De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), dois terços dos indivíduos com menos de 50 anos de idade no mundo são
afetados pelo vírus do Herpes Simples tipo 1, que causa a herpes labial e, em
alguns casos, até a herpes genital. “Esse vírus manifesta-se, geralmente, por
meio de pequenas vesículas (bolhas), vermelhidão local, ardor e formigamento”,
explica a infectologista do Hospital e Maternidade São Cristóvão, Dra. Andreia
Maruzo Perejão.
O vírus do Herpes tipo 1, normalmente, está
associado a herpes labial e o vírus do herpes tipo 2 a herpes genital. No
entanto, os dois tipos podem aparecer em qualquer parte do corpo, caso o vírus
seja espalhado por contato. Por isso, a infectologista recomenda sempre lavar
as mãos ao encostar em alguma das vesículas. “O meio de contração do vírus é
por contato, seja por via sexual ou por contato com a secreção das bolhas
quando os sintomas estão ativos. Porém, é possível transmiti-lo mesmo sem a
lesão ativa”, adverte.
Conforme a médica, o tempo de incubação do
vírus (quando é contraído até a aparição dos primeiros sintomas) é de duas a
três semanas. Contudo, se o sistema imunológico do indivíduo afetado
estiver em bom funcionamento, o vírus pode ficar adormecido por mais tempo, sem
provocar lesões. Algumas situações que podem afetar a imunidade e fazer com que
a doença se manifeste são o estresse, a exposição prolongada ao Sol e o período
menstrual.
O
Herpes Simples é diagnosticado por meio de observação clínica ou exame de sangue
sorológico e costuma desaparecer sozinho entre sete a dez dias. “Não existe
vacina contra este vírus, mas há tratamento com medicações antivirais”, comenta
Dra. Andreia. Ela alerta que, apesar de ser uma doença comum em grande parte da
população e sem gravidade, se não trata-la pode levar a complicações de saúde
mais sérias, por exemplo uma infecção na região dos olhos ou no sistema nervoso
central, devido à proliferação do vírus. Também pode apresentar riscos caso a
pessoa seja portadora de algum mal que enfraquece o sistema imunológico, como
câncer e AIDS.
Para prevenir o contágio, aqueles que tiverem
herpes genital devem evitar relações sexuais enquanto as lesões estiverem
ativas e, em caso de gestante, é recomendada a realização de uma cesariana para
não infectar o recém-nascido. Caso a grávida contraia o vírus no terceiro
trimestre de gestação, não há tempo suficiente para produzir anticorpos,
podendo até gerar má-formação do feto, por isso a importância da prevenção.
“Pessoas com o vírus ativo precisam evitar contato com quem apresenta imunidade
mais debilitada, como bebês, crianças, idosos e gestantes”, finaliza a
infectologista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário