Pesquisar no Blog

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Ação combate proliferação de pernilongos na região do Rio Pinheiros



Equipes aplicam inseticida na vegetação às margens do rio


         A Secretaria Municipal da Saúde deu continuidade nesta sexta-feira (17) às ações de controle das formas imaturas do Cúlex (pernilongo) nas margens do Rio Pinheiros. O prefeito João Doria e o secretário municipal de Saúde, Wilson Pollara, acompanharam equipes das Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS) que aplicaram inseticida na vegetação às margens do rio, a partir da Usina Elevatória de Traição, na Zona Sul de São Paulo.

         A atividade já havia sido realizada em janeiro e em outubro nesta mesma região. A ação ocorre também em outros locais da cidade, com o objetivo de reduzir a proliferação dos mosquitos diante da proximidade do verão.

         Além disso, as regiões com maior incidência deste inseto contarão com atividades educativas e controle larvário do mosquito. Para o sucesso na ação, é fundamental que a população colabore e não jogue lixo nos córregos, fator responsável pela maioria dos criadouros do mosquito.


Combate ao Aedes aegypti

         Além do combate à proliferação do Cúlex, a proximidade do verão traz a preocupação com o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue e outras graves doenças. Até o fim de outubro, foram confirmados 753 casos da doença neste ano no município. Não houve nenhum óbito.

         Conforme o decreto nº 41.660, de 1º de fevereiro de 2002, que institui, no âmbito da Secretaria Municipal da Saúde, o Grupo de Coordenação Geral das Ações de Controle do Aedes aegypti, medidas estão sendo elaboradas para evitar os criadouros do mosquito transmissor.

         Além disso, técnicos de Saúde Ambiental poderão aplicar multas em residências e estabelecimentos que já foram orientados, notificados por carta, mas ainda não providenciaram a remoção imediata dos possíveis criadouros. Os valores variam entre R$ 180 e R$ 700.

         Durante todo o ano, dentro do Programa Municipal de Vigilância e Controle de Arboviroses, são realizadas visitas aos imóveis de toda a cidade, com o objetivo de eliminar os criadouros e orientar seus moradores sobre medidas preventivas e corretivas a serem adotas para impedir a proliferação de Aedes aegypti. Também são realizadas ações de intensificação de eliminação de criadouros nas áreas consideradas de maior risco para a transmissão.

         Para evitar a proliferação do mosquito, é fundamental o engajamento de toda a sociedade no combate aos focos de proliferação de Aedes aegypti, que são recipientes que acumulam águas das chuvas, tais como: latas, potes, materiais inservíveis (embalagens plásticas, tampas de garrafa, pedaços de plástico ou metal, etc), caixas d'água mal tampadas ou sem tampas e outros recipientes que sirvam para armazenar água, além dos já conhecidos, pneus, pratos e vasos de plantas, entre outros.

         As atuações são coordenadas pela Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) e executadas de forma descentralizada pelas 26 Supervisões de Vigilância em Saúde (Suvis) espalhadas pela cidade de São Paulo.




Em documento científico, SBP alerta para medidas que podem reduzir os riscos à vida e à saúde dos bebês prematuros



Os problemas que levam ao nascimento de bebês pretermos, bem como os desafios para estender os cuidados necessários e a sua integração na família e na comunidade, foram abordados em documento científico divulgado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) na semana em que se comemora o Dia Mundial da Prematuridade (17 de novembro). No texto, “Prevenção da prematuridade- uma intervenção da gestão e da assistência”, a entidade faz um alerta sobre a importância da adoção de medidas que garantam um nascimento saudável, em benefício de crianças, gestantes e seus familiares.

“O nascimento pretermo não é uma entidade única, mas o desfecho final de múltiplos determinantes. O processo que resulta no nascimento de um prematuro inicia-se na gestação, em um curso contínuo, a partir de condições de risco pré-concepcionais e da gestação, com possíveis repercussões durante toda a vida da criança”, destaca o trabalho, elaborado pelo Departamento Científico de Neonatologia.

