Pesquisar no Blog

terça-feira, 18 de abril de 2023

Medicina Nuclear: quatro perguntas e respostas sobre a especialidade que contribui para diagnósticos e terapias

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear responde parte das questões mais recorrentes do público e desfaz algumas suposições que não são verdadeiras

 

A Medicina Nuclear é uma especialidade que gera muitas dúvidas no público em geral. A falta de conhecimento sobre como é utilizada, qual a ação efetiva e suas particularidades favorece a disseminação de informações incorretas. Desta forma, surgem mitos e diversas suposições que não condizem com a realidade. Para esclarecer algumas dessas questões, a Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN) elencou quatro dúvidas sobre a especialidade para serem esclarecidas:

 

Como o material radioativo é utilizado na medicina nuclear?

Essa, talvez, seja a pergunta mais presente no dia a dia do público. A medicina nuclear utiliza substâncias radioativas introduzidas no paciente, de maneira não invasiva e quase indolor, para diagnosticar doenças e alterações das funções do organismo e atuar no tratamento de doenças, particularmente no tratamento de tumores radiossensíveis. 

As substâncias radioativas (radiotraçadores e radiofármacos) são utilizadas para realizar um mapeamento dos órgãos. Assim, podem ser usadas para duas finalidades: diagnosticar patologias e disfunções do organismo e atuar na terapia de doenças.

 

A radioatividade da Medicina Nuclear tem a ver com os acidentes nucleares de Chernobyl e Fukushima?

Não! Chernobyl e Fukushima são considerados acidentes nucleares, uma vez que houve a liberação de enormes quantidades de radiação, de forma descontrolada e nociva para a população, o que é bem diferente da radioatividade da Medicina Nuclear, que é segura, controlada, utilizada em quantidades mínimas. 

Na medicina nuclear, são usadas doses extremamente baixas de radiofármacos, por isso eles são seguros e muito raramente provocam algum efeito adverso. A título de conhecimento, os efeitos adversos são menos frequentes que os relacionados a medicamentos de uso comum, como analgésicos e antibióticos.

 

Os radiofármacos não podem ser utilizados com outros medicamentos?

Trata-se de um mito que precisa ser desfeito. Na verdade, conforme o tratamento, os radiofármacos são usados, muitas vezes, de forma concomitante com outros tratamentos (terapia alvo).

 

A Medicina Nuclear é segura para crianças?

Por serem pouco invasivos e capazes de detectar com precisão as alterações funcionais decorrentes de doenças, os procedimentos da medicina nuclear são extremamente úteis para as crianças. 

Um dos exames utilizados com mais frequência em crianças é a cintilografia, solicitada como ferramenta diagnóstica para estudo do sistema urinário, gastrointestinal e musculoesquelético. É usada tanto em doenças benignas como em certos tipos de câncer. 

O cálculo das doses para as crianças leva em consideração o seu peso corporal, portanto, a radiação recebida é muito baixa, e, na maioria das vezes, é menor que a de outros procedimentos radiológicos, como a tomografia computadorizada (CT).

 

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN


Autismo: a importância da avaliação neuropsicológica adequada

Psicoterapeuta aponta a importância avaliação
 neuropsicológica adequada para autismo 
Unsplash - @eyeforebony 

No mês Abril Azul, psicoterapeuta destaca que o diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) só deve ser realizado por especialistas

 

Abril é o mês de conscientização sobre o autismo promovida pela Secretaria Extraordinária da Pessoa com Deficiência (SEPD). Conhecida como "Abril Azul", a campanha é realizada para gerar conscientização sobre a inclusão de pessoas com autismo, além de levar informação à população em relação ao transtorno para reduzir a discriminação e o preconceito contra as pessoas que apresentam o transtorno. Mas por que a cor da campanha é azul? A cor azul simboliza o autismo porque sua incidência é maior em pessoas do sexo masculino. Embora atinja pessoas de todas as etnias e classe sociais, os homens representam 80% dos casos diagnosticados.

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem como principais características que impactam habilidades sociais como a comunicação e a capacidade de interação, além de outros comportamentos individuais. Pode ser percebido na primeira infância, por meio de atitudes repetitivas e restritivas, e pode persistir na adolescência e na vida adulta. As causas desse transtorno do neurodesenvolvimento são multifatoriais, porém já é possível afirmar que possui grande influência genética e participação de aspectos ambientais. Crianças e adultos com TEA podem apresentar diferentes níveis de necessidade de suporte, sendo alguns conseguem realizar qualquer atividade rotineira, outros precisam de ajuda para as tarefas diárias como tomar banho, colocar roupas e se alimentar.

