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segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Região portuária de Santos, uma nova Beirute?

Há pouco mais de um ano uma violenta explosão em um depósito de nitrato de amônio destruiu parte de Beirute e matou centenas de pessoas. As imagens da tragédia correram o mundo e alertaram para os efeitos da negligência na manutenção e no trato das questões portuárias. Infelizmente, as autoridades brasileiras parecem não ter aprendido com o lamentável episódio na bela capital libanesa. 

Nosso maior porto, o de Santos, concentra em sua operação e ao redor uma série de perigos à segurança da população, sem que haja ao menos uma iniciativa oficial para evitar um acidente que, diante do histórico de ocorrências na região, não seria nenhuma surpresa. Basta lembrar dos incêndios da Alemoa (2015), da Localfrio (2016) e da Ilha Barnabé (2017), todos com falta de fiscalização na origem dos eventos. 

A exemplo de Beirute, a manipulação de nitrato de amônio acontece também no porto de Santos, e já está sendo alvo de representações como a da OAB local. As cenas de agosto do ano passado no porto libanês não deixam dúvidas sobre o potencial de destruição desse material. 

O nitrato de amônio não é normalmente explosivo, mas trata-se de um poderoso oxidante e, como tal, concentra energia suficiente para desencadear reações em cadeia ao entrar em contato com materiais orgânicos como óleo diesel, açúcar, farinha, madeira ou, ainda pior, combustíveis como o querosene. Essa substância é passível de explosão sob temperaturas acima de 210°C, produzindo óxidos de nitrogênio altamente tóxicos. 

O incentivo à operação de granéis, inclusive as temerárias matérias-primas para fertilizantes, em área densamente povoada – pelo menos 50 mil pessoas vivem ou trabalham ao redor do porto – e tendo como entorno uma região de rico patrimônio ambiental, é altamente preocupante. 

Uma oportunidade de encontrar soluções para a manipulação desse e de outros materiais no porto de Santos foi desperdiçada com a aprovação de um novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) para a região. Após mais de 15 anos de discussões intermináveis, o Ministério da Infraestrutura não conseguiu alcançar o que se esperava com o novo PDZ: um melhor planejamento do maior e mais importante aparelho portuário do país. 

A Portaria nº 1.620 do Minfra é decepcionante como instrumento de política pública. Da forma como está, ela não permitirá avanços nos próximos 20 anos. Trata-se da concretização de um plano para elevar a capacidade do complexo santista em aproximadamente 50% até 2040, atingindo 240,6 milhões de toneladas, crescimento esse fundamental para a economia nacional. 

Porém, o referido documento não propõe mudanças significativas para a região, muito menos evita o risco das cargas perigosas. O PDZ valoriza clusters e elimina a movimentação pouco poluente de pequenos pátios de contêineres. Privilegiou-se a produtividade, em detrimento da segurança. 

Outro aspecto preocupante é a ausência de medidas concretas para o tráfego ferroviário nas duas margens do porto. No tocante a essa atividade estratégica e à integração entre porto e ferrovias, assim como em outros aspectos do PDZ, não se vislumbra qualquer avanço rumo à tão aguardada modernização. 

Salta aos olhos, em uma análise preliminar, o fato de que o Plano ainda não enfrentou questões fundamentais sobre os efetivos impactos negativos no cais de Outerinhos, especialmente do projeto de construção da chamada “pera ferroviária” e a implantação de viaduto, que deve compatibilizar as operações retroportuárias na região, inclusive com a previsão do túnel que ligará as duas margens do porto. De maneira geral, prevalece no documento os interesses particulares de operadores e não do conjunto de players econômicos. 

O plano de responsabilidade da Administração Portuária simplesmente cumpre um processo burocrático, ao ser aprovado, como se sucedeu, pelo Conselho de Autoridade Portuária. Ele deveria ter sido muito melhor trabalhado, e não apenas chancelar de forma integral um texto final aprovado com problemas evidentes. 

Diante de sua importância, o Plano precisaria ter sido alvo de maior debate público, seja por meio de audiências públicas mais estruturadas e preparadas, seja de estudos mais aprofundados. Mas a sociedade civil não foi ouvida quando da elaboração do PDZ, contrariando o princípio de que os gestores públicos têm a obrigação de pensar no interesse coletivo. Os moradores de Santos, Guarujá, Cubatão e região precisam ter voz na definição do futuro do porto. 

É preciso conciliar o estímulo à atividade econômica com o interesse público de integração do porto a outros modais de transporte, princípio este respeitado nas principais instalações portuárias do mundo. 

Outros riscos, não focalizados no PDZ, poderão vir de pressões de setores que já se movimentam para trazer ao porto mais atividades e mudanças que representam risco à população local. Exemplo são as mudanças na chamada Lei do Gás, que podem afetar, por exemplo, a construção do gasoduto Subida da Serra, que interliga o terminal de GNL no Porto de Santos com a malha de distribuição da Comgás. 

Um modelo portuário que promova a integração entre porto e ferrovias de forma harmônica – e com segurança – é o que se espera do planejamento para a região portuária de Santos. 

O PDZ aprovado não apresenta nenhuma sugestão sobre como e para onde o porto deve ser expandido, nem como se dará a sua modernização. 

O porto precisa ser olhado para o futuro. Com a volta do crescimento econômico, o volume de cargas vai aumentar consideravelmente. E, com o atual PDZ, não estaremos preparados para isso. 

