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quinta-feira, 4 de abril de 2019

Dengue tem aumento de 264% de casos nas 11 primeiras semanas de 2019

De acordo com um balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, houve um aumento, nas 11 primeiras semanas de 2019, de 264% de casos de dengue no Brasil, o equivalente a 229.064 ocorrências, se comparado ao mesmo período em 2018, que contou com cerca de 62.900 infectados.

O contagio é feito pela picada do mosquito adulto Aedes Aegypti, conhecido também por transmitir a zika, a chikungunya e a febre amarela. A melhor maneira de acabar com a doença é exterminar o local dos criadouros. De acordo com o Ministério da Saúde, 80% deles são encontrados nos quintais ou dentro das casas. O que muita gente não sabe é que a larva do mosquito pode se desenvolver em água limpa ou suja, basta estar parada.

Fique atento ao menor sinal dos seguintes sintomas: dores musculares, atrás dos olhos, costas, abdômen, ossos, dor forte das articulações, febre alta, fadiga, perda de apetite, tremor, suor, além de dores de cabeça, manchas avermelhadas e náuseas. Para indivíduos que são infectados pela segunda vez, a doença pode se tornar mais grave, apresentando hemorragia intensa, que pode ser fatal. Portanto, nunca tome remédio por conta própria. Procure sempre um médico que deverá realizar o diagnóstico, que normalmente requer exames laboratoriais de rotina e sorologias específicas. O tratamento para a dengue se baseia em casos clássicos sintomáticos e para os mais graves é necessária internação hospitalar.

Além disso, existem inúmeras informações sobre o mosquito e o que precisamos ressaltar é que:

·         Os ovos sobrevivem por até um ano, onde foram depositados, mesmos sem contato com a água;
·         A fêmea do mosquito consegue botar de 150 a 200 ovos de uma só vez;
·         Apenas a fêmea é que transmite a dengue;
·         O horário de maior atividade do mosquito é no começo da manhã e fim da tarde;
·         A incidência de picadas é no período do verão, porém deve-se ter cuidado o ano todo, já que o mosquito gosta de qualquer lugar quente e húmido.

Já existem no mercado alguns repelentes com substâncias como DEET, icaridina e picaridina que são eficazes contra a picada do mosquito. Mas, somente os cuidados com o ambiente podem diminuir e até acabar com a doença. Por isso, algumas medidas devem ser tomadas, como manter tampado qualquer tipo de recipiente que possa acumular água, remover galhos e folhas que possam formar poças d´água, encher com areia os pratinhos dos vasos de flores e plantas, manter sempre garrafas, latas e baldes com a boca para baixo, armazenar pneus longe da chuva, entre outros.






Dr. Marcos Antônio Cyrillo - diretor clínico e infectologista do Hospital IGESP


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