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O isolamento social, determinado
pela pandemia do novo coronavírus em todo o mundo, obrigou grande parte da
população a mudanças na rotina cotidiana. Essas alterações causaram o
aparecimento de sintomas psicológicos como medo, preocupação, irritabilidade,
tristeza, impotência, insegurança, desamparo, tédio e solidão. Em pacientes já
diagnosticados com doenças psicológicas, tais como depressão ou ansiedade,
podem ter o quadro agravado durante e após esse período de reclusão.
“A importância da aproximação
física remonta desde o nosso nascimento, quando o primeiro sentido que
desenvolvemos é o tato. Através dele conhecemos o mundo. O contato físico
nos auxilia no processo de cura física e emocional, auxilia a nos conectar com
outras pessoas, libera em nosso corpo substâncias como oxitocina e endorfina,
também conhecidas como hormônios do bem-estar e do prazer, e pode diminuir o
nível de cortisol, que é o hormônio do estresse, causando relaxamento e alívio
da tensão”, explica Flávia da Silva Corrêa Lourenço, psicóloga do Centro Médico
Consulta Aqui.
Como a quarentena impõe
restrições a essa aproximação, o indivíduo tende a desenvolver doenças
psicológicas que, em situações normais, não estaria sujeito. Condições como
abuso de álcool e ingestão de alimentos altamente calóricos também fazem parte
desse isolamento. "Quando a pessoa experimenta níveis elevados de
ansiedade, é comum que utilize estratégias para reduzi-la e, nesse contexto,
recorrem ao consumo de bebidas alcoólicas e comida como tentativa de se acalmar
e manter o controle da situação. Algumas, mesmo após se alimentar,
desejam continuar comendo para sentir a sensação de bem-estar e segurança. Esse
comportamento é chamado de fome emocional, que pode despertar a compulsão
alimentar se tornar patológica”, comenta a psicóloga.
Quanto à ingestão exagerada de
bebidas alcoólicas, pode aliviar momentaneamente a ansiedade, contudo, com o
passar do tempo, piorar o quadro emocional e prejudicar as relações familiares
e afetivas.
“O ideal é aceitar a ansiedade
como uma vivência natural da experiência humana. Faz sentido se preocupar com a
situação atual, mas é necessário se certificar se não está tornando as coisas
mais difíceis ainda por manter hábitos inadequados”, complementa.
A Dra. Flávia dá algumas dicas
para ajudar a atravessar a quarentena com o mínimo de prejuízo pessoal
possível. São elas:
• Manter a atenção nas ações,
sentimentos e aumentar o autocuidado;
• Comprar alimentos saudáveis,
pois, consequentemente se alimentará melhor e evitará os excessos;
• Praticar atividades físicas e
automassagem;
• Formar uma rede de apoio para
passar por esse momento e se readaptar as novas situações atuais e pós
pandemia;
• Caso a pessoa sinta que, ao
final da quarentena, não consiga administrar o medo, estresse e/ou mudança de
comportamento necessária para se readaptar sozinho, procurar auxílio médico
especializado, como a psicoterapia.
“No mais, vivenciar a pandemia
nos faz pensar que a saúde mental é tão importante quanto a saúde física.
Precisamos criar o hábito de observar e falar sobre nossos sentimentos. Esse é
momento de investir em nós, de aprender como lidar com nossas sensações de
forma clara e de promover um olhar de cuidado e apoio ao outro”, conclui a
especialista do Consulta Aqui.
Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP
Central de atendimento: (11) 3838 4669
http://www.consultaaqui.com.br/
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