Para a presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues Silva, com o material produzido a entidade ressalta a importância da organização da assistência perinatal, dos fluxos assistenciais e da tipologia das unidades perinatais, nos resultados na prevenção da prematuridade, além dos processos clínicos. Após analisar o trabalho, ela destacou que a atenção a todos esses itens é fundamental para o “nascer seguro”.


PROBLEMA DE MILHÕES - O Dia Mundial da Prematuridade (ou Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade) foi criado para chamar atenção de um problema que atinge milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. Criada em 2009, sendo adotada imediatamente pelo Canadá, Estados Unidos, Austrália e Portugal, hoje é celebrada em mais de 50 países. Na avaliação de especialistas da SBP, o parto prematuro pode, na maioria dos casos, ser prevenido com a ajuda de um pré-natal adequado.

Nessa etapa, são detectados precocemente os problemas maternos que podem desencadear o parto prematuro, o que exige a realização de consultas de pré-natal com qualidade e acesso aos exames clínico-laboratoriais disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Contudo, isso nem sempre acontece.
Somente 45% das mulheres, assistidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) têm acesso à ultrassonografia obstétrica no primeiro trimestre da gestação, considerado o padrão ouro para estimativa da idade gestacional frente à imprecisão da data do último período menstrual por grande parte das gestantes. 

Para aperfeiçoar o atendimento oferecido na rede pública, no documento divulgado, a SBP defende, entre outros pontos, a sistematização dos fluxos na vinculação da gestante à maternidade a partir do pré-natal; a urgente a concretização do conceito de rede na assistência perinatal; e a oferta de cuidados a mães e bebês, em função de suas necessidades e características.


HOSPITALIZAÇÃO - O documento ainda menciona aspectos relacionados à hospitalização prolongada dos recém-nascidos, o que exige cuidado com o atendimento médico na alta hospitalar, com impacto na vida familiares, com aumento do risco de abuso, violência e negligencia. “A família é determinante no prognóstico de vida da criança e precisa ser apoiada e orientada. O plano de cuidados para definir o programa de acompanhamento ambulatorial multidisciplinar deve ser individualizado de acordo com o grau de prematuridade e a presença de condições especificas, valorizando recursos disponíveis pelas famílias e na comunidade”, cita o texto, que preconiza o atendimento multiprofissional e a comunicação interdisciplinar como componentes fundamentais no processo.

“A redução de mortes potencialmente evitáveis e de complicações da prematuridade demanda aplicação do conhecimento cientificamente evidenciado, além da organização dos fluxos assistenciais ao longo da gestação e período neonatal, com base regional”, ressalta o documento do DC de Neonatologia, para quem a regionalização da assistência na gestação e período neonatal é de responsabilidade do Ministério da Saúde em trabalho coordenado e conjunto com as Secretarias de Saúde, Estaduais e Municipais e com apoio técnico cientifico de instituições parceiras como associações e conselhos das especialidades médicas e de disciplinas afins, além da participação de instituições acadêmicas.


DADOS ESTATÍSTICOS - Em 2015, a prematuridade representou a principal causa de mortes em crianças menores de 5 anos, em todo o mundo. No Brasil, de acordo com o estudo Global Burden of Disease (GBD) - Brasil 2015, uma parceria do MS-Brasil e do Institute of Health Metrics and Evaluation (IHME) da Universidade de Washington (Estados Unidos), as complicações associadas à prematuridade ocupam o primeiro lugar nas causas de óbitos nos primeiros cinco anos de vida, desde os anos 1990.

