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segunda-feira, 20 de março de 2023

Dicas e cuidados com a imunidade durante a chegada do Outono

A mudança de temperatura e queda da umidade relativa do ar podem agravar doenças, principalmente alergias e síndromes respiratórias. Conheça algumas dicas para aproveitar a estação

 

Hoje, 20 de março, começa o outono nos países do hemisfério sul. A chegada da nova estação marca a mudança de temperatura e a queda da umidade relativa do ar, podendo agravar algumas doenças, principalmente, alergias e síndromes respiratórias como gripes e resfriados. Adicionalmente, outros problemas tornam-se frequentes, como irritação nos olhos, coceira e secura, além das doenças virais, uma vez que as pessoas buscam abrigo em locais fechados. Para conhecer mais sobre os cuidados da estação, a nutricionista da Vitamine-se, Carol Tavares apresenta dicas importantes. 

“Esta é uma das estações mais desafiadoras para a imunidade. Com as temperaturas mais amenas, estamos menos suscetíveis à exposição ao sol, o que pode interferir em nossos níveis de vitamina D, nos deixando mais cansados e indispostos. Além disso, com as temperaturas mais baixas, manter uma rotina ativa e saudável pode ficar ainda mais difícil, interferindo diretamente no bom funcionamento do nosso sistema imunológico”, destaca a especialista. 

O sistema imunológico consiste em um sistema complexo formado por diferentes grupos de células, moléculas e tecidos, que trabalham juntos para proteger o corpo contra ameaças internas e externas. Já imunidade, é a capacidade do organismo em combater infecções e doenças. 

Mas se você acha que para manter a imunidade em dia, especialmente durante o outono, basta incluir uma dose extra de vitamina C em seu cardápio, você está enganado. São vários os fatores que interferem no bom funcionamento do nosso sistema imunológico, que por ser tão complexo, requer cuidados diários, ao longo de todo o ano. Confira abaixo 5 dicas que irão te ajudar a cuidar da sua imunidade:
 

1. Não perca o ritmo

Estudos indicam que incluir pelo menos 150 minutos de exercícios moderados, por semana, de forma regular, ajudam a reduzir a inflamação, além de favorecerem a regeneração das células do sistema imunológico. Praticar exercícios físicos também reduz a produção de cortisol, o hormônio do estresse que prejudica o bom funcionamento do sistema imune, além de melhorar a circulação, o que facilita o deslocamento das células imunológicas pelo corpo todo.


2. Mantenha uma alimentação balanceada e colorida

Inclua frutas e vegetais das mais variadas cores em suas refeições. Assim, você consumirá maior quantidade de nutrientes, como vitaminas, minerais e polifenóis, com ação antioxidante, ajudando no bom funcionamento do sistema imunológico. 

Além disso, existem alguns nutrientes-chave com benefícios comprovados para a imunidade: 

  • Vitamina C: por sua capacidade antioxidante, protege as células de defesa contra danos e ajuda a reduzir a liberação de substâncias que promovem a inflamação.
  • Vitamina D: estimula a proliferação das células de defesa e a produção de substâncias antibióticas.
  • Zinco: ajuda na formação e no funcionamento das células do sistema imunológico, estimula a produção de substâncias anti-inflamatórias, inibe o funcionamento de células inflamatórias, além de combater os radicais livres, por sua ação antioxidante.
  • Selênio: com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, o selênio ajuda no bom funcionamento do sistema imunológico, ajudando a combater os radicais livres e reduzindo a produção de substâncias inflamatórias.
  • Magnésio: auxilia no relaxamento do corpo, para uma boa noite de sono, fatores fundamentais para que o sistema imunológico funcione de forma adequada.
  • Beta-glucana de levedura: prepara e “treina” as células de defesa para reagirem mais rapidamente quando vírus ou bactérias são detectados.

 

3. Hidrate-se 

Sem a hidratação adequada, o suprimento de nutrientes para o sistema imunológico pode ficar prejudicado, impactando diretamente em seu funcionamento. Além disso, nosso sistema linfático, responsável pela eliminação de resíduos, germes e toxinas, também depende de água para funcionar adequadamente.

 

4. Controle o estresse 

Controlar nossas emoções é importante não apenas para o bem-estar, mas para o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso porque o estresse prolongado eleva, de forma crônica, os níveis de cortisol, um hormônio que mantém nosso corpo em alerta para lutar ou fugir em uma situação perigosa. Mas para que isso aconteça, impede que o sistema imunológico responda antes que o evento estressante termine. No entanto, quando os níveis de cortisol ficam constantemente altos, como no estresse crônico, o sistema imunológico fica impedido de entrar em ação para proteger o corpo contra possíveis ameaças e doenças. 

“Por isso, tente controlar o estresse incluindo pequenas pausas em sua rotina, além de atividades que proporcionam bem-estar. Vale meditação, ioga, exercícios físicos, um jantar com amigos, um bom livro ou filme e momentos de qualidade com a família”, acrescenta Carol Tavares, da Vitamine-se.

