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sábado, 11 de abril de 2015

Pesquisa revela perfil dos participantes das Manifestações deste domingo




 Segundo dados coletados nesta semana pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, 34% dos eleitores da Dilma aprovam seu impeachment e participarão das manifestações


 Divulgação
Neste domingo dia 12 de abril estão marcadas manifestações em protesto ao governo pelo país inteiro.  Pensando nisso, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, realizou uma pesquisa durante os dias 7, 8 e 9 de abril nas ruas e via web para entender como os brasileiros estão engajados e seus motivos para participarem das passeatas por todo o Brasil.  A amostra foi de 719 pessoas em cinco capitais brasileiras: São Paulo, Brasília, Curitiba e Belo Horizonte.
72% dos brasileiros entrevistados afirmaram ter conhecimento das manifestações que ocorrerão em diversas cidades brasileiras com o objetivo de reivindicar por um país melhor. Destes, 51% responderam que talvez não compareçam no domingo para as manifestações, e os principais motivos são:
·        36% só não querem ir, mas concordam com quem vai
·        29,2% não gostam de multidões
·        26,4% estarão trabalhando no dia
·        17,7% outros motivos pessoais
·        15,4 % consideram longe demais os locais marcados para as passeatas
·        10,4% não concordam com os motivos da manifestação
“Notamos que Apenas 10% não concordam com o movimento, o que demonstra realmente que o brasileiro procura mudanças no governo, mesmo que cada um tenha suas convicções e motivos, menos de 1% acredita que não existe corrupção no atual governo.” Explica Ligia Mello, sócia da Hibou e coordenadora da pesquisa. “O brasileiro pode não saber o que fazer, mas está ciente que o problema existe e que algo precisa mudar.” diz Ligia.
Motivos a favor do movimento
 “O problema atual do país vai além de uma ou outra figura pública, quando 80% concordam que deseja o PT, fora do governo constatamos que as mudanças são mais profundas que uma troca de ministros ou acusação individual de algum político” diz Ligia Mello.
Ao analisar os motivos que movem o brasileiro,  Hibou observou  que a falta de parceria, de entendimento do governo e as dúvidas quanto à credibilidade das urnas eletrônicas são maiores percentuais, seguidos do desejo de ver o PT fora do governo:
·        80% se manifestarão porque afirmaram que o governo ainda não entendeu o que a população deseja
·        51% se manifestarão porque querem impedir que o ministro Dias Toffoli seja um dos juízes da operação lava jato
·        42% pela fixação do número de ministérios
·        53% pela transparência nos dados sobre os empréstimos  do BNDES
·        70% pela Auditoria das urnas da eleição passada
·        76% pela Auditoria pública das urnas eletrônicas  para as próximas eleições
·        40% pelo Impeachment da Dilma
·        60% pelo PT fora do Governo

Brasileiro está indignado com a Corrupção
91% dos brasileiros entrevistados acreditam que a Saúde é o setor mais prejudicado pela corrupção seguido de: educação com 85%, segurança 77%, transportes 71%,  preço dos alimentos 71%, saneamento básico 70%, preço do combustível 68%, moradia popular 68% e condições nos portos e estradas 67%. “Consideramos que com esses percentuais, nota-se que brasileiro está acompanhando que muito do que não é realizado em diversas áreas com seu dinheiro de impostos está sendo desviado de alguma maneira para outro fim e mantém prioridades como saúde e educação sucateados.” explica Ligia.
Para os entrevistados, quando perguntados sobre quais ações reduziriam a corrupção, 76% responderam que se deve colocar e manter na cadeia os corruptos. Já 73% disseram que tem que deixar a Policia Federal investigar toda e qualquer pessoa independente do cargo que ocupe. Além disso, 69% responderam que a corrupção deveria se tornar um crime hediondo, 63 % que deveria confiscar todos os bens do corrupto. Quase a metade dos entrevistados, 47% afirmaram que talvez resolvesse a  corrupção, se todos os brasileiros atrasassem os pagar os impostos por 3 meses.

