Segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a arritmia cardíaca é responsável pela morte súbita de aproximadamente 300 mil brasileiros todos os anos, sendo que a doença pode acometer 1 em cada 4 pessoas ao longo da vida.
Arritmia cardíaca é a denominação de
qualquer descompasso no ritmo do coração. Pode ser desde uma coisa simples, sem
perigo e muitas vezes sem sintomas, até quadros sintomáticos graves, como
desmaios, falta de ar e palpitações.
Essa condição pode ser assintomática
e, quando sintomática, costuma ter origem psicológica ou resultado de um
desequilíbrio do próprio órgão. A arritmia pode se apresentar na forma de
taquicardia, quando o coração bate rápido demais, ou como bradicardia, quando
as batidas são muito lentas. Nos casos graves, pode levar à morte súbita.
Segundo o Dr. Claudio Catharina,
Gestor da Unidade Coronariana do Hospital Icaraí (HI), até mesmo crianças são
passíveis de apresentar quadro de arritmias cardíacas, mas as maiores
porcentagens de casos são de pacientes em idade reprodutiva que possuem doenças
cardíacas ou já sofreram parada cardíaca, bem como naqueles que têm histórico
de doenças na família (pais, irmãos etc.)
“Pacientes com histórico de doença
ateroesclerótica cardíaca e pessoas com diabetes, pressão alta, doenças
cardíacas relacionadas ao infarto, a miocardites, doença de Chagas, doenças de
válvulas e acometimento dos feixes elétricos do coração devem ficar atentas e
manter um tratamento contínuo com o médico cardiologista”, alerta Catharina.
É preciso sempre ficar atento aos
sintomas de alarme como: desmaios, dor no peito, tonteiras e falta de ar, pois
a arritmia cardíaca pode ter graves consequências se não diagnosticada e tratada
corretamente.
“É preciso estar atento quando se tem
uma doença que compromete a função das válvulas ou do músculo cardíaco. Há
também casos de doenças relacionadas ao sistema elétrico e canalicular que
podem ser graves e levar à morte”, alerta o médico.
Quais as causas principais?
As principais causas das arritmias
são as doenças cardíacas relacionadas ao infarto, a miocardites, doença de
Chagas, doenças de válvulas e acometimento dos feixes elétricos do coração,
diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo, obesidade e sedentarismo,
entre outros fatores.
Para o cardiologista, é preciso ter
uma qualidade de vida com pouco estresse e uma boa alimentação, mudando os maus
hábitos alimentares e reduzindo o colesterol ruim (LDL), além de praticar uma
atividade física com supervisão e indicação do médico.
“Antes de começar alguma atividade
física, é preciso fazer um eletrocardiograma e, se possível, um teste
ergométrico. Outra dica é parar de fumar, beber e cuidar da alimentação”, diz.
Segundo o médico, o tratamento é
extremamente variável e individualizado, de acordo com a doença.
“Pode ser um
remédio. Em outros casos, pode ser indicado o implante de um dispositivo para
monitorar e tratar a doença e, ainda, procedimentos de ablação de arritmia, feitos
pelo cateter cardíaco”, finaliza o cardiologista.
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