Exame simples,
realizado dentro da maternidade, é capaz de identificar doenças genéticas
ou metabólicas nos primeiros dias de vida
Realizado
no Brasil desde a década de 1970, com a coleta de algumas gotas de sangue do
calcanhar do recém-nascido, o teste do pezinho é capaz de identificar doenças
genéticas ou metabólicas que, se não diagnosticadas a tempo, levam à
deficiência física e/ou mental. Por isso, o exame precisa ser feito
necessariamente nos primeiros 30 dias de vida do bebê, em qualquer unidade de
saúde, seja ela particular ou do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em
razão da importância do esclarecimento sobre esse procedimento, o Dia Mundial
do Teste do Pezinho é celebrado em 06 de junho.
“De
uma maneira geral, a maioria das pessoas já conhece o teste, mas é sempre bom
reforçarmos a sua importância e o impacto de se iniciar um tratamento o mais
breve possível, quando identificada alguma alteração”, destaca Renata Nicola
Deodato, enfermeira coordenadora da área Materno Infantil do Hospital e
Maternidade Christóvão da Gama (HMCG), do Grupo Leforte.
Em
média, a unidade hospitalar realiza cerca de 100 testes por mês e para as
famílias são oferecidas três opções: o básico que identifica 20 doenças
(sem custo), o ampliado e o estendido que detectam um número maior de
alterações. Os resultados saem, em média, de 15 a 20 dias.
Entre
as doenças que podem ser identificadas pelo teste do pezinho estão:
- Fenilcetonúria (freqüência 1 para 15.000
recém-nascidos): doença rara, congênita e genética, que consiste na falta
de capacidade do organismo de quebrar adequadamente moléculas de um aminoácido
chamado fenilalanina. Os altos níveis de fenilalanina não metabolizada
causam alterações no sistema nervoso, levando à deficiência intelectual
severa e irreversível nos casos não tratados.
- Hipotireoidismo congênito (freqüência de 1
para 4.000 recém-nascidos) é um problema no qual a glândula da tireoide
não produz hormônios suficientes para a necessidade do organismo. A falta
da tiroxina traz consequências como deficiência intelectual grave e
comprometimento do crescimento nos casos não tratados precocemente.
- Anemia Falciforme (freqüência de 1 para 400
até 1 para 1.000 recém-nascidos): causada pela alteração estrutural na
molécula de hemoglobina, uma proteína presente nos glóbulos vermelhos,
responsável pelo transporte do oxigênio para os tecidos. A doença
pode causar a anemia, infecções generalizadas, atraso no crescimento e
dores.
Grupo Leforte
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