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sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Camada de Ozônio: Como nossos hábitos interferem na proteção atmosférica?

 Imagem de Arek Socha

Especialista explica como a consciência ambiental é fundamental para cuidar do planeta


Protegendo a Terra de quase 90% das radiações ultravioletas do Sol, tornando possível a vida terrestre, a camada de ozônio possui buracos onde sua concentração é menor que 50% por conta de gases originados da ação humana. Por isso, em setembro, criou-se o Dia Internacional para a Prevenção da Camada de Ozônio, para lembrar da importância da preservação da camada.

Rafael Zarvos, especialista em Gestão de Resíduos Sólidos e fundador da Oceano Resíduos, diz quais são os três gases tidos como principais a influenciar na degradação da camada de ozônio: dióxido de carbono (CO2), nitrato e metano. "Esse último é originário da decomposição de resíduos orgânicos em aterros e lixões. O metano é prejudicial não só a camada de ozônio como também ao efeito estufa", aponta Zarvos.

Aqui, uma solução simples e barata que todos podem fazer é a compostagem. "É uma forma de contribuirmos para evitar a formação do metano e colaborar para a prevenção da camada de ozônio", explica Rafael, destacando que mais da metade do lixo produzido em casa é orgânico, e pode ser utilizados no processo. Cascas de frutas, verduras, borra de café, sachês de chá, casca de banana, arroz cozido, cascas de mandioca e outros mais.

"A compostagem é um processo biológico de transformação de resíduos orgânicos em adubo pela ação de microorganismos, principalmente bactérias", esclarece o especialista. Para quem está começando, ele deixa duas dicas: Comprar uma composteira doméstica ou fazer o próprio vaso compostor. O primeiro método utiliza minhocas, e o segundo método utiliza matéria seca, mas Rafael garante que nenhuma das duas opções libera odor.

Outros fatores

Além de hábitos no dia a dia passíveis de serem implantados para ajudar na preservação da camada de ozônio, a indústria também precisa repensar as atividades uma vez que a emissão de CO2 contribui para a degradação dessa proteção natural. "É preciso investir em energias limpas como alternativa à queima de combustíveis fósseis", reforça Zarvos. O desmatamento, tanto para o plantio como para abertura de pasto, é outro grande fator negativo para a camada.

"Para o plantio, por exemplo, é importante priorizar produtos originários de produções sustentáveis e que não agridem o meio ambiente, com manejo sustentável do espaço", explica o especialista.

Um dos principais gases responsáveis pelo buraco da camada de ozônio é o CFC (clorofluorcarbono), que é constituído por cloro, flúor e carbono. Esse gás foi muito utilizado em latas de aerosol, materiais plásticos, condicionadores de ar e sistemas de refrigeração. No Protocolo de Montreal (1987), foi definido que o uso de CFC deveria ser interrompido até o final do século 20, e seu uso foi extinto em 2010. Mas ainda assim, é preciso cautela. "Entretanto, há indícios que seu substituto seja tão nocivo quanto o próprio CFC", finaliza Rafael.

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