação. O exame que mostra com detalhes a anatomia e o funcionamento cardíacos, pode ser realizado por qualquer gestante, mas está especialmente indicado em algumas situações específicas, como para a detecção de cardiopatia congênita quando há suspeita na ultrassonografia obstétrica, quando estão presentes fatores de risco materno-familiares para cardiopatias, gestação prévia com cardiopatia congênita e avaliação de repercussões de arritmias cardíacas fetais”, comenta Vanessa Guimarães.

Caso o ecocardiograma fetal não tenha sido feito na gravidez, ainda há uma boa chance de diagnóstico ainda na maternidade, nas primeiras 48 horas de vida, por meio da realização do teste do coraçãozinho, diz a Dra. Vanessa. "Esse exame não-invasivo que mede  o nível de oxigênio no sangue é capaz de detectar 80% das malformações cardíacas que precisam de cirurgia logo após o nascimento". O exame é coberto pelo SUS e está previsto em lei desde 2014, devendo ser feito em todas as maternidades. 


Atenção para os sinais na criança 

Os pais devem ficar atentos aos sinais de que algo pode estar errado com o coração da criança. A presença de cianose, que é aquela coloração roxa nos lábios e nas extremidades dos dedos das mãos,  e do sopro cardíaco (barulho que o sangue faz ao passar pelas câmaras cardíacas audível na ausculta com estetoscópio) são os mais evidentes. Mas não só eles, diz a cardiopediatra. Deve-se observar também se a criança fica cansada durante as mamadas, às vezes até com suor excessivo (sudorese), se apresenta crescimento lento ou dificuldade de ganho de peso. Igualmente merecem atenção a ocorrência de pneumonias e infecções de vias aéreas de repetição com congestão pulmonar e a presença de chiado no peito.

Frente a esses sinais, diz a médica, os pais não devem hesitar em procurar o médico imediatamente, para que uma investigação cardiológica cuidadosa seja feita na criança. "Em se  tratando de coração, tempo é vida".


O que é a cardiopatia congênita

As cardiopatias congênitas surgem na formação do coração fetal, até por volta da 8ª semana de gestação, em decorrência de problemas genéticos ou pela ação de agentes teratogênicos como medicamentos, radiação, drogas ilícitas, principalmente entre a 2ª e 8ª semanas de gestação. Elas são caracterizadas por alterações na forma do coração (anatômicas) ou em sua função de receber o sangue para ser oxigenado nos pulmões e de distribuí-lo para todo o organismo.

São mais suscetíveis a nasceram com o problema bebês com retardo de crescimento intrauterino ou distúrbios do ritmo cardíaco, além de filhos de mães com lúpus, diabetes melitus ou que tiveram rubéola ou outras infecções demandantes do uso de medicamentos teratogênicas. O histórico familiar de malformação cardíaca congênita , pelo lado materno ou paterno, também é um fator de risco a ser considerado. 

Em 20% dos casos, a regressão total da doença é espontânea, explica Dra. Vanessa. Nos outros 80%, a malformação pode variar desde problemas mais simples, como a valva aórtica bicúspide (o normal é ela ser tricúspide), que podem não precisar de cirurgia mas apenas de acompanhamento de cardiopediatra, até os mais complexos. Entre estes, está a transposição das grandes artérias, malformação em que o paciente nasce com a aorta e a artéria pulmonar emergindo de ventrículos contrários. O problema gera uma mudança completa na circulação sanguínea, com impacto importante na oxigenação do sangue. 

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