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quinta-feira, 30 de junho de 2016

Ciúmes e redes sociais: a difícil convivência nos relacionamentos amorosos




Quem nunca teve a curiosidade de entrar no perfil do parceiro(a) para dar aquela “espiadinha”? Para muita gente, esse desejo é quase que inevitável. O problema é que, se no mundo real, já existem estímulos suficientes para causar desavenças entre os casais, no virtual é ainda pior. Por isso, é tão fácil encontrar relacionamentos que terminaram por causa de janelas de bate-papo ou um emoticon suspeito. Assim, mesmo que a internet não tenha criado a insegurança ou o ciúme, não há dúvidas de que ela potencializou e, muito, esses sentimentos.

Uma pesquisa de 2013, feita pela Universidade do Missouri (EUA), concluiu que pessoas que navegam por mais de uma hora na rede social têm relações mais turbulentas. No Brasil não há muitos materiais sobre isso, mas os impactos podem ser facilmente percebidos. Diante disso, alguns casais por medo de prejudicar a relação optam por ter contas compartilhadas ou acabam por até mesmo excluir seu perfil na rede social. A falsa sensação de poder controlar o outro, diante do que é postado e compartilhado na internet, traz prejuízos para muitos casais, independente do tempo que estão juntos.

Contudo, vale a pena lembrar que, muito antes desses recursos existirem, a infidelidade já era algo corriqueiro, por isso, não podemos responsabilizar essas tecnologias por incentivarem ou criarem oportunidades para a infidelidade.

Por meio da minha experiência na clínica, consigo listar alguns comportamentos recorrentes entre casais que sentem seu relacionamento afetado pelas redes sociais, confira!

Principais disparadores de ciúmes:
·         recados de amigos com sentido ambíguo;

·         adicionar pessoas que o parceiro(a) não tem conhecimento;

·         adicionar fotos de cunho sensual sem o consentimento do parceiro(a);

·         elogios, apelidos carinhosos que podem soar como se estivesse algo entre os dois e,
·         trocar mensagens privadas com certo grau de intimidade sem o conhecimento do parceiro(a).

Essas são apenas algumas dentre as inúmeras situações que podem instalar o conflito entre o casal que, certamente, irá precisar de muito diálogo por parte dos seus componentes para possíveis esclarecimentos.

Mas, afinal, como lidar com esse sentimento? Quais são os limites?
O importante é que o casal acorde alguns limites em relação ao comportamento que será adotado nessas mídias. Regras que não são combinadas acabam se tornando motivo de brigas e discussões recorrentes. Muitos casais combinam o que vão publicar, que momentos compartilhar, se vão ou não postar fotos sozinhos, vídeos do casal, mensagens que irão postar no perfil do parceiro(a), etc.

A partir do momento que essa ferramenta se torna um problema ou uma dificuldade para a vida íntima entre os parceiros, é necessário o casal repensar no seu uso e não obrigar seu parceiro(a) a eliminar o uso da rede social, se este não for o seu desejo. Como já comentei anteriormente, a ferramenta não deve ser usada como uma garantia de fidelidade no relacionamento. Se for utilizada como uma forma de rastreamento, pode ser prejudicial à própria pessoa que acredita estar controlando o outro, potencializando sentimento de insegurança e baixa estima. Como em todas as relações a confiança, o diálogo e, principalmente, o amor entre o casal têm que ser preservados.

Assim, para não ver sua relação se desgastar ou até mesmo ser comprometida por completo, os casais devem buscar formas mais adequadas de se comportar na rede e, nesse caso, nada melhor para ter sucesso do que usar de muito bom senso. 




