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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Graduações semipresenciais acirram concorrência com ensino presencial em 2019


Modalidade de estudos combina o melhor do ensino tradicional com os modernos recursos da educação a distância


A possibilidade de conciliar um curso superior com trabalho e família conquista cada vez mais adeptos. Entre 2007 e 2017, o número de ingressantes na Educação à Distância (EAD) cresceu 226%, contra um aumento de apenas 19% na modalidade presencial (Censo da Educação Superior, 2018). Porém, para quem quer a flexibilidade da EAD sem perder os benefícios da sala de aula, o caminho é outro: o dos cursos semipresenciais.

“O semipresencial, também chamado de ensino híbrido ou blended learning, é a maior tendência educacional para os próximos anos. É uma forma de trazer para a educação superior a maneira de estudar que já está incorporada na nossa sociedade”, defende Benhur Gaio, reitor do Centro Universitário Internacional Uninter.

Quem tem acesso à internet, principalmente jovens e nativos digitais, está habituado a pesquisar na rede os assuntos pelos quais se interessa. Então discute seus achados com os outros – família, amigos, colegas e professores. “Por que não levar essa forma de aprender para os cursos universitários?”, questiona Gaio.

A Uninter oferece a modalidade semipresencial desde 2014 para moradores de Curitiba e Região Metropolitana. Em 2018, o Ministério da Educação (MEC) facilitou o semipresencial na educação superior, pois possibilitou a oferta de até 40% da carga horária à distância desde o início do curso, desde que a atenda a Portaria nº 1.428/2018.

“As novas regras facilitaram a abertura de cursos semipresenciais para todas as instituições de ensino. Com o aumento do ensino híbrido, toda a sociedade se beneficia, posto que há uma quebra de preconceitos”, defende Gaio. Segundo ele, algumas pessoas acreditam que os cursos presenciais são melhores ou têm mais valor, o que não se comprova na prática.


Por dentro do ensino híbrido

Ao fazer a matrícula em um curso semipresencial, o estudante é informado de antemão qual será a frequência e horário das aulas. Dessa forma, pode planejar sua rotina com equilíbrio da vida profissional, pessoal e acadêmica.

Os cursos semipresenciais têm parte de sua matéria ministrada em sala de aula e parte ofertada em um Ambiente Virtual de Aprendizado (AVA), sempre com apoio de materiais didáticos. O estudante explora o conteúdo on-line de forma independente, de acordo com seu ritmo de aprendizado, e depois troca o que aprendeu com os colegas e professores.

Esse processo de estudar primeiro e depois levantar dúvidas e observações, nos encontros presenciais, é chamado de “sala de aula invertida”. É um formato oposto do tradicional, em que o professor oferece o primeiro contato do estudante com o conhecimento por meio de aulas expositivas.

A grande vantagem da inversão, aponta Gaio, é valer-se do tempo em sala de aula para sanar dúvidas e aprofundar o conhecimento, ao invés de usá-lo para a exposição inicial da disciplina. “Os estudantes tiram melhor proveito do tempo e da maestria do professor ao abordá-lo com questões mais profundas, com preparo anterior à aula. Valorizamos, assim, o trabalho de nossos docentes e o esforço de nossos estudantes”, coloca.

O valor da mensalidade também costuma ser menor do que a dos cursos correlatos presenciais – embora um pouco mais alto comparado com a EAD. 


Avaliando um curso semipresencial

Por serem relativamente novos, os cursos híbridos merecem uma atenção especial dos estudantes que estão cogitando adentrar nesse mundo. Além de ponderar sobre pontos já conhecidos, como qualidade da instituição de ensino, do corpo docente e da grade curricular, os estudantes devem estar atentos a outras duas questões:


1. Qualidade do AVA

“Solicite à instituição de ensino para ver como funciona o Ambiente Virtual, teste e navegue livremente por ele. Veja se gosta e se adapta, mas principalmente se não há falhas técnicas que podem comprometer seus estudos”, aconselha Gaio.

O reitor explica que o desenvolvimento de um bom AVA demanda investimento financeiro, tempo e acompanhamento constante por parte dos estabelecimentos. Porém, muitas empresas passam por essa etapa às pressas e os estudantes devem estar atentos no momento da matrícula, para não saírem prejudicados.


2. Localização do campus

Mesmo que a frequência das aulas seja menor, os estudantes do semi passarão um bom tempo em sala de aula. Por isso, Gaio recomenda que visitem o campus, verifiquem se está em um local acessível e quais são as linhas de ônibus que o conectam com o restante da cidade.

“Um dos pontos do semipresencial é reduzir o estresse de deslocamento dos estudantes. Isso não se aplica se o campus for de difícil acesso”, defende.


Semipresencial, presencial ou EAD?

Cada modalidade de ensino tem seus pontos fortes e fracos, mas cabe ao estudante escolher qual é a que melhor se encaixa em sua rotina. Para isso, o reitor ressalta o seguinte quadro de comparações:


Presencial
EAD
Semipresencial
Professor
Expõe conhecimentos e tira dúvidas
Expõe conhecimentos e tira dúvidas
Atua como questionador e intermediador
Sala de aula
Serve para exposição do conhecimento em aulas e aplicação de provas
Apenas para aplicação de provas e encontros eventuais de tutoria
É “invertida”, pois estudantes navegam pelo conteúdo antes das aulas
Material de estudo
Livros didáticos e aulas expositivas presenciais
Livros didáticos e aulas no AVA
Livros didáticos, aulas no AVA e aulas presenciais
Ritmo de aprendizado
Estabelecido pelo professor e pela estrutura das aulas
Inteiramente estabelecido pelo aluno
Majoritariamente estabelecido pelo aluno, parcialmente moldado pelas aulas
Frequência na instituição de ensino
Diária ou em quase todos os dias úteis do ano letivo
Apenas para fazer provas ou encontros de tutoria, que são opcionais
Uma ou duas vezes por semana
Valor do curso
Mais alto
Mais baixo
Intermediário



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