Diagnóstico
precoce de doenças pode evitar a prematuridade
Presente em oito
maternidades de São Paulo, o Programa Parto Seguro, gerenciado pelo Centro de
Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM) em parceria com a
Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, identificou uma taxa de 7 a 10% de
prematuridade, no período de janeiro a setembro de 2020.
O Ministério da Saúde
recomenda que sejam realizadas no mínimo seis consultas durante o pré-natal. De
acordo com Ana Maria da Cruz, pediatra, neonatologista e médica supervisora do
Parto Seguro, o acompanhamento pré-natal é essencial para evitar a
prematuridade, classificada como partos realizados abaixo de 37 semanas.
É durante estas
consultas que o profissional de saúde pode identificar processos infecciosos,
como corrimentos e infecção urinária, alteração de pressão arterial,
sangramentos e doenças sexualmente transmissíveis, que são fatores de risco
para evoluir para um parto prematuro. "Se diagnosticado rapidamente,
existem tratamentos eficazes para a mãe e o bebê, permitindo que a gravidez
siga até o seu termo", explica.
Dia Mundial da
Prematuridade
A data de 17 de
novembro é marcada como Dia Mundial da Prematuridade e sensibiliza a população
para o tema, que ainda é uma das principais causas de mortalidade neonatal no
Brasil, segundo o Ministério da Saúde.
De acordo com a idade
gestacional do nascimento e do desenvolvimento, os recém-nascidos podem
apresentar complicações e sequelas para o resto da vida. "Quanto maior a
prematuridade, maiores os impactos no recém-nascido. Abaixo de 30 semanas, o
bebê precisará de cuidados intensivos de suporte para respiração, nutrição e
controle de processos infecciosos", ressalta a médica.
Quanto maior a
prematuridade, maior a chance de apresentar atraso do desenvolvimento
neuropsicomotor. "É preciso levar em consideração a idade biológica da
criança a contar pelas semanas que nasceu e não apenas pela data de
nascimento", destaca.
Para o bebê prematuro,
o leite materno é o melhor nutriente. Confira alguns cuidados importantes:
1. Pausas na
amamentação, observando a respiração do bebê. Os prematuros costumam cansar durante
o aleitamento materno e até engasgar-se;
2. Além do contato
direto com o corpo da mãe, é essencial sustentar a cabeça e o corpo da criança,
em uma posição mais verticalizada;
3. Qualquer alteração,
como febre, dificuldade respiratória, sucção fraca e outros o bebê deve ser
encaminhado diretamente para o serviço de saúde.
Centro de Estudos e
Pesquisas "Dr. João Amorim" (CEJAM)
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