É fundamental trazer visibilidade a esse transtorno pois, assim, podemos identificar o quanto antes o autismo e oferecer todo o suporte necessário. A partir dos tratamentos, especialistas e médicos podem proporcionar melhores condições de desenvolvimento, relacionamentos e experiências, além de, claro, acolhimento ao paciente e conhecimento à família.  

Nesses anos de profissão, pude vivenciar algumas situações em que pais vieram até meu consultório relatando uma queixa de comportamento do filho e uma desconfiança de autismo. Além disso, percebo os responsáveis preocupados, afirmando que o filho ou a filha tem autismo, pois a escola constatou que a criança tem TEA. 

Recebo relatos de situações de crianças que receberam “diagnósticos” de autismo sem ao menos ter passado por uma avaliação específica feita por um profissional especializado. Apesar de ter ocorrido um aumento dos casos de autismo ao longo dos anos, como mostra a pesquisa feita pelo Censo escolar do Brasil que registrou, entre 2017 e 2021, um aumento de 280% no número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e particulares, é importante que os diagnósticos sejam feitos com muita cautela e cuidado. 

É primordial oferecer aos pais uma avaliação neuropsicológica e orientação adequada. A avaliação neuropsicológica é pautada em diretrizes, cartilhas e regras necessárias a serem seguidas, para que a aplicação dos testes e processo de avaliação, entrevistas e afins, seja feito com ética e eficiência, para alcançar um resultado confiável. 

Caso a criança apresente algum sintoma que pode ser indício de algum transtorno, seja TEA ou outros, é essencial apresentar a criança a um psicólogo ou um profissional que possa trabalhar com ela, realizando um psicodiagnóstico de uma forma com que ela se sinta segura, acolhida e a vontade no processo. E, quanto antes essa avaliação for realizada, mais qualidade de vida  a criança autista terá e mais orientação a família receberá para apoiá-la adequadamente.

 

Helen Mavichian - psicoterapeuta especializada em crianças e adolescentes e Mestre em Distúrbios do Desenvolvimento pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. É graduada em Psicologia, com especialização em Psicopedagogia. Pesquisadora do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Possui experiência na área de Psicologia, com ênfase em neuropsicologia e avaliação de leitura e escrita. https://helenpsicologa.com.br/

 

Tomar sol desempenha papel vital no controle da ansiedade e no tratamento da depressão

 Segundo a médica especialista em saúde mental, dra. Tamires Cruz, a exposição ao sol desempenha este papel através da produção de vitamina D, que auxilia na regulação dos ritmos circadianos, liberação de endorfinas e redução dos níveis de cortisol


Entre as principais formas de tratar um paciente diagnosticado com transtorno de ansiedade e/ou depressão são a psicoterapia e o uso de medicamentos receitados por um psiquiatra. Contudo, há diversas estratégias que podem servir como adjuvantes aos tratamentos tidos como convencionais. A adoção de hábitos mais saudáveis relacionados à alimentação, sono e prática de exercício físicos são ótimas ferramentas para ajudar a mitigar os sintomas das duas condições. Assim como a exposição ao sol.

Médica especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, dra. Tamires Cruz explica que o sol desempenha um papel vital no controle da ansiedade e no tratamento da depressão principalmente porque estimula a produção de vitamina D no corpo humano. “Tal nutriente é essencial porque ajuda a regular o humor e a função cognitiva”, afirma. Dra. Tamires ressalta que a vitamina D atua para mitigar os sintomas destes dois transtornos por causa de sua participação chave na produção de endorfinas, na redução do cortisol e na regulação do ritmo circadiano e produção de serotonina.

A participação da vitamina D na produção de endorfina se dá da seguinte forma: ao ser exposta aos raios solares UVB a pele estimula as células produtoras de vitamina D (queratinócito) a produzir pré-endorfina, que é transportada para glândula pituitária e convertida em endorfinas. “Por serem substâncias químicas que ajudam a aliviar a dor e melhorar o humor, as endorfinas podem ajudar a reduzir a ansiedade”, explica a médica especializada em saúde mental.

Ao contribuir para regular o sistema imunológico e reduzir a inflamação do corpo, a vitamina D acaba levando a uma diminuição da produção do cortisol, hormônio que em quantidade e no tempo ideal é necessário ao ser humano, porque ajuda a regular a resposta de luta ou fuga quanto está sob estresse. O problema, segundo Dra. Tamires, é quando os níveis de cortisol são elevados por um período prolongado, porque isso acaba acarretando sintomas de ansiedade e depressão. “Assim, o sol e a vitamina D por ele produzida, ao reduzirem os níveis do hormônio do estresse no corpo, também auxiliam na mitigação dos transtornos”, afirma.