Tatiana Leite - terapeuta de casal e família com especialização em Sexualidade Humana. Graduada em psicologia pela Universidade Estadual Paulista (UNESP), a profissional possui especialização em terapia familiar e de casal, pela Pontifica Universidade Católica (PUC/SP) e Pós-graduação em Sexualidade Humana, pela Faculdade de Medicina da USP. O conhecimento acadêmico aliado à experiência em atendimento clínico fazem de Tatiana Leite uma profissional completa, com um olhar apurado e sistêmico sobre as diferentes formas de relacionamento

Público masculino já representa 15% das cirurgias plásticas




Procedimentos mais buscados por homens são as correções de pálpebras, plástica de face e lipoaspiração.


A preparação para o verão começa cedo, ainda no inverno. E como o frio já chegou efetivamente, os procedimentos estéticos também já estão a todo vapor desde maio. Com um público cada vez mais variado, atualmente, 15% das cirurgias plásticas vem sendo solicitadas pelo público masculino.

De acordo com a cirurgiã plástica, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Giovana Romano, a procura por cirurgia plástica entre os homens está crescendo a cada ano, e a projeção é que este aumento continue. Segundo ela, entre os procedimentos mais solicitados estão as correções de pálpebras, plástica de face e lipoaspiração. “Em nossa clinica, por exemplo, o público masculino já vem ultrapassando 15% do total de cirurgias realizadas e 20% de procedimentos como laser, botox e preenchimentos”, afirma a especialista.

Em 2013, o Brasil já vinha sendo o recordista mundial em cirurgias plásticas, com mais de 1,5 milhão de operações por ano. Na época, quando assumiu o posto, 12% dos procedimentos eram procurados por homens.

Porque no inverno?
Os meses de Junho e julho, por exemplo, são considerados de alta temporada para cirurgia plástica. De acordo com a doutora Giovana, o período de baixas temperaturas tem um crescimento significativo no número de procedimentos estéticos, que pode chegar a 100% a mais do que em outros períodos do ano. “Os pacientes preferem se submeter às cirurgias e se recuperarem no inverno, pois o uso de modeladores, ataduras e cintas é mais confortável nas épocas frias”, afirma.

A médica comenta, ainda, que fato da procura ser maior no inverno se deve pela preocupação de estar em forma para estação mais quente do ano. “As pessoas já se programaram para operar no inverno com objetivo de estarem com o corpo ideal no verão”, comenta.

Chegada do inverno favorece a transmissão de meningite




Infecções de origem bacteriana podem levar o paciente à morte em poucas horas, mas é possível prevenir a doença

Com a proximidade do inverno, é natural a busca por ambientes fechados e protegidos do frio. Mas é justamente por causa das aglomerações que a estação mais gelada do ano favorece a transmissão de doenças infectocontagiosas importantes, entre elas a meningite1, enfermidade que pode levar à morte ou provocar sequelas neurológicas irreversíveis se não for tratada rapidamente.

Fungos, bactérias e vírus podem levar à meningite, infecção que provoca a inflamação das membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. São os casos de origem bacteriana, contudo, os mais graves.  No ano de 2013, por exemplo, foram registradas 1.170 mortes no País por quadros de meningite causados por bactéria, o que representa quase 19% do total de pessoas acometidas pela meningite bacteriana naquele período, que somaram 6.331 casos, segundo dados do Ministério da Saúde.

Já a meningite de origem viral, embora mais frequente, apresenta uma mortalidade menos expressiva: foram 8.513 casos em 2013, com 109 óbitos, ou 1,3% daquele grupo, também de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Os registros do governo mostram também quais foram, em 2014, os principais agentes envolvidos nos quadros de meningite bacteriana. Dos 5.848 casos dessa enfermidade detectados naquele ano, 44% foram provocados por apenas duas bactérias: a Neisseria meningitidis, conhecida como meningococo (28% dos casos), e a Streptococcus pneumoniae, ou pneumoco, com 16%².

