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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Dezesseis a cada mil brasileiros fazem doação de sangue


Estima-se que 66% das doações são espontâneas. Ainda assim, no Dia Mundial do Doador de Sangue, o Ministério da Saúde reforça a necessidade da doação de sangue voluntária para manter estoques em todo o país


Hoje, 16 a cada mil habitantes são doadores de sangue, no país. O percentual corresponde a 1,6% da população brasileira e está dentro dos parâmetros preconizados pela Organização Mundial da Saúde, que recomenda que 1% a 3% da população de cada país seja doadora. Do total de doadores de sangue em 2017, 62% são do sexo masculino e 38% são do sexo feminino. Nos últimos anos, as taxas de doação de sangue apresentam-se estáveis, no Brasil. O Ministério da Saúde avalia que essa estabilidade indica um processo de conscientização da população, mas, reforça que é necessário promover e fortalecer as ações que estimulam a doação voluntária para manutenção dos estoques de sangue.
Nesta sexta (14), Dia Mundial do Doador de Sangue, o ministro da Saúde interino, João Gabbardo, participou de ação voluntária de incentivo à doação de sangue, promovida pelo Banco do Brasil em parceria com o Ministério da Saúde e a Fundação Pró-Sangue, o Hemocentro de São Paulo (SP). A ação no Posto Clínicas da Pró-Sangue foi protagonizada pelos Embaixadores do Esporte do Banco do Brasil, Virna e Maurício, que durante a semana foram convidados, por meio das redes sociais, pela também Embaixadora do Esporte, Fofão, para realizarem ato voluntário e assim estimular a doação de sangue no país.
 
Crédito: Erasmo Salomão
Ações e datas como essa são importantes para lembrar que a doação de sangue salva muitas vidas. O Ministério da Saúde reforça que apesar do número de doações se manter estável é preciso chamar atenção aos períodos que se tem uma baixa de estoque de sangue como férias, festas regionais, inverno e feriados prologados. “Nesses momentos, as pessoas mudam suas rotinas, viajam ou aproveitam para descansar. Então é importante fazer a doação de sangue antes de viajar ou de curtir o feriado”, ressaltou o ministro da Saúde interino, João Gabbardo.
No Brasil, em 2017, foram coletadas 3.4 milhões de bolsas de sangue e realizadas 2,8 milhões de transfusões de sangue. Estima-se que 34% dessas doações de sangue correspondem à doação de reposição, aquela que o indivíduo doa para atender à necessidade de um paciente motivado pelo serviço, família ou amigos do receptor e; 66% correspondem à doação espontânea, de acordo com os dados do Ministério da Saúde. Ainda em 2017, foram realizadas 2,8 milhões de transfusões de sangue.

Referência em doação de sangue na América Latina, Caribe e África, a experiência brasileira é utilizada em cooperações para fortalecimento da captação de doação voluntária de sangue em mais de dez países, como é o caso de Honduras, El Salvador e República.
O procedimento de doação é muito seguro para o doador. Além da sorologia, 100% do sangue coletado na rede pública de saúde também passa pelo Teste NAT, que reduz a chamada janela imunológica para HIV, Hepatite C e B, tempo em que o vírus já está presente no doador e ainda não é possível sua detecção. “Durante a entrevista que antecede a doação de sangue, que é sigilosa, é avaliado o estado de saúde do doador, visando à proteção de sua saúde e da saúde do receptor e, ainda, são utilizados produtos descartáveis no processo de doação”, explicou o coordenador-geral de Sangue e Hemoderivados, do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag.