 

5. Durma bem 

Uma boa noite de sono é importante tanto para a saúde como para o bom funcionamento do sistema imunológico. Isso porque, quando dormimos, além de recuperarmos os tecidos, algumas das células de defesa são ativadas para combater possíveis causadores de doenças. Por outro lado, quando não dormimos o suficiente, nosso sistema imunológico pode sofrer um desgaste, nos deixando mais suscetíveis a invasores nocivos e a doenças. A privação do sono também eleva os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, que também prejudica nossa imunidade. 

Para garantir um sono de qualidade, desligue os aparelhos eletrônicos pelo menos duas horas antes de dormir e evite livros ou conversas estressantes.

Siga as dicas e os cuidados necessários com a saúde e tenha mais bem-estar e qualidade de vida no Outono. “Manter o sistema imunológico em alta é uma ótima forma de evitar doenças todas as estações do ano”, conclui a profissional.



Vitamine-se

 

Dia Mundial de Combate à Tuberculose: fique atento aos sinais!

Data é uma iniciativa internacional que tem como principal causa a prevenção


Celebrado anualmente em 24 de março, o Dia Mundial de Combate à Tuberculose foi criado em 1983, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em homenagem aos 100 anos do anúncio do descobrimento do bacilo causador da doença, ocorrida em 1882.

De acordo com dados da OMS, um terço da população mundial está infectada pelo mycobacterium tuberculosis podendo desenvolver a doença. Ainda segundo a Organização, a patologia é a responsável por 1,1 milhões de mortes ao ano em todo o mundo. O Brasil ocupa a 17° posição, entre 22 países, responsáveis por 82% do total de casos de tuberculose no mundo.

É importante destacar que se trata de uma doença possível de ser prevenida, tratada e até mesmo curada. E que os cuidados são essenciais, pois cada paciente infectado que não se trata, pode transmitir o vírus, em média, de 10 a 15 pessoas por ano.


Conheça os principais sintomas da tuberculose e, em caso de suspeita, procure um médico:

  • Cansaço excessivo e prostração;
  • Tosse seca ou com secreção por mais de três semanas, podendo evoluir para tosse com pus ou sangue;
  • Febre baixa, geralmente no período da tarde;
  • Suor noturno;
  • Falta de apetite;
  • Rouquidão;
  • Emagrecimento acentuado.

Não existe fórmula mágica, a melhor forma de prevenir a transmissão da tuberculose é o diagnóstico precoce, por meio de exames de rotina, e iniciar o tratamento adequado o mais breve possível.

Vitor Moura, CEO da VidaClass Saúde, afirma que “é necessário reforçar o cuidado e a prevenção na saúde como algo rotineiro, e datas especiais têm contribuído com isso. Focando na tuberculose, é importante que a população perceba que muitas vezes, em uma ponta, existem hábitos simples de prevenção, e, na outra, consequências graves”.


Estilo de vida saudável

Prática regular de atividade física, alimentação saudável, evitar o consumo de álcool e cigarro, e cuidar de sobrepeso são algumas das orientações básicas para cuidar da saúde no geral. No caso da tuberculose, podemos fazer muitas relações diretas entre o tipo da doença e esses hábitos - como o cigarro e as consequências para o pulmão.


Check-ups, exames preventivos e visitas regulares ao médico

Com a modernização no setor de saúde, novos formatos de serviços e processos trouxeram mais acessibilidade ao público. A VidaClass Saúde, por exemplo, investe na tecnologia para aproximar médicos e população, além de simplificar processos e personalizar produtos, o que torna os custos mais acessíveis também. “Disponibilizar uma consulta ou exame de rotina a um preço justo aproxima as pessoas do cuidado com a saúde.”, finaliza Moura.

 

 VidaClass Saúde


Reposição hormonal ainda é tabu, mas traz inúmeros benefícios à saúde

Muito se fala sobre a reposição hormonal. Para muitas mulheres esse assunto ainda é cercado de dúvidas, contradições e até preconceito. É preciso compreender as fases da vida e a importância dos hormônios para o bem-estar e a saúde feminina.

A terapia de reposição hormonal, também conhecida como TRH, consiste em um tratamento que regula os níveis de hormônio no organismo e que pode ser muito eficaz para o combater e aliviar alguns sintomas característicos de mudanças naturais que ocorrem no corpo humano com passar dos anos, a exemplo da menopausa.

O Dr. Vínícius Carruego, ginecologista integrativo, médico da Clínica Elsimar Coutinho, em São Paulo, chama atenção para a importância do acompanhamento médico neste procedimento.  “É fundamental e indispensável a avaliação de cada paciente, de forma individual, para entender se a terapia de reposição hormonal é de fato indicada”, explica o médico.  

Dentre os principais benefícios da reposição hormonal estão o alívio dos sintomas da menopausa, prevenção da osteoporose, melhoria do fluxo de sangue, redução dos níveis de colesterol e triglicerídeos, aumento da libido e, consequente melhora da vida sexual, entre outros.

O desiquilíbrio hormonal - que corresponde à carência ou excesso de hormônios, pode causar sérios danos à saúde e prejudicar e muito a qualidade de vida das mulheres. Sintomas como irritabilidade e ganho de peso rápido, por exemplo, podem se manifestar por causa da alteração dessas substâncias no corpo humano.


Quem deve fazer reposição hormonal?