Apesar da queda notável nos últimos 25 anos, há um número significativo de óbitos potencialmente evitáveis relacionados à prematuridade e sensíveis à atenção efetiva no pré-natal, parto e período neonatal. A taxa de prematuridade no Brasil está estimada em 11,5% do total de nascimentos, ou seja, cerca de 345 mil crianças do total de 3 milhões de nascimentos. Os pretermos tardios representam a grande maioria dos prematuros, em torno de 74% do total, seguido pelos menores de 32 semanas (16%) e de 32-33 semanas (10%), de acordo com o Projeto Nascer no Brasil.




Pacientes com Parkinson contarão com novos medicamentos no SUS



As substâncias Rasagilina e Clozapina serão ofertadas para tratar a doença. Dados indicam que 200 mil pessoas sofrem com o Parkinson no país 


O Ministério da Saúde atualizou o Protocolo de Tratamento para Parkinson. Entre as novidades terapêuticas está a indicação dos medicamentos Rasagilina (1mg) e Clozapina (25mg e 100 mg). A oferta dos fármacos tem como objetivo proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes com transtornos associados à doença, que afetam 200 mil pessoas no país.

A Rasagilina foi incorporada em agosto de 2017 e estará à disposição da população até o final de fevereiro nas unidades de saúde do país. O medicamento promove a melhora da evolução clínica dos pacientes que iniciaram o medicamento na fase inicial da doença. A Clozapina já era oferecida no SUS para tratamento de transtorno bipolar e esquizofrenia, e agora passa a ser ofertada também para controle de sintomas psicóticos das pessoas com Parkinson.

O investimento do Ministério da Saúde previsto para a disponibilização da rasagilina aos pacientes com doença de Parkinson é de cerca de R$ 16 milhões, em 2018, e da clozapina de R$1,91 milhão em 2018, o que resulta num total de R$ 17,91 milhões.

A oferta dos medicamentos, para o tratamento da doença, foi aprovada na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), atendendo pedido da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. A portaria que renovou o protocolo sobre Parkinson foi publicada no Diário Oficial da União do dia 9 de novembro.

A doença de Parkinson é neurodegenerativa, e, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), acomete 1% da população mundial, com idade superior a 65 anos. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas sofram com o problema. Além dos problemas motores mais conhecidos, várias manifestações não motoras podem surgir à medida que a doença progride, inclusive os sintomas psicóticos.

Os sintomas motores mais comuns são: tremor, rigidez muscular, bradicinesia (lentidão na resposta) e alterações posturais. Entretanto, manifestações não motoras também podem ocorrer, como: comprometimento da memória, depressão, alterações do sono e distúrbios do sistema nervoso autônomo. A evolução dos sintomas é usualmente lenta, e variável em cada caso.


TRATAMENTO – O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas sobre Parkinson foi criado em 2002, atualizado em 2010 e agora em 2017. O documento estabelece o tratamento multidisciplinar e apresenta os diversos sinais e sintomas da doença.

Para tratamento da doença de Parkinson, o SUS oferece ainda os procedimentos de implante de eletrodo e implante de gerador de pulsos, ambos para estimulação cerebral. Na lista de materiais especiais, também constam o conjunto de eletrodo e extensão, além do gerador para estimulação cerebral.

Atualmente, no Brasil há 27 estabelecimentos habilitados em Neurocirurgia Funcional Estereotáxica 105/008 (método minimamente invasivo de cirurgia cerebral) pelo Ministério da Saúde, sendo dois habilitados como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia e 25 habilitados como Centro de Referência de Alta Complexidade em Neurologia/Neurocirurgia.

O SUS já ofertava acesso a sete medicamentos para tratamento da doença: Pramipexol; Amantadina; Bromocriptina; Entacapona; Selegilina; Tolcapona e Triexifenidil. Ainda existem outros três medicamentos (Levodopa+Carbidopa, Biperideno e Levodopa), que são ofertados por meio do Programa Farmácia Popular. Esses medicamentos podem ser retirados com até 90% de desconto.





Carolina Valadares
Agência Saúde
Ascom/MS


 

Posts mais acessados