 


José Manoel Ferreira Gonçalves - engenheiro, presidente da Ferrofrente (Frente Nacional pela Volta das Ferrovias) e da AGUAVIVA – Ação Guarujá Viva. 


Películas para carro oferecem proteção mesmo sendo incolor

Estar em exposição à luz, seja ela natural, proveniente do sol, ou artificial, vinda de telas ou lâmpadas, faz parte do dia a dia de todo mundo. O que muitas pessoas não sabem é que a iluminação, principalmente solar, pode causar sérios danos à saúde.

Os raios UVA e UVB são dois tipos de raios ultravioletas emitidos pelo sol e que são grandes responsáveis pelas doenças de pele, como o câncer. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que a cada ano, sejam diagnosticados no Brasil 176.930 novos casos de câncer de pele.

O câncer de pele corresponde a 30% dos casos de tumores malignos registrados no Brasil, segundo o INCA. E a melhor forma de evitar o aparecimento de manchas que podem desenvolver a doença é a prevenção. O uso de produtos e barreiras, como o filtro solar devem ser usados continuamente, mesmo em dias nublados. 

Para ajudar na proteção diária, existe no mercado, um tipo de película de vidro capaz de bloquear 90% os raios infravermelhos e 99% dos raios UVA e UVB, oferecendo fator 1700 de proteção solar. “As películas de proteção solar são ótimas para quem fica muito tempo parado no trânsito ou que trabalha em uma sala iluminada pela luz natural. A tecnologia bloqueia os raios e garante que sua pele esteja protegida todos os dias, mesmo aqueles cheios de nuvens”, explica Junior Ruciretta, fundador e presidente da Multifilmes.

As películas conseguem oferecer uma proteção suficiente para cuidar da saúde dos motoristas e passageiros. E mesmo aqueles que não gostam do escurecimento dos vidros, pode ter a proteção sem perder a transparência das janelas, seja dos carros ou imóveis. “Existem películas para quem também quer privacidade e para quem deseja manter a transparecia do vidro. Desde 90% de translucidez, como 70%, 40% e o 20% de opacidade”, finaliza Junior.  

 

10 filmes e séries para entender a importância do compliance

Seleção de especialistas traz produções que mostram o que a falta de compliance pode causar em famílias, empresas, países e até no mundo inteiro


O termo compliance vem do inglês "to comply” e significa "estar em conformidade". Mas, o que isso quer dizer exatamente? Na prática, o compliance tem como objetivo proporcionar segurança e minimizar riscos de instituições e empresas. Essa prática garante o cumprimento dos atos, regimentos, normas e leis estabelecidas interna ou externamente nas organizações. A inclusão do compliance pode trazer impactos positivos e uma série de benefícios às companhias como, por exemplo, atrair profissionais que pretendem fazer investimentos em empresas sólidas sem o risco de se envolver em escândalos.

Para a analista de compliance da Tecnobank, Thais Takagi, as práticas são aplicáveis em todo o mundo. “Trata-se não apenas de imposições jurídicas de conformidade com normas internas e externas, mas também, de um aculturamento empresarial ético, válido para empresas de todos os portes e segmentos", ressalta. Segundo ela, o compliance deve estar totalmente relacionado ao negócio central da organização. “Ao adotar práticas de engajamento, a instituição se fortalece, coibindo eventuais comportamentos inadequados, que podem manchar a reputação da empresa”.

Buscando entender mais sobre o assunto e ajudar quem tem interesse, alguns dos maiores especialistas do tema no Brasil fizeram indicações de filmes e séries que mostram o compliance (ou a falta dele) na prática.


A Grande Aposta 


Lançado em janeiro de 2016, o longa é uma adaptação do livro “The Big Short”, escrito por Michael Lewis, de “Moneyball” e “Um Sonho Possível”. Com um time que reúne astros como Ryan Gosling, Christian Bale, Brad Pitt e Steve Carell, o filme retrata uma história real de um grupo de investidores que “apostou” contra os bancos em 2008 e conseguiu ganhar muito dinheiro com o estouro da crise financeira. “Um dos pontos fortes do filme é que ele consegue explicar o tema, para quem não sabe o que foi esse período, de forma bem didática”, conta a diretora de Ética e Compliance e acadêmica da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ASNP), Patricia Godoy Oliveira. Assista aqui ao trailer oficial.

 

A Lavanderia

Baseado no livro “Secrency World“, "A Lavanderia" se propõe a retratar o escândalo dos Panama Papers, um vazamento de proporções gigantescas ocorrido em 2016, cujos dados sigilosos mostraram como um escritório de advocacia no Panamá dava respaldo legal para a criação de dezenas de milhares de empresas, sendo que muitas delas eram usadas para evasão fiscal e lavagem de dinheiro. Dirigido pelo ganhador do Oscar, Steven Soderbergh (da trilogia Onze Homens e um Segredo e o espetacular Contágio, entre outros), o longa de 2019 se propõe a explicar de forma didática como o esquema fraudulento funcionou. Para isso, ele coloca os dois advogados (Gary Oldman e Antonio Banderas), cujo escritório está no centro do escândalo, para falar com o espectador, mostrando, com um sarcasmo genuíno, como funcionava o sistema formado por crédito suspeito, evasão de impostos, juros, contas offshore, sonegação e lavagem de dinheiro. Tudo mastigadinho para que até o mais leigo dos espectadores entenda, o filme é embalado por roupas espalhafatosas e boas piadas. "Com excelente direção e grandes atores, A Lavanderia mostra como essas fraudes afetam a vida das pessoas comuns e como a adoção de mecanismos mínimos de integridade poderiam evitá-las", avalia o sócio e coordenador do Núcleo de Direito Administrativo da Dotti Advogados, Francisco Zardo. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Breaking Bad


Breaking Bad é uma série americana de 2008, criada e produzida por Vince Gilligan. Ela retrata a vida do químico Walter White, um homem brilhante, mas frustrado em dar aulas para adolescentes do ensino médio enquanto lida com um filho que sofre os efeitos de uma paralisia cerebral, uma esposa grávida e dívidas intermináveis. White, então, é diagnosticado com um câncer no pulmão - o que o leva a sofrer um colapso emocional e abraçar uma vida de crimes para pagar suas dívidas hospitalares e dar uma boa vida aos seus filhos. Walter resolve produzir metanfetamina de alta pureza e acaba virando um drug lord. Amplamente considerada uma das melhores séries da história, recebeu inúmeros prêmios, incluindo dezesseis Primetime Emmy Awards, oito Satellite Awards, duas premiações do Globo de Ouro e um Prêmio Escolha Popular. Em 2014, entrou para o Livro dos Recordes como o seriado mais bem avaliado de todos os tempos pela crítica.  O termo "breaking bad" é uma gíria que significa: alguém desviou-se do caminho correto e passou a fazer coisas erradas. "É a minha série predileta dentre tudo que já assisti!", assume Patrícia Godoy. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Client 9

Documentário de 2010 sobre o escândalo de Eliot Spitzer, uma estrela em ascensão dentro do Partido Democrata, conhecido como um político de bom senso e antigo procurador-geral, em 2008, que renuncia ao cargo de governador de Nova York, com apenas um ano de mandato, devido ao seu envolvimento em um escândalo sexual. "Ele era o procurador que ficou conhecido como o “Xerife de Wall Street, e depois que já tinha sido eleito governador de New York, caiu por um escândalo envolvendo uma rede de prostituição”, discorre Patricia Godoy. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Clube de Compras Dallas

Vencedor de dois prêmios na edição de 2014 do Globo de Ouro - melhor ator para Matthew McConaughey e melhor ator coadjuvante para Jared Leto - o drama "Clube de Compras Dallas" (Dallas Buyers Club) retrata a luta de um boiadeiro do Texas que vê a sua vida descontraída, virada do avesso quando é diagnosticado com AIDS e lhe dão 30 dias de vida. Determinado a sobreviver, ele decide agir pelas suas próprias mãos, rastreando tratamentos alternativos em todo o mundo por meios legais e ilegais. "O filme trata de um caso polêmico e verídico ocorrido nos Estados Unidos em que houve ausência de integridade na conduta de grandes empresas farmacêuticas e órgãos de controle estatal na regulamentação, fiscalização e punição de um cidadão que importava ilegalmente medicamentos contra o HIV. Uma bela lição sobre a exigência do compliance em todos os setores da sociedade", considera o professor do mestrado em Direito da Universidade Positivo, Fernando Mânica. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Dirty Money - Na rota do dinheiro sujo 

É um documentário americano em formato de minissérie que aborda os grandes escândalos de corrupção corporativa nos Estados Unidos. São tratados, por exemplo, o caso de fraude no dispositivo catalisador de veículos a diesel da Volkswagen, e a ligação do HSBC com lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, no México. É uma obra original da Netflix, que lançou todos os 6 episódios de uma vez, em 2018. Os produtores executivos da minissérie incluem o documentarista Alex Gibney, já premiado com o Oscar. Cada episódio se concentra em um exemplo de corrupção corporativa e inclui entrevistas com os principais participantes de cada história. "A série traz um importante panorama das formas pelas quais a falta de mecanismos de integridade efetivos favorece práticas que prejudicam toda a coletividade", comenta a superintendente jurídica da Tecnobank, Luciana Sterzo. Segundo ela, Dirty Money mostra do que o capitalismo é capaz quando seus limites não ficam claros. Empresas fazem bilhões enquanto a população perde, muitas vezes, sem nem mesmo saber, e acabam virando apenas peças que geram lucro. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Enron: Os mais espertos da sala

É um documentário americano de 2005, escrito e dirigido por Alex Gibney e baseado no livro de Bethany McLean e Peter Elkind. Apresenta a ascensão e queda da corporação do ramo de energia e gás natural Enron, a sétima maior empresa dos Estados Unidos, envolvida em um esquema mascarado por uma fraude contábil. A falência da empresa de energia foi decretada em 2001 e deixou saldo de 20 mil desempregados e um bilhão de dólares na conta dos responsáveis pela fraude. As filmagens consultam analistas econômicos e ex-empregados, que denunciam Kenny Lay e Jeff Skilling como os cabeças do escândalo. O filme mostra também o envolvimento da empresa com a crise energética da Califórnia, decorrente da desregulamentação do sistema elétrico. "Esse documentário relata como surgiu a Lei SOX, depois dos escândalos em companhias de energia elétrica nos EUA. A empresa Arthur Andersen, na época, uma das maiores companhias globais de auditoria, também foi atingida. O enredo, baseado em fatos reais, retrata a importância da governança no mundo corporativo", ressalta a superintendente jurídica da Tecnobank, Luciana Sterzo. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Inside Job 