“Todas as mulheres que chegaram à menopausa e desejam viver mais e melhor”, afirma o Dr. Carruego. De acordo com o especialista, a ciência já comprovou que a reposição hormonal pode prevenir as doenças que mais matam, tais como o infarto, AVC, demência e vários tipo de câncer.


Quais são as contraindicações

O tratamento não deve ser indicado para mulheres com câncer de mama e do endométrio e casos anteriores de infarto e AVC (Acidente Vascular Cerebral).

O primeiro passo para iniciar o tratamento de reposição hormonal é identificar quais as deficiências hormonais que ocorrem no organismo por meio de exames laboratoriais (exame de sangue). A partir dos resultados, o médico poderá avaliar qual o melhor método para que seja feita a controle dos hormônios.  

Por isso é importante fazer exames com regularidade e buscar um médico de sua confiança.

 

Dr. Vinícius Carruego – Médico Ginecologista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-Graduação em Ciências da Obesidade e Sarcopenia. Possui especialização em Endoscopia Ginecológica. Baseou seus estudos em hormônios, implantes hormonais e temas relacionados à saúde integral da mulher.


Teste preliminar online e gratuito indica fatores de riscos para a saúde renal

A prevenção da doença renal crônica pode ser feita por meio de exames de rotina

 

Uma doença que evolui silenciosamente e, na maior parte dos casos, só apresenta sintomas em estágio avançado. Assim é a Doença Renal Crônica (DRC), enfermidade que leva à perda progressiva, e até mesmo irreversível, do funcionamento dos rins. Por meio de um teste online, desenvolvido pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN), em parceria com a AstraZeneca, as pessoas podem descobrir se fazem parte de algum grupo de risco para o desenvolvimento de doenças renais.

Além disso, informações do tema são apresentadas na plataforma do quiz à população, como por exemplo, a relação da doença renal com diabetes e hipertensão, já que essas são as principais causas de DRC[1]. Em busca de conscientização, a ISN e AstraZeneca aprofundam sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento precoce como forma de combate, aliado a indicação de consulta regular com um profissional de saúde para acompanhamento personalizado.

No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia, a estimativa é que mais de dez milhões de pessoas tenham a DRC[2]. Desses, cerca de 148 mil estão em diálise (um processo de substituição de parte das funções dos rins), número que cresceu mais de 100% nos últimos dez anos[3]. A dificuldade do diagnóstico precoce da DRC, por ser, na maioria das vezes, assintomática nos estágios iniciais, faz com que muitas vezes a doença seja identificada somente quando os rins já estão bastante comprometidos. Por isso, é fundamental conscientizar a população sobre a importância desse órgão, formas de prevenção e sobre o rastreamento da doença. Para garantir o diagnóstico, é importante conversar com um médico para manter o controle renal em dia ao fazer exames como a dosagem de creatinina no sangue e de avaliação da urina1.

Dicas para cuidar da saúde do rim
Por Dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca Brasil

 

Prevenção

Manter hábitos saudáveis, de forma geral, podem ajudar na prevenção de muitas doenças , e com a DRC não é diferente. Algumas medidas para serem incorporadas na rotina são:

Alimentar-se bem, com variedade de legumes, verduras e frutas, diariamente;

Praticar atividades físicas, ao menos o mínimo recomendado pela OMS, que é entre 150 e 300 minutos de atividade física moderada ou entre 75 e 150 minutos de atividade física intensa por semana para a população adulta;

Priorizar o consumo de água ao invés de bebidas industrializadas;

Não fumar;

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas em excesso.

 

Em caso de condições pré-estabelecidas, medidas específicas podem ser adotadas conjuntamente.

 

Diagnóstico Precoce

O desafio do diagnóstico precoce da DRC, por ser, na maioria das vezes, assintomática nos estágios iniciais, faz com que muitas vezes a doença seja identificada somente quando os rins já estão bastante comprometidos. Para garantir o diagnóstico precoce, é importante conversar com um médico e manter o controle renal em dia. Exames de rotina, durante os check-ups, poderão ser solicitados para o rastreamento de doenças renais, como a dosagem de creatinina no sangue e o de avaliação da urina1.

 

Tratamento Adequado

Por ser multifatorial, com diferentes sintomas e causas, o tratamento de DRC deve ser individualizado para cada paciente, com a definição da melhor estratégia terapêutica considerando, estágio da doença, sintomas e preferências do paciente, como por exemplo, em caso da possibilidade de realização de diálise domiciliar ou ambulatorial. Em caso de diagnóstico precoce, o chamado tratamento conservador pode ser adotado, com o objetivo de impedir o avanço da doença. Um ponto fundamental para essa postergação é a adesão ao tratamento, que envolve seguir a recomendação médica indicada de medicamentos e da incorporação de novos hábitos, como mudanças na alimentação e estilo de vida. Dessa forma, complicações da condição, como hiperpotassemia, quando há aumento excessivo da taxa de potássio no sangue, hipertensão, anemia, arritmia, podem ser evitadas 1,4.

