No Dia Mundial de Prevenção de Quedas, a Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) reitera que as medidas
preventivas contra quedas devem estar na rotina das famílias.
O
Dia Mundial de Prevenção de Quedas, celebrado no dia 24 de junho, possui como
objetivo conscientizar a população sobre a importância de medidas para prevenir
quedas, que podem ter consequências graves, especialmente para pessoas idosas.
De acordo com o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a estimativa
entre os idosos com 80 anos ou mais, é que 40% sofram quedas todos os anos.
Além
disso, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente, cerca de
um milhão de idosos no mundo fraturam o fêmur, sendo 600 mil somente no Brasil.
E 90% destes casos são causados por quedas.
Segundo
a fisioterapeuta, Caroline Saladini, especialista em gerontologia e membro da
diretoria da SBGG, as quedas nas pessoas idosas podem ser comum, mas não é
normal e as pessoas idosas mais ativas, muitas vezes se colocam em situações de
risco, diferente das pessoas idosas que já apresentam comprometimento da
mobilidade e, acabam ficando mais suscetíveis a ocorrência de queda em
situações do dia a dia, por exemplo ao usar o banheiro. Além disso, ela comenta
os principais motivos, pelo qual as quedas ocorrem: “Alterações próprias do
indivíduo - como condições de saúde não controladas, fraqueza muscular,
alterações de equilíbrio, diminuição da acuidade visual ou auditiva, queixa de
dor; alterações ambientais, como superfície escorregadia ou irregular, pouca
luminosidade, objetos soltos pela casa, móveis baixos e alterações
comportamentais - quando a pessoa se coloca em risco, como andar de meias, usar
escadas sem apoio no corrimão ou subir em bancos”.
Idade mínima?
Caroline
ressalta que não há uma idade “certa” para iniciar a prevenção contra estas
quedas. No entanto, reforça que a pessoa idosa ou a família devem estar atentos
a “falta de firmeza nas pernas”, “insegurança para andar”, “medo de cair”,
“necessidade de apoiar nas pessoas ou em coisas”, além de comorbidades que
muitas vezes fazem parte do envelhecimento e aumentam as chances da pessoa
idosa cair, como por exemplo, osteoartrite, sarcopenia, alterações cognitivas,
entre outras. “Melhorar a iluminação e deixar o ambiente livre são boas
medidas, assim como evitar deixar objetos, fios e tapetes soltos pela casa.
Também é válido fazer ajustes para facilitar a mobilidade, tal como elevar a
altura do vaso sanitário e do sofá, e colocar uma barra de apoio no banheiro”,
destaca a fisioterapeuta.
Por
fim, a especialista menciona os cuidados que se deve ter, ao longo da vida,
para se prevenir contra as quedas: “além de ter uma vida mais ativa, a recomendação
para prevenção de queda é a avaliação da pessoa idosa, contemplando todos os
possíveis fatores de risco que a pessoa está exposta e quais deles são
potencialmente modificáveis. A partir disso se propõe ajustes ambientais,
revisões medicamentosas, acompanhamento clínico e treino de equilíbrio intenso
e desafiador, sob a supervisão de um profissional especializado”.
Sociedade
Brasileira de Geriatria e Gerontologia - SBGG
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