Imagem de Arek Socha |
Especialista explica como a consciência ambiental é fundamental para cuidar do planeta
Protegendo a Terra de quase 90% das radiações ultravioletas do
Sol, tornando possível a vida terrestre, a camada de ozônio possui buracos onde
sua concentração é menor que 50% por conta de gases originados da ação humana.
Por isso, em setembro, criou-se o Dia Internacional para a Prevenção da Camada
de Ozônio, para lembrar da importância da preservação da camada.
Rafael Zarvos, especialista em Gestão de Resíduos Sólidos e
fundador da Oceano Resíduos, diz quais são os três gases tidos como principais
a influenciar na degradação da camada de ozônio: dióxido de carbono (CO2),
nitrato e metano. "Esse último é originário da decomposição de resíduos
orgânicos em aterros e lixões. O metano é prejudicial não só a camada de ozônio
como também ao efeito estufa", aponta Zarvos.
Aqui, uma solução simples e barata que todos podem fazer é a
compostagem. "É uma forma de contribuirmos para evitar a formação do
metano e colaborar para a prevenção da camada de ozônio", explica
Rafael, destacando que mais da metade do lixo produzido em casa é orgânico, e
pode ser utilizados no processo. Cascas de frutas, verduras, borra de café,
sachês de chá, casca de banana, arroz cozido, cascas de mandioca e outros mais.
"A compostagem é um processo biológico
de transformação de resíduos orgânicos em adubo pela ação de microorganismos,
principalmente bactérias", esclarece o especialista. Para quem está
começando, ele deixa duas dicas: Comprar uma composteira doméstica ou fazer o
próprio vaso compostor. O primeiro método utiliza minhocas, e o segundo método
utiliza matéria seca, mas Rafael garante que nenhuma das duas opções libera
odor.
Outros fatores
Além de hábitos no dia a dia passíveis de serem implantados para
ajudar na preservação da camada de ozônio, a indústria também precisa repensar
as atividades uma vez que a emissão de CO2 contribui para a degradação dessa
proteção natural. "É preciso investir em energias limpas como
alternativa à queima de combustíveis fósseis", reforça Zarvos. O
desmatamento, tanto para o plantio como para abertura de pasto, é outro grande
fator negativo para a camada.
"Para o plantio, por exemplo, é importante priorizar
produtos originários de produções sustentáveis e que não agridem o meio
ambiente, com manejo sustentável do espaço", explica o especialista.
Um dos principais gases responsáveis pelo buraco da camada de
ozônio é o CFC (clorofluorcarbono), que é constituído por cloro, flúor e
carbono. Esse gás foi muito utilizado em latas de aerosol, materiais plásticos,
condicionadores de ar e sistemas de refrigeração. No Protocolo de Montreal
(1987), foi definido que o uso de CFC deveria ser interrompido até o final do
século 20, e seu uso foi extinto em 2010. Mas ainda assim, é preciso cautela. "Entretanto,
há indícios que seu substituto seja tão nocivo quanto o próprio CFC",
finaliza Rafael.
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