 

Março: mês do Rim

O Mês do Rim, celebrado em março, busca levar informação de qualidade para a sociedade em geral sobre as doenças renais, esclarecendo sobre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado. Em mais um ano, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) conta com o apoio da AstraZeneca na campanha “SAÚDE DOS RINS (& exame de creatinina) PARA TODOS”, com o tema “CUIDAR DOS VULNERÁVEIS & ESTAR PREPARADO PARA OS DESAFIOS INESPERADOS”.

 


AstraZeneca
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[1] Shlipak MG et al. Kidney Int. 2021;99:34–47
[2] Ministério da Saúde. Dia Mundial do Rim 2019: Saúde dos Rins Para Todos. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/14-3-dia-mundial-do-rim-2019-saude-dos-rins-para-todos/. Acesso em 24 de fevereiro de 2023.
[3] Saldanha FBNHNLF, Vieira Neto TOM, Sesso R, Lugon JR. Brazilian Dialysis Survey 2021. Braz. J. Nephrol. 2022;00(00):00. https://www.scielo.br/j/jbn/a/FPDbGN5DHWjvMmRS98mH5kS/?format=pdf&lang=en

 

HPV causa de câncer de colo de útero, explica especialista do São Camilo de SP

Até 2026, cerca de 51 mil mulheres terão câncer de colo de útero no Brasil

 

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que o papilomavírus humano (HPV) é responsável por mais de 95% dos casos de câncer de colo uterino. No mês da mulher e do câncer de colo de útero, a conscientização é fundamental para promover a saúde da mulher e estimular a vacinação como a forma mais eficiente de prevenção da doença. De acordo com a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), o câncer de colo de útero é o que mais mata mulheres na América Latina e no Caribe. 

No Brasil, cerca de 51 mil mulheres terão câncer de colo de útero até 2026, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo que 90% dos casos podem ser prevenidos com a vacina nonavalente do HPV. O Brasil terminou o ano passado sem cumprir a meta de vacinar 80% do público entre nove e 14 anos contra o papilomavírus humano (HPV). Segundo dados do Ministério da Saúde, 57,44% das meninas tomaram duas doses do imunizante, enquanto a taxa entre os meninos foi de 36,59%. 

O papilomavírus humano, causador do HPV, é um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero, afinal, algumas variações do vírus são cancerígenas. Por se tratar de um vírus comum, segundo o Ministério da Saúde, cerca de 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida. 

Para o oncoginecologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Gabriel Lowndes de Souza Pinto, a atenção aos sintomas da condição e aos exames é importante para que a doença não avance para estágios graves. “Inicialmente, o câncer de colo de útero, conhecido também como câncer cervical, pode não manifestar sintomas. Em estágios avançados da doença, causa sangramento vaginal intermitente, secreção vaginal anormal e dor abdominal junto de queixas urinárias ou intestinais”, explica ele.

Dentro disso, é importante realizar os exames ginecológicos periódicos e laboratoriais para detecção do câncer. Além disso, é importante se atentar aos sintomas do HPV para que a atenção de quem foi infectado pelo vírus HPV seja redobrada quanto ao câncer cervical. Ainda assim, investir na cobertura vacinal do vírus é a prevenção mais eficiente. 


Relação entre HPV e câncer de colo de útero

O papilomavírus humano (HPV) possui mais de cem subtipos e pode causar diversos sintomas como, lesões e verrugas na pele, ardência e coceira na região genital, o qual é transmitido por meio de contatos com as lesões ou por meio de relações sexuais com a pessoa que está infectada.

“A vacinação do HPV é a melhor forma de prevenção do câncer de colo de útero, sendo que o ideal é a vacina quadrivalente que protege contra os tipos de HPV de 6 a 11, além dos 16 e 18, os quais são oncogênicos e podem ocasionar um câncer de colo de útero nas mulheres”, comenta Fábio Rios, ginecologista na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Não existe ainda uma medicação que haja diretamente contra o HPV, mas é possível identificar as alterações que ele causa em algumas pacientes, chamadas de lesões precursoras (pré-câncer) através do exame de citologia cérvico vaginal (Papanicolaou) e a colposcopia com biópsia dirigida. 

“Quando essas lesões precursoras são identificadas podem ser tratadas de forma relativamente simples, evitando que essa paciente tenha a progressão da lesão precursora para o câncer de colo propriamente dito. Além disso, algumas pacientes podem ficar portadoras do vírus HPV por muito tempo sem que ele se manifeste (infecção latente) e outras ainda conseguem eliminar o vírus do organismo”, explica o ginecologista.

É importante ressaltar que não são todos os tipos de HPV que causam o câncer, mas que quem foi infectado pelo vírus deve redobrar os cuidados e realizar exames periódicos para a detecção precoce da doença.

Segundo o especialista, o câncer de colo pode ser prevenido com o uso das vacinas, comportamento sexual seguro e a realização periódica dos exames de rotina ginecológica. Para a grande maioria dos casos temos a chance de tratá-lo numa fase pré maligna ou inicial, com boas chances de cura.

“Quanto mais cedo o câncer cervical for detectado, maiores são as chances de tratamento e cura da doença, assim como a contenção do vírus HPV nos casos que forem confirmadas a infecção do paciente”, finaliza Rios.

