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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Ipea aponta queda no trabalho por conta própria




Estudo da Carta de Conjuntura mostra também que o rendimento médio do grupo que se encontra na faixa mais baixa de renda apresentou uma expressiva recuperação no terceiro trimestre. 


A seção Mercado de Trabalho da Carta de Conjuntura nº 33, divulgada nesta segunda-feira (19/12) pelo Ipea, mostra queda dos ocupados por conta própria. Até meados de 2016, o aumento do desemprego, apesar de ter sido substancial, foi atenuado devido ao fato de muitas pessoas que perderam emprego terem se tornado trabalhadores por conta própria. A análise de transições no mercado de trabalho revela, contudo, que essa tendência se reverteu no terceiro trimestre de 2016.

Esse movimento foi acompanhado de uma queda na taxa de atividade. Analisando-se a taxa de desemprego por meio da comparação interanual em pontos percentuais, nota-se que a crise continua afetando mais gravemente justamente esses grupos que tendem a ter desemprego mais elevado. Entre o 3º trimestre de 2016 e o mesmo período de 2016, o desemprego subiu 6,8 p.p. entre os jovens, enquanto entre os adultos até 59 anos a queda foi de 2,9 p.p..
Já o rendimento real médio não apresentou um desempenho tão ruim quanto a ocupação. Registrou um ligeiro aumento de 0,9%, comparando com o trimestre anterior. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, entretanto, o rendimento real apresentou queda de 2,1% neste terceiro trimestre. Subdividindo os trabalhadores em 10 faixas de renda, observa-se que o rendimento médio do grupo que se encontra na faixa mais baixa de renda apresentou uma expressiva recuperação, tanto na comparação interanual (crescimento de 17,6%), como na comparação do terceiro trimestre com o segundo (crescimento de 19,8%).
A queda da massa salarial vinha sendo puxada pelo setor formal, porém, neste terceiro trimestre, houve uma queda da massa salarial entre os conta própria de quase R$ 2 bilhões. Devido à continuidade do quadro recessivo e como o número de admissões ainda não mostra sinais de recuperação, é provável que o nível de ocupação continue a cair. Se isso resultará em aceleração da taxa de desemprego, dependerá muito do comportamento da PEA. Caso se mantenha a tendência de menor ocupação entre os trabalhadores por conta própria, sem que seja observada uma recuperação das admissões no setor formal, as condições do mercado de trabalho continuarão a se deteriorar - mesmo que a taxa de desemprego não se eleve muito.




 Ipea - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
www.ipea.gov.br




Um a cada cinco trabalhadores mudaria de emprego se o novo trabalho fosse mais perto de casa




22% dos entrevistados afirmam que mudariam de emprego com certeza, 43% dizem que talvez mudasse e 35% não mudariam, segundo a Pesquisa Mobilidade Alelo

Salvador e Rio de Janeiro são os estados que têm o maior índice de trabalhadores que mudariam de emprego


Dados da Pesquisa Mobilidade Alelo, realizada pela Alelo, empresa líder no setor de benefícios e cartões pré-pagos, em parceria com o IBOPE CONECTA, mostram que um a cada cinco trabalhadores brasileiros mudariam de emprego mesmo que que fosse para ganhar menos ou para assumir um cargo inferior para trabalhar mais perto de casa. 22% dos entrevistados afirmam que mudariam de emprego com certeza, 43% dizem que talvez mudassem e 35% não mudaria.

Salvador é o estado que tem o maior índice de trabalhadores que mudariam de emprego para ficar mais perto de casa com 29%. Rio de Janeiro vem em segundo lugar com 28% dos entrevistados. Na sequência vem São Paulo com 24% e Belo Horizonte com 23%. Depois empatados estão Curitiba, Recife e Brasília com 20%. Porto Alegre tem 18% dos entrevistados e Goiânia, em último lugar, com 16%.

Enquanto isso, Goiânia e Porto Alegre ficam empatados com 42% das pessoas que afirmam que não mudariam de emprego. Na sequência vem Recife (40%), Curitiba (38%), Brasília (35%), São Paulo (33%), Salvador (32%), Rio de Janeiro (30%) e Belo Horizonte (29%).

