O
outono chegou e logo vem o inverno por aí, trazendo dias com temperaturas mais
amenas, baixa umidade do ar, maior concentração de poluentes e mudanças bruscas
no clima, que favorecem a proliferação de doenças respiratórias.
“Nos meses mais frios do ano temos um aumento dos casos de rinite e sinusite devido o clima frio e seco, que atuam como fatores irritativos da mucosa nasal. O tempo seco desidrata a mucosa, desencadeando um processo inflamatório, que pode virar uma rinossinusite. Além disso, o agravamento e concentração da poluição nos grandes centros impacta diretamente na piora do quadro”, afirma a Dr.ª Cristiane Adami, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
Tanto crianças como adultos estão vulneráveis a contrair alguma das ‘’ites’’ durante o outono e o inverno, entre elas a rinite e a sinusite. Embora parecidas, é importante ficar atento aos sintomas para buscar o tratamento mais adequado.
O que é a rinite?
A rinite é uma inflamação e/ou disfunção da mucosa de revestimento nasal, e é caracterizada por alguns dos seguintes sintomas: obstrução nasal, rinorreia (presença de secreção e corrimento nasal), espirros, prurido nasal e hiposmia (diminuição do olfato).
A rinite alérgica é a forma mais comum da doença, induzida por inalação de alérgeno, substância que provoca uma reação alérgica em certos indivíduos, tais como a poluição. “Nestes casos, recomenda-se deixar os cômodos da casa e a roupa de cama bem limpos para evitar acúmulo de poeira, e deixar entrar sol o máximo possível, além de realizar o tratamento adequado”, explica a Dr.ª Cristiane.
Há outros tipos da doença, como por exemplo, as rinites infecciosas, causadas por vírus e, menos frequentemente, por bactérias. “Neste caso, é importante lavar bem as mãos, principalmente quando em lugares muito fechados e cheios de pessoas. O uso do álcool gel pode ajudar”, afirma.
O que é a sinusite?
Segundo a Dr.ª Cristiane, a sinusite pode ser aguda ou crônica. “A sinusite aguda geralmente decorre de um processo inflamatório iniciado no nariz, e pode durar até 12 semanas, com desaparecimento completo após o tratamento. Ao ultrapassar este período, já é considerada sinusite crônica”, conta.
A especialista acrescenta que a sinusite crônica pode apresentar um subtipo chamado de Polipose Nasossinusal. “Neste caso, a mucosa nasal e dos seios da face têm predisposição para a formação de pólipos. Esses obstruem os óstios de drenagem dos seios nasais, favorecendo o acúmulo de secreções e infecção bacteriana”, afirma.
“A rinite e a sinusite apresentam sintomas semelhantes, porém a sinusite geralmente é uma complicação de uma crise de rinite infecciosa ou alérgica que teve um prolongado tempo de duração, ocasionando secreção espessa e purulenta, dores no rosto, muita tosse e dores de cabeça”, afirma a Dr.ª Cristina.
E o que é a rinossinusite?
Rinossinusite é todo processo inflamatório da mucosa da cavidade nasal e dos seios paranasais. Essa resposta inflamatória representa uma reação a um agente físico, químico ou biológico (bacteriano, fúngico ou viral), ou também pode ser decorrente de mecanismos alérgicos.
“O termo rinossinusite é atualmente usado com consenso entre os especialistas, já que rinite e sinusite são frequentemente doenças em continuidade. Assim, podemos ter um episódio de rinite isolado ou que pode estender-se para os seios da face, caracterizando uma rinossinusite”, diz a especialista.
O que fazer?
Ao perceber alguns dos
sintomas, o primeiro passo é procurar um médico otorrinolaringologista,
alergista ou imunologista. Em casos mais graves, é recomendado buscar
atendimento em um pronto-socorro o mais rápido possível. É importante também
evitar lugares fechados com muitas pessoas, mofo, poeira e cheiros fortes de
produtos com química. Para evitar as doenças, é necessário sempre manter a
higiene das mãos e evitar o contato delas com os olhos, nariz e boca. Usar soro
fisiológico nasal para limpar diariamente o nariz e beber muita água também
favorecem o combate desses problemas.
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