A diretora de Ética e Compliance e acadêmica da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), Patricia Godoy, indica ainda o "Inside Job" (Trabalho Interno), mais um filme que retrata os lados obscuros de Wall Street, conduzido pelo diretor Charles Ferguson. Narrado por Matt Damon e indicado ao Oscar como melhor documentário, ele revela verdades incômodas da pior crise já vista desde 1929. Baseado em uma extensa pesquisa e séries de entrevistas com políticos, economistas e jornalistas, o longa mostra as corrosivas relações de governantes, agentes reguladores e a Academia – e expõe também uma teia de mentiras e condutas criminosas que prejudicaram seriamente a vida de milhões de pessoas, principalmente por conta de cobiça, cinismo e farsas. Os causadores de tudo isso permanecem dando as cartas na mesa. Assista aqui ao trailer oficial.

 

Ozark

É uma série de televisão americana de drama e suspense criada por Bill Dubuque, produzida pela Media Rights Capital e lançada em 2017 na Netflix. A série é estrelada por Jason Bateman, que interpreta um planejador de finanças, e Laura Linney, que faz a sua esposa, uma dona de casa que se transforma em agente imobiliária. O personagem principal desloca a família de um subúrbio de Chicago para uma comunidade de resort de verão situada nos montes Ozark, Missouri. Após um esquema de lavagem de dinheiro fracassar, ele acaba ficando em dívida com um traficante de drogas mexicano. Indicada para 18 Emmys em 2020 e levando o prêmio de melhor atriz coadjuvante em série dramática para Julia Gardner, a produção tem 20 episódios divididos em quatro temporadas. "Usei essa série várias vezes em treinamentos de combate à lavagem de dinheiro", conta a diretora de Ética e Compliance e acadêmica da Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP), Patricia Godoy. Assista aqui ao trailer oficial.


The Corporation 

É um documentário canadense de 2003, dirigido e produzido por Mark Achbar e Jennifer Abbott, baseado em roteiro adaptado por Joel Bakan do livro "The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power" (A Corporação: a busca patológica por lucro e poder). O filme descreve o surgimento das grandes corporações como pessoas jurídicas, e discute, do ponto de vista psicológico, que, em sendo pessoas, que tipo de pessoas elas seriam. O documentário ganhou 26 prêmios, e até bons comentários do lado conservador, como da revista “The Economist”, que o chamou de “um ataque surpreendentemente racional e coerente à instituição mais importante do capitalismo”. "A obra é fundamental para que se tenha a real dimensão da magnitude dos riscos sociais que as grandes empresas adquiririam o potencial de gerar nas últimas décadas. Para quem trabalha com programas de prevenção de ilícitos em empresas, deve-se ter como premissa conhecer profundamente o contexto em que está inserido", afirma o coordenador do Núcleo Criminal na Dotti Advogados, Gustavo Scandelari. Assista aqui ao trailer oficial.


Jurisprudência do CARF elimina subjetividade na interpretação sobre tributação de benefício fiscal

Para o escritório de advocacia LG&P, decisão é importante, mas não basta. É necessário também mais assertividade no texto legislativo.

 

Em recente posicionamento, a Câmara Superior do CARF reiterou o afastamento da tributação do Imposto de Renda e CSLL sobre benefícios fiscais de ICMS, após edição de consulta da Receita Federal que defendeu a não tributação apenas a benefícios considerados como subvenção a investimentos, e não aqueles eventualmente interpretados como subsídio ao custeio de operações. A decisão do CARF, baseada na Lei Complementar nº 160, extinguiu a diferença entre uma e outra subvenção, ao endossar o posicionamento da lei, para a qual qualquer incentivo deve ser considerado auxílio a investimentos. 

“É um precedente, uma jurisprudência importante sobre um tema que sempre incomodou o empresariado, pois contribui para amenizar efeitos da interpretação subjetiva da autoridade fazendária sobre o que pode e o que não pode vir a ser um investimento empresarial”, diz Fernando Cesar Lopes Gonçales, advogado sócio e coordenador jurídico do escritório LG&P. “Temos cases de clientes que, por conta dessa subjetividade, foram autuados pelo Fisco após o preenchimento dos critérios requeridos pela lei de benefício fiscal. E isso é bastante comum”, conta. 

Segundo Gonçales, a decisão do CARF é favorável ao empresariado, que pode se sentir mais seguro ao pleitear um benefício. “Mas ela sozinha não basta. É também importante haver mais assertividade por parte do próprio texto legislativo que regulamenta o benefício, para que o empresário tenha clareza sobre o que deve cumprir para usufruir da isenção tributária. Os benefícios são atrelados a normas específicas, o que requer que o empresário seja bem criterioso na avaliação do preenchimento dos requisitos exigidos”, diz. 

Na avaliação do escritório, não raro muitas empresas ficam receosas ao pleitear e aderir a benefícios fiscais, com medo de serem autuadas lá na frente. Sobretudo companhias de médio porte, ou familiares, que não possuem um assessoramento jurídico mais bem estruturado. “O posicionamento da Câmara Superior do CARF, ao reiterar que todo incentivo deve ser compreendido como auxílio de investimento, denota um entendimento mais aberto do órgão sobre o conceito que a concessão de um benefício fiscal carrega, mas não isenta o empresário de responsabilidade. “Quando a avaliação é mais restritiva, isso acaba gerando muitos passivos às empresas. Mas cabe também ao empresariado avaliar os requisitos necessários ao benefício fiscal de forma criteriosa, sob a perspectiva do Fisco. É uma via de mão dupla”, diz o advogado.  


Estudo da Kantar revela em quais canais o consumidor prefere receber publicidade

Media Reactions 2021 traz insights com base na perspectiva de consumidores profissionais de marketing

 

Identificar os canais nos quais os consumidores estão mais abertos a receber publicidade é uma das melhores estratégias para criar campanhas de marketing efetivas e bem-sucedidas. De acordo com o estudo Media Reactions 2021, desenvolvido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria, com base na perspectiva de consumidores e especialistas da área, marcas que escolhem comunicar em ambientes com boa receptividade da audiência conseguem gerar impactos até sete vezes maiores. 

O levantamento reúne informações importantes a respeito das preferências do público no Brasil e no mundo. Globalmente, por exemplo, os canais offline ainda figuram entre os preferidos das pessoas quando o assunto é consumir publicidade. Anúncios em cinemas, eventos patrocinados, revistas, pontos de venda e jornais são os métodos favoritos.

No ambiente online, por sua vez, campanhas publicitárias são mais bem recebidas em podcasts, conteúdos produzidos por influenciadores, e-commerces, serviços de streaming de TV e mídias sociais. Além disso, o estudo identificou que TikTok, Amazon, Instagram, Google e Twitter são as plataformas nas quais o público global se sente mais à vontade para consumir propaganda. 

No Brasil a tendência não é tão diferente. Aqui, além dos eventos patrocinados e mídia impressa, a mídia exterior aparece como um dos meios mais populares entre os brasileiros. No ambiente digital, por sua vez, os conteúdos publicitários produzidos por influenciadores são os preferidos, seguidos por anúncios em podcasts e e-commerce. 

O Media Reactions 2021 também identificou alguns canais que antes apresentavam maior rejeição, mas vêm ganhando força de investimento e receptividade entre consumidores nos últimos meses. Entre eles, destacam-se os anúncios em jogos mobile e em serviços de streaming de música.

 

Local x global 

O estudo da Kantar ainda destaca dados sobre “glocalização”. A análise mostra que marcas locais trazem mais autenticidade e confiabilidade para campanhas publicitárias, enquanto os canais globais são reconhecidos pela consistência e pela ampla capacidade de segmentação. 

As marcas locais ou versões localizadas de marcas globais, são as que mais despontam como melhores ambientes de publicidade ao redor do mundo (elas representam 16 dos 23 mercados mundiais analisados). Já no Brasil, a empresa preferida pelo público é global: Amazon. Nomes como LinkedIn e Twitch também se destacam no país.

 

Confiança e inovação

O Media Reactions 2021 ressalta outra questão relevante: como as marcas podem obter o equilíbrio certo entre manter a confiança e, ao mesmo tempo, impulsionar a inovação em seus anúncios? Segundo o estudo, consumidores e profissionais de marketing têm perspectivas bem diferentes em relação a esse tema. 

Enquanto os profissionais tendem a valorizar canais mais consolidados (como Instagram, YouTube e Google), os consumidores estão abertos a plataformas inovadoras e que ainda estão sendo “experimentadas” pelo mercado, como o TikTok. 

O mercado de publicidade foi incentivado pela rápida recuperação em 2021, já que a publicidade foi usada como uma das alavancas para estimular a recuperação na economia em geral”, afirma Maura Coracini, diretora de Mídia & Digital em Insights. “À medida que emergimos em um novo cenário de mídia, com novos hábitos e novas plataformas a serem exploradas pelos profissionais de marketing, as marcas precisam entender as percepções dos consumidores sobre esse novo contexto e aprender o que segue sendo relevante e o que mudou, para poderem se destacar em um ambiente de publicidade cada vez mais concorrido”, afirma ela.

 

 

Kantar

www.kantar.com/brazil


Aumento de divórcios no país chama atenção para o problema da alienação parental

Advogada Sílvia Verreschi explica que Lei estabelece formas de coibir essa ação, que pode ser extremamente cruel para o psicológico dos filhos

 

 

De acordo com dados do Colégio Notarial do Brasil, o número de divórcios feitos em cartórios de notas do país subiu 26,9% de janeiro a maio deste ano em relação ao mesmo período de 2020. Foram 29.985 separações nos cinco primeiros meses de 2021 contra 23.621 de janeiro a maio do ano passado. Com esse crescimento, aumenta também a preocupação em relação a uma questão que afeta diretamente os filhos desses casais em separação: a alienação parental, situação que ocorre quando uma das partes influencia o filho a tomar partido e a se colocar contra a outra parte. 

Segundo a advogada Sílvia Verreschi, o impacto desse tipo de ação pode ser extremamente cruel para o psicológico dos filhos e, por isso, a importância do papel do judiciário, intervindo e oferecendo formas para proteger as crianças envolvidas. De acordo com dados divulgados no site Alienação Parental, nos Estados Unidos cerca de 80% dos filhos de pais divorciados já sofreram algum tipo de alienação parental e estima-se que mais de 20 milhões de crianças no mundo sofram este tipo de violência, que pode se dar de diferentes maneiras, como proibir que o pai ou mãe tenha contato com a criança, manipulações com chantagens, influenciar a criança ou adolescente contra o pai ou mãe, apresentar falsas denúncias para dificultar a convivência, entre outras. 