 

Rede de Hospitais São Camilo

 

O drama do ator José Mayer que sofre dores psíquicas e surto psicótico

 

O ator José Mayer, 73 anos, eterno galã de telenovelas, diagnosticado com Granulomatose de Wegener, uma doença autoimune rara que provoca a inflamação dos vasos sanguíneos, sofre sua segunda internação hospitalar neste ano.

 

Dessa vez, o veterano artista, que protagonizou diversas novelas na Rede Globo de Televisão, foi internado após apresentar um quadro de surto psicótico. Mas, do ponto de vista psicológico, o que vem a ser essa doença e quais são suas causas, sintomas e tratamento?

 

O surto psicótico é um momento de desorganização psíquica, caracterizada pela perda de noção da realidade, comportamento descompensado e psicótico. Pode ocorrer sem causa prévia e vir de maneira súbita.

 

E durante o surto psicótico, a pessoa pode apresentar sinais e sintomas como: confusão mental, delírios, alucinações, catatonia (paralisada, inerte, sem reação), fala desorganizada ou incoerente.

 

O surto psicótico pode ter como causa principal, os transtornos mentais psicóticos como a esquizofrenia, como consequência e comorbidades de outros transtornos mentais e como resultado de relações abusivas, uso de drogas ou de álcool.

 

Além disso, pode vir a ser um aglomerado de sintomas de algumas atitudes clássicas que também se associam a uma possível esquizofrenia. Esse tipo de transtorno provoca ideias delirantes, perturbações e alucinações fragmentárias, com comportamentos imprevisíveis.

 

Além disso, pessoas que se encontram em surto psicótico podem apresentar falas descontruídas, desconexas, total desorientação, comportamento agitado, irritabilidade e agressividade, alteração do ciclo de sono, estado catatônico, perda de apetite, alteração e oscilação no humor, despersonalização, uma vez que pode vir a ouvir vozes e, através da confusão mental, apontar delírios constantes.

 

Um fenômeno de causas associadas a diversos fatores, como depressão, transtornos bipolares e transtornos ansiosos, o que o torna multicausal.

 

Como a principal característica do surto é a perda de noção da realidade, as alucinações podem se manifestar, levando o paciente a sentir cheiros e ouvir vozes imagináveis, motivado pelo delírio.

 

É preciso, neste momento, evitar o confronto com o indivíduo, manter a calma, ser empático e auxiliar diante da instabilidade emocional apresentada, para buscar ajuda e orientação de profissional de saúde mental, pois, por ser uma desorganização psíquica, logo se configura em uma situação de risco que deve ser tratada com cautela para não colocar em risco a vida do paciente e nem de seus familiares.

 

O tratamento ideal é o multidisciplinar em que vários profissionais: médico, psicólogo, psiquiatra, neurologista, entre outros podem avaliar os vários aspectos afetados pelo surto e assim, definir as causas e determinar a condução terapêutica mais adequada.

 

Lembrando que, em casos mais graves, o mais indicado é a internação que afastará outros possíveis transtornos associados e também pode aliviar os sintomas físicos e biológicos.

 

Enfim, esse episódio nos mostra que, estamos todos sujeitos a passar por crises ou surtos. No caso do ator José Mayer, por este já apresentar complicações clínicas autoimunes, precisará de um acompanhamento médico intensificado, associando internação, medicamentos e psicoterapia.

 

Desse modo, as causas do surto psicótico podem ser eliminadas e ser reestabelecido o equilíbrio físico e mental, propiciando a ele uma maior qualidade de vida para os próximos anos.       

                               

   

Dra. Andréa Ladislau -  Psicanalista

 

21 de março é o Dia Mundial da Síndrome de Down

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Para Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM) é importante aumentar a conscientização e promover a inclusão social das pessoas com essa condição genética

 

O Dia Mundial da Síndrome de Down, em 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. A data escolhida representa a presença de três cromossomos 21. As pessoas com Síndrome de Down possuem três cromossomos 21, por isso também é conhecida como trissomia do cromossomo 21.

A Síndrome de Down não é uma doença e, sim, uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança. A médica associada da Sociedade Brasileira de Genética Médica e Genômica (SBGM), Raquel Tavares Boy da Silva, ressalta a importância da atuação do médico geneticista junto aos pacientes e seus familiares.

“O geneticista por sua formação e treinamento mostra-se habilitado para lidar com o paciente com Síndrome de Down, desde os seus primeiros momentos de vida - seja na transmissão da notícia a seus pais e familiares, considerado como um ato terapêutico, e ao longo de toda a sua vida. Ao nascimento é sempre importante avaliar junto com o pediatra o tônus e sucção, obter exame cardiológico com ecocardiograma e na presença de cardiopatias com hiperfluxo ou prematuros prescrever a medicação adequada. Cabe ao médico, ainda, reforçar a orientação vacinal, incluindo a vacina contra o coronavírus. É papel do geneticista também checar o teste do pezinho; monitorar o cuidado multidisciplinar e deixar claro o momento adequado de iniciar terapias estimulatórias - seja fonoaudiologia, fisioterapia motora e terapia ocupacional ou promover a supervisão antecipatória de saúde específica de acordo com os guia de cuidado, porém de maneira personalizada. Por fim, o geneticista pode orientar criticamente a questão do uso de suplementos que na verdade se restringem, eventualmente, a algumas vitaminas específicas”, explica.

