No Dia Mundia da Doença de Alzheimer,
que acontece em 21 de setembro, todos os esforços se voltam para aumentar o
conhecimento e desmitificar a maior causa de demência no mundo. Estimam-se
em 47 milhões os indivíduos acometidos por quadro demencial. A projeção mundial
da Alzheimer’s Disease International é de que em 2050 este número venha
a triplicar.
De acordo com
o presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), José
Elias Soares Pinheiro, o termo demência é aplicado para descrever um transtorno
caracterizado por comprometimento de duas área da cognição com repercussão na
capacidade funcional do indivíduo. A memória é a área da cognição que, quando
comprometida, mais comoção causa aos familiares e é o motivo da decisão de
procurarem atendimento profissional.
O preconceito é global e quanto mais
se falar sobre a doença, postando seus casos, dificuldades, erros e acertos,
menos estigmas existirão sobre essa devastadora enfermidade.
Diante da importância de se quebrar
estigmas, neste ano de 2016, a Alzheimer’s Disease International
escolheu o tema “REMEMBER ME”. A SBGG apoia a iniciativa e convida todos a
utilizarem os hashtags #RememberMe#WAM2016 e compartilhe uma
memória significativa de sua vida ou de um ente querido, neste mês de setembro,
em mídias sociais. Acesse o site oficial do movimento: http://www.worldalzmonth.org/en
A SBGG iniciou na manhã desta
quarta-feira por meio de sua rede social facebook esta campanha virtual: http://bit.ly/2cKbV5q
Afinal, toda demência é Alzheimer?
Nem todo paciente que
esquece é portador de demência e nem toda demência é Alzheimer. É o que explica
o médico geriatra e membro da SBGG, Ulisses Cunha. Segundo ele, as falhas na
memória constituem a queixa cognitiva mais comum em
idosos. Aproximadamente 50% destes, queixam-se de dificuldades em lembrar
nomes, palavras e número de telefones. “No entanto, a grande maioria, não
apresenta uma doença primária da memória, ou seja, uma demência”, esclarece o
geriatra.
Vários fatores podem
influenciar na memória, como a visão, a audição, a atenção, a concentração, a
motivação, o humor, a cultura e as aptidões natas como a facilidade que cada um
tem para lembrar-se de rostos, nomes, etc. Uma integração adequada de todos
estes fatores, se faz necessária para uma boa memória.
As queixas mais comuns de
perda de memória em idosos podem ser explicadas pelo:
– Envelhecimento normal, onde a memória não ocasiona prejuízo importante para o paciente, sem
interferir com uma vida independente e autônoma.
– Uso de medicamentos, particularmente aqueles que atuam no sistema nervoso central como os tranquilizantes, os soníferos, antidepressivos, drogas para vertigem, entre outros.
– Doenças clinicas como os distúrbios da tireoide, da paratireoide, diminuição da vitamina B12, diminuição do sódio, etc.
– Doenças neurológicas como a doença de Parkinson, o acidente vascular cerebral.
– Doenças psiquiátricas como a depressão e o transtorno crônico da ansiedade.
O curso, o prognóstico e o tratamento destes diferentes tipos de
demência podem ser distintos. Assim, nem todo paciente que esquece é portador de
demência e nem toda demência é Alzheimer. Cabe ao
profissional médico fazer esta distinção e orientar no tratamento.
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