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segunda-feira, 8 de abril de 2024

Dicas para quem quer investir, trabalhar ou até mesmo morar nos EUA

 Especialistas explicam quais as oportunidades de aplicações, diferentes tipos de vistos e momento do mercado de trabalho no país

 

Nos últimos anos, cada vez mais os brasileiros têm buscado nos Estados Unidos possibilidades para investir, como uma forma de proteger o capital em uma economia forte; trabalhar (de forma remota ou presencial), buscando ascensão na carreira; ou até mesmo viver, querendo experimentar uma cultura diferente, além de aspectos como qualidade de vida e segurança.

Atualmente, há cerca de 4,59 milhões de brasileiros morando mundo afora, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores. Os EUA são, justamente, o principal destino dos brasileiros, com cerca de 1,9 milhão de pessoas, sendo as regiões de Nova York, com 500 mil, seguida por Boston (390 mil), Miami (295 mil), Orlando (180 mil) e Atlanta (110 mil), os distritos com os maiores números de brasileiros no país.



Mercado de trabalho


Segundo Wagner Pontes, fundador e CEO da assessoria imigratória D4U Immigration, existem algumas formas para conquistar o visto definitivo por meio da profissão para viver nos EUA. Porém, é necessário se enquadrar em alguns requisitos.

“Uma das formas de se conseguir o visto permanente para morar nos Estados Unidos é o visto EB2-NIW. Esse é um processo baseado no interesse nacional americano de ter profissionais estrangeiros contribuindo e atuando no mercado de trabalho em determinados cargos estratégicos como engenheiros, profissionais da saúde e advogados”, completa o especialista.

O déficit de profissionais de saúde, como enfermeiros, dentistas e fisioterapeutas, pode chegar a 121 mil nos próximos oito anos, de acordo com a Associação de Colégios Médicos Americanos. A remuneração desses profissionais, que pode variar dependendo de cada estado, chega a US$43 por hora ou cerca de US$8 mil mensais, em Nova York, conforme relatório da Indeed.

Brasileiros que possuem interesse em morar legalmente no país do Tio Sam, via trabalho, precisam precisam se enquadrar em uma das seguintes categorias:

EB-1: Habilidades extraordinárias. Voltado para profissionais de destaque e que possuem reconhecimento nacional ou internacional em diversas áreas como: ciências, educação, artes, negócios ou esporte. O EB-1 não exige uma oferta de trabalho ou empregador.

EB-2: Habilidades excepcionais. Essa modalidade de visto é voltada para profissionais com carreiras bem-sucedidas e consideradas pelo governo acima da média. O candidato ao visto precisa demonstrar uma capacidade excepcional no segmento da sua área. Vale ressaltar que, nesse caso, é preciso ter uma empresa sendo a sponsor, ou seja, que ofereça a vaga e salário correspondente ao cargo aplicado.

EB2-NIW (National Interest Waiver): Nesse caso, o visto pode ser adquirido com base no histórico profissional e acadêmico. O candidato precisa ter um diploma de graduação superior (bacharelado), mais de cinco anos de atuação, ou certificado de curso técnico com dez anos de experiência, ou ainda ter mestrado, doutorado e PHD em sua área, dispensando assim o tempo de experiência.

EB3: Esse visto também leva ao Green Card, mas ele é indicado às pessoas que têm uma oferta de trabalho nos EUA. Todo o processo é feito pela empresa que tem interesse no funcionário e só no final o candidato escolhido é apresentado à imigração. A vantagem desse visto é que, por ser bem amplo, ele pode ser utilizado em diversas categorias profissionais, com requisitos bem diferentes - desde o graduado com nível acadêmico até o trabalhador com qualificações limitadas.

 Investimentos

Segundo Daniella Rolim, especialista em planejamento e educação financeira e COO da assessoria de investimentos Flap Capital, o momento é propício para investir nos “treasuries”, títulos do Tesouro Americano, pois os EUA estão com os juros mais altos das últimas duas décadas. “Aos poucos “Aos poucos os brasileiros estão descobrindo o Tesouro Americano como uma opção de aplicação, tendo a percepção de acesso a uma maior segurança financeira”, diz.


Segundo a especialista, a estabilidade da moeda, a oferta, a liquidez e a diversificação de produtos são algumas das razões que tornam o mercado de investimentos norte-americano tão atraente. Atualmente, a capitalização aplicada no país é de mais de US$40 trilhões, montante 50 vezes maior do que o mercado de investimento brasileiro.

No ano de 2022, segundo pesquisa do portal Business Insider, 54 bilhões de dólares foram investidos por brasileiros no mercado norte-americano. “É necessário que os brasileiros estejam atentos à variação do câmbio, assim como aos impostos, pois o investidor estrangeiro conta com algumas isenções, porém precisa se atentar a impostos de renda e sucessão. A carga tributária de sucessão pode chegar a 40%, já a de imposto de renda até 22,5%”, finaliza Rolim.



D4U Immigration



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