Para Carlos Molinari, essa é a consequência
mais danosa do sistema, criando incentivos para a manutenção de partidos
bancados pelo dinheiro do pagador de impostos, que servem tão somente como
legenda de aluguel para construção de alianças mediante barganha
Composto na sua quase totalidade do dinheiro de recursos públicos,
ou seja, do pagador de impostos, o Fundo Partidário ganha força nestas eleições
municipais, especialmente com o fim das doações de empresas. E o valor não é
pouco para financiar campanhas eleitorais. O orçamento da União de 2016 garante
R$ 819 milhões para as legendas.
"Em um país com as contas no vermelho e com um custo de vida
cada vez mais alto, é justo retirar tamanho volume de dinheiro do bolso do
cidadão para custeio das estruturas partidárias?", questiona o presidente
estadual do Partido Novo, Carlos Molinari, um crítico desse sistema de
financiamento.
Para ele e para o Partido que representa no Rio Grande do Sul, a
consequência mais danosa do fundo partidário é alimentar um sistema parasita.
"Criam-se incentivos para a manutenção de partidos bancados pelo dinheiro do
pagador de impostos, e não de seus apoiadores voluntários, que servem tão
somente como legenda de aluguel para construção de alianças mediante
barganha", avalia.
O Novo acredita que o tema é pouco explorado e debatido pela sociedade. É por isso que o partido está nas ruas de Porto Alegre para apresentar a pauta e coletar assinaturas para apresentar Projeto de Lei de Iniciativa Popular para alteração da Lei 9.096/95, incluindo-se inciso V no art. 31, para que fique expressa a vedação aos partidos do recebimento de repasses financeiros por meio de dotações orçamentárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como revogando-se o inciso IV do artigo 38, o parágrafo primeiro do artigo 40 e o inciso VI do artigo 44, excluindo as dotações orçamentárias das fontes de custeio do Fundo Partidário.
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