Especialistas da UL fala sobre pesquisas da empresa para diminuir
perigos ao carregar a bateria do aparelho
Cigarros eletrônicos funcionam a bateria e simulam
a experiência tradicional de um cigarro comum, mas sem que o usuário trague a
fumaça. Eles se tornaram populares nos últimos dez anos, depois de um período
intenso de campanhas antitabagistas. No mercado americano, por exemplo, desde
2007, o número de fumantes de cigarros eletrônicos chegou a 2,7 milhões. Em
2016, as vendas anuais deste tipo de aparelho chegaram a US$ 2,5 bilhões nos
EUA e devem atingir a marca de US$ 50 bilhões globalmente, em 2025.
Conforme a demanda por cigarros eletrônicos
aumenta, também cresce a preocupação com a segurança. Reportagens atuais sobre
o superaquecimento dos aparelhos e até mesmo a ocorrência de mini-incêndios
fizeram com que a questão sobre a segurança dos cigarros que fazem menos mal à
saúde viesse à tona.
"Historicamente a UL tem se mantido distante
de questões relacionadas a tabaco por razões de saúde e conflito com sua
missão. Mas, dado o grande número de acidentes e ferimentos causados por
cigarros eletrônicos, revisamos nosso envolvimento com a questão", explica
Michael Sakamoto, gerente sênior de desenvolvimento de negócios na UL.
"Nós somos especialistas em baterias e seus
sistemas", diz José Junior, Gerente de Operações da UL Brasil. "Por
mais de uma década, a UL dedicou uma equipe inteira à pesquisa de questões que
afetem a segurança de baterias de íon-lítio e, assim, ajuda fabricantes a
compreender como reduzir riscos de acidentes é fundamental. Sabendo que a maior
parte dos acidentes com cigarros eletrônicos aconteceram enquanto a bateria
carregava, nos sentimos instados a ajudar com esta questão relevante",
completa.
Embora cigarros eletrônicos não sejam regulados no
Brasil, a UL recentemente publicou uma norma global para ajudar a indústria a
controlar a qualidade de seus produtos. É a norma "ANSI UL 8139: 2018
Sistemas Eletrônicos de Cigarros Eletrônicos e Aparelhos a Vapor". O desenvolvimento
da UL 8139 também engloba preocupações específicas com fogo levantadas por
oficiais norte-americanos.
"Produtos relacionados aos cigarros
eletrônicos, como substâncias vaporizantes e outras, bem como seus efeitos
sobre o corpo e a mente a longo prazo não estão dentro do escopo de atuação da
UL", diz José Junior.
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