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quarta-feira, 25 de julho de 2018

Maternidade tardia: será que é uma questão de escolha?

Segundo o último censo do IBGE, o número de mães com idades entre 30 e 34 anos aumentou de 14,4% em 2001 para 18,3% em 2010. Se há 30 anos era incomum ver uma mulher tendo filhos depois dos 35, hoje a maternidade nessa faixa etária é uma realidade. Só em São Paulo, de acordo com dados da Fundação Seade, 35,4% das mães têm entre 30 e 39 anos.

Mas, quais serão os motivos que estão levando as mulheres a adiarem a maternidade? Segundo a psicóloga Marina Simas de Lima, terapeuta de casal, família e cofundadora do Instituto do Casal, as razões são diversas e estão ligadas às mudanças sociais, econômicas e às conquistas das mulheres nas últimas décadas. Marina realizou sua tese de Mestrado no assunto, 
“Mulheres e Maternidade Tardia: Por que agora?

“Uma das questões envolvidas em adiar a maternidade é que atualmente a maioria das mulheres costuma dedicar mais energia para a vida acadêmica e profissional, com menos foco nos relacionamentos. Na ânsia de se firmar na profissão e ter alguma estabilidade financeira, acabam deixando de lado os planos de se casar e ter filhos para mais tarde”, conta Marina.


Um mundo de possibilidades
 
Hoje as mulheres experimentam e valorizam diferentes papéis. Como há diversas possibilidades, o que não acontecia há 40, 50 anos, surgem conflitos pelos quais nossas mães e avós não passaram, por exemplo. “Muitas mulheres chegam aos 40 anos e se deparam com o desejo de ter um filho e percebem que o tempo passou, que são solteiras ou ainda que a questão da idade será um fator que pode impedir a gravidez”, comenta Marina.


Maternidade e vida profissional combinam?
 
“O principal conflito da mulher hoje é ser levada a pensar que precisa fazer escolhas, pois existe a crença de que maternidade e a vida profissional não podem ser conciliadas. Ou ainda que a partir do momento que você é mãe, pode perder seu status profissional, emprego ou ter que deixar a vida profissional de lado para cuidar da criança”, conta Marina.

Para Marina, pode até não ser a tarefa mais fácil do mundo, mas é possível ter filhos e trabalhar sim. “Toda mudança implica em adaptações. A chegada de um filho irá demandar uma adaptação na vida da mulher ou do casal. Certamente, a mulher precisará de uma rede de apoio, como uma babá, um berçário e ajuda de familiares para poder se dedicar também à profissão”.

A psicóloga também explica que talvez também seja necessário mudar de trabalho, reduzir a carga horária nos anos iniciais da criança e dividir as tarefas com o parceiro para vivenciar a maternidade. Apesar dos desafios, Marina comenta que estudos revelam que mulheres que trabalham e têm filhos sofrem menos de depressão do que mulheres sem filhos que estão fora do mercado de trabalho, por exemplo.


Relógio biológico
 
Uma outra questão importante da maternidade tardia é o relógio biológico da mulher, pois diferentemente dos homens, que podem ter filhos até o final da vida, a idade reprodutiva da mulher é restrita. A partir dos 35 anos, a taxa de fertilidade é reduzida drasticamente e isso impacta na chance de engravidar naturalmente.

“A idade é o principal fator de risco para a infertilidade, para problemas na gravidez, para abortos espontâneos, assim como para anomalias genéticas. Outro ponto é que apesar dos avanços da Reprodução Assistida, cada tentativa de fazer um Fertilização in Vitro (FIV) pode custar, em média, de 15 a 20 mil reais e a chance de dar certo aos 40 anos é de cerca de 20%", diz a psicóloga.

E vale dizer que quanto maior a idade, menor a probabilidade de a gestação acontecer, mesmo com os recursos da reprodução assistida, como o congelamento de óvulos ou de embriões. 


Encorajar é preciso
 
Para Marina, é preciso encorajar as mulheres a fazerem suas escolhas de acordo com suas próprias decisões e valores e não baseadas em modismos ou em crenças pregadas pela sociedade.

