Dor no peito e formigamento no braço esquerdo são os
sintomas clássicos do infarto, mas o coração dá outros sinais que não podem ser
ignorados. É importante se conscientizar sobre a importância da mudança de hábitos
para a adoção de um estilo de vida mais saudável com foco na prevenção e,
assim, diminuir as suas complicações que ainda são as maiores causas de mortes
no mundo, sendo responsáveis por 43% dos casos.
No Brasil acontecem cerca de 400 mil casos de infarto,
por ano e fazem com que as doenças cardiovasculares sejam as principais causas
de morte no país, chegando a 300 mil pessoas. E esse panorama tende a piorar:
uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que em 2024 devemos
ocupar o topo da lista mundial de óbitos por doenças cardiovasculares.
É importante chamar a atenção das pessoas para um fato
que muita gente ignora: infartos em jovens são mais comuns do que se imagina e
os casos vêm aumentando consideravelmente por causa de fatores como: estresse,
diabetes, tabagismo, obesidade, hipertensão e colesterol alto, que estão cada
vez mais presentes na vida de pessoas com menos de 30 anos.
Além disso, nessa faixa etária esse tipo de
problema tende a ser pior, isso porque costumam envolver áreas maiores do
coração e o entupimento dos vasos têm mais propensão a ser súbito e acometer
artérias maiores. “Por isso, diante de sintomas como dor no peito irradiando
para os braços, sudorese fria, mal estar, náuseas e vômitos, que muitas vezes
são mais exuberantes nesse caso, é essencial se dirigir o mais rápido possível
ao hospital”, afirma Dr. Rodrigo Ésper, cardiologista intervencionista da SBHCI.
Mas há uma boa notícia nessa história: o prognóstico de
recuperação costuma ser melhor. Depois de cinco dias, em média, ele costuma ter
alta hospitalar e volta à rotina normal em um mês, mas é essencial que tenha o
acompanhamento de um cardiologista pelo resto da vida.
Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia
Intervencionista (SBHCI)
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