QUEM PODE FAZER DOAÇÃO DE SANGUE
Em 2012, o Ministério da Saúde reduziu a idade mínima de 18 para 16 anos (com autorização do responsável) e ampliou a idade máxima de 67 para 69 anos. O doador deve pesar no mínimo 50 kg e estar em bom estado de saúde geral.
Outras recomendações necessárias são: estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum.
A frequência máxima de doações é de 4 doações anuais para o homem e de 3 doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de 2 meses para os homens e de 3 meses para as mulheres;
HEMORREDE

A rede de sangue e hemoderivados (Hemorrede) do Brasil possui 32 hemocentros coordenadores e outros 2.066 serviços de hemoterapia (coleta, hemocentros regionais, hemonúcleos, unidades de coleta e transfusão, agências transfusionais) pelo SUS.
Em 2018, o Ministério da Saúde investiu R$ 1,3 milhão na Hemorrede. Os recursos foram destinados ao fortalecimento da rede nacional para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes. Para 2019, o orçamento também é de R$ 1,3 milhão para garantir os serviços da rede de sangue e hemoderivados.



Cristiane Ventura
Agência Saúde


Muito além do teste do pezinho, saúdes da mãe e do bebê caminham juntas após o parto


Testes do olhinho, orelhinha e outros exames fazem parte dos primeiros dias de vida do recém-nascido e ajudam a prevenir doenças. Nessa fase, a mulher passa pelo Puerpério onde recebe cuidados essenciais pós-gestação


Na semana da celebração do Dia Nacional do Teste do Pezinho é importante lembrar-se de outros exames fundamentais para saúde do bebê e também da mãe. O período pós-nascimento é quando a mulher requer novos cuidados e a atenção se volta para a recuperação do parto e os primeiros dias de vida do recém nascido, que passará por testes para prevenção de doenças.

O período que decorre desde o parto até o retorno dos órgãos genitais e o estado geral da mulher às condições anteriores à gestação é chamado de Puerpério. É nessa fase que as principais medidas são tomadas para evitar hemorragia e infecção. “Os sinais vitais são checados periodicamente e nos atentarmos para as queixas da paciente, que pode nos mostrar sintomas de alterações e de que está tudo bem no período puerperal. A paciente é orientada a ficar em repouso imediatamente após o parto para se recuperar bem” explica o ginecologista e obstetra do Hospital da Mulher Anchieta, Dr. Alan Barroso.

De acordo com o especialista, em princípio não há necessidade de realização de exames de imagem ou laboratoriais, se tudo tiver transcorrido bem, sem nenhuma intercorrência durante o parto normal ou a cesariana. “Salvo em condições prévias, como incompatibilidade sanguínea entre mãe e recém-nascido, ou mesmo alguma complicação como anemia, ou outra doença crônica, não solicitamos exames após o parto. O pré-natal bem feito já nos traz todos os exames necessários para esse período”, acrescenta Dr. Alan Barroso.

No caso dos recém-nascidos a atenção é toda voltada para a adaptação ao mundo exterior depois de nove meses no aconchego do útero materno. “Quando o bebê nasce, tanto de parto normal quanto de parto cesariano, nos preocupamos com o controle do ambiente (temperatura agradável, luminosidade adequada, limitação de ruídos). O cordão umbilical deve ser cortado de preferência tardiamente (cerca de 3 minutos) até não sentir mais o batimento cardíaco nele e o contato pele a pele com a mãe realizado o mais precoce possível, e se tiver clinicamente bem, colocá-lo pra mamar ainda na primeira hora de vida. Após isso, os primeiros exames são feitos”, conta a pediatra do Hospital Anchieta, Dra. Mariana Palhares.

E é na amamentação que toda a alimentação necessária é passada para o bebê, é pelo leite materno que ele recebe proteção e vitaminas que auxiliarão no desenvolvimento. A dieta da mãe precisa ser rica em nutrientes. “Independente da via de parto, a paciente poderá se alimentar normalmente com a comida do dia a dia. Em situações de diabetes ou hipertensão a dieta vai seguir o que é recomendado, assim como em casos de alergia a alguns alimentos. É preciso evitar frituras, gorduras e as comidas fast food, assim como ingestão de bebidas alcoólicas durante o período de amamentação”, afirma Dr. Alan Barroso.

