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quarta-feira, 5 de junho de 2019

O aumento dos casos de sarampo no país impulsiona campanha de vacinação contra a doença a partir de agosto


De janeiro até o mês de maio deste ano, foi contatada a presença do vírus do sarampo em cerca de 12 países localizados nas américas, são eles a Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, México, Peru, Uruguai e Venezuela.

Em nosso país, o Ministério da Saúde já confirmou 83 casos da doença, sendo 43 no Pará, 27 em São Paulo, 4 no Amazonas, 3 em Santa Catarina, 3 em Minas Gerais, 2 no Rio de Janeiro e 1 em Roraima. Do total de episódios no Brasil, 27 são autóctones, todos ocorrerão no estado do Pará. Já o restante dos casos foi importado de outros países ou ainda não se sabe quais são suas fontes de infecção. 

Com o objetivo de combater a enfermidade e recuperar o certificado de eliminação da circulação do vírus no país, – que foi entregue em 2016 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e perdido em 2018 devido à reintrodução do problema no território brasileiro –, o Governo Federal vai iniciar a partir de 10 de agosto uma campanha de vacinação contra o sarampo. A iniciativa integra o Movimento Vacina Brasil, que foi lançado em abril deste ano, visando promover ações que revertam a diminuição das taxas de coberturas vacinais registadas nos últimos anos.

De acordo com a infectologista da clínica de vacinação Maximune, Cláudia Murta, a única maneira de se prevenir contra o vírus é por meio das vacinas Tríplice Viral – que ainda é responsável pela imunização contra a rubéola e a caxumba – e Tetraviral. Esta última, além do sarampo, protege o nosso organismo de doenças como a rubéola, a caxumba e a varicela (catapora). “As duas vacinas fazem parte do calendário de imunizações do Sistema Único de Saúde (SUS) e também estão disponíveis em clínicas privadas. Segundo o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a primeira injeção com a versão do tríplice viral deve ser aplicada aos 12 meses de vida. Já a segunda dose com a tetraviral precisa ser administrada para os pacientes com 1 ano e 3 meses de idade”, recomenda.

A médica, que também é membro da Sociedade Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Imunizações, esclarece que independentemente do fato do paciente não souber dizer se foi imunizado, é aconselhável que o mesmo receba a vacina.  No entanto, quem já teve o diagnóstico do sarampo em alguma fase da vida, não tem a necessidade de se vacinar. “A vacina contra o vírus é contraindicada para pacientes que estejam com a imunidade enfraquecida ou comprometida; gestantes; e pessoas que tenham alergia aos componentes da injeção. Mas estas orientações também podem variar, por isso é muito importante a procura pela orientação médica”, ressalta.


Características da doença

De origem viral, o sarampo pode ser considerado como uma doença infecciosa e contagiosa. Podendo ser transmitida por meio de secreções expelidas durante a tosse, espirro e fala, a patologia pode provocar os sintomas de coriza, conjuntivite, febre alta, tosse e o aparecimento de manchas vermelhas na pele e esbranquiçadas na mucosa da boca. A enfermidade pode acarretar complicações como as infecções respiratórias, otites, diarreia aguda e problemas neurológicos. “Tais implicações podem gerar sequelas para toda a vida como o declínio da capacidade mental, surdez, cegueira, e retardo do crescimento físico. Dependendo da gravidade do caso, a doença pode até levar ao óbito”, adverte Cláudia Murta.

Em 2018, o Brasil enfrentou a reincidência do sarampo no país, com a ocorrência de surtos em 11 estados e a confirmação de 10.326 casos. Em março deste ano, o Ministério da Saúde relatou à Opas um caso endêmico ocorrido no mês de fevereiro, no estado do Pará. Este fato acabou resultando na perda da certificação de país livre da doença.




RT Drª Cláudia Murta – CRM MG 27.582 - Especialista em Clínica Médica e em Infectologia - Mestre em Medicina Tropical pela UFMG - Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia - Membro da Sociedade Brasileira de Imunizações



Maximune – Clínica de Vacinação
Rua Lagoa da Prata, 1188 – Salgado Filho – BH/MG
Instagram: @clinicamaximune

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