O ritmo circadiano do corpo é o processo interno que controla o ciclo de sono-vigília dos seres humanos. “Quando nossos ritmos circadianos estão desregulados, isso pode afetar a produção de hormônios, incluindo a serotonina, que está diretamente ligada ao humor e bem-estar emocional”, explica dra. Tamires. Conforme a médica especialista em saúde mental, a exposição ao sol e a produção de vitamina D são essenciais para manter os ritmos circadianos do corpo em sincronia e consequentemente melhorar a produção de serotonina, assegurando, dessa forma, o bem-estar emocional e contribuindo para a prevenção da depressão e da ansiedade.

A médica especializada em saúde mental salienta como a regulação do ciclo circadiano, a produção de endorfina e a redução de cortisol, ocasionadas pela exposição à luz do sol, se interrelacionam para auxiliar a diminuir os sintomas associados à ansiedade e à depressão. A regulação do ciclo circadiano, por exemplo, melhora a produção de serotonina, que pode levar à produção de endorfinas, como a redução do hormônio do estresse (cortisol) também pode ocasionar o aumento dos níveis de endorfinas. Por outro lado, destaca Dra. Tamires, uma das principais maneiras de reduzir a produção de cortisol é através da regulação dos ritmos circadianos do corpo.

Por fim, Dra. Tamires ressalta que, não obstante a exposição ao sol ser benéfica à saúde mental das pessoas, contribuindo para a mitigação dos sintomas de ansiedade e depressão, ela deve ser feita com moderação e com proteção adequada contra os raios ultravioletas (UV) nocivos. “O uso de protetor solar e roupas protetoras são essenciais para evitar danos à pele e outras condições de saúde relacionadas à exposição excessiva ao sol”, conclui.

 

Dra. Tamires Cruz - graduada em Medicina (FMJ) e graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar) e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão. Mestre e Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP). Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora Gente

 

Entenda o que é arritmia cardíaca: doença pode acometer 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a arritmia cardíaca é responsável pela morte súbita de aproximadamente 300 mil brasileiros todos os anos, sendo que a doença pode acometer 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida.

 

Arritmia cardíaca é a denominação de qualquer descompasso no ritmo do coração. Pode ser desde uma coisa simples, sem perigo e muitas vezes sem sintomas, até quadros sintomáticos graves, como desmaios, falta de ar e palpitações.

 

Essa condição pode ser assintomática e, quando sintomática, costuma ter origem psicológica ou resultado de um desequilíbrio do próprio órgão. A arritmia pode se apresentar na forma de taquicardia, quando o coração bate rápido demais, ou como bradicardia, quando as batidas são muito lentas. Nos casos graves, pode levar à morte súbita.

 

Segundo o Dr. Claudio Catharina, Gestor da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí (HI), até mesmo crianças são passíveis de apresentar quadro de arritmias cardíacas, mas as maiores porcentagens de casos são de pacientes em idade reprodutiva que possuem doenças cardíacas ou já sofreram parada cardíaca, bem como naqueles que têm histórico de doenças na família (pais, irmãos etc.)

 

“Pacientes com histórico de doença ateroesclerótica cardíaca e pessoas com diabetes, pressão alta, doenças cardíacas relacionadas ao infarto, a miocardites, doença de Chagas, doenças de válvulas e acometimento dos feixes elétricos do coração devem ficar atentas e manter um tratamento contínuo com o médico cardiologista”, alerta Catharina.

 

É preciso sempre ficar atento aos sintomas de alarme como: desmaios, dor no peito, tonteiras e falta de ar, pois a arritmia cardíaca pode ter graves consequências se não diagnosticada e tratada corretamente.

 

“É preciso estar atento quando se tem uma doença que compromete a função das válvulas ou do músculo cardíaco. Há também casos de doenças relacionadas ao sistema elétrico e canalicular que podem ser graves e levar à morte”, alerta o médico.

 

Quais as causas principais?

 

As principais causas das arritmias são as doenças cardíacas relacionadas ao infarto, a miocardites, doença de Chagas, doenças de válvulas e acometimento dos feixes elétricos do coração, diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo, entre outros fatores.

 

Para o cardiologista, é preciso ter uma qualidade de vida com pouco estresse e uma boa alimentação, mudando os maus hábitos alimentares e reduzindo o colesterol ruim (LDL), além de praticar uma atividade física com supervisão e indicação do médico.

 

“Antes de começar alguma atividade física, é preciso fazer um eletrocardiograma e, se possível, um teste ergométrico. Outra dica é parar de fumar, beber e cuidar da alimentação”, diz.

 

Segundo o médico, o tratamento é extremamente variável e individualizado, de acordo com a doença.

“Pode ser um remédio. Em outros casos, pode ser indicado o implante de um dispositivo para monitorar e tratar a doença e, ainda, procedimentos de ablação de arritmia, feitos pelo cateter cardíaco”, finaliza o cardiologista.


