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Quem já namorou à
distância, sabe que é um assunto sempre muito delicado. Tem namoro que começa
longe e depois vem para perto, tem namoro em que é necessário ficar um tempo
afastado do outro por algum motivo específico. Mas, para a Orientadora
Emocional Camilla Couto, duas verdades regem esse tipo de relacionamento: um
dia, a distância precisa ter fim, e o amor tem que prevalecer, sempre.
Segundo Camilla Couto, Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos, as relações são parte fundamental da
nossa vida: “somos seres relacionais, portanto, nossa natureza busca pessoas
com quem possamos conviver – e isso é algo que nos permite crescer e aprender
muito”. Mas, e quando acontece um relacionamento à distância, em que essa
convivência tão necessária é diminuída e os desafios, aumentados? Será que funciona
da mesma forma? Para Camilla, a resposta é sim: “quando realmente desejamos,
conseguimos fazer o relacionamento funcionar independentemente das condições e
dos obstáculos”.
Mas ela revela um segredo para que essa relação
tenha vida longa: “a distância precisa ter começo, meio e fim. Do contrário, o
relacionamento amoroso fica inviável. Relação de casal pede convivência, dia a
dia, uma certa rotina, olho no olho, pele. Imagine viver anos a fio em ponte
aérea, tendo que fazer um esforço imenso para conseguir ficar algumas horas ou
poucos dias ao lado da pessoa amada?”, questiona.
Camilla lembra que existem dois tipos de namoro à
distância: o primeiro é aquele clássico, que começa em férias de verão, em uma
viagem, em uma visita à casa de parentes. Duas pessoas se conhecem, se
apaixonam e acreditam totalmente que, apesar de sofrida, a distância não será
um empecilho. E, no começo, não é mesmo. Mas, e com o tempo? Será que ficar
longe durante um longo período é saudável para a relação? “Eu acredito que não”,
diz a orientadora, “estar juntos fisicamente também importa e precisa ser um
objetivo do casal. Então, essa relação pode funcionar com um estando longe do
outro por um tempo. No entanto, é preciso que haja planos para, em algum
momento, estarem efetivamente juntos – pelo menos, morando na mesma cidade. E o
ideal é que isso aconteça, de preferência, antes que as coisas esfriem”.
O outro tipo de relação à distância é aquele que a
relação já existia antes do afastamento, ou seja, que era convencional até o
momento em que um dos dois precisa se ausentar por algum motivo. “Pode ser por
causa de trabalho, um projeto em uma outra cidade, um curso fora do país, a
necessidade de cuidar de um parente que mora longe – algo que tenha data para
começar e terminar”, explica Camilla. Segundo ela, esse caso é bem diferente do
primeiro, pois subentende-se que as bases da relação já estão mais sólidas, há
cumplicidade, parceria, apoio. “Aí”, lembra, “prevalece o espaço, o torcer pelo
outro, a compreensão com uma situação de momento, que logo terá fim e trará a
pessoa para perto de novo. Apesar de desafiante e até sofrida, esse tipo de
relação à distância tem muito mais chances de dar certo”.
A questão é que, relacionamentos à distância,
principalmente do tipo que começam com o casal vivendo longe um do outro,
deixam muita margem para a imaginação. Isso acontece tanto para o lado da
fantasia de estar se relacionando com um par perfeito (que não tem defeitos e
não comete erros) quanto para o lado oposto (medo constante da traição ou do
abandono, por exemplo). Por isso, para Camilla, autoconhecimento, segurança
pessoal e confiança mútua são ingredientes essenciais para que ambos possam ser
honestos um com o outro e para que estabeleçam seus limites, inclusive do tempo
de duração da distância.
“Nas duas situações que citei acima”, revela
Camilla, “a mesma lógica acontece: é preciso que, em um determinado momento, os
dois voltem a ficar perto um do outro. Estar à distância o tempo todo pode
fazer com que, aos poucos, os interesses mudem e seja quase impossível dizer
que existe um relacionamento. E, veja bem, não estou falando sobre rótulos, que
é preciso se casar, morar na mesma casa, ter filhos. Isso tudo é natural, ou
não, de cada casal. O importante é que, além de amor, carinho, respeito e tudo
mais que um relacionamento amoroso saudável possa ter, também haja constância,
convivência, dia a dia. Namoro só funciona mesmo quando é de verdade, isto é,
quando tem amor. Esse é o sentimento que faz com que haja vontade de estar
perto, de traçar planos em comum, de construir uma história a dois. Do
contrário, é só um passatempo”, finaliza.
Camilla Couto - Orientadora Emocional para
Mulheres, com foco em Relacionamentos. Criadora/ autora do Blog das Amarildas e
fundadora do PAR - Programa Amarildas de Relacionamentos. Orientadora
emocional, Terapeuta Floral (TF-153-17/SP) e Contoterapeuta, viveu durante 8
anos no exterior conhecendo diferentes culturas e comportamentos. No blog
amarildas.com.br, compartilha seus estudos sobre amor, relacionamentos e
dependência emocional - com o propósito de promover mais entendimento sobre
esses temas e de incentivar as mulheres a se amarem e valorizarem cada vez
mais.
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