O melasma é uma doença que se
apresenta em forma de manchas acastanhadas, como uma placa, que acomete pessoas
predispostas geneticamente, geralmente as mulheres. As lesões surgem
especialmente no rosto, mas o melasma pode surgir em outras regiões como
queixo, testa, bochechas, além de colo e braços. Elas ocorrem quando os
melanócitos (células que dão cor à pele) são estimulados por algum fator que
possa induzir a produção excessiva de melanina, causando uma desordem pigmentar
e que se intensifica com a exposição aos raios UVA e UVB, informa o
dermatologista Cristiano Kakihara.
Os fatores desencadeadores do
melasma podem ser:
- gestação;
- uso de alguns medicamentos, como anticoncepcionais;
- exposição a vapor de líquidos quentes, como do chuveiro e de panela;
- estresse;
- doenças auto-imunes;
- doenças endocrinológicas;
- alergias cutâneas a medicamentos e cosméticos.
São vários os tipos de
tratamentos para o melasma, mas a indicação deve ser feita por um especialista,
após avaliação do paciente. Alguns deles são:
- uso de produtos tópicos, contendo substâncias como hidroquinona, ácidos lático, kójico, fítico, alpha-arbutin, beta-arbutin, tretinoína, ácido glicólico, soja, nicotinamida etc;
- peelings químicos;
- peelings físicos;
- LASERs.
Estes tratamentos atuam em várias
cascatas da doença: ação antioxidante sobre as manchas; dispersão da melanina;
diminuição da produção da mesma; destruição do pigmento acastanhado e
facilitação para as células terminarem o processo de “limpeza”; redução da
inflamação local; aceleração da renovação das células.
Os tratamentos podem melhorar
muito as manchas, minimizando o tamanho das lesões e o grau de pigmentação, mas
a doença não tem cura. O efeito do tratamento só se mantém evitando os fatores
desencadeantes, do contrário as manchas voltam. Por isso, como medida principal,
se pudéssemos eleger seria a proteção solar, que deve ser exaustivamente
estimulada para quem tem melasma, e não se restringir ao verão e ao sair de
casa.
O ideal é prevenir com o uso do
protetor solar, que deve ser de mínimo 30. Use-o mesmo nos dias nublados, em
casa no trabalho e nos passeios, além de usar chapéu, boné, tomar sol nos
horários de menor nível de radiação, usar guarda-sol e sombrinha, dependendo da
ocasião.
Em qualquer sinal de anormalidade
na sua pele consulte sempre um médico especialista para uma avaliação e o mesmo
indicará o melhor tipo de tratamento.
Dr.
Cristiano Kakihara | CREMESP:
113216 | RQE (SP): 28270 | Membro Titular da Sociedade Brasileira de
Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica
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