Estudo
trimestral da Randstad aponta queda no número de promoções no país e demonstra
que os postos de trabalho estão estagnados
Não é novidade que o brasileiro tem
enfrentado desafios com o cenário político e macroeconômico. Nos últimos anos,
o profissional viu redução na oferta de trabalho e demissões por corte de
custos das empresas se tornarem lugar comum. No entanto, não é só quem quer
encontrar um trabalho novo que está enfrentando dificuldade: quem está dentro
da empresa e luta por uma promoção também encontra um grande desafio.
A pesquisa Randstad WorkMonitor,
realizada trimestralmente pela multinacional de soluções em recursos humanos
Randstad, revelou que apenas 7% dos brasileiros receberam algum tipo de
promoção no primeiro semestre de 2017, número que representa queda de 6% em
relação ao mesmo período do ano anterior.
Em parte, a retração que se observou no
estudo se deve à crise econômica e à instabilidade política. A
incerteza vivida no último ano fez com que os empresários reduzissem ainda
mais os custos e congelassem o quadro de funcionários, gerando a queda de
promoções.
Para Sócrates Melo, gerente regional da
Randstad Professionals, o congelamento na movimentação do quadro de
funcionários é reflexo da turbulência enfrentada no último ano. “Depois de um
período de retração, como o Brasil enfrentou, as lideranças precisam de um certo
tempo para entender que o país já está melhorando. A confiança está crescendo e
a tendência é que a movimentação de cargos e salários volte a ficar aquecida”,
explica o especialista.
Prova de que essa perspectiva positiva
começa a ser observada no ambiente corporativo é a comparação entre a
movimentação dos dois primeiros trimestres do ano: enquanto no primeiro
trimestre apenas 3% dos brasileiros receberam algum tipo de promoção, o índice
cresceu para 5% no período seguinte.
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