“A alienação parental é um tema delicado dentro do direito de família, considerando os efeitos psicológicos e emocionais negativos que pode provocar nas relações entre pais e filhos. É algo que fere o direito fundamental da criança à convivência familiar saudável, sendo também um descumprimento dos deveres relacionados à autoridade dos pais ou decorrentes de tutela ou guarda”, ressalta a advogada. 

A psicóloga Jaimara Laqua Falcão diz que um ato de alienação parental pode trazer danos imensuráveis às vidas dos filhos envolvidos. “Quando temos uma situação de alienação parental, a criança carrega com ela uma sensação de abandono, de não pertencer mais a uma família, pois se vê como responsável pela separação ou mesmo como um objeto de troca. E isso ocasiona uma série de danos psicológicos, como quadros de ansiedade, depressão, agressividade, entre tantos outros extremamente prejudiciais”, explica. 

A advogada Silvia Verreschi informa, ainda, que desde a aprovação da Lei 12.318, em agosto de 2010, foram definidos os aspectos e os meios de coibir esse problema. Havendo indício da prática de ato de alienação parental, em ação autônoma ou incidental, o juiz, se necessário, determinará perícia psicológica ou biopsicossocial, cujo laudo compreende, inclusive, entrevista pessoal com as partes, exame de documentos dos autos, histórico do relacionamento do casal e da separação, cronologia de incidentes, avaliação da personalidade dos envolvidos e exame da forma como a criança ou adolescente se manifesta acerca de eventual acusação contra o genitor. “O objetivo de tudo isso”, diz a advogada, “é preservar o direito fundamental de uma convivência familiar saudável”, conclui.


Brasileiros voltam a planejar viagens internacionais e quase 30% pretendem visitar o exterior, aponta pesquisa

Levantamento da Wise também indica que variante Delta e taxas de câmbio altas desafiam planejamento 

 

O isolamento prolongado e as restrições de deslocamento durante a pandemia da Covid-19 têm aumentado a vontade do brasileiro de poder voltar a viajar para fora do país. Segundo uma pesquisa encomendada pela Wise (ex-Transferwise) à Morning Consult, que ouviu viajantes internacionais brasileiros, três em cada cinco (62%) afirmam sentir mais vontade de viajar para o exterior agora do que nunca, e 28% estão planejando realizar uma viagem para o exterior nos próximos seis meses.

 

Quase todos os respondentes (90%) afirmam que a pandemia os impediu de viajar para o exterior tanto quanto normalmente viajariam. Entre as principais saudades de ir ao exterior, aprender sobre diferentes países e culturas aparece em primeiro lugar (69%), seguido de visitar novos pontos turísticos, como museus e igrejas (65%), e vivenciar outros ambientes que não encontram em seu país (61%). O perfil que mais pretende viajar para fora do país nos próximos seis meses é de homens (32%), aqueles com renda acima de R$ 10 mil (37%) e os que têm entre 18 e 54 anos (60%). 

 

As experiências positivas ocasionadas pelas viagens internacionais são quase uma unanimidade entre os brasileiros - 89% concordam que elas proporcionaram algumas das melhores memórias da vida. E quase todos (88%) também dizem que à medida que as coisas voltam ao normal, viajar internacionalmente é uma das coisas que mais esperam fazer.

 

A pesquisa foi realizada em agosto, com 500 viajantes internacionais em todo o Brasil. O levantamento também entrevistou a mesma amostragem nos Estados Unidos e no Canadá. Os resultados da pesquisa completa têm uma margem de erro de mais ou menos 4 pontos percentuais.


 

Variante Delta afeta planos dos viajantes


Entre os brasileiros, cerca de metade (48%) afirma que a variante Delta os deixou pelo menos um pouco menos confortável para realizar viagens internacionais. Porém, o desconforto de viajar com a variante Delta circulando é maior entre canadenses (58%) e americanos (55%). 

 

Mas outras inquietações relacionadas à pandemia também estão presentes nas respostas. Os brasileiros são os mais preocupados (67%) com o desafio de garantir saúde e segurança em viagens internacionais, incluindo precauções com a Covid-19, em comparação com os americanos (60%) e os canadenses (57%). 

 

Além do impacto da pandemia devido às regras de quarentena e restrições de fronteira, a crise econômica também tem afetado o retorno às viagens internacionais para os brasileiros. Mais de dois em cada três (70%) apontam que a recente instabilidade financeira os tornou menos capazes de fazer viagens internacionais.


 

Taxas de câmbio infladas desafiam brasileiros


Não há consenso entre os países quanto aos principais desafios financeiros de uma viagem para o exterior. Os brasileiros apontam as taxas de câmbio infladas (60%) como a maior dificuldade - ela só aparece em sexto para os americanos, que apontam alterações e atrasos inesperados no itinerário (46%) como um dos principais transtornos financeiros. Já os canadenses consideram o preço do hotel (46%) entre os maiores desafios financeiros ao viajar internacionalmente. A conversão de moedas também é outro incômodo cambial que desafia financeiramente mais os brasileiros (32%) que os americanos (27%) e canadenses (17%). 

Para estratégias de gerenciamento de dinheiro no exterior, a maioria dos viajantes brasileiros internacionais (62%) usa um cartão de crédito ou débito que permite o pagamento em moedas locais; entre aqueles que convertem dinheiro em moedas locais, a conversão antecipada é a estratégia preferida no Brasil e no Canadá (ambos com 55%).

