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terça-feira, 23 de junho de 2020

Falta de confiança nas análises dos dados afeta metade das empresas no Brasil, revela pesquisa global da Experian


Levantamento feito com mais de mil profissionais indica que, no mundo, a qualidade das informações impacta nos gastos e recursos das companhias; 85% acreditam que este é um dos itens mais valiosos, mas ainda enfrentam falta de entendimento dos resultados


Um alto nível de imprecisão e dificuldade no entendimento dos dados mostram que 50% das empresas brasileiras afirmam que têm a confiabilidade das análises prejudicadas. De acordo com a Pesquisa Global de Gestão de Dados da Experian, outro problema apontado pelos mais de mil profissionais entrevistados no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Austrália é a perda de recursos e gastos adicionais gerados pela má qualidade nas informações – 42% localmente e 41% na média global.

Estes custos associados a má governança nas companhias são um desafio para 78% dos negócios, com 28% dizendo que este é um problema significativo. O Brasil fica acima da média global, com 87% afirmando ser um problema. Esse gasto é gerado por conta das más práticas, o que gera insegurança. A pesquisa indica que duas em cada cinco organizações dizem que os funcionários não estão convictos de que os insights gerados são eficazes.


Segundo o Gerente Soluções de Marketing Services da Serasa Experian, Thomas King, “Dados precisos e confiáveis permitem um aumento na vantagem competitiva, refletindo na oferta de uma melhor experiência para o cliente, melhores tomadas de decisões, mais inovação e práticas comerciais eficientes. Na última década, esta frente ajudou os negócios a prosperarem, mas ainda vemos organizações que não possuem habilidades e os recursos necessários para aproveitar ao máximo os dados que possuem. Uma boa saída para empresas que enfrentam dificuldades para se estruturarem é buscar parceiros e fornecedores que tenham expertise em transformar interpretação de dados em ações práticas”, orienta King.

76% das empresas ainda não definiram estratégias para reduzir os custos associados a má governança dos dados

Apesar do aumento da consciência e das ações a serem tomadas, muitas companhias ainda não traduziram isso nos resultados esperados e veem as informações insuficientes e imprecisas influenciando negativamente as iniciativas: 76% delas afirmam não ter uma estratégia em andamento para endereçar os problemas com os custos, ainda que 64% afirmem que planejam fazer isso rapidamente. O relatório descobriu que 90% das empresas nacionais ainda lutam para incorporar insights significativos em seus processos, colocando os dados à disposição de mais pessoas, enquanto a média global é de 77%.

Thomas diz que “para direcionar o desafio, os negócios devem investir em qualidade dos dados usando uma abordagem transversal entre os funcionários, que evite o acúmulo de informações em um só grupo. Sem padrões de qualidade, checagem e processos para gerenciar como estes insumos são capturados, mantidos e alavancados, os custos continuarão a crescer”.

Ter conhecimento em dados será fundamental nos próximos cinco anos
De acordo com a pesquisa, os profissionais precisam melhorar suas capacidades de ler, trabalhar e analisar os dados, algo que será fundamental nos próximos cinco anos para 84% dos negócios em todo o mundo. No Brasil, este número chega a 90% - o mais alto entre os entrevistados – veja abaixo.


A grande maioria das companhias globalmente (85%) diz que os dados são um dos ativos mais valiosos que possuem e 36% dizem que o conhecimento para extrair o máximo deles é crucial para inovar e preservar o futuro da empresa. Para direcionar esse tema, 30% das empresas têm programas em andamento para capacitar os funcionários e 36% dizem que estão planejando estabelecer algo do tipo no próximo ano.

“Apesar de enfrentar algumas dificuldades, já observamos que as organizações começam a desenvolver melhores práticas para qualificar as informações e incrementar a performance, como treinar funcionários e criar posições estratégicas”, comenta Thomas.



Metodologia: A pesquisa entrevistou 1.100 pessoas no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Austrália, representando empresas dos setores de variedade de indústrias, incluindo TI, telecomunicações, manufatura, varejo, serviços comerciais, serviços financeiros, saúde, setor público, educação, utilities e outras. Os entrevistados tinham cargos de analista de dados, analista financeiro, engenheiro de dados, administrador de dados, gerente de riscos, CDO (Chief Digital Officer) e CMO (Chief Marketing Officer).




Serasa Experian


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