Saiba mais sobre as propriedades
nutricionais destes produtos e conheça alguns mitos e verdades em relação ao
seu consumo
O
interesse por alimentos integrais vem aumentando à medida que as pessoas
procuram adotar hábitos de vida mais saudáveis. O que pouco se fala é que além
de ricos em fibras, estes produtos também se destacam por serem fontes de
outros nutrientes que estão diretamente relacionados aos cuidados e à
manutenção da saúde.
Marcela
Tardioli, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de
Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI),
explica que por conservarem a totalidade do cereal – que não passou pelo
processo de refinamento – esses alimentos apresentam maior quantidade de
proteínas, vitaminas e minerais, que se concentram na casca e no gérmen do grão.
Por
ser um tema bastante procurado nos dias de hoje, a nutricionista lista os
principais mitos e verdades sobre o assunto. Confira:
Alimentos
integrais possuem apenas maior quantidade de fibras e proteínas?
MITO!
Além das fibras e proteínas, esses alimentos apresentam maior quantidade de
vitaminas e minerais. Temos como exemplos as vitaminas dos complexos B e E, que
ajudam nos processos de metabolismo do organismo, contribuem para o bom
funcionamento do cérebro, melhoram a saúde da pele e do cabelo e atuam como
antioxidante na diminuição de radicais livres, retardando o envelhecimento
precoce das células. Além disso, encontramos neles alguns minerais, como o
zinco, que colabora com o bom funcionamento de neurotransmissores que se
comunicam com o corpo e também combate os radicais livres, e o manganês, que
auxilia no crescimento e na metabolização de carboidratos, proteínas e
gorduras.
As
chamadas "gorduras boas" fazem parte da composição nutricional de
alimentos integrais?
VERDADE!
Estes produtos
contêm boas quantidades das chamadas gorduras boas, como ômegas 3 e 6. Elas
ajudam na manutenção dos níveis de colesterol no sangue, favorecendo a saúde do
coração e podem auxiliar na diminuição de risco de desenvolvimento de doenças
cardiovasculares.
Os
integrais podem ajudar na prevenção de algumas doenças.
VERDADE!
As fibras favorecem o controle dos níveis de gordura no sangue e contribuem
positivamente para melhores níveis glicêmicos, principalmente após as
refeições. Dessa forma, os alimentos integrais podem contribuir para redução do
risco de doenças do coração e de diabetes, quando inseridos em uma dieta
balanceada aliada a hábitos saudáveis de vida. Além disso, uma pesquisa recente
mostrou que manter uma alimentação rica em cereais integrais pode aumentar a
longevidade. O estudo realizado pelo periódico científico Circulation mostrou que
o consumo de uma porção diária de 16g de grãos integrais reduz em 7% o risco de
morte em geral, em 9% a probabilidade de morte por doença cardíaca e em 5% por
câncer.
Alimentos
integrais emagrecem.
MITO!
A quantidade de calorias destes produtos não necessariamente é menor, quando
comparados aos refinados.
Os
integrais podem auxiliar no controle (manutenção) do peso corporal por
promoverem maior saciedade e retardarem a sensação de fome. Mas isoladamente
não são suficientes para provocar emagrecimento.
Integrais
são recomendados para pessoas que têm pressão alta.
VERDADE!
Hoje, a dieta DASH (sigla do inglês que significa, em livre tradução,
Abordagens Dietéticas para Parar a Hipertensão) é indicada no tratamento de
pacientes com pressão alta, por estimular, principalmente, o consumo de
verduras, legumes, leguminosas e cereais integrais, devido à alta quantidade de
fibras, vitaminas e minerais presentes nesses alimentos.
Alimentos
integrais não podem ser consumidos por diabéticos.
MITO!
Os diabéticos podem incluí-los no cardápio diário sim. As fibras presentes nos
produtos proporcionam uma absorção de glicose mais lenta, favorecendo o
controle das taxas de açúcar no sangue e reduzindo a sensibilidade à insulina.
Vale lembrar que é sempre importante o diabético ter um controle nutricional
com acompanhamento médico.
Os
alimentos integrais contêm fitoquímicos.
VERDADE!
Estes produtos contêm elementos químicos em sua composição encontrados em
frutas, verduras, leguminosas, grãos, entre outros. Os fitoquímicos têm ação
antioxidante, que auxiliam na diminuição do dano oxidativo e podem ajudar na
redução do risco de doenças crônicas, como as do coração.
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