De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 10% das
crianças em idade escolar apresentam algum tipo de deficiência visual. Tal
estimativa pode comprometer o desenvolvimento e compreensão do conteúdo passado
nas salas de aula – fato comprovado em pesquisa realizada pelo Instituo Penido
Burnier, cujo resultado atesta que, entre três e oito anos de idade, 57% dos
que apresentam visão alterada mostram-se desatentas, agitadas e com
dificuldades para aprender.
Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), informa que os projetos Olho no Olho e Visão do Futuro realizam exames oftalmológicos nos que cursam o primeiro ano do ensino fundamental, no qual média etária é de sete anos. “O governo consegue realizar a ação facilmente nas escolas, todavia, aos sete anos o desenvolvimento visual está próximo de sua conclusão e pouco se conseguirá no tratamento da ambliopia”.
Desta forma, o pediatra, em contato com a família desde os primeiros anos de vida, é o principal parceiro do oftalmologista na prevenção da cegueira infantil.
Para que haja desenvolvimento normal da visão, são necessárias boas condições anatômicas e fisiológicas. Qualquer obstáculo à formação de imagem nítida, estrabismo ou anisometropia (diferença entre os erros refrativos dos olhos maior do que três graus) pode levar a um mau desenvolvimento visual; que chamamos de ambliopia e se tornará irreversível se não tratado em tempo hábil.
Um dos principais erros dos pais é não analisar periodicamente os olhos dos filhos. Além das doenças congênitas que acarretam cegueira quando não tratada, como toxoplasmose, catarata e glaucoma, existem três tipos de erros de refração que podem surgir nesta fase da vida: hipermetropia, miopia e astigmatismo.
“O olho apresenta duas lentes – o cristalino e a córnea –, que devem em conjunto focalizar a imagem na retina. A nitidez da imagem vai depender do poder de convergência de ambas as lentes, bem como o tamanho do olho. Quando um erro de refração está presente, a luz que entrar no olho não formará uma imagem na retina”, explica a especialista.
O tratamento deste problema é feito por meio do uso de óculos de grau, mediante recomendação do médico. “Pode parecer incrível, mas a falta de óculos é uma causa de baixa acuidade visual importante no Brasil e no mundo”, conta.
A prevenção deste e de todos os problemas oftalmológicos deve começar ainda no pré-natal, a fim de evitar infecções congênitas. A criança apresenta três fases críticas no desenvolvimento visual e cada uma deve ser analisada respeitando sua particularidade.
“Os três primeiros meses de vida é considerado o período crítico do desenvolvimento visual. Entre os dois e três anos, a criança atinge a visão do adulto, desde que nada impeça seu desenvolvimento. Por fim, dos sete aos nove anos ainda é possível tratar a ambliopia (olho preguiçoso), mas é muito mais difícil se tratada nos primeiros anos de vida”, aponta Graziano.
O teste do reflexo vermelho incorporado ao exame do recém-nascido permitirá o diagnóstico precoce de patologias como a catarata congênita e o glaucoma congênito, que tratados antes do período crítico têm resultados visuais muito melhores.
Dra. Rosa Maria afirma, todavia, que não existe consenso de quando a criança deve ser avaliada. Desta forma, recomenda o exame no berçário; entre os seis e doze meses e seguir anualmente até os quatro anos; após este período, permanecer averiguando anualmente ou bianualmente. “O pediatra é fundamental para o encaminhamento das crianças ao exame oftalmológico preventivo”.
Nos recém-nascidos o exame oftalmológico deve ser feito ainda no berçário em casos específicos, como lista a presidente do Departamento de Oftalmologia da SPSP: “Quando nasceram prematuramente e/ou receberam oxigênio por muitos dias; filhos de mães que tiveram infecções como rubéola, toxoplasmose, AIDS e citomegalovirose na gestação; sofreram trauma de parto; apresentaram olhos vermelho e/ou com secreção purulenta; ‘pupila branca’; olhos grandes; córneas opacas; lacrimejamento constante; fotofobia; e os que parentes, ainda crianças, tiveram retinoblastoma (tumor das células da retina que pode ter transmissão genética)”.
