De janeiro até o mês de maio deste ano, foi
contatada a presença do vírus do sarampo em cerca de 12 países localizados nas
américas, são eles a Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa
Rica, Estados Unidos, México, Peru, Uruguai e Venezuela.
Em nosso país, o Ministério da Saúde já confirmou
83 casos da doença, sendo 43 no Pará, 27 em São Paulo, 4 no Amazonas, 3 em
Santa Catarina, 3 em Minas Gerais, 2 no Rio de Janeiro e 1 em Roraima. Do total
de episódios no Brasil, 27 são autóctones, todos ocorrerão no estado do Pará.
Já o restante dos casos foi importado de outros países ou ainda não se sabe
quais são suas fontes de infecção.
Com o objetivo de combater a enfermidade e
recuperar o certificado de eliminação da circulação do vírus no país, – que foi
entregue em 2016 pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e perdido em
2018 devido à reintrodução do problema no território brasileiro –, o Governo
Federal vai iniciar a partir de 10 de agosto uma campanha de vacinação contra o
sarampo. A iniciativa integra o Movimento Vacina Brasil, que foi lançado em
abril deste ano, visando promover ações que revertam a diminuição das taxas de
coberturas vacinais registadas nos últimos anos.
De acordo com a infectologista da clínica de
vacinação Maximune, Cláudia Murta, a única maneira de se prevenir contra o
vírus é por meio das vacinas Tríplice Viral – que ainda é responsável pela
imunização contra a rubéola e a caxumba – e Tetraviral. Esta última, além do
sarampo, protege o nosso organismo de doenças como a rubéola, a caxumba e a
varicela (catapora). “As duas vacinas fazem parte do calendário de imunizações
do Sistema Único de Saúde (SUS) e também estão disponíveis em clínicas
privadas. Segundo o Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, a
primeira injeção com a versão do tríplice viral deve ser aplicada aos 12 meses
de vida. Já a segunda dose com a tetraviral precisa ser administrada para os
pacientes com 1 ano e 3 meses de idade”, recomenda.
A médica, que também é membro da Sociedade
Brasileira de Infectologia e da Sociedade Brasileira de Imunizações, esclarece
que independentemente do fato do paciente não souber dizer se foi imunizado, é
aconselhável que o mesmo receba a vacina. No entanto, quem já teve o
diagnóstico do sarampo em alguma fase da vida, não tem a necessidade de se
vacinar. “A vacina contra o vírus é contraindicada para pacientes que estejam
com a imunidade enfraquecida ou comprometida; gestantes; e pessoas que tenham
alergia aos componentes da injeção. Mas estas orientações também podem variar,
por isso é muito importante a procura pela orientação médica”, ressalta.
Características da doença
De origem viral, o sarampo pode ser considerado
como uma doença infecciosa e contagiosa. Podendo ser transmitida por meio de
secreções expelidas durante a tosse, espirro e fala, a patologia pode provocar
os sintomas de coriza, conjuntivite, febre alta, tosse e o aparecimento de
manchas vermelhas na pele e esbranquiçadas na mucosa da boca. A enfermidade
pode acarretar complicações como as infecções respiratórias, otites, diarreia
aguda e problemas neurológicos. “Tais implicações podem gerar sequelas para
toda a vida como o declínio da capacidade mental, surdez, cegueira, e retardo
do crescimento físico. Dependendo da gravidade do caso, a doença pode até levar
ao óbito”, adverte Cláudia Murta.
Em 2018, o Brasil enfrentou a reincidência do
sarampo no país, com a ocorrência de surtos em 11 estados e a confirmação de
10.326 casos. Em março deste ano, o Ministério da Saúde relatou à Opas um caso
endêmico ocorrido no mês de fevereiro, no estado do Pará. Este fato acabou
resultando na perda da certificação de país livre da doença.
RT Drª Cláudia Murta – CRM MG 27.582 -
Especialista em Clínica Médica e em Infectologia - Mestre em Medicina Tropical
pela UFMG - Membro da Sociedade Brasileira de Infectologia - Membro da
Sociedade Brasileira de Imunizações
Maximune – Clínica de Vacinação
Rua
Lagoa da Prata, 1188 – Salgado Filho – BH/MG
Instagram:
@clinicamaximune
Nenhum comentário:
Postar um comentário