“A maternidade deve ser uma escolha consciente. Entretanto, a mulher precisa estar atenta aos próprios desejos e valores, se conhecer e entender que o tempo é algo que não volta, sendo a idade um fator de risco para a infertilidade ou para a dificuldade em engravidar e chegar ao final da gestação", reflete a terapeuta.

Para as mulheres que estão passando por este conflito, é possível usar a psicoterapia para ajudar a refletir sobre a questão. A terapia pode contribuir para que a mulher reflita sobre a maternidade para tomar uma decisão mais consciente.

“A terapia de casal ou individual também colabora na construção de novos significados, a rever crenças, modelos e a questionar as prioridades e escolhas. Pode colaborar ainda na opção de congelamento de óvulos, de embrião ou na compra de esperma, se essa mulher quer ter um filho sozinha ou por uma questão de infertilidade do casal”, conclui Marina.

Além da Quadra. Quais são as regras do jogo?


Se você tem filhos irá concordar comigo que educar não é tarefa fácil. Ainda mais nessa nossa realidade de informações instantâneas, hiperconectividade, pais e mães sobrecarregados com o trabalho, o que torna nossa missão cada dia mais complexa.  

Mas independente de qual linha de educação você decide adotar – uma mais firme e rígida, uma mais permissiva, ou um equilíbrio entre as duas –, uma coisa é clara: antes de começar a pensar em educar, primeiro, é preciso considerar que o nosso filho ou filha vai viver em sociedade e que todos temos de seguir regras.

Nesse sentido, quero compartilhar com vocês uma experiência que vivi com meus filhos e que me deixou preocupado, pois percebi que muitos pais estão esquecendo deste princípio básico. Em nome do amor aos filhos, focam em satisfazer todos os desejos das crianças, criando para os pequenos uma realidade muito diferente da que vão enfrentar quando se tornarem adultos.

Tenho dois filhos, Cauã, de 9 anos, e Bella, de 7. Recentemente, em um feriado, fui com eles a um clube próximo à minha casa para curtirmos uma piscina. Na quadra de futebol de salão, um grupo de pais e filhos iniciava uma partida de queimada. Você se lembra da queimada? Com certeza, deve ter lembranças de infância do jogo. Sou da época em que brincávamos no meio da rua usando uma bola feita de meias!

As regras da queimada são simples. Os participantes se dividem em dois times e cada jogador deve atirar a bola para tentar acertar o adversário. Se atingido, ou “queimado”, você deve se dirigir para o final da quadra do lado adversário, onde pode até ter a chance de pegar a bola e ajudar o seu time, porém, fica fora do jogo principal.

Ao verem a diversão do grupo, meus filhos logo perguntaram se podíamos brincar também. Claro, vamos lá! O ambiente era agradável, os pais deixavam as crianças arremessar a bola para ir “queimando” os coleguinhas e todos se divertiam, respeitando as regras do jogo.

Até que, em certo momento, uma das crianças já “queimada” e, portanto, fora do jogo, voltou para a quadra. Para a minha surpresa, outras começaram a fazer o mesmo, como se a regra do jogo para os “queimados” simplesmente não existisse. Algumas crianças questionaram a atitude, obviamente. A justificativa que nos deram foi que estavam “trocando de lugar” com o pai ou a mãe. A partir daí, valia chamar a irmã, a avó, a babá para “trocar por vidas” e se manter no jogo mesmo já tendo sido acertado pela bola.    

Incomodado com a situação, decidi chamar os pais e propor que obedecessem a regra do jogo. Afinal, por que quebrá-la se ela existe? “Mas é meu filho e dou a vida por ele”, respondeu a mãe que inicialmente propôs a troca. Sim, também sou capaz de dar a vida pelos meus filhos. Mas aqui, nesse jogo, assim como em sociedade, somos um grupo de pessoas submetido a normas que devem ser respeitadas. Não podemos dispensar as nossas crianças dessa responsabilidade e dar a elas um tratamento diferenciado. Foi o que tentei argumentar.

No entanto, preferi deixar a quadra e voltar para a piscina com os meus filhos. Quero que o Cauã e a Bella aprendam que no jogo da vida existem regras a serem seguidas que nos ajudam a conviver. E que nem sempre é possível ganhar. Especialmente neste momento de formação do caráter das crianças, ensinar a respeitar regras e impor limites são alguns dos instrumentos que nós, pais, dispomos para prepará-las a enfrentar o mundo e a lidar com as frustrações ao longo da vida.

