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quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Doenças inflamatórias intestinais


 No Brasil, as Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) atingem 13,25 em cada 100 mil habitantes, sendo 53,83% de doença de Crohn e 46,16% de retocolite ulcerativa, segundo dados apresentados no “I Congresso Brasileiro de Doenças Inflamatórias no Brasil (GEDIIB)”, realizado em abril, na cidade de Campinas (SP). No mundo, essa condição atinge mais de 5 milhões de pessoas, segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP).

As DII podem ser definidas como um grupo de doenças crônicas, que causam um processo inflamatório no trato gastrointestinal. Representadas pela doença de Crohn e a retocolite ulcerativa, as DII podem ocorrer em qualquer idade, mas são mais comuns em adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 40 anos, tendo um segundo pico de incidência por volta dos 55 e 60 anos.

A doença de Crohn é mais comum em mulheres e tem caráter transmural, podendo ocorrer em qualquer parte do trato digestivo, da boca ao ânus.  Já a retocolite ulcerativa, parece acometer igualmente homens e mulheres e ocorre apenas no reto e cólon (intestino grosso), com um processo inflamatório restrito a mucosa e de ocorrência contínua.

De um modo geral, as doenças inflamatórias intestinais têm maior incidência em países desenvolvidos, como os do norte da Europa, os Estados Unidos e o Canadá. Nos últimos anos houve um aumento do número de casos em outras regiões europeias, no Japão e em algumas regiões da América do Sul, como a Argentina, Chile, Uruguai e nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Existe uma teoria de que a maior incidência da doença em países desenvolvidos esteja relacionada ao elevado padrão de higiene. Acredita-se que a falta de contato com agentes infecciosos e parasitários na infância, faria com que o sistema imunológico dessas pessoas se tornem incapazes de produzir respostas imunológicas adequadas, o que contribuiria para o desenvolvimento da doença.
Os fatores ocasionadores das DII e a maneira que os mesmos se manifestam, ainda são pouco compreendidos. Alguns autores defendem que a flora intestinal pode estar envolvida no processo de desenvolvimento da doença. Outras causas observadas, é que pacientes com este tipo de enfermidade, geralmente, têm um sistema imunológico alterado e um intestino mais permeável à entrada de diversos microrganismos. Fatores ambientais parecem estar envolvidos e vários já foram implicados, como a dieta, o uso de contraceptivos orais, vacinas e infecções, mas o único que tem o seu envolvimento comprovado é o tabagismo. 

As doenças inflamatórias intestinais se caracterizam por períodos sintomáticos e assintomáticos. Dentre seus principais sintomas estão a dor abdominal, diarreia, emagrecimento, palidez, febre, perda de apetite e fraqueza. Os pacientes também podem apresentar inflamação das articulações (artrite e artralgia), aftas na boca, lesões de pele, alterações oculares e colangite esclerosante primária.

Por não apresentar sintomas específicos e não dispor de exames direcionados para o reconhecimento da doença, o diagnóstico das DII é um grande desafio. Até o momento, as DII não têm cura, mas dispõem de tratamentos que promovem uma melhor qualidade de vida aos pacientes. 


Obesidade infantil pode ser evitada com acompanhamento prévio


 Especialista destaca hábitos para que a doença não afete a saúde das crianças


A obesidade infantil é uma doença cada vez mais frequente na sociedade moderna. Maus hábitos alimentares aliados ao sedentarismo, muitas vezes acarretam no problema grave para as crianças. Mas, pequenas mudanças na rotina de pais e filhos podem afastar a doença, o que inclui as consultas regulares ao pediatra.

O primeiro sinal da obesidade infantil é o aumento do peso. Além disso, efeitos gradativos no aparelho cardiovascular, que vão da hipertensão arterial à obstrução gradativa de vasos, a esteatose hepática, e outras comorbidades. Além disso, geralmente são consequências da doença as questões psicológicas, como a redução da autoestima e, em casos extremos, maior exposição ao bullying.

- Habitualmente as famílias deixam de levar os filhos para as consultas de rotina e por isso a obesidade vem se tornando o fenômeno que estamos vivendo no mundo todo, associada a piores hábitos alimentares e ao sedentarismo determinados pela vida moderna. Parece simples, mas a visita regular ao pediatra é a principal responsável pelo monitoramento da saúde das crianças – comenta a pediatra Carla Dall Olio, Coordenadora Médica da Pediatria do Hospital Barra D’Or.