Entre as características físicas associadas à Síndrome de Down estão: olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças e hipotonia muscular. Em geral, as crianças com Síndrome de Down são menores em tamanho e seu desenvolvimento físico, mental e intelectual pode ser mais lento do que o de outras crianças da sua idade.

Orientações para gestantes

A SBGM reforça a importância da orientação em relação aos riscos da ocorrência da Síndrome de Down relacionados com a idade materna. Há estudos que comprovam maior chance de ocorrência da Síndrome de Down em pacientes abaixo dos 20 e acima dos 35 anos.

Hoje, podem ser realizados exames muito precoces e não invasivos como a realização a partir da décima semana de gestação da análise do DNA fetal circulante no sangue materno para teste de aneuploidias onde a trissomia do cromossomo 21 pode ser detectada. Há, também, no 1o trimestre marcadores bioquímicos colhidos do sangue materno acoplados a marcadores biofísicos aferidos por USG transvaginal (translucência nucal, osso nasal e ducto venoso) que podem estimar o risco com cerca de 80% de certeza.

A médica salienta que em termos de exatidão diagnóstica, os exames invasivos como realização de cariótipo fetal por biópsia de vilo corial ou amniocentese são os de maior exatidão. A ultrassonografia morfológica de 2o trimestre e o ecocardiograma fetal podem também sinalizar a possibilidade de uma possível alteração cromossômica.


Marcelo Matusiak


Dia Mundial da Infância: Vacinação é direito das crianças e dever de seus responsáveis, reforça SOBOPE

Segundo Ministério da Saúde, apenas 25% do público infantil foi vacinado contra a Covid-19, apesar de a vacina estar disponível desde o ano passado

 

No próximo dia 21 de março é celebrado o Dia Mundial da Infância. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) reforça o alerta sobre a importância da cobertura vacinal para a saúde e bem estar do público infantojuvenil, em especial de quem está em tratamento oncológico. Com queda acentuada nos três últimos anos, os números relacionados à vacinação infantil demonstram a necessidade de conscientizar pais e responsáveis para o dever de zelar pela imunização das crianças e adolescentes. 

O câncer infantil é a primeira causa de morte por doença em crianças e a segunda causa de óbito em geral, perdendo apenas para acidentes. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que no triênio 2023/2025 ocorrerão, a cada ano, 7.930 novos casos de câncer em crianças e jovens de 0 a 19 anos de idade. Ao contrário dos índices expressivos de casos de câncer, os de vacinação continuam modestos. Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, apesar de estarem disponíveis desde o ano passado, as vacinas contra a Covid-19 só foram aplicadas em 25% da população infantil. 

“Temos que lembrar que, segundo o Art.4 do Estatuto da Criança e do Adolescente: é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Assim, é de total responsabilidade dos pais zelar pela saúde de seus filhos e isso inclui, claro, a vacinação”, reforça o Dr. Patrick Godinho, médico oncologista e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE). 

Segundo a SOBOPE, as vacinas são seguras e eficazes, incluindo a vacina contra a Covid-19. A entidade ressalta apenas que as crianças em tratamento quimioterápico devem seguir as orientações dadas pelo seu oncologista para receber todas as vacinas permitidas e indicadas nesse período e no intervalo de quimioterapia adequado. “Como a imunidade das crianças costuma baixar durante o processo de tratamento oncológico, o ideal é que seja realizada uma consulta prévia ao oncologista para que este determine o melhor momento em que a criança poderá ser vacinada”, explica o especialista da SOBOPE.
 

Casos e sintomas agravados

Outro ponto de atenção é que, segundo estudo publicado no periódico International Journal of Infectious Diseases, crianças não vacinadas são mais propensas a desenvolver sintomas graves de Covid-19, por exemplo, representando 90% dos casos moderados a graves da doença entre o público pediátrico. A análise foi desenvolvida por pesquisadores de diferentes universidades chinesas durante o surto da variante Ômicron em Xangai, entre março e maio de 2022. Entre 2.620 crianças e adolescentes infectados, 62% não estavam vacinados e 38,6% eram assintomáticos. Destes, a maior parte dos casos ocorreu em crianças que estavam com o esquema completo de imunização. Dos quadros moderados a graves, 90,6% dos casos ocorreram em não vacinados.
 

Respeito à infância

“Temos que lembrar que, na ausência de imunização, as crianças - até pelas ações características desta fase da vida, ou seja, brincadeiras, contatos físicos e sem muita consciência dos cuidados com a higiene - podem se tornar propagadoras dos vírus, liberando as partículas virais a outras crianças e adultos”, lembra o Dr. Patrick Godinho. 

O especialista da SOBOPE, no entanto, faz questão de ponderar a importância de não privar as crianças de serem crianças, em especial as que estão em tratamento. “Não se pode esquecer que elas já estão passando por algumas privações. Por mais cuidados que devemos ter, é necessário, até mesmo para o sucesso do tratamento, que elas continuem brincando, se relacionando entre si e realizando suas atividades habituais, na medida em que o tratamento permitir”, finaliza.
 

