Você deve estar
pensando: lá vem mais um textão sobre reflexões políticas. Mas não é disso que
vamos tratar aqui. Neste momento atípico, conversando com pessoas de vários
níveis sociais e lendo alguns artigos, percebi que esta crise trouxe, além das
incertezas, diversos questionamentos sobre o que estamos fazendo das nossas
vidas. Um quê de fim do mundo e o que eu fiz? Estou deixando um legado?
Realmente me realizo onde atuo?
Tudo é válido
neste momento, mas em função da atmosfera que paira no mundo, precisamos ter
cuidado no ímpeto de tomar decisões drásticas que podem gerar sérios problemas
num futuro próximo.
Primeiro, todos
nós achamos que temos algum conhecimento da psique humana e, vendo algumas
pesquisas encontradas no Google, nos reconhecemos em várias delas, apontando
que o trabalho em alguns casos é o que está gerando todo o seu estresse e
insatisfação.
Ok, pode até ser
isso. O mais importante é a atenção quando decidimos mudar a direção do
caminho. É preciso fazer ponderações detalhadas do que realmente nos incomoda.
É a formação que escolhemos? É a empresa onde trabalhamos? São as amarras da
estabilidade financeira e o que ela proporciona?
Nunca me deixei
levar com pensamentos do tipo: “Vou procurar a felicidade, e o dinheiro vem!”
Para um
afortunado, isso pode até acontecer, mas a grande maioria terá que realizar
escolhas. Muitas vezes, a mudança radical do seu objetivo herda um fluxo
financeiro que não é o que você tem atualmente.
O filho de um
grande amigo meu optou em encerrar a próspera carreira de direito para ser um
exímio professor de yoga e está se aplicando arduamente nisso. Mas tudo bem! O
importante é você estar ciente dos riscos, avaliar os cenários e entender que,
ao colocar na balança, o pêndulo pode não ser favorável para algumas
necessidades. Só você poderá avaliar.
Outro cuidado são
as opiniões. Como o velho ditado diz: “Se conselho fosse bom seria vendido, não
dado”. Existem armadilhas inconscientes ao conversar com pessoas e suas
sugestões. Quem está de fora só tem 10% do conhecimento do que se passa dentro
de você, por mais que te conheça plenamente. A mente humana é espetacularmente
misteriosa.
E por falar em
mente, sem conselhos piegas, às vezes, é importante buscarmos ajuda dos
“universitários”. Uma sequência de sessões de análise com um profissional
qualificado pode, em muitos casos, abrir um leque de esclarecimentos e
direcionamentos que, quando imersos no problema, não podemos enxergar. Fica a
dica… e não um conselho.
A felicidade não
se compra, mas é preciso cautela e muitas avaliações nas escolhas tomadas. O
perfil de cada um deve ser levado em consideração, mas também não podemos ser
escravos do dinheiro ou posição social. O bom disso é que podemos errar e
acertar durante a jornada, sempre avaliando criteriosamente as variáveis das
consequências.
O movimento é
constante, as reflexões são necessárias. Contudo, ao decidir pelo caminho da
direita ou da esquerda, atenção aos atalhos.
Roberta Veloso - Superintendente
Bacharel em
Comunicação Social e MBA em Gestão Estratégica de Negócios pela UFF
(Universidade Federal Fluminense). Exerceu cargos de liderança como
gerência, superintendência e diretoria nas principais administradoras do
segmento. Especialista em administração e marketing de empreendimentos
comerciais.
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