Nas consultas médicas são realizadas as triagens clínicas, onde as crianças além de examinadas são pesadas e medidas. A conexão destes fatores previne e identifica previamente doenças. Dependendo do caso, são solicitados exames complementares e, diante dos resultados os pequenos podem ser encaminhados para o acompanhamento com o endocrinologista e o nutricionista.

Melhor que cuidar de uma doença é sempre a preveni-la. A obesidade infantil pode ser evitada com qualidade da alimentação e prática frequente de atividades físicas.

- Preferir alimentos frescos, mais frutas e legumes descascados e menos embalagens e conservantes já é uma grande ação. Fazer caminhadas em família ao ar livre, andar de bicicleta, nadar... mexer o corpo sempre que possível também ajudam a prevenir o problema. Controlar o tempo de uso de internet e videogames, realizar atividades ao ar livre jogando bola ou brincando de pique são bons exemplos. É fundamental não deixar de levar seus filhos entre 5 a 10 anos ao pediatra pelo menos uma vez por ano para prevenir e atuar antes que a obesidade se desenvolva – destaca a especialista. 


Pais podem identificar sinais precoces de retinoblastoma – o câncer ocular mais comum em crianças


A maioria dos tumores pediátricos tem origem pouco específica. Em geral, crescem rapidamente, são bastante invasivos, mas também respondem melhor ao tratamento e costumam ter bom prognóstico. O retinoblastoma, tumor que ataca a retina, é um dos dez tipos de câncer mais comuns em crianças e costuma se manifestar nos primeiros anos de vida. De acordo com o médico oftalmologista Renato Neves, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, apesar de raro, o retinoblastoma pode levar à perda da visão ou ainda ser fatal.

“Quando diagnosticado precocemente, o retinoblastoma pode ser destruído, preservando-se o olho tanto quanto possível. Já em casos mais graves, a retirada do olho se faz necessária para impedir a evolução da doença, evitando que se espalhe para outras partes do corpo. Por isso, a participação dos pais no diagnóstico precoce dessa doença é fundamental”, diz Neves. De acordo com o especialista, os pais ou responsáveis pelos cuidados com as crianças devem estar sempre atentos a três sinais da doença:


1.   Reflexo branco nos olhos. “Ao invés daquele reflexo avermelhado, muito comum em fotografias tiradas com flash e não tratadas, um dos olhos da criança apresenta um reflexo esbranquiçado”.

2.   Estrabismo. “Nem todo estrabismo está diretamente relacionado ao retinoblastoma. Ao contrário, já que se trata de um câncer raro entre crianças. Mas é importante avaliar se o desvio ocular está sendo causado por alguma massa tumoral. Somente exames oftalmológicos poderão diferenciar as causas do problema”. 

3.   Sangramento ocular. “Sempre que alguma parte do olho de uma criança sangrar espontaneamente – que se difere de um trauma, por exemplo – é preciso submeter a criança a determinados exames e identificar se esse problema é acompanhado de perda de visão, náuseas e vômitos”. 

O retinoblastoma é causado pelo crescimento de um tumor na camada celular da retina. Hereditariedade é fator de risco que corresponde a apenas 10% dos casos. Portanto, é importante prestar muita atenção aos olhos do bebê desde que nasce – conferindo sempre os reflexos nas fotos. Diante dessa perspectiva, o ideal é fazer um exame oftalmológico de fundo de olho. Já exames de imagem, como a tomografia de crânio e órbita, ou ainda a ressonância magnética, podem ser indicados para confirmar o câncer pediátrico e para avaliar a extensão do tumor. “Em determinados casos, é necessário retirar o globo ocular para fazer um diagnóstico histológico. Vale ressaltar, por fim, que, entre algumas opções de tratamento, o objetivo principal é preservar a vida do paciente e evitar que o tumor se espalhe para outros órgãos”, afirma Renato Neves.







Fonte: Prof. Dr. Renato Neves - médico oftalmologista, diretor-presidente do Eye Care Hospital de Olhos, em São Paulo – www.eyecare.com.br

 

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