CEJAM destaca importância de celebrar vida e inclusão de pessoas com Síndrome de Down

Data alusiva é celebrada em 21 de março; SD é uma condição genética causada por uma divisão celular atípica durante a fase embrionária


Em comemoração ao Dia Nacional e Internacional da Síndrome de Down, lembrado em 21 de março, o CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" destaca a importância de celebrar a vida daqueles que convivem com a condição e disseminar informações para promover a sua inclusão na sociedade.

A SD é uma condição genética causada por uma divisão celular atípica durante a fase embrionária da pessoa, ainda no útero materno.

Conforme Suzi Simões, gerente do CER (Centro Especializado de Reabilitação) IV M'Boi Mirim, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, tipicamente, o ser humano possui 46 cromossomos agrupados em 23 pares, que são responsáveis por abrigar todo o nosso código genético.

“As pessoas com SD, em vez de dois cromossomos no par 21 (o menor cromossomo humano), possuem três. Por isso, ela é conhecida também como a trissomia do cromossomo 21. Sendo assim, eles apresentam 47 cromossomos em suas células e não 46”, explica.

“Apesar da origem da síndrome ser desconhecida, ela é a alteração cromossômica mais comum em humanos e a principal causa de deficiência intelectual na população. No Brasil, nasce uma criança com SD a cada 600 a 800 nascimentos, independentemente de etnia, gênero ou classe social”, complementa.

A especialista pontua que o diagnóstico da Síndrome de Down pode ser feito ainda na gestação, por meio de exames específicos, como o US morfológico fetal, confirmados com exame de amniocentese (coleta de líquido amniótico). “Após o nascimento, o diagnóstico é confirmado através de cariótipo, o qual verifica justamente a posição dos cromossomos como forma de saber se a trissomia do par 21 está presente”, esclarece.

Emerson Brito, enfermeiro na unidade, por sua vez, reitera que, por ser resultado de uma alteração genética, não existe nenhum tratamento específico ou medicamentoso para a Síndrome de Down. “É importante uma intervenção de uma equipe multi e transdisciplinar, composta por fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, nutrição e psicologia”, destaca.

Segundo o profissional, a pessoa com SD deve ser estimulada desde cedo, como forma de ter seu desenvolvimento fomentado e para que seja capaz de vencer as limitações que essa condição lhe impõe.

“O fundamental é que seja traçado um plano terapêutico individualizado para proporcionar o desenvolvimento e potencializar as habilidades que irão ajudar a criança a se integrar socialmente, se relacionar com o próximo, desenvolver sua própria autoestima e criar um futuro com maior independência e autonomia”, ressalta.

Já Silvia Rozzati, terapeuta ocupacional do CER, afirma que o preconceito e a discriminação são os piores inimigos das pessoas com SD. “O fato de apresentarem características físicas peculiares e algum comprometimento intelectual não significa que tenham menos direitos e necessidades”, enfatiza.

Hoje, o CEJAM atua em vários municípios do Brasil com olhar para a diversidade e foco no atendimento humanizado, com vistas à inclusão.


CER IV M’Boi Mirim

O centro é especializado em reabilitação nos diversos ciclos da vida da pessoa com deficiência intelectual. A unidade M’Boi Mirim dispõe de uma equipe multiprofissional, que conta com fonoaudiologia, terapia ocupacional, fisioterapia, psicologia, nutrição, assistência social e acompanhamento médico especializado (neurologia infantil e adulta, oftalmologia e otorrinolaringologia).

No caso de recém-nascidos, os bebês são acompanhados pelo Protocolo de RN de Risco, da Secretaria Municipal da Saúde, até no mínimo 2 anos de vida, enquanto adolescentes, jovens e adultos podem ser inseridos em grupos terapêuticos voltados à inserção no trabalho e aumento da independência nas atividades diárias.

Fernanda Cristine, fonoaudióloga na unidade, explica que o serviço de fonoaudiologia do CER se encontra presente em todas as fases do desenvolvimento da pessoa com Síndrome de Down.

“Nos bebês, atua nas disfunções miofuncionais orais, como hipotonia, macroglossia, profusão lingual, respiração oral e alterações na amamentação. Nas outras fases da vida, atua estimulando as áreas da cognição, linguagem e sistema estomatognático, que inclui alimentação, voz e fala.”

Um dos recursos terapêuticos trabalhados no CER para assistir à SD é a oficina de culinária. Nela, terapia ocupacional, psicologia, fonoaudiologia e nutrição trabalham os aspectos cognitivos, comportamentais, habilidades comunicativas, melhora do repertório alimentar e da iniciativa e autonomia, por meio de um ambiente terapêutico que estimula ações de preparo de uma receita em todas as suas vertentes.

Karla Tomazella, nutricionista no CER, conta que existe ainda um grupo específico intitulado "coffee break", no qual o preparo de receitas, apresentação e distribuição dos pratos são feitos em forma de “coffee break” e oferecidos pelos pacientes do grupo aos colaboradores e seus familiares. “Dentro desta temática, trabalhamos o capacitismo de jovens e adultos, estimulando a percepção de que são capazes de inserção no mercado de trabalho”, relata.

O centro conta também com uma equipe APD (Acompanhante da Pessoa com Deficiência), que faz o monitoramento do paciente em sua residência.

