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sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Cirurgiões explicam o que são e como funcionam as ostomias


Hoje é celebrado o Dia dos Ostomizados e informações são fundamentais para que os pacientes tenham uma vida normal


Hoje, 16 de novembro, é celebrado o Dia dos Ostomizados. A data, que tem como objetivo difundir informações sobre o assunto, deve ganhar ainda mais repercussão porque, neste ano, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) também foi ostomizado, após o atentado a faca que sofreu em Juiz de Fora (MG), durante a campanha. O procedimento, que causa uma série de mudanças ao paciente, é fundamental para salvar vidas e pode ser usado em diversas situações.

De acordo com o cirurgião Bruno Pereira, CEO do Grupo Surgical, especialista em atendimento cirúrgico de urgência e emergência, existem três tipos de ostomias: a colostomia, que faz uma comunicação entre o cólon e o exterior, para a coleta de fezes; a ileostomia, que faz o mesmo tipo de comunicação, mas com o íleo (a parte final e mais larga do intestino delgado), a fim de coletar as fezes mais líquidas; e as urostomias (nefrostomias, ureterostomias e cistostomias), para a coleta da urina. Em todas elas, é acoplada uma bolsa externa, fixada em uma abertura chamada ostoma (ou estoma), para onde vão as fezes ou a urina.

 “O ostoma é uma ligação do intestino ou das vias urinárias com o meio externo através da parede abdominal. Eles podem ser decorrentes de câncer, má formação congênita ou traumatismos, como é o caso do presidente eleito”, explica Pereira. “O paciente pode ser ostomizado de forma permanente ou temporária”, completa o cirurgião. Segundo o cirurgião Rafael Ruano, também do Grupo Surgical, as ostomias temporárias podem ser utilizadas para casos de pós-operatório com certa regularidade e aumentam as chances de sucesso do procedimento, quando indicadas.

As informações sobre esses procedimentos são fundamentais para reduzir o preconceito e para que os ostomizados possam ter uma vida normal. “Os pacientes podem ficar meses ou até a vida toda nessa condição. Então, ele precisa ter uma qualidade de vida para que possa conviver bem com amigos, familiares e no trabalho”, destaca Pereira. “Será necessário fazer uma adaptação, mas, depois, o paciente vai retomando a sua rotina e, com as devidas orientações médicas e nutricionais, pode ter uma vida normal”, comenta.

No caso da colostomia ou da ileostomia temporárias, a reversão é feita através de uma cirurgia, em que é realizada a união do intestino que está para fora do corpo com o que está dentro. “O tempo que vai durar a colostomia varia conforme o problema do paciente, que deve ser acompanhado de perto por sua equipe médica. Algumas horas após a reversão, ele já começa a evacuar normalmente”, explica o cirurgião.




Sobre o Grupo Surgical

O Grupo Surgical é especialista em cirurgias de urgências e emergências e atua em oito hospitais de Campinas e Região. Criado para suprir uma deficiência encontrada nos serviços de saúde, o Grupo Surgical implantou marcadores internos, controle de resultados e padronizou o atendimento a emergências cirúrgicas em suas diferentes apresentações. Pelo trabalho que oferece, o Surgical recebeu, neste ano, duas cerificações da América Latina Certificações: a ISO 9001 e a OHSAS 18001. 

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