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segunda-feira, 24 de junho de 2019

A importância de dar e receber um bom feedback


  Por meio dessa ferramenta são realizados o direcionamento e ajuste de habilidades de qualquer ser humano em qualquer estágio da vida


O feedback, resposta dada a uma ação, uma espécie de avaliação de alguma tarefa realizada, é essencial para aprimorar uma relação, no âmbito pessoal e, principalmente, na esfera profissional. De acordo com a psicóloga Fernanda Tochetto dar ou receber feedback é uma das atividades mais delicadas e importantes que podem ser realizadas por pessoas que convivem. “Isso porque é através dessa ferramenta que ocorrem grandes construções, assim como, são realizados o direcionamento e ajuste de habilidades de qualquer ser humano em qualquer estágio da vida”, explica Tochetto.

De acordo com a psicóloga, o feedback é relevante e transformador para as duas pontas do processo, ou seja, tanto para o emissor quanto para o receptor. Quem fornece a avaliação tem mais chances de obter uma evolução no resultado referente às tarefas que foram designadas. Já quem é avaliado, tem a oportunidade de adquirir um melhor entendimento do ambiente externo e, se for o caso, introduzir um nova maneira de executar as atividades, a fim de que elas sejam mais bem-sucedidas.


Dar o bom feedback

Conforme Tochetto, é muito comum que as pessoas evitem dar feedback sob o pretexto de pouparem o outro de opiniões possivelmente constrangedoras e desagradáveis, evitando assim o desgaste da relação. Para a psicóloga, ao fazer isso, adota-se uma postura duplamente limitante.  “Além de restringir o acesso do outro a informações relevantes, limita-se o direito de expressar-se livremente”, explica.

Nesse sentido, muito melhor do que evitar o feddback, é escolher com cuidado o que se diz. Segundo a psicóloga, para isso é necessário exercitar a empatia: colocar-se no lugar do outro, procurando o melhor momento e as palavras mais adequadas para se expressar. Para Tochetto, a avaliação deve ser feita após um processo de observância, análise, ponderação e compreensão. “Quando se entende o que vê, ouve e sente no ambiente, gera-se compreensão através da empatia”, destaca.

“O bom feedback abre a aceitação do outro para o que está sendo transmitido, estreitando a relação. Por sua vez, o mau feedback faz com que o outro se feche, proteja-se e, finalmente, afaste-se”, afirma a psicóloga. Tal diferenciação é importante, pois, conforme Tochetto, o feedback deve ter como meta um efeito positivo, acarretando melhorias no modo de fazer determinada tarefa ou até mesmo mudanças drásticas no jeito de realizá-la, tornando o processo inovador.

A psicóloga ressalta ainda como muito importante para que o feedback seja efetivo, o exemplo dado por quem avalia.  Conforme Tochetto, o modo como a pessoa age, o que ela faz, quem ela é, inspira os demais, criando um efeito cascata de bons hábitos e boas relações. “Comece inspirando o ambiente através do seu comportamento e o processo de mudança será mais fácil de ser aplicado”, diz.

A melhor maneira de receber o feedback
O termo feedback causa pânico em muitos, que associam a palavra a algo danoso. Afinal, as pessoas buscam por aprovação e reconhecimento, não querem errar e, na iminência de um julgamento, acabam se cobrando demais.

Contudo, de acordo com Tochetto, em algum momento o feedback passará pela vida das pessoas, que precisam estar preparadas para recebê-lo, sem ficar presas aos sentimentos de medo e rejeição, tornando, dessa forma, o processo especial e desafiador. Nesse sentido, a psicóloga oferece algumas dicas para que as pessoas, principalmente em ambientes profissionais, recebam o feedback da melhor maneira possível.

Faça uma autoavaliação – analise seus pontos fortes e os pontos que precisam ser melhorados. “Observe o ambiente e perceba o que mais ele necessita além do que você já está entregando”, diz Tochetto.

Reflita sobre as suas metas – pense a respeito do seus objetivos, do lugar onde você deseja chegar. “Isso irá ajudá-lo a ter clareza sobre seu desempenho profissional e seu trabalho em equipe”, destaca a psicóloga.

Não se justifique – permita-se ouvir. Perceba o que está sentindo enquanto recebe o feedback e entenda como essas emoções influenciam a sua entrega no dia a dia.

Reflita sobre o que foi dito – não é necessário solucionar as novas questões imediatamente. É preciso apenas perceber o que mudou ao redor e agarrar a oportunidade de fazer de uma maneira mais eficiente e eficaz. “Por isso, pense bem sobre o que foi dito, tornando-se responsável sobre tudo que é impactado por você no ambiente”, conclui Tochetto.

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