 


Wise

wise@smartpr.com.br


Empresas: 6 dicas para marcar mais e melhores reuniões de vendas B2B


Mesmo não sendo uma ciência exata, a prospecção de negócios é essencial para garantir perpetuidade e crescimento dos negócios. Quem trabalha com vendas, provavelmente já deve ter se perguntado sobre quais ações tomar para prospectar de forma mais eficiente. Independentemente se a empresa vende produtos e soluções de alta escalabilidade ou um serviço consultivo e customizado, para alcançar resultados satisfatórios é essencial ter acesso às empresas certas, no momento oportuno e conversar com quem tem o poder de decisão.

 

Hoje o erro mais comum cometido pelas companhias é acreditar que a prospecção é uma atividade simples e rápida. Não há uma fórmula mágica para uma organização começar a prospectar de forma eficiente. Antes de chegar a este ponto, é preciso testar vários canais, formas, comunicações e processos. Com tempo e análises de resultados, certamente a equipe comercial irá entender melhor o seu lead, conhecer os canais que geram melhores resultados e, consequentemente, conseguir medir com maior facilidade o retorno sobre o investimento.

 

Outra dificuldade comum dos times comerciais é a criação de relacionamentos, principalmente quando falamos de empresas B2B com processos mais consultivos e complexos. É importante ter em mente que neste nicho o relacionamento fala mais alto e que sentar à mesa com um decisor é só o início de um relacionamento. Em resumo, prospecção é a base, mas negócios de milhares ou milhões de reais não são fechados com apenas 20 minutos de conversa.

 

A seguir, elenco seis passos essenciais para ajudar as companhias a prospectar melhor e, consequentemente, ter resultados mais consistentes:

  1. Entenda que não há venda impossível. A arte de prospectar bem passa por alinhar a comunicação adequada, no melhor canal, encontrando o decisor, no momento ideal. Garanta que tudo esteja alinhado e o sucesso chegará;
  1. Como citado pelo Jeb Blount, autor do livro “Prospecção Fanática”: A prospecção que você fará nos próximos 30 dias vai gerar resultado nos 90 dias seguintes. Basicamente, a mensagem é: não deixe a prospecção para amanhã;
  1. Prospecção é sempre acompanhada de interrupção, então, entender que as pessoas estão trabalhando e que você também está enquanto prospecta é um bom modo de assumir essa função com menos receio e mais segurança. Perca o medo de interromper os seus clientes potenciais, eles têm dores e você a solução. Encontre uma forma de deixar isso claro e seus números aumentarão drasticamente;
  1. Marketing é a arte de transformar segundos em minutos. Cause impacto nos primeiros segundos, para garantir que terá os tão sonhados minutos com o tomador de decisão que a sua empresa almeja. Comunicação é a chave;
  1. Conheça o seu cliente. Olhe para dentro do seu negócio para identificar os padrões. Entenda se quando você se reúne com um analista o seu ciclo de vendas é de 90 dias e a taxa de conversão é de 10%, mas quando fala com um diretor, o ciclo de vendas é de 40 dias e a taxa de conversão é de 20%. Neste exemplo, faria mais sentido dedicar tempo e investimento para prospectar reuniões com diretores do que com analistas e, a partir daí, entender quais os canais e o tipo de comunicação que dão maior resultado para atraí-los;
  1. Nunca esqueça que negócios são feitos de encontros e que relacionamento é o caminho para ter sucesso nas vendas B2B. Sem relacionamento não há entendimento e sem entendimento, não haverá contrato.

 


Juliano Dias - fundador e CEO da Meetz, startup que oferece uma solução tecnológica de ponta a ponta para prospecção de clientes B2B.


Salas pequenas e estações móveis são o futuro da trabalho

Durante a Live50CIOs da Netglobe, gestores da Raízen, Dasa, CCEE e Queiroz Galvão compartilham experiências sobre a retomada do trabalho presencial e híbrido. 

 

A Netglobe, empresa especialista em soluções de colaboração, lives e streaming e workplace, transmitiu na última quinta-feira (23), mais um episódio da nova temporada da Live50CIOs, evento que reúne lideranças de diversas corporações para discutir as novas dinâmicas do trabalho e as tendências do escritório do futuro. Apresentada por Renato Batista, fundador e CEO da Netglobe, esta edição reuniu Danilo Zimmermann (Dasa), Dario Almeida (CCEE), Fabio Mota (Raízen) e Marcello Borges (Queiroz Galvão), que debateram entre outros assuntos sobre a “vocação” do escritório, para que momentos e funções ele será necessário, novos layouts e tecnologias que ajudam.

 

Ao longo da conversa, Danilo Zimmermann, CIO da Dasa, comentou sobre os desafios que enfrentou no modelo híbrido na hora de conectar o físico ao digital. “Temos mais de 900 unidades físicas, mais de 20 milhões de clientes e somos a maior rede de medicina diagnóstica da América Latina. É uma mudança que precisa ser feita rapidamente, o que é um desafio enorme. Então, decidimos criar um escritório corporativo, que incentiva o modelo híbrido e a inovação. A tecnologia é essencial para isso, pois não podemos usar as tecnologias de antes, precisaremos inventar novas. Acho que o modelo híbrido veio para ficar e trará uma flexibilidade, se tornando o mais usado“, pontua.