Técnica de imunofluorescência mostra macrófagos (em azul) infectados com Leishmania amazonensis (em verde). Em vermelho, a proteína gasdermina-D expressa pelo macrófago (imagem: Keyla Sá/FMRP-USP)

Técnica de imunofluorescência mostra macrófagos (em azul)
 infectados com 
Leishmania amazonensis (em verde). Em vermelho, a proteína gasdermina-D
 expressa pelo macrófago (
imagem: Keyla Sá/FMRP-USP)

Em estudo publicado na revista Nature Communications, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostraram como protozoários do gênero Leishmania, causadores da leishmaniose, manipulam uma proteína essencial na defesa do organismo e continuam se replicando, fazendo com que a infecção não seja debelada.

Os resultados trazem esperança para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença, que tem cerca de 30 mil novos casos por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), grande parte no Brasil, e para a qual não há medicamentos específicos.

A proteína em questão é a gasdermina-D, produzida por células do sistema imune inato dos humanos (o primeiro a entrar em ação quando um patógeno é detectado), incluindo os macrófagos. Ela promove a indução de um processo inflamatório fundamental para a defesa do organismo contra agentes infecciosos, como bactérias e parasitas.

“A gasdermina-D é importante na ativação do inflamassoma, complexo de proteínas envolvido no combate a infecções. Observamos o inflamassoma ativado em biópsias de pacientes com a forma tegumentar [cutânea e mucocutânea] da leishmaniose”, explica Keyla de Sá, primeira autora do estudo, realizado durante seu doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) com bolsa da FAPESP.

A pesquisadora, que atualmente realiza pós-doutorado na Yale University, nos Estados Unidos, explica que, nos experimentos com macrófagos e com camundongos infectados pela Leishmania, a gasdermina-D teve uma ativação fraca, que pode não ser suficiente para promover a morte celular necessária para combater o parasita, permitindo que a inflamação siga ativa.

O processo inflamatório é responsável pelo aspecto das lesões causadas pela doença, que gera cicatrizes e deformações ou mesmo incapacidade física, dependendo da parte do corpo afetada.

Os experimentos mostraram que o parasita realiza por conta própria uma clivagem alternativa da gasdermina-D (a molécula ganha uma forma estrutural diferente), um processo que inativa a proteína e impede que ela exerça suas funções inflamatórias. Em outras infecções, esse processo conhecido como clivagem da gasdermina-D é feito por proteínas do macrófago, causando a sua morte celular e impedindo que os agentes infeciosos sigam se replicando dentro dele.

“É muito interessante como esses parasitas modulam as funções dos macrófagos, que são células especializadas em matar micróbios. Esse processo permite que a Leishmania se mantenha nos hospedeiros mamíferos por anos, algumas vezes por toda a vida do indivíduo infectado”, destaca Dario Zamboni, coordenador do estudo, professor da FMRP-USP e pesquisador associado ao Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

O trabalho teve ainda apoio da Fundação por meio de projeto coordenado pelo pesquisador e do Centro Reino Unido-Brasil para o Estudo da Leishmaniose (JCPiL).

Inflamassoma

Os inflamassomas desencadeiam a inflamação e o consequente combate a agentes infecciosos. No trabalho publicado agora, o grupo de Ribeirão Preto analisou o papel do inflamassoma mediado pela proteína NLRP3, um dos mais comuns e bem estudados.

Em outros trabalhos, os pesquisadores haviam mostrado a atuação desse complexo de proteínas nos casos graves de COVID-19, quando ele fica superativado e gera a chamada tempestade de citocinas, que pode levar à morte.

Na ocasião, os pesquisadores testaram com sucesso em animais e células humanas um medicamento que inibe a ação do inflamassoma, podendo futuramente ser administrado em pacientes com COVID-19 grave (leia mais em: agencia.fapesp.br/34680/ e agencia.fapesp.br/39592/).

“Agora temos dados que podem permitir, no futuro, testar a mesma droga ou alguma outra nos casos mais severos de leishmaniose tegumentar, quando a inflamação é muito exacerbada. No entanto, é preciso cautela, pois nos casos menos graves da doença o processo inflamatório induzido pelo inflamassoma pode ser importante para o controle da doença”, explica Zamboni.

Os testes foram feitos com quatro das espécies mais comuns do protozoário que causam a leishmaniose tegumentar, Leishmania amazonensisL. mexicanaL. major e L. braziliensis.

A leishmaniose, que além da apresentação tegumentar tem ainda a visceral, que ataca os órgãos internos, é uma das 20 doenças tropicais negligenciadas. Esse conjunto de moléstias ocorre sobretudo em países tropicais e acomete pessoas pobres.

Em 2021, a OMS lançou um plano para a erradicação de algumas delas e a redução drástica de casos de outras até 2030. As ações incluem a criação de novos medicamentos, uma vez que os atuais, quando existem, são normalmente tóxicos e causam efeitos colaterais, o que leva à descontinuação do tratamento (leia mais em: agencia.fapesp.br/35136/).

O artigo Gasdermin-D activation promotes NLRP3 activation and host resistance to Leishmania infection pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41467-023-36626-6.



André Julião
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/parasita-da-leishmaniose-manipula-defesa-do-organismo-para-continuar-se-replicando-mostra-estudo/41156/


Ácido hialurônico: efetivo para tratamentos estéticos e na ortopedia

Ácido hialurônico é indicado em casos de artrose para evitar desgaste
que leva articulações a inflamações, dores e dificuldades de locomoção  
Divulgação
Oriundo da crista de galo ou de bactérias provenientes da biofermentação, substância tem diversas aplicabilidades

 

Cosméticos produzidos com ácido hialurônico são utilizados para preenchimentos e outros procedimentos estéticos, melhorando o aspecto de olheiras, "bigode chinês" ou para harmonizar o contorno da face. Essa aplicabilidade já é bastante difundida, mas o material produzido a partir da crista de galo ou de bactérias provenientes da biofermentação também pode ser utilizado nas articulações de joelho e quadril, adiando a necessidade de cirurgia para colocação de próteses, por exemplo. Embora tenha a mesma origem, o ácido hialurônico utilizado na dermatologia e na ortopedia tem diferenças na concentração de moléculas e alguns componentes químicos. 

A dermatologista do Hospital São Marcelino Champagnat Anna Karoline de Moura explica que o corpo começa a diminuir a produção do ácido hialurônico por volta dos 25 anos, quando o acompanhamento com especialista é mais procurado. “Não existe uma ‘receita de bolo’ para o uso. Pessoas com doença autoimune ou com histórico de alergias severas devem evitar o uso, mas, como cosmético, é indicado para hidratação da pele e deve ser utilizado diariamente. No que diz respeito aos injetáveis, vale sempre a avaliação de um especialista antes de utilizar, mas é excelente para preenchimento do volume da boca, queixo, olheiras e contorno da face", explica. 

 

Ortopedia

Já na parte ortopédica, a aplicação do ácido hialurônico é indicada em casos de artrose leve e moderada e ajuda a evitar o desgaste que leva as articulações a processos inflamatórios, dores e dificuldades de locomoção do paciente no dia a dia.

“A aplicação retarda principalmente a necessidade da prótese do joelho e quadril. Em casos leves e moderados, quando a aplicação é associada à atividade física, ajuda a frear a artrose”, explica o ortopedista do Hospital São Marcelino Champagnat, Antonio Tomazini. “Normalmente, o tempo de ação é de 12 meses, mas claro que isso não é uma regra. Pessoas com a musculatura mais forte, conseguem uma durabilidade ainda maior”, complementa o especialista.

 

Polifarmácia do idoso: médica revela dores decorrentes dos usos crônicos de medicamentos



A ciência define envelhecimento como um conjunto de alterações fisiológicas, morfológicas, bioquímicas e emocionais. A vulnerabilidade dos idosos aos problemas decorrentes do uso de medicamentos é bastante alta e em grande quantidade dando o nome à polifarmácia, ocasionando assim risco de reações adversas, interações medicações e alguns sintomas comuns dores, alterações do ritmo cardíaco ou respiratório, hipotensão ou hipertensão, sudorese, alergias, queixas gastrointestinais entre outros.

No Brasil, é considerada idosa, a pessoa a partir dos 60 anos e segundo o IBGE em 2030, o idoso representa 19% da população brasileira.

Com o processo de envelhecimento no idoso é comum termos alterações metabólicas reduzidas, aumento do tecido adiposo e surgimento de doenças crônicas.

Devido a isso, se cria a necessidade do uso de vários medicamentos, onde encontra-se a solução para equilibrar as deficiências funcionais aderindo assim a polifarmácia. Porém, o grande número de medicamentos usando pelo idoso, pode acarretar risco à sua saúde, pois eles são mais vulneráveis a complicações farmacológicas devido à idade.

De acordo com a médica nutróloga Patrícia Santiago, a polifarmácia é o uso de cinco ou mais medicamentos administrados devido policomorbidades ou administração irracional dos mesmos pelo idoso.

“Podemos citar como exemplo as estatinas, drogas efetivas e seguras são medicamentos muito utilizados no tratamento do colesterol alto. Entre as drogas mais conhecidas podemos citar a sinvastatina, rosuvastatina, pravastatina e atorvastatina. As estatinas, além de serem os fármacos mais efetivos no controle do colesterol, são também aquelas com melhores resultados nos estudos científicos sobre prevenção das doenças cardiovasculares”, disse.

De acordo com Patrícia, idosos em uso de estatinas é comum o quadro de miopatias, caracterizada clinicamente por dor muscular, fraqueza e/ou câimbras, principalmente em doses elevadas são aquelas com maior risco.

“As queixas de origem muscular são o principal efeito colateral das estatinas e a causa mais comum de interrupção do tratamento. Em geral, a lesão muscular pelas estatinas provoca um quadro de dor e fraqueza de forma simétrica.Esses sintomas também podem ser descritos pelo paciente como fadiga ou cansaço dos membros”, disse.

Normalmente, a miopatia desenvolve-se nos primeiros 6 meses de uso do medicamento que atinge média 10% e precisa ser avaliado histórico de mialgia antes da administração inicial.

“Existe uma diferença sutil entre risco e benefício do uso da polifarmácia. Se por um lado o aumento do número de medicamentos, pode afetar a saúde dele, devido aos efeitos adversos e as interações, por outro lado são esses fármacos que ajudam a prolongar a vida deles. Diante disso podemos entender que não é exclusivamente a polifarmácia que expõe os idosos a possíveis riscos e sim o uso irracional dos medicamentos”, finalizou.

 

Patrícia Santiago - graduada em medicina  pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.


Tem gengiva à mostra? Conheça a cirurgia para corrigir este problema

Tem gengiva à mostra? Conheça a cirurgia para corrigir este problema 

A dentista Dra. Pamela Pironi fala sobre gengivoplastia, procedimento que pode ser feito até a laser 

Você certamente já conheceu alguém que, quando sorri, expõe excessivamente a gengiva. Essa condição é chamada de sorriso gengival e desvaloriza o aspecto dos dentes, além de alterar a simetria da face. Mas esta questão pode ser resolvida facilmente através de uma cirurgia simples, realizada até em um consultório dentário. 

"A gengivoplastia como é chamada profissionalmente é a técnica de retirada do tecido gengival cervical com a finalidade de corrigir o excesso de gengiva sobre os dentes, ou seja, remodelar a gengiva para que o dente apareça mais e a gengiva fique simétrica e suas bordas fiquem mais arredondadas", explica a dentista Dra. Pamela Pironi. 

Dra. Pamela afirma que a maioria das pessoas tem assimetria gengival, onde os dentes anteriores tem um nível mais alto do tecido gengival do que os dentes posteriores, que por sua vez tem o nível gengival mais baixo deixando o sorriso com efeito de assimetria gengival. 

Ela esclarece para quem o procedimento é indicado. "A gengivoplastia é uma opção de tratamento, para pessoas que apresentam sorriso gengival, condição em que as gengivas aparecem demais quando se sorri. Isso acontece porque ela sobrepõe excessivamente os dentes, inclusive, deixando a impressão de que eles são pequenos demais". 

Essa cirurgia plástica pode ser realizada através do bisturi convencional com lâmina apropriada. E também pode ser utilizado com o bisturi elétrico laser. 

"As duas técnicas são eficientes. Eu indico bisturi manual e lâmina adequada para os casos onde a remoção de tecido é maior onde posteriormente os dentes serão recobertos com as lentes e laminados de porcelana.E o bisturi elétrico laser quando a remoção do tecido for menor, ou seja apenas para um contorno estético onde o paciente não pretende colocar lentes ou laminados de porcelana por que está satisfeito com sua estética dental". 

A profissional diz que costuma também fazer o procedimento nos pacientes que vão colocar lentes de contato. "Eu utilizo muito gengivoplastia no tratamento estético para poder iniciar o tratamento com as lentes e laminados de porcelana em meus pacientes, onde preciso deixar o sorriso simétrico, alinhado e com as bordas da gengiva bem arredondadas". 

"Existem casos em que a gengivoplastia também pode ser realizada juntamente da gengivectomia. Esse segundo procedimento também é uma pequena cirurgia, mas que tem o objetivo de remover o excesso de osso sobreposto ao dente, para uma melhor simetria biológica", completa. 

O pós-operatório não costuma apresentar complicações, segundo Dra. Pamela. "A recuperação das duas técnicas tendem a ser tranquilas, porque o tecido gengival tem uma resposta de cicatrização e reparação muito rápida. Sempre preconizo aos meus pacientes evitar esforços físicos mais intensos, evitar alimentos quentes e duros, dar preferência para alimentos frios para gelados e macios. A higiene e medicações precisam ser seguidos perfeitamente para o sucesso da cirurgia". 

"Viu só como a plástica gengival pode transformar o sorriso ao corrigir imperfeições na gengiva? É uma técnica rápida, segura realizada no consultório, não precisa de pontos e apresenta excelentes resultados", finaliza

 

Abril Marrom: Coalizão Vozes do Advocacy lança nova campanha com o tema: A Retinopatia é Grave e Pode Cegar

- Iniciativa visa chamar a atenção do Ministério da Saúde e das Secretarias de Saúde sobre a espera de mais de 8 meses para acesso aos oftalmologistas e aos exames, alertando a população com diabetes sobre a importância de visitar estes profissionais uma vez ao ano –

 

 

 

Com a campanha A Retinopatia Grave e Pode Cegar, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade cria busca sensibilizar a população brasileira sobre a importância do diagnóstico precoce da retinopatia diabética e chama a atenção das autoridades sobre a fila de espera para que os brasileiros com diabetes tenham acesso tanto ao oftalmologista como aos exames para diagnóstico da condição.

 

Segundo a Federação Internacional de Diabetes*, 16 milhões de pessoas vivem com diabetes no Brasil. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a retinopatia diabética atinge mais de 150 mil brasileiros por ano. A doença é a maior

causa de cegueira em pessoas com diabetes e cerca de 80% dos casos de cegueira do Brasil, por diferentes causas, poderiam ser evitados com o diagnóstico médico precoce e acesso ao tratamento adequado.**

 

A retinopatia diabética afeta exatamente 4 milhões de pessoas, segundo as Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020), correspondendo de 35% a 40% dos indivíduos com diabetes, e constitui uma das mais incapacitantes complicações microangiopáticas em pacientes idosos com a condição. É dividida em

duas fases: não proliferativa e proliferativa. A primeira caracteriza-se por alterações intra retinianas associadas ao aumento da permeabilidade capilar e, ocasionalmente, à oclusão vascular. Na progressão da retinopatia diabética não proliferativa, observa-se a formação de neovasos na interface vítrea da retina, que

constitui a versão proliferativa.

 

A melhor forma de evitar a retinopatia diabética ou diagnosticá-la precocemente é controlar a glicemia adequadamente, visitar o oftalmologista com a descoberta do diagnóstico do diabetes e ter um acompanhamento anual com este profissional. Ao perceber alguma alteração da visão, é necessário buscar atendimento oftalmológico

com a maior agilidade possível.

 

De acordo com Vanessa Pirolo, coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, “hoje em muitos municípios brasileiros as pessoas demoram mais de 8 meses para conseguir a consulta e realizar os exames no SUS, conforme é relatado na Campanha: Retinopatia Grave e Pode Cegar. Constatamos, durante as gravações da iniciativa, que há lacunas tanto no sistema público como privado de saúde. Além disso, muitos profissionais, incluindo clínicos gerais e endocrinologistas, não indicam a importância de visitar o oftalmologista uma vez ao

ano para pessoas que vivem com diabetes.”

 

 

“Como resultado, temos recebido várias pessoas com diabetes com estágio bem avançado da doença, em que não conseguimos reverter a perda de visão com qualquer tratamento disponível no SUS. Além disso, se todas as pessoas com diabetes visitassem o oftalmologista uma vez ao ano, preventivamente, haveria uma diminuição do gasto, principalmente no SUS”, relata o oftalmologista Arnaldo

Bordon, Presidente da Sociedade Brasileira de Retina & Vitro.

 

A campanha estará disponível no site institucional da Coalizão Vozes do Advocacy a

partir de seu lançamento, no dia 03 de abril, com conteúdos sobre diabetes, obesidade e suas complicações, bem como o contato das organizações de todo o país, que fazem parte dessa iniciativa.

 

Para que a mensagem da campanha possa chegar até a população, foram solicitados espaços de mídia calhau para diferentes veículos de comunicação em todo o país. Ela também será veiculada nas redes sociais da Coalizão Vozes do Advocacy, nas redes sociais das 24 organizações que a compõem e de instituições apoiadoras como sociedades médicas, organizações de pacientes parceiros, influenciadores digitais, deputados federais ligados à causa e personalidades de destaque no panorama nacional.

 

Com estratégia, planejamento e conteúdo desenvolvidos pela Relações Públicas e mestra em Políticas Públicas, Mely Paredes, a campanha teve identidade visual e peças desenvolvidas pelo designer Pedro Heinen e textos construídos por Blanca Paredes, especialista em marketing. O roteiro, captação e direção do mini documentário, VT e SPOT são assinados pela Catraca Filmes, sob comando de Binho Ferronatto e Gustavo Mittelmann.

 

A iniciativa tem o apoio de: Abbvie, Bayer e Roche.

 

Mais informações podem ser acessadas no site: www.vozesdoadvocacy.com.br, nas

redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy. 

 

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 



Referências:
*Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/
** Organização Mundial da Saúde:
https://www.who.int/docs/default-source/documents/publications/world-vision-report-accessible.pdf
*** https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf


Teste do Pezinho Ampliado pode salvar vidas de crianças com EII

Campanha #plasmajabrasil visa sensibilizar autoridades para a captação de plasma e produção de imunoglobulina 

#juntostrazemosmudanas

#plasmajabrasil

 

“Juntos, Trazemos Mudanças”. Esse é o tema da Semana Mundial de Erros Inatos da Imunidade (EII) deste ano, que acontece de 22 a 29 de abril, e a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) reforça a importância no diagnóstico dos EII e, assim, um tratamento precoce diminuindo as sequelas e a qualidade de vida do paciente. Erros Inatos da Imunidade (EII) são defeitos genéticos em algum setor do sistema imunológico que predispõem a uma maior chance de desenvolver infecções comuns de forma recorrente, como otites, pneumonia, sinusites, entre outras infecções graves ou por microorganismos incomuns, assim como doenças alérgicas graves, autoimunes, inflamatórias e câncer.

 

São aproximadamente 500 doenças que fazem parte do grupo dos EII, mas o desconhecimento por parte dos médicos do mundo todo é uma grande barreira para se chegar ao diagnóstico precoce. Estima-se que cerca de 70% a 90% dos pacientes ainda não estejam diagnosticados. Além disso, há a subnotificação. Apenas 2 mil pessoas com EII no Brasil constam no registro da Sociedade Latino-americana de Imunodeficiências.

 

Nunca é demais divulgar os Sinais de Alerta em crianças e adultos para que o diagnóstico seja feito precocemente para salvar vidas. Neste sentido, a inclusão da contagem de TREC e KREC no Teste do Pezinho Ampliado, que já é realidade em algumas cidades brasileiras pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tem se mostrado um dos grandes aliados. Permite o diagnóstico e tratamento precoce de defeitos imunológicos mais graves, podendo evitar a morte e proporcionar qualidade de vida ao paciente e sua família. O Teste do Pezinho deve ser realizado entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê e a vacinação contra BCG deve aguardar o resultado, pois, pacientes com EII graves desenvolvem complicações após sua aplicação.

 

Com a melhora do diagnóstico, os pacientes precisarão do tratamento. A reposição de imunoglobulina é necessária em até 2/3 dos pacientes identificados com EII. A Dra. Anete Grumach, Coordenadora do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da ASBAI, reforça ainda a campanha criada pela Associação: Plasma Já Brasil. Ela conta que os pacientes sofrem com o fornecimento irregular de imunoglobulina humana, medicação de extrema importância para quem tem EII, e a pandemia fez agravar a falta do insumo.  “No Brasil, a situação é particularmente complicada, pois não temos sistema de captação de plasma para produção nacional da imunoglobulina, nem a partir de sangue total doado, tampouco de doação específica de plasma. O produto é 100% importado”, comenta Dra. Anete

 

10 sinais de Alerta para Erros Inatos da Imunidade (EII) em Crianças

(Fundação Jeffrey Modell)


1) Quatro ou mais novas otites em um ano;

2) Duas ou mais sinusites graves em um ano;

3) Dois ou mais meses em uso de antibióticos, com pouco efeito;

4) Duas ou mais pneumonias em um ano;

5) Dificuldade para ganhar peso ou crescer normalmente;

6) Infecções cutâneas recorrentes, profundas ou abscessos profundos;

7) Candidíase persistente em cavidade bucal ou infecção fúngica cutânea persistente;

8) Necessidade de antibioticoterapia venosa para tratar infecções;

9) Duas ou mais infecções generalizadas incluindo septicemia;

10) História familiar de imunodeficiência primária.

 

 

 

10 sinais de Alerta para Imunodeficiências Primárias em Adultos (Fundação Jeffrey Modell)


1) Duas ou mais novas otites em um ano;

2) Duas ou mais novas sinusites em um ano, na ausência de alergia;

3) Uma pneumonia em um ano, por mais de um ano;

4) Diarreia crônica com perda de peso;

5) Infecções virais recorrentes (respiratórias, herpes, verrugas, condiloma);

6) Necessidade recorrente de antibioticoterapia venosa para tratar infecções;

7) Abscessos profundos e recorrentes de pele ou órgãos internos;

8) Candidíase oral persistente ou infecção fúngica persistente em pele ou outros locais;

9) Infecção por micobactérias normalmente não patogênicas;

10) História familiar de imunodeficiência primária.

  

ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
https://auv.short.gy/ASBAIpodcast
https://www.facebook.com/asbai.alergia
https://www.instagram.com/asbai_alergia/
https://www.youtube.com/?gl=BR&hl=pt
@asbai_alergia
www.asbai.org.br


Posts mais acessados