A equipe APD realiza atividades que visam a promoção e o desenvolvimento das potencialidades, autonomia, independência e protagonismo do usuário, estimulando as habilidades de comunicação, autocuidado, atividades de vida práticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, ampliação do acesso aos serviços de saúde, de segurança e lazer, a inserção no mercado de trabalho e o empoderamento dos familiares/cuidadores em relação ao desenvolvimento da pessoa com SD.

O grupo atua também com orientação, direcionamento e apoio à aquisição dos direitos oferecidos pelo Estado.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”

 

Medicina Nuclear pode ser ferramenta para casos de epilepsia que necessitam de cirurgia

Condição atinge 2% da população brasileira e mais de 50 milhões em todo o mundo e pode ser diagnosticada por meio de exames que localizam com mais precisão o foco da crise

 

O próximo 26 de março é o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia. A epilepsia pode ser definida como uma condição neurológica em que, durante alguns segundos ou minutos, uma parte do cérebro emite sinais incorretos, causando crises que podem se manifestar em convulsões ou outros sintomas. Durante esses episódios, há um agrupamento de células cerebrais que passam a se comportar de forma super estimulada, levando às manifestações da epilepsia. As consequências dessas crises podem ser neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e até sociais. 

Dados da Organização Mundial da Saúde indicam que esta condição acomete cerca de 50 milhões de pessoas no mundo. Já no Brasil, estima-se que a proporção seja de 2% da população. A Secretaria de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, por sua vez, alerta que pelo menos 25% dos pacientes brasileiros têm epilepsia em estágio grave. A condição determina a necessidade do uso de medicamentos por toda a vida, uma vez que os acessos são frequentes e incontroláveis. Por esta razão, muitos pacientes são candidatos à intervenção cirúrgica. 

A medicina nuclear, por meio de estudos e exames, durante as crises e em seus intervalos, pode garantir maior precisão e eficácia na localização do foco epileptogênico (onde surge a alteração). Segundo a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear (SBMN), Dra. Cristina Matushita, “a avaliação de focos epileptogênicos é de grande valia, especialmente em casos complexos, de difícil manejo clínico e para os quais a opção de tratamento cirúrgico é indicada. As imagens permitem identificar (ou, ao menos, sugerir com grande acurácia) focos epileptogênicos para que o tratamento seja guiado de forma personalizada”. 

Ainda de acordo com a especialista, a medicina nuclear não exerce papel direto no tratamento propriamente dito da epilepsia, mas se mostra uma ferramenta importante para o adequado planejamento terapêutico do paciente. “Não há radiotraçadores que sejam utilizados com o intuito de curar as crises epilépticas. Após o procedimento cirúrgico, caso haja a suspeita de persistência de focos epileptogênicos, novamente a medicina nuclear pode auxiliar na identificação destes focos secundários”. 

Os principais exames da medicina nuclear utilizados para a detecção desses pontos originários das crises são a cintilografia de perfusão cerebral, em estados interictal (entre as crises) e ictal (após as crises); e PET-CT neurológico, em estado interictal. Este último apresenta maior definição de imagem, o que permite melhores chances de identificação do foco epileptogênico. “Com o avanço da tecnologia, houve importante aumento na sensibilidade do método. Os atuais exames permitem a obtenção de imagens metabólicas do cérebro, com muito boa definição anatômica e funcional”, explica a vice-presidente da SBMN.
 

Risco ou contraindicações

Pelo fato de a medicina nuclear realizar exames que se utilizam de radiação, ainda há certo receio por parte de algumas pessoas quanto ao risco ou contraindicações. Dra. Cristina Matushita desmistifica essa crença: “Muito se fala da exposição ao material radioativo. Apenas para efeito de comparação, estudos de tomografia computadorizada, usualmente, expõem o paciente a maiores doses de radiação do que os estudos de medicina nuclear. Todo método diagnóstico preza pela segurança do paciente. Se há a necessidade de que ele se submeta a qualquer um destes exames que utilizam radiação ionizante, o médico nuclear (ou radiologista, em casos de tomografias) será responsável pela redução dos níveis de exposição de radiação e será capaz de orientar riscos e benefícios em todo o momento”. 

Destacando que ainda existem mitos em torno da especialidade, a médica nuclear reforça que a medicina nuclear, de forma geral, não apresenta contraindicações absolutas aos seus exames. “Hipersensibilidade a algum fármaco utilizado pode ser um limitador, embora não haja registros de alergia significativa aos radiotraçadores. Outro limitador são casos em que o paciente não é capaz de ficar parado durante os exames (pacientes claustrofóbicos ou que apresentem algum déficit neurológico), que demoram cerca de 20 a 30 minutos. Uma contraindicação relativa é gestação ou suspeita de gestação. Por utilizar material radioativo, a orientação é sempre a de evitar a exposição de fetos ao material. Em certas situações, entretanto, em que haja maior benefício que o potencial risco associado à exposição do feto ao material radioativo, a medicina nuclear pode ser empregada em mulheres gestantes”, finaliza Dra. Cristina Matushita, vice-presidente da SBMN.
  

Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear - SBMN

 

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