Associação
estimula reforço na limpeza dos equipamentos durante a pandemia, mas alerta
condomínios sobre riscos à segurança
Condomínios não devem utilizar álcool ou outros
produtos abrasivos e corrosivos na limpeza dos elevadores, sob risco de
danificar o equipamento e ocasionar incidentes mais graves, como incêndios. O
alerta é da Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São
Paulo (AABIC), maior entidade representativa do segmento no Estado. Desde o
início da pandemia, a associação vem estimulando a iniciativa dos
empreendimentos em intensificar a limpeza dos elevadores como forma de mitigar
o contágio do novo coronavírus, mas enfatiza que o procedimento deve ser feito
com cautela, seguindo as orientações das empresas fabricantes.
De acordo com a AABIC, o uso indiscriminado de
álcool pode molhar os circuitos internos do equipamento, sendo desautorizada a
aplicação em alavancas de abertura das portas, áreas de contato, interfone e
principalmente botoeiras. “Apesar da autocombustão ser pouco provável, a
substância pode entrar em contato com uma fonte externa, como chama ou faísca,
incorrendo em explosões ou incêndios”, explica o presidente da AABIC, José
Roberto Graiche Júnior.
A associação faz, ainda, um alerta especial para as
botoeiras, componentes mais utilizados nos elevadores e naturalmente mais
propícios à proliferação do vírus. A limpeza do painel e dos indicadores deve
ser feita utilizando um pano levemente umedecido com água e sabão neutro. Em
seguida, recomenda-se passar um pano seco e macio.
Algumas fabricantes e conservadoras de elevadores,
já disponibilizam capas de proteção para botoeiras, que podem ser aplicadas
dentro da cabine e nos pavimentos do edifício. A solução permite que a
higienização seja feita várias vezes ao dia, sem o risco dos produtos de
limpeza entrarem diretamente em contato com a parte elétrica do componente.
De acordo com a Atlas Schindler, consultada sobre
esses perigos, cuidados específicos devem ser observados também na limpeza das
outras peças do elevador, como luminária, vidro, espelho, aço inoxidável,
ladrilho e soleira. “Seja qual for o componente, a determinação permanece no
sentido de evitar qualquer uso de álcool, incluindo aqueles com formulações
menos inflamáveis, como o álcool 70%”, enfatiza o presidente da AABIC. A
associação destaca que os condomínios devem continuar disponibilizando a
substância perto dos elevadores, visando apenas a assepsia das mãos dos
condôminos e funcionários.
Associação das Administradoras de Bens Imóveis e
Condomínios de São Paulo (AABIC)
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