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terça-feira, 3 de dezembro de 2019

PACIENTES DE CIRURGIA BARIÁTRICA SÓ SE VÊEM MAGROS APÓS PLÁSTICA


Eles passam a vida toda lutando contra a balança, mas a maioria das pessoas que se submetem à cirurgia bariátrica, só se vê magra após realizar a cirurgia plástica de remodelamento corporal. De acordo com a Dra. Maieve Corralo, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da American Society of Plastic Surgery, o excesso de pele pós-emagrecimento faz com que os pacientes se sintam pior que antes de emagrecer. “Somente depois da redefinição do contorno do corpo, eles vivenciam a grande mudança positiva que ocorreu em suas formas”, afirma a médica.

Segundo a cirurgiã, a gravidade da flacidez aumenta com a idade e o percentual de peso perdido, o que nesses pacientes leva a uma flacidez generalizada, incluindo face, braços, pernas, mamas, tórax, abdômen, glúteos e trocânteres. “Períodos longos de obesidade com variação de peso favorecem o rompimento das fibras elásticas da pele, que fica como se fosse um elástico velho. Com isto, as fibras não contraem, resultando na flacidez associada à degradação de colágeno que ocorre com a idade e com a subnutrição”, explica. 

Para estar apto à plástica depois de uma cirurgia bariátrica, em geral, o paciente precisa esperar um pouco mais de um ano e ter, pelo menos, 4 meses de estabilidade de peso, com IMC (Índice de Massa Corporal) abaixo de 30. “Os exames pré-operatórios devem estar dentro da normalidade e o cirurgião bariátrico precisa fazer uma autorização por escrito”, alerta a médica.

Depois disso, se pelos exames realizados não houver nenhuma contraindicação, é possível agendar o remodelamento corporal em duas ou três idas ao centro cirúrgico, que devem ter intervalos de 4-6 meses, no mínimo. “Iniciamos pela região que mais incomoda o paciente e usualmente, associamos duas ou mais partes corporais em uma intervenção, como: mamas, braços e tórax, abdômen com coxa, abdômen com bumbum e/ou mamas com abdômen”, explica.

No caso da administradora Tatiana Ribeiro, de 41 anos, tudo foi resolvido em um único ato cirúrgico, no qual ela realizou abdominoplastia, torsoplastia, enxerto com retalhos glúteos, lipoaspiração nos culotes e colocou silicone nos seios. A decisão de se submeter à plástica veio com o incômodo da sobra de pele, a dificuldade de mobilidade, e claro, por vaidade, após ter perdido 50 quilos, um ano e meio depois da bariátrica. “Vi que mesmo com musculação, atividade física e tratamentos estéticos, eu não conseguiria resolver o problema. E no meu caso, os seios eram uma questão especialmente delicada, porque eu nunca tive muita mama. Depois de perder gordura, fiquei sem nada”, afirma.

Segundo Tatiana, os resultados foram além da sua expectativa. “Estou muito satisfeita com o meu corpo. É maravilhoso poder escolher uma roupa e não ‘ser escolhida’ por ela, porque não há outras opções. Da época do sobrepeso, eu só guardei uma peça. Apenas para que eu olhe e lembre que não quero mais voltar a ser como antes”, conta Tatiana.

A experiência da personal trainer Luciana Figueira, de 40 anos, foi um pouco mais complexa, mas não menos recompensadora. Foram necessários dois atos cirúrgicos, para que se submetesse, respectivamente a um lifting de coxa, torsoplastia e implante de prótese mamária, e após um ano, uma abdominoplastia.

No caso de Luciana, o remodelamento corporal permitiu que ela voltasse a exercer sua atividade profissional nas academias, de onde ficou afastada por anos. “É um processo. Precisei ter disciplina, determinação e fazer repouso longo para prevenir o alargamento das cicatrizes. Mas tudo valeu a pena. No dia em que tirei os curativos, foi quando me reconheci no espelho novamente. Hoje vou à praia sem vergonha de usar um biquini, e na intimidade, me sinto, segura, desejada e poderosa”, conta.

Para quem fez ou vai fazer a bariátrica já pensando na nova forma do corpo, Luciana dá dicas. “Não fique ansioso e perca todo o peso necessário para que tenha os melhores resultados. Faça a cirurgia plástica assim que estiver liberado para isso, porque essa etapa é essencial para concluir o tratamento, não só de reconstrução do corpo, mas da autoestima”, afirma.



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