Rosa Maria Graziano, presidente do Departamento de Oftalmologia da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), informa que os projetos Olho no Olho e Visão do Futuro realizam exames oftalmológicos nos que cursam o primeiro ano do ensino fundamental, no qual média etária é de sete anos. “O governo consegue realizar a ação facilmente nas escolas, todavia, aos sete anos o desenvolvimento visual está próximo de sua conclusão e pouco se conseguirá no tratamento da ambliopia”.
Desta forma, o pediatra, em contato com a família desde os primeiros anos de vida, é o principal parceiro do oftalmologista na prevenção da cegueira infantil.
Para que haja desenvolvimento normal da visão, são necessárias boas condições anatômicas e fisiológicas. Qualquer obstáculo à formação de imagem nítida, estrabismo ou anisometropia (diferença entre os erros refrativos dos olhos maior do que três graus) pode levar a um mau desenvolvimento visual; que chamamos de ambliopia e se tornará irreversível se não tratado em tempo hábil.
Um dos principais erros dos pais é não analisar periodicamente os olhos dos filhos. Além das doenças congênitas que acarretam cegueira quando não tratada, como toxoplasmose, catarata e glaucoma, existem três tipos de erros de refração que podem surgir nesta fase da vida: hipermetropia, miopia e astigmatismo.
“O olho apresenta duas lentes – o cristalino e a córnea –, que devem em conjunto focalizar a imagem na retina. A nitidez da imagem vai depender do poder de convergência de ambas as lentes, bem como o tamanho do olho. Quando um erro de refração está presente, a luz que entrar no olho não formará uma imagem na retina”, explica a especialista.
O tratamento deste problema é feito por meio do uso de óculos de grau, mediante recomendação do médico. “Pode parecer incrível, mas a falta de óculos é uma causa de baixa acuidade visual importante no Brasil e no mundo”, conta.
A prevenção deste e de todos os problemas oftalmológicos deve começar ainda no pré-natal, a fim de evitar infecções congênitas. A criança apresenta três fases críticas no desenvolvimento visual e cada uma deve ser analisada respeitando sua particularidade.
“Os três primeiros meses de vida é considerado o período crítico do desenvolvimento visual. Entre os dois e três anos, a criança atinge a visão do adulto, desde que nada impeça seu desenvolvimento. Por fim, dos sete aos nove anos ainda é possível tratar a ambliopia (olho preguiçoso), mas é muito mais difícil se tratada nos primeiros anos de vida”, aponta Graziano.
O teste do reflexo vermelho incorporado ao exame do recém-nascido permitirá o diagnóstico precoce de patologias como a catarata congênita e o glaucoma congênito, que tratados antes do período crítico têm resultados visuais muito melhores.
Dra. Rosa Maria afirma, todavia, que não existe consenso de quando a criança deve ser avaliada. Desta forma, recomenda o exame no berçário; entre os seis e doze meses e seguir anualmente até os quatro anos; após este período, permanecer averiguando anualmente ou bianualmente. “O pediatra é fundamental para o encaminhamento das crianças ao exame oftalmológico preventivo”.
Nos recém-nascidos o exame oftalmológico deve ser feito ainda no berçário em casos específicos, como lista a presidente do Departamento de Oftalmologia da SPSP: “Quando nasceram prematuramente e/ou receberam oxigênio por muitos dias; filhos de mães que tiveram infecções como rubéola, toxoplasmose, AIDS e citomegalovirose na gestação; sofreram trauma de parto; apresentaram olhos vermelho e/ou com secreção purulenta; ‘pupila branca’; olhos grandes; córneas opacas; lacrimejamento constante; fotofobia; e os que parentes, ainda crianças, tiveram retinoblastoma (tumor das células da retina que pode ter transmissão genética)”.
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