Eles fazem parte de nossas recordações e
lembranças que sustentam os pensamentos para uma vida plena e feliz
Existem
coisas na vida que não são palpáveis. Surgem em nossa mente através das
recordações do passado. É assim quando refletimos sobre a felicidade.
Costumamos mensurar o nosso nível de satisfação em relação à vida pela
quantidade de boas lembranças que possuímos. Nesses momentos de reflexão que
recorremos às lembranças. Algumas mais vívidas não demoram em se manifestar
presentes e coloridas. E geralmente essas lembranças não são coisas materiais
que construímos, nem mesmo grandes cargos que conquistamos, e sim momentos de
felicidade partilhados com outras pessoas.
Em
um exercício singelo, fechando os olhos por poucos segundos, a imagem de um
abraço, de boas gargalhadas em grupo, de um olhar afetuoso, das mãos
entrelaçadas, de um beijo, da conexão do corpo e da mente na hora de um encontro
maior, surgem à mente rapidamente, nos fazendo suspirar, nos enchendo de
humanidade. A vida é feita a partir dos relacionamentos, e quanto maior a
excelência nesse quesito, maior é a satisfação do indivíduo em relação a sua
própria experiência de vida. Essa foi a conclusão de uma longa pesquisa
efetuada pela Universidade de Harvard que acompanhou a vida de 724 homens,
durante cerca de sete décadas, e que concluiu que os participantes que nutriram
e cultivaram boas relações durante a vida, envelheceram mais felizes e
saudáveis. A pesquisa também concluiu que no tocante aos relacionamentos, o que
vale mesmo é a qualidade e não a quantidade de relações.
Nessa
hora, aquelas relações de amizade, que dizemos ser “à prova de fogo”, são na
verdade as relações que trazem segurança e conforto, e que protegem quanto ao
envelhecimento. As relações sociais são boas para o homem, e ao contrário, a
solidão mata. Boas relações protegem o corpo e o cérebro do indivíduo. Viver em
um universo de conflitos nas relações é prejudicial à saúde humana e afeta
todas as áreas da vida.
Quando
vivenciamos um relacionamento conturbado com o nosso parceiro ou parceira,
quando não conseguimos nos entender com o nosso chefe ou colaboradores, quando
não temos êxito em nos comunicar, quando estamos repletos de sentimentos
limitantes, como a raiva, a culpa, o medo ou a tristeza por conta de um
relacionamento, as áreas da nossa vida, como o trabalho, a saúde, o sexo, o
lazer etc., são afetadas também.
A
arte da comunicação, do relacionar-se com o outro, é uma das habilidades mais
poderosas desenvolvida pelos seres humanos. A boa notícia é que muitas áreas do
desenvolvimento humano, nas últimas décadas, desenvolveram ferramentas e
recursos que podem ajudar qualquer pessoa que tenha como intenção se relacionar
melhor com outros indivíduos. Ferramentas que elevam o padrão dos
relacionamentos introduzindo recursos que auxiliam na comunicação, nas
linguagens interna e externa, na escuta, nos estados emocionais, no poder da
criação de empatia e na percepção da realidade em relação a si e ao outro.
As
relações duram a vida toda, é um exercício longo e diário, não é efêmero, não
tem apelos instantâneos como os do consumo ou dos pequenos prazeres que o
dinheiro pode oferecer. No entanto, é no ciclo das relações que criamos, que
estão guardadas as nossas mais preciosas joias, aquelas que quando fechamos os
olhos num instante, em qualquer etapa de nossa jornada, surgem fortes e
reluzentes nos dizendo da vitalidade da vida, da força do amor.
Hilda Medeiros – Transformando Realidades. Coach e
terapeuta, realiza atendimento presencial e on-line. Ministra palestras,
workshops e treinamentos em todo o Brasil - www.sucessonorelacionamento.com.br
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