A explicação talvez seja o tempo gasto e a distância percorrida pelos trabalhadores dos estados gaúcho e goiano. Em Porto Alegre, por exemplo, é a capital que se perde menos tempo no trânsito: a distância percorrida é de até 13,6 quilômetros e o tempo fica em torno de 29 minutos para chegar ao trabalho. Em Goiânia, as pessoas percorrem até 13,7 quilômetros e o tempo médio de deslocamento é de 31 minutos. Já a média das principais capitais brasileiras é de até 40 minutos para se deslocar de casa até o trabalho e a distância em torno de 16 quilômetros.

Atualmente, 64% dos trabalhadores brasileiros ficam no escritório o dia inteiro, 24% a maior parte do tempo no escritório e às vezes saem para reuniões e trabalhos externos, 6% trabalham na rua o dia inteiro e 6% atuam na rua e às vezes vão ao local de trabalho.

O objetivo do estudo é entender os hábitos de utilização de transporte dos trabalhadores brasileiros para ir e voltar do trabalho, entender o comportamento e perfil dos usuários de transporte público e privado, quanto gastam e o que fazem nesse trajeto.

Essa é a primeira edição da Pesquisa Mobilidade Alelo. Nos últimos anos, a empresa tem investido em estudos para compreender ainda mais o dia a dia do trabalhador brasileiro como as duas edições da Pesquisa Hábitos Alimentares do Trabalhador Brasileiro e a Pesquisa para saber sobre as preferências para o Natal.

Sobre a pesquisa

A pesquisa Mobilidade Alelo foi realizada pelo CONECTA, por meio de entrevistas online, com 2.450 pessoas, sendo 48% homens e 52% mulheres, todas economicamente ativas, com uma idade média de 36 anos (intervalo observado: de 18 a 60 anos) e residentes em 9 capitais – São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Curitiba, Salvador, Brasília e Goiânia. Desse grupo, 65% trabalham em regime CLT e 35% são autônomos ou possuem outra forma de remuneração. O ramo de atividade se divide em: 41% serviço, 19% comércio, 10% indústria, 30% outros (agronegócio, órgãos públicos etc.). 67% dos entrevistados têm renda individual na faixa de R$ 881,00 a R$ 4.400,00. 49% recebem vale-transporte.




Alelo 





14,6 milhões de consumidores devem fazer compras de última hora neste Natal, estima SPC Brasil e CNDL



Principal motivo é a espera por promoções para economizar. Para especialistas, risco de comprar em cima da hora é ser impulsivo e gastar além do orçamento


O Natal se aproxima e alguns consumidores brasileiros não perdem o velho hábito de deixar tudo para a última hora. A partir de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) estima-se que 14,6 milhões de pessoas pretendem comprar os presentes apenas uma semana antes do Natal, o que corresponde a 13,2% de consumidores que têm a intenção de presentear alguém neste fim de ano.

Entre os que deixaram para a última hora, a principal justificativa é a espera por promoções com o objetivo de economizar (39,2%), 16,8% afirmam que só vão receber salários e pagamentos próximo ao Natal e 12,6% porque estão esperando a segunda parcela do 13º. Outros 10,0% revelam que o motivo é a preguiça de fazer compras, deixando para comprar no limite da data comemorativa.

Para a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, deixar as compras natalinas para a última hora não é uma escolha acertada para quem pretende economizar, principalmente, em tempos de crise como o atual. "Muitos consumidores deixam para comprar os presentes nesta semana por causa do recebimento da segunda parcela do 13º salário. Mas se o consumidor deixa para comprar muito em cima da hora, acaba não tendo tempo para pesquisar preços ou encontrar opções de produtos mais baratas e, consequentemente, gasta mais, comprometendo o orçamento", explica Kawauti.

O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, concorda: a pressa é inimiga do planejamento. “Na correria para garantir todos os itens da lista e não deixar ninguém sem presente, o consumidor acaba dando menos importância aos detalhes, cedendo às compras impulsivas”, afirma. “O ideal é fazer uma lista de todos os presenteados, definir o quanto se pode gastar e levar o dinheiro contado. Dessa forma, não há perigo de exceder o valor previsto com a compra de outros presentes”, aconselha.


Metodologia

As entrevistas se dividiram em duas partes. Inicialmente ouviu-se 1.632 consumidores nas 27 capitais para identificar o percentual de quem pretendia ir às compras no Natal e, depois, a partir de 600 entrevistas, investigou-se em detalhes o comportamento de consumo no Natal. A margem de erro é de no máximo 2,4 e 4,0 pontos percentuais, respectivamente. A uma margem de confiança de 95%.



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