 

De acordo com Dario Almeida, Gerente de Arquitetura de Sistemas da CCEE, a cultura empresarial precisa se adaptar às mudanças. “Aqui, temos a cultura do planejamento e, mesmo com as coisas mudando a toda hora, o retorno ao escritório tem sido muito pensado. Na nossa visão, algumas empresas estão esquecendo de olhar para o desafio que é o retorno aos escritórios. Quando falamos do modelo híbrido, falamos do caminho do meio, que oferece mais flexibilidade. Isso traz mais satisfação ao colaborador, mas traz mais complexibilidade no ambiente de trabalho. Como gerar maior desempenho e colaboração do funcionário nesse cenário? Acredito que essa é a pergunta que as empresas deveriam se fazer“, pontua.

 

Para Fabio Mota, VP do grupo Raízen, as adaptações nos escritórios foram necessárias para implementar o modelo híbrido. “A Raízen optou por reformar e modificar o ambiente de trabalho nesse período de pandemia, no qual parte da empresa que migrou para o home office, o que nos trouxe muitos aprendizados. Não é só sobre aprender a executar de maneira virtual, mas sim revisitar a forma de trabalho, adaptar o mindset, mudar crenças. Juntamos a ciência do workplace, como cor, espaço, decoração e outros detalhes, com a tecnologia e inovação, formando nosso novo escritório. Estamos envolvendo bastante os líderes nessas discussões para entendermos qual é a melhor maneira de lidar com o modelo híbrido. No momento, criamos espaços para calls rápidas, que precisam de mais silêncio ou algum tipo de sigilo, e os chamamos de ‘salas rápidas’. Elas não podem ser reservadas e isso é um teste para vermos como vai funcionar a nova dinâmica de ‘entra e sai’ dos colaboradores. Como temos apenas 30% de ocupação do escritório atualmente, as salas médias são as mais utilizadas e isso nos faz crer que este parece ser o tamanho da sala ideal para o modelo híbrido, já que serve para duas ou três pessoas, os colaboradores têm optado mais por esse tipo de espaço“, afirma. 

 

Segundo Marcello Borges, Head de TI da Queiroz Galvão, nada mais será como antes e esse é o maior legado da pandemia. “Enxergamos a pandemia e esse cenário como uma oportunidade, não só para reduzir custos, mas também para ter funcionários mais motivados e engajados. Antes, o trabalho era mais desgastante por conta do deslocamento, trânsito e afins. Hoje, gastando menos tempo com isso, os funcionários podem descansar, crescer mais no trabalho, se informar mais e aprender mais. O setor de sustentabilidade do grupo passou por uma transformação muito grande, executando um excelente trabalho integrado ao RH e à TI. A pandemia trouxe uma mudança muito grande que vai além da tecnológica, porque a mudança tecnológica já vinha acontecendo, mas a principal novidade foi a de cultura empresarial. Hoje para quem continua totalmente em home office, vemos que as pessoas se cansaram de trabalhar somente neste modelo. Enxergamos este momento como uma oportunidade de motivar e engajar ainda mais os colaboradores com o modelo híbrido“, conclui.

 

"O modelo que melhor se adapta à sua empresa é individual para cada caso. Estamos começando essa jornada agora e ainda temos muito a fazer, afinal, o ambiente de trabalho tem que ser mais colaborativo, integrado e deve ser ressignificado para um espaço de colaboração, cocriação e encontro de pessoas. O importante é que ele tem que cumprir sua missão, fugindo de rotinas repetitivas", finaliza Renato. 

Para visualizar gratuitamente a gravação da live, edição de 09 de setembro, e conferir todos os detalhes da conversa, acesse gratuitamente a página da Live50CIOs.


Brasileiros poderão comprar moeda estrangeira pelo cartão de crédito e bancos digitais

Mudança permitirá comprar moedas pelo valor do câmbio comercial

O Banco Central do Brasil (BCB) anunciou que as instituições de pagamentos (IPs) serão autorizadas a operar no mercado de câmbio por meio eletrônico a partir de setembro de 2022. Atualmente, somente bancos, corretoras e distribuidoras de títulos são autorizados a atuar nesse setor. “Hoje, se você precisa de moeda estrangeira, tem que ir aos bancos tradicionais ou nas casas de câmbio nos aeroportos ou shoppings. Com essa medida, será possível obter o dinheiro por meio digital”, explica o diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira.

Segundo o BCB, essa medida busca aumentar a competição, a inclusão financeira e a inovação no setor com novos modelos de negócios.

Marcelo avalia que os clientes serão beneficiados. “Com maior competição, os bancos tradicionais vão ter que criar ofertas com taxas mais baixas”, diz.

Não será mais preciso realizar a troca de dinheiro
em bancos ou casas de câmbio (Depositphotos)


Outro anúncio feito pelo Banco Central foi o de que será possível comprar moeda estrangeira, sem limitação de valor, com contas de pagamento pré-pagas e cartões de crédito. “O cliente de uma fintech que tiver um cartão pré-pago poderá comprar as moedas e utilizá-las em suas viagens pagando somente o valor do câmbio comercial”, afirma o diretor financeiro do Popibank.

O aperfeiçoamento das regras acontece após realização de consulta pública e aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN). “Essa nova regulamentação vai melhorar o acesso do cidadão aos pagamentos internacionais e tornará as transações mais rápidas, transparentes e baratas”, conclui Marcelo Pereira.


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