Últimas Eleições
Questionamos sobre a votação nas últimas eleições. Foi perguntado aos entrevistados  em quem eles votaram no 2º turno:
·        32% votaram no Aécio
·        30% votaram na Dilma
·        20% votaram nulo/branco
·        10% não justificaram
Ao cruzar o voto realizado na candidata Dilma com o motivador “impeachment da Dilma”, a Hibou constatou que 34% dos eleitores dela pensam que tirá-la do cargo pode ser o caminho para melhorar o país: 
·        21% concordam totalmente
·        13% concordam parcialmente
·        43% preferem não opinar
·        11% não concordam nem discordam
·        7% discordam totalmente

Faixa etária/ Renda
Faixa etária predominante entre 26 e 45 anos:
·        30% de 36 a 45 anos
·        32% de 26 a 35 anos
·        12% de 19 a 25 anos
·        17% de 46 a 55 anos
·        6% de  56 a 65 anos
Renda familiar predominante entre 1.500 e 4.000 reais:
·        45% entre 1.500 e 4.000 reais
·        29% entre 4 mil e 7 mil reais
·        15% até 1.500 reais
·        7% entre 7 mil e 10 mil reais
·        4% acima de 10 mil reais

Dia Mundial do Parkinson




Parkinson: muito além do tremor
Romper estigmas por meio do esclarecimento quanto aos sinais que indicam doença ainda é um desafio a ser vencido
Um dos maiores desafios no processo diagnóstico da doença de Parkinson consiste na identificação dos sintomas. O alerta é da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Enquanto um tremor pode ser o sinal mais conhecido de Parkinson pela população, na verdade, o principal indicador é a bradicinesia, que consiste na lentidão dos movimentos.
De acordo com o geriatra titulado pela SBGG José Elias Soares Pinheiro, esta condição é associada a outros fatores que incluem além do tremor a rigidez muscular e instabilidade postural. “Juntas estas características firmam o diagnóstico indicativo do Parkinson. A doença não possui um marcador sorológico, apenas critérios clínicos, o que torna fundamental o conhecimento acerca dos sintomas”, esclarece Pinheiro, que também é co-autor do Tratado de Geriatria e Gerontologia e assina o capítulo sobre a doença na obra.
Segundo o médico pelo fato de muitas vezes os idosos apresentarem lentidão nos movimentos, este sinal dificilmente é associado ao Parkinson, sendo comumente reconhecido como uma característica intrínseca ao envelhecimento do organismo, o que dificulta o diagnóstico precoce.  Para ele é necessário haver mais informações e campanhas de suporte para o tratamento da doença, o que facilitará a disseminação das informações a todos.
Em contrapartida, o geriatra esclarece que nem todo o tremor é Parkinson e  explica que este quadro pode estar associado ao uso de algum fármaco ou decorrer de outra origem a ser investigada. “Por isso, a bradicinesia associada a outro sinal motor é o principal indicativo de Parkinson”, reforça Pinheiro.
Fora os sinais motores, existem indicações não-motoras que auxiliam no processo de diagnóstico, tais como alterações de humor, como depressão, ansiedade e irritabilidade; prisão de ventre e insônia.
Prevalência, fatores de risco e tratamento
Segunda doença degenerativa mais prevalente no mundo, atrás apenas do Alzheimer, o Parkinson se desenvolve de maneira progressiva, atingindo o sistema nervoso, o que faz com que afete os movimentos. Em resumo, o cérebro de uma pessoa lentamente deixa de produzir um neurotransmissor chamado dopamina. Com essa redução, a pessoa apresenta cada vez menos capacidade de regular os seus movimentos, seu corpo e as emoções.
Seu fator de risco principal é a idade, sendo reconhecidamente mais comum em pessoas acima dos 60 anos de idade. A prevalência na população idosa, atinge de 100 a 200 casos por 100.000 habitantes, conforme dados do Ministério da Saúde de 2012. Ainda, informações da  Organização Mundial da Saúde, apontam que de 1% a 2% da população de idosos apresentam a doença.
Embora não tenha cura, a doença de Parkinson em si não é fatal. No entanto, as complicações decorrentes da doença sim, são consideradas graves. Pinheiro explica que ainda é comum o paciente ao receber o diagnóstico traçar um “quadro dramático” do que será a vida a partir dali. “Na verdade, por ser uma doença crônica o paciente alcança qualidade de vida e tem probabilidade de viver mais de uma década e não morrer de Parkinson, mas de outra doença. Por isso o Parkinson causa mais morbidade que mortalidade”, explica.
Hoje o tratamento consiste no uso da levadopa, um medicamento responsável por melhorar sensivelmente os sintomas motores e que contribuem para o retardo da progressão de seus agravos. Nos idosos a droga é hoje a principal opção medicamentosa existente (padrão ouro), sendo distribuída gratuitamente na saúde pública e a baixo custo em farmácias populares. O geriatra relata que no caso de o paciente se tornar refratário a este tratamento, pode haver a indicação cirúrgica como terapêutica.
Principais sintomas motores da DP:
  • Lentidão de movimentos, chamada bradicinesia
  • Agitação ou tremor em repouso
  • Rigidez dos braços, pernas ou tronco.
  • Problemas com o equilíbrio e quedas, também chamado de instabilidade postural
Principais sintomas não-motores da DP:
  • Humor (depressão, ansiedade, irritabilidade)
  • Alterações cognitivas (atenção, problemas visuo-espacial, problemas de memória, alterações de personalidade, psicose / alucinações)
  • Prisão de ventre
  • A hiperidrose (suor excessivo), especialmente das mãos e pés
  • Perda de olfato
  • Distúrbios do sono
  • Insônia

Campanha do Idec “Essa Conta Não é Minha” contesta aumento na tarifa de água autorizado pela Arsesp em São Paulo





 

Instituto considera o aumento de 13,8% na tarifa de água da Sabesp abusivo e solicita que seja aplicado apenas o índice de inflação. Em dois dias, mais de 1000 mensagens de contribuição à consulta pública da agência reguladora enviadas pela internet 


O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), em apoio à Aliança pela Água, lançou em seu site a campanha “Essa Conta Não é Minha”, que permite ao consumidor que não concorde com a possibilidade de aumento de 13,8% na conta de água da Sabesp se manifestar em consulta pública aberta pela Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia de São Paulo). A consulta está aberta até dia 15/04.

A Sabesp justifica seu pedido de reajuste extraordinário (a tarifa já foi reajustada em dezembro passado) por causa de um maior gasto com energia elétrica e pela diminuição do consumo de água pela população. Os dois fatos decorrem da própria crise hídrica (e em grande medida da falta de sua gestão) e não podem ser repassados indefinidamente ao consumidor, que também já paga mais nas suas contas de energia elétrica e vem sofrendo com a redução da disponibilidade de água.

O pedido de reajuste também não se encaixa no disposto no artigo 38 da Lei Federal de Saneamento (nºi 11.445/07), que estabelece que a reavaliação das condições e das tarifas apenas pode ser feito “quando se verificar a ocorrência de fatos não previstos no contrato, fora do controle do prestador dos serviços, que alterem o seu equilíbrio econômico financeiro”. O Idec ressalta que, em novembro de 2013, quando a Sabesp planejou as operações para 2014, já era possível prever a redução da demanda, bem como os aumentos da energia elétrica que já estavam ocorrendo.

Outro artigo da mesma lei (nº 46) diz que a finalidade dos “mecanismos tarifários de contingência”, isto é, da sobretaxa ou multa que a Arsesp autorizou desde o início deste ano, é exatamente para “cobrir custos adicionais decorrentes, garantindo o equilíbrio financeiro da prestação do serviço e a gestão da demanda”. Isto é, a Sabesp já repassou parte dessa conta ao consumidor.

Em 2014, o reajuste ordinário de abril foi aplicado somente em dezembro. Por conta desse adiamento, a Arsesp concedeu uma compensação adicional de 1% à Sabesp, mas essa compensação não foi descontada no reajuste tarifário extraordinário ora em questão. Se aprovado, este reajuste extraordinário passa a ser quase o dobro do reajuste anual ordinário.

Sendo assim, o Idec entende que o aumento seja baseado apenas com índice da inflação e não considere os demais custos apresentados pela Sabesp.

O Idec considera esse aumento abusivo. A redução do consumo e o aumento da energia elétrica são utilizados para justificar o pedido de reajuste extraordinário da tarifa, mas não é justo o consumidor pagar duas vezes por isso.  Nos últimos 15 anos, os reajustes acumulados indicam que os índices de correção de tarifas de água já estão acima da inflação em 46,53 pontos percentuais. E, enquanto isso, contratos com grandes clientes, que pagam menos caso consumam mais, estão valendo até hoje”, explica Renata Amaral, pesquisadora em consumo sustentável do Idec.

Além das violações à lei de saneamento, o aumento extraordinário também afronta o Código de Defesa do Consumidor em vários artigos, uma vez que coloca de maneira unilateral obrigações excessivas ao consumidor (arts. 6º, inciso V; 39, incisos V e X; e 51, incisos IV, X e §1º, inciso III).

Os problemas da Sabesp no abastecimento de água para a Região Metropolitana de São Paulo (falta de água, redução extrema da pressão e ar no cano) também são uma violação ao artigo Art. 22 do Código de Defesa do Consumidor, que exige das concessionárias o fornecimento de serviços adequados, eficientes, seguros e contínuos para a população.

Manifestar-se contra o aumento é simples: O consumidor deve entrar na página da campanha  e enviar a sua mensagem de participação na consulta pública.

Consulta pública

Até dia 15/04, a Arsesp faz uma consulta pública para que os cidadãos e entidades de defesa de direitos contribuam com sugestões e/ou críticas a este aumento.

Mais informações no site: http://www.arsesp.sp.gov.br/SitePages/noticia-resumo.aspx?Identificacao=CP_REVISAO_EXTRAORDINARIA

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