As lições para economia em recessão, resultado da
pandemia causada pelo covid-19, são claras. As empresas devem segmentar seus
consumidores e focar nos mais lucrativos e influentes. Mas a pergunta principal
é: Quem são eles? Onde estão e como se sabe isso?
É fundamental entender a necessidade desse público.
Qual a sensibilidade dos clientes aos fatores de qualidade, narrativa, entrega,
preços. Existem novos segmentos de mercado a serem traçados? Se houver, quem
são e como são esses potenciais consumidores? É preciso decidir qual público
atingir, estudar suas características e conhecê-lo a fundo. Com este perfil em
mãos, o empreendedor não apenas saberá com quem está falando, mas como e o que
falar e por quais ferramentas.
Outra dica valiosa: usar o passado como ferramenta
do presente. As pessoas tornam-se nostálgicas em momentos difíceis. Nós,
consumidores contemporâneos, tendemos a acreditar que dias do passado são bem
melhores em relação ao atual. As pessoas sentem carinho por lugares e objetos
que evocam e remetem tempos mais saudosos e aprazíveis. São produtos e peças de
comunicação que representam integridade, estabilidade e felicidade. Nesses
casos, as marcas tentam ajudar seu público a se sentir bem em relação ao mundo.
Estimular o “boca a boca” focando no básico, os
consumidores estão cada vez mais
mutantes, requerendo dinamismo por parte das
empresas. Os princípios fundamentais e cardiais do marketing continuam
presentes e se amplificam. O “boca a boca”, o santo graal do marketing, nunca
esteve tão em evidência, tudo aquilo que é falado sobre a empresa fica guardado
para a posteridade em rastros digitais. Por isso, estimular debate é
fundamental. Também é importante lembrar que a melhor fórmula para o sucesso é
sempre focar no básico, em humanizar seu atendimento e criar um contato direto
com o consumidor.
Mais do que nunca, as empresas serão julgadas pela
práxis. Reputação, liderança e autenticidade são as palavras da vez e, por
isso, responsabilidade social ganhará uma nova dimensão. O discurso assumirá um
caráter menor do que antes. Ainda mais secundário, quiçá pueril. Marca forte
será sinônimo de inteligência social. Consumidores depositarão suas
expectativas em um portfólio reduzido de marcas. O poder de diferenciação é o
que marcas estelares possuem em comum. No contexto atual de crise sem
precedentes, diferenciação significa entregar valor real para a sociedade de
forma única, ativa, eficiente e humana.
As prioridades mudarão, pois enfrentaremos uma
crise, quiçá, depressão econômica. E isso terá um impacto transgeracional. O
Covid-19 também acelerará tendências que já estavam aí: integração de dados,
trabalho remoto, veganismo e debates sobre privacidade.
Gabriel
Rossi - Professor da
ESPM, palestrante profissional em marketing, estrategista especializado na
construção e no gerenciamento de marcas e reputação e diretor-fundador da
Gabriel Rossi Consultoria, com passagens por instituições como Syracuse/Aberje,
Madia Marketing School, University of London e Bell School. Especialista
convidado para lecionar no curso de extensão da Fundação Escola de Sociologia e
Política (FESP) e na pós-graduação de Marketing da USP. Referência de mercado,
Gabriel é, atualmente, o profissional no País mais requisitado pela grande
mídia (mainstream) para falar sobre marketing. É citado extensivamente, sendo
colunista de portais de destaque, como Mundo de Marketing. Possui diversos
artigos e estudos publicados no Estadão, em o Globo, Brasil Econômico, Correio
Braziliense, JT, UOL, HSM e colabora com veículos como Band News TV, Folha de
S. Paulo, Revista Nova, Veja, Portal G1, entre inúmeros outros. Rossi e sua
equipe atuam tanto no campo político como no empresarial, trabalham com
empresas internacionais, como Petrobras, The Marketing Store e Tetra Pak, além
de serem candidatos ao Senado Federal. Rossi participou de momentos históricos
importantes, como o comentarista especial da TV Estadão no primeiro e no
segundo turno das eleições 2010 e comentarista oficial para a rádio Eldorado.
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