Além do mais, reclamamos tanto da realidade do nosso país e do famoso “jeitinho brasileiro” que legitima a cultura daqueles que burlam as regras para levar a melhor. Se queremos uma nova geração capaz de mudar essa cultura, entendo que a única solução é educá-la de forma que não perpetue as mesmas práticas. Como diz o filósofo e educador Mario Sergio Cortella, “o mundo que vamos deixar para os nossos filhos depende muito dos filhos que vamos deixar para esse mundo”.

Trazendo a discussão para o ambiente corporativo, crianças que crescem sem conhecer limites e respeitar regras podem ter sérios transtornos na sua vida profissional, que podem envolver problemas no relacionamento com os colegas, dificuldades em receber feedbacks, em ser liderados ou até mesmo em liderar. Só para citar alguns.

“Quem ama, educa.” E educar não é fácil, como eu disse no início, podendo até ser doloroso às vezes. Mas uma boa educação, com limites claros e estabelecidos, pode ajudar os filhos a adaptarem-se às regras mais tarde na vida e é a maior prova de amor que nós podemos dar a eles.

Se você é pai ou mãe, compartilhe a sua opinião nos comentários. Ficarei feliz em ouvi-los.





Braulio Lalau de Carvalho - CEO da Orbitall, empresa do Grupo Stefanini



Bebês que nascem muito pesados apresentam maior probabilidade de se tornarem obesos


 Ao identificar os bebês em risco precocemente, os médicos podem trabalhar com os pais para evitar o ganho de peso



Bebês nascidos com alto peso são mais propensos a se tornarem obesos quando crianças, sugere um novo estudo da Escola de Medicina da Universidade da Virgínia. Os pesquisadores recomendam que os pediatras podem aconselhar os pais de bebês que nascem muitos pesados, desde o início, a prevenir o aparecimento da obesidade e os problemas de saúde que ela eventualmente traz.

O estudo analisou dados de 10.186 crianças em todo o país, tanto as nascidas a termo, quanto aquelas nascidas prematuramente. As crianças com alto peso ao nascer, a termo, eram mais propensas a serem obesas já no jardim de infância do que suas contrapartes de peso médio. Um achado semelhante se manteve verdadeiro nas crianças nascidas prematuramente, com a obesidade começando na primeira série.

“As crianças que nascem com maior peso parecem estar em risco desde cedo. Essas crianças podem se beneficiar da atenção e cuidado precoces”, explica o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).


Obesidade infantil

Os pesquisadores determinaram que crianças com um grande peso ao nascer (acima de 4.54 quilos, a termo) eram 69% mais propensas do que crianças nascidas com peso médio a serem obesas, no jardim de infância, e continuar com muito peso, pelo menos, até a segunda série.

Na segunda série, a última série examinada, 23,1% das crianças nascidas com alto peso eram obesas. Em comparação, as crianças nascidas com o peso esperado tiveram uma taxa de obesidade de apenas 14,2% no segundo ano.

Dos prematuros nascidos com alto peso para a idade gestacional, 27,8% eram obesos na segunda série. Aqueles nascidos com o peso esperado tiveram uma taxa de obesidade de apenas 14,2%. Aqueles nascidos abaixo do peso esperado tiveram uma taxa de obesidade de 28%.

O estudo encontrou essas relações, apesar do ajuste para fatores como o status socioeconômico, mas não olhou para outros fatores que contribuem para a obesidade infantil.

“Os pesquisadores sugeriram que os pediatras podem dar atenção especial aos pais de bebês com alto peso ao nascer, possivelmente aconselhando-os sobre hábitos de vida que podem prevenir o ganho de peso desde tenra idade, como aleitamento materno exclusivo até o 6º mês, reduzir o tempo na frente da televisão, estimular a atividade física e evitar bebidas açucaradas e sucos. Os dados podem ajudar as famílias a tomarem decisões saudáveis ​​sobre o estilo de vida de seus filhos  para evitar problemas de peso posteriores, destaca Moises Chencinski.





Moises Chencinski.

Site: http://www.drmoises.com.br

Email: fale_comigo@doutormoises.com.br

 

 


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