“Em termos de saúde pública, a meningite bacteriana se destaca pela gravidade, pois está associada a uma mortalidade importante. A meningite meningocócica, especialmente, evolui de forma bastante rápida e pode com certa facilidade causar epidemias em moradias estudantis e bases militares, por exemplo.  Se não receber o tratamento adequado com urgência, a pessoa infectada pode morrer em apenas 24 horas”, afirma o infectologista pediátrico José Geraldo Ribeiro, professor de Medicina Preventiva da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Apesar da gravidade da meningite bacteriana, é possível se proteger da doença por meio da vacinação. Por isso, o Dia Nacional da Imunização, comemorado em 9 de junho, é uma ocasião importante para alertar a população sobre os riscos associados às meningites pneumocócica e meningocócica, reforçando a importância da prevenção.  É importante ressaltar que, como são causadas por bactérias diferentes, essas duas formas de meningite devem ser prevenidas com vacinas distintas. 

Proteção
          A vacinação é o meio mais eficaz para a prevenção das meningites pneumocócicas e meningocócicas. Entre as opções de vacinas pneumocócicas está a Prevenar 13, da Pfizer, que oferece proteção contra os 13 sorotipos do pneumococo mais prevalentes em todo o mundo, muitos deles resistentes a antibióticos.  Aprovada em mais de 120 países, Prevenar 13 pode ser administrada em crianças e jovens de 2 meses a 17 anos de idade, bem como em adultos com 50 anos ou mais.

Em outra frente, a vacina Nimenrix é indicada para a prevenção contra a meningite meningocócica provocada pelos sorogrupos ACWY da bactéria Neisseria meningitidis. Ela pode ser administrada em crianças a partir dos 12 meses de idade, adolescentes e adultos. Atualmente, no Brasil, o sorogrupo C é o mais prevalente. “A Sociedade Brasileira de Imunizações e a Sociedade Brasileira de Pediatria recomendam a vacina quadrivalente porque outros sorogrupos, como o W, estão crescendo no País. Além disso, sempre é possível ter contato com estrangeiros, vindos de países onde predominam outros sorotipos”, esclarece o médico.


Pneumococo X meningococo
            Parte da população é portadora do pneumococo e do meningococo sem apresentar sinais ou sintomas, mas mesmo assim é capaz de infectar outras pessoas. Assim, quando um portador tosse ou espirra, pode transmitir o micro-organismo às pessoas suscetíveis, principalmente quando há convívio ou proximidade com o indivíduo. Por isso, o contágio é mais comum entre pessoas que residem na mesma casa ou compartilham o mesmo dormitório ou alojamento, bem como em escolas e creches.

Ao penetrarem no organismo, as bactérias responsáveis pela meningite invadem a corrente sanguínea e chegam ao cérebro. Os sintomas das meningites pneumocócicas e meningocócicas são semelhantes: dor de cabeça forte, febre, vômito e rigidez na nuca e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo.  O exame laboratorial determina o agente causador.

Enquanto a doença pneumocócica (meningite e pneumonia) costuma afetar principalmente populações com o sistema imunológico notoriamente mais frágil, como pessoas acima de 60 anos e crianças pequenas, a meningite meningocócica é frequentemente identificada em crianças menores mas também presente em outras faixas etárias comoadolescentes e jovens. A doença pode causar sequelas no sistema nervoso central, provocando alterações motoras e deficiências visuais e auditivas, bem como ferimentos que podem levar a amputações.

         
Referências
1.    Sáfadi, Marco e outros. Vacinas meningocócicas conjugadas: eficácia e novas combinações. Jornal de Pediatria, vol.82 no.3 suppl.0 Porto Alegre July 2006;
2.    Moraes, Camile, Perfil Epidemiológico da MeningiteBrasil & Mundo, Grupo Técnico de Vigilância das Meningites, Secretaria de Vigilância em Saúde. http://www.saude.rs.gov.br/upload/1437759444_Perfil%20Epidemiol%C3%B3gico%20da%20Meningite%20Brasil%20&%20Mundo.pdf. Acessado em junho de 2016. 


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