O leite materno não tem contra-indicação e não causa alergia, de acordo com Dra. Mariana Palhares, ele faz a mágica da nutrição e fortalecimento do bebê. Já os exames, se tornam aliados nesse processo, assim como as vacinas. “Ao nascer, já coletamos a tipagem sanguínea do RN. Nos primeiros dias de vida o bebê vai passar pelo testes do olhinho, orelhinha, linguinha, coraçãozinho e pezinho que ajudam a verificar uma possível doença e o tratamento a ser adotado com doses ajustadas de acordo com o peso de nascimento, idade gestacional, a escolha da classe de medicamentos com menos toxicidade para o recém-nascido. As vacinas passam a entrar na rotina para imunizar e proteger o bebê”, explica a pediatra.

Após a alta, os primeiros testes e a recuperação da mãe, o acompanhamento médico entra em outra fase e as consultas passam a ser mensais até que o bebê complete um ano. Porém, não é incomum mais idas ao médico nos primeiros meses, isso pode acontecer até que haja total adaptação. Depois disso, o calendário de vacinas e consultas ganha mais intervalos, mas continua sendo fundamental para a garantia da saúde da família. “O acompanhamento regular ajuda na prevenção e tratamento precoces de diversas patologias”, conclui Dra. Mariana Palhares.


Duração do Puerpério

Pode ser dividido em três principais fases:

1 - Puerpério imediato: dura aproximadamente entre 2 e 4 horas após o parto, com a saída da placenta; 

2 - Puerpério mediato: do puerpério imediato até o 10º dia;

3 - Puerpério tardio: do 10º ao 45º dia.


Entenda cada teste realizado no recém-nascido

Teste do olhinho (avaliação do reflexo vermelho) é um exame de triagem para pesquisar catarata congênita ou retinoblastoma (tumor de retina);


Teste da orelhinha (audiometria tonal limiar infantil e emissões otoacusticas) avalia a transmissão óssea da audição;

Teste da linguinha (avaliação oromiofuncional) avalia dentre outras coisas, o frênulo lingual do RN;

Teste do coraçãozinho (medida da oximetria no membro superior direito e num membro inferior) para investigar possíveis cardiopatias congênitas, como Coarctação de aorta; 

Teste do pezinho (triagem neonatal) investiga dezenas de doenças metabólicas, raras, mas que tem como melhor período para diagnóstico o período neonatal.
 

Festas juninas exigem cuidados com os olhos


A temporada de festas juninas está aberta. Além de música caipira, comidas e bebidas típicas, tem muita fogueira e fogos de artifício. Não há quem não goste de apreciar os espetáculos pirotécnicos ou de se esquentar na beira da fogueira. Todavia, brincar com fogo exige cuidados a fim de evitar acidentes graves, não só com queimaduras no corpo, como também na região dos olhos.
“A irritação por causa da fumaça pode desenvolver uma conjuntivite ou, em casos mais graves, uma ceratite”, explica o oftalmologista Hilton Medeiros, da Clínica de Olhos Dr. João Eugenio. Segundo o médico, não é recomendado ficar muito próximo das fogueiras nem olhar fixamente para o fogo por longo tempo.
Os cuidados devem ser redobrados ao assistir os fogos de artifício, pois os fragmentos liberados durante as explosões podem perfurar o globo ocular, causando transtornos oculares ou comprometimento da visão. “Quando o dano ocorre nas pálpebras, pode haver deformidades sérias, com retração, perda de tecido e ressecamento, comprometendo a superfície ocular”, explica o especialista.
Mesmo queimaduras leves podem atingir a córnea e causar a diminuição da sua transparência, comprometendo seriamente a visão. Casos mais graves, com opacidade total da córnea, podem resultar em cegueira e, em algumas situações, é necessário fazer o transplante da córnea para restabelecer a visão.
Se a pólvora entrar em contato com os olhos, a orientação é lavar abundantemente com água corrente ou soro fisiológico sem esfregar. Não utilize colírio ou pomada por conta própria, muito menos coloque gelo no local afetado. Óculos de sol ou de grau e lentes de contato não protegem os olhos dos fogos de artifício, ao contrário, costumam agravar a situação.
Todos os casos que envolvem queimadura ocular precisam ser analisados e tratados por um especialista, pois a área